A força dos pequenos negócios continua em evidência no Ceará. De janeiro e abril deste ano, os pequenos negócios foram responsáveis por um saldo positivo de 5.197 empregos formais no Ceará, o que equivale a 68% do total de 4.384 empregos criados no Estado neste período.
No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, entre os pequenos negócios, os setores de serviços, construção civil e serviços industriais de utilidade pública registram saldo positivo na geração empregos no Ceará. No total, foram 4.384 empregos criados no Estado neste período. Entre os pequenos negócios, o setor de serviços foi o responsável pela maioria dos empregos criados no Ceará no mês de abril, um total de 1.131 postos de trabalho, seguido do setor do comércio com 1075 empregos com carteira assinada e construção contribuiu com a geração de 379 empregos, além da indústria da transformação com 344 e o setor agropecuário com 73 postos de trabalho formais no Ceará. Os dados são de levantamento realizado pelo Sebrae, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Na avaliação do economista Ricardo Coimbra, o processo de retomada das atividades econômicas pós-pandemia se concentra, principalmente, na geração de pequenos negócios, que são os alavancadores de qualquer economia. “No Ceará, se tornam muito importante, pois na medida em que se tem crescimento sistematizado e contínuo do pequeno negócio, se fortalece as cadeias, sobretudo no Ceará onde se tem mais de 70% da riqueza gerada por meio do setor de serviço, onde se concentra número significativo de pequenos negócio e representam parcela significativa da renda gerada da economia cearense. Os programas de incentivo e fortalecimento desses negócios e os mecanismos de atração gerados potencializam na geração de riqueza da economia do estado”, destacou.
No cenário nacional, os pequenos negócios também se destacaram na quantidade de postos de trabalho criados no país com carteira assinada. O levantamento observou que que 76% das novas vagas foram oriundas desse segmento. Do total de 180 mil novas vagas no Brasil, 136,3 mil estavam nas micro e pequenas empresas contra 33,8 mil nas de médio e pequeno porte. A Administração Pública foi responsável por 4,6 mil.
Os pequenos negócios de todos os setores analisados apresentaram saldo positivo. O setor de Serviços foi a principal força motora de empregos do país, apresentando um total de 69,4 mil novas vagas, ou seja, seis a cada dez novos postos surgiram nesse setor. A Construção ficou na segunda posição, com 25,1 mil; seguida pelo Comércio, com 24,5 mil empregos; Indústria da Transformação, com 11,3 mil; Agropecuária, com 4,2 mil; Extrativa Mineral, com 886; e Serviços industriais de utilidade pública (SIUP), com 794.
Destaque na economia
s microempreendedores individuais (MEIs) também são exemplos de pequenos negócios que têm se destacado, sendo responsáveis pela movimentação de R$ 69,56 bilhões na economia, segundo dados do Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Desde o início da figura jurídica do MEI, cerca de 17,4 milhões de brasileiros tiveram em algum momento um CNPJ de Microempreendedor Individual, o que corresponde a 1 a cada 12 brasileiros. O levantamento mostra que houve um crescimento de cerca de 215% entre os anos de 2014 e 2022. “Isso mostra que há uma maior inclusão financeira dos brasileiros. Conceder financiamento para os MEI estimula um maior crescimento e também impacta na geração de empregos. Porém, os dados mostram que o MEI ainda tem dificuldade de acessar crédito como pessoa jurídica, que costuma ter condições mais favoráveis”, observa”, disse o presidente do Sebrae, Décio Lima.
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