O mundo virou "Maria-tua-mãe-morreu"

Líder do governo cita motins da PM ao defender punição à policial que mostrou rotina na internet

O deputado estadual Sargento Reginauro (União Brasil) voltou a falar nessa quinta-feira (24) na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) sobre o caso da soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) que poderá ser punida por ter divulgado vídeos nas redes sociais em que compartilha momentos da sua rotina na Corporação.

O caso vem sendo repercutido pelo ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil) e parlamentares ligados a ele, em tom de crítica ao Governo do Estado. Com mais de 49 mil seguidores no Instagram, a militar poderá ter dois dias de “permanência disciplinar” por conta de um vídeo em que aparece fazendo a lavagem da viatura da PMCE e de outro em que ensina a preparar um torniquete.

“Onde que isso depõe contra a instituição da Polícia Militar? Onde isso afeta os interesses do Estado?”, criticou Reginauro, sobre a punição dada à militar. Ele relatou que a PMCE acolheu a punição à soldado, mas que ainda há recursos a serem analisados antes da conclusão da análise do caso.

As declarações de Reginauro foram rebatidas pelo líder do governo na Alece, o deputado Guilherme Sampaio (PT). O petista lembrou os motins de anos anteriores promovidos por profissionais de segurança no Ceará. Wagner foi apontado como liderança desses movimentos na época.

“Para quem é policial militar, um conhecimento elementar, e nós vamos zelar por isso, é o respeito à disciplina. Existe um código de disciplina e é exatamente por terem afrontado esse código de disciplina no passado que se fez da tribuna da Assembleia espaço para defesa de motim. Nós não vamos ser lenientes em relação à disciplina na polícia militar”, falou Sampaio.

Sobre o caso da soldado citada, o líder do governo falou: “Lamentavelmente não foi a primeira vez que esta servidora se utilizou do uniforme e de instalações da Polícia Militar para postagens na internet, o que não é permitido pelo código de disciplina. Ela teve o seu caso avaliado por uma colega policial militar, que recomendou a abertura do processo devido e poderá responder, com a penalidade prevista a essa infração”.