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Caminhos para as fraudes: delegado da PF revela facilitação do INSS para descontos indevidos em aposentadorias e pensões

O maior escândalo da história da previdência social brasileira tem, a cada dia, revelações que mostram a omissão do Ministério da Previdência Social e do INSS para cumprir normas e evitar os golpes de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias e pensões, entre os anos de 2019 e 2024.
O depoimento do delegado da Polícia Federal Carlos Henrique Oliveira de Sousa, em audiência, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, reforça a facilitação para os descontos indevidos nos benefícios previdenciários.
Diretores do INSS, segundo o delegado da PF, “passaram por cima de regras”, o que facilitou os descontos indevidos. O escândalo derrubou o então presidente do INSS, Alessandro Stefanuto, e o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
‘’Houve sim um afrouxamento em relação às recomendações da auditoria e da procuradoria do próprio INSS, que foram passadas por cima pela cúpula do órgão’’, afirmou Carlos Henrique, ao dizer, sem antecipar detalhes, que mais descobertas sobre os descontos irão surgir.
PEDIDO DE CPI, INVESTIGAÇÃO DA CGU E DA PF
O escândalo de desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas foi descoberto pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União (CGU) e se transformou em alvo de um pedido de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional.
O requerimento, com o pedido da investigação, tem o apoio de 41 senadores e 250 deputados federais, mas, até o momento, está engavetado. A oposição pressiona para a CPI ser instaurado, enquanto o Governo Federal vai na contramão e não quer barulho com os fatos que podem surgir no curso de uma investigação no Legislativo.
DEVOLUÇÃO DE DINHEIRO
O Governo Federal promete que todos os aposentados e pensionistas serão ressarcidos. A previsão é que a devolução do dinheiro seja feita até o dia 31 de dezembro deste ano.
Após o escândalo ser descoberto, o INSS suspendeu os descontos nas aposentadorias e pensões e as entidades que surrupiaram R$ 6,3 bilhões dos beneficiários do INSS são alvo de denúncias e bloqueio de bloqueios de contas bancárias e bens que superaram os R$ 2,5 bilhões.



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