Zema nega ditadura e promete indulto a Bolsonaro
247 – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que a existência da ditadura militar no Brasil é uma “questão de interpretação” e prometeu conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso seja eleito para o Palácio do Planalto. A declaração foi dada em entrevista publicada nesta quarta-feira (5) pela Folha de S.Paulo.
Ao relativizar o regime autoritário que durou de 1964 a 1985, Zema afirmou: “Acho que tudo é questão de interpretação”, esquivando-se de reconhecer explicitamente a existência de uma ditadura. “Os historiadores é que têm de debater isso”, acrescentou. Questionado diretamente sobre conceder indulto a Bolsonaro, respondeu: “Sim, daria”.
Zema tem se movimentado como pré-candidato à Presidência e busca consolidar um discurso voltado ao eleitorado conservador. Recentemente, visitou El Salvador, onde elogiou a política de segurança do presidente Nayib Bukele, amplamente criticada por organizações de direitos humanos. “Conversei com dezenas de pessoas e todas falaram que a vida mudou da água para o vinho”, disse o governador. Para ele, a experiência salvadorenha pode ser “totalmente” replicada no Brasil.
Além disso, Zema defendeu uma política econômica inspirada no presidente argentino Javier Milei. “A Argentina está trilhando o caminho que vai colocá-la novamente na prosperidade”, declarou, embora tenha dito que o Brasil não precisa de um “choque”, e sim de “gradualismo corretamente feito”.
Durante a entrevista, Zema também evitou firmar compromissos eleitorais em cenários envolvendo aliados da direita. Disse que não se candidataria contra Bolsonaro, mas não descartou entrar na disputa caso o candidato da direita seja um dos filhos ou a esposa do ex-presidente. “Está tudo muito verde ainda. Acho que nós temos que esperar”, afirmou.
Zema ainda criticou duramente o governo Lula, acusando-o de ineficiência. “Esse governo não entrega nada a não ser inflação, aumento de juros, de impostos e eventos demais”, afirmou, criticando também o que chamou de “entupimento” da população com auxílios. “O brasileiro está cansado de viver de esmola do Estado.”
Pré-candidato pelo partido Novo, Zema tenta construir uma imagem de gestor austero e linha-dura. Em defesa de sua viagem a El Salvador com recursos públicos, disse que trouxe aprendizados importantes, como a lei que impede o sinal de celular em presídios. “Se eu fui, foi para melhorar a segurança pública de Minas.”
Empresário e natural de Araxá, Zema foi reeleito governador em 2022 no primeiro turno e, aos 60 anos, busca se projetar nacionalmente como uma alternativa da direita para 2026. Ao flertar com pautas revisionistas sobre a ditadura e defender Bolsonaro, sinaliza seu alinhamento com o núcleo duro do bolsonarismo — ainda que diga desejar “mais opções” à direita.
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O Zema é esse ai. Foi ele que chegou à terra de Adélia Prado e não sabia quem era a coestaduana, estrela da literatura brasileira. Foi assim: O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), cometeu uma gafe nesta 6ª feira (10.fev.2023) durante entrevista a um podcast de Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro. Ao ser presenteado pelo apresentador Flaviano Cunha com um livro de Adélia Prado, premiada escritora divinopolitana, Zema perguntou se a autora trabalhava na rádio em que o programa estava sendo gravado: “Ela trabalha aqui?”, questionou Zema..
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