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Por que Carla Zambelli pode ser extraditada mesmo na Itália

Deputada condenada revelou ter deixado o Brasil por ser ‘intocável’ no país europeu, onde tem cidadania. Alexandre de Moraes decretou prisão preventiva e inclusão da parlamentar em lista da Interpol
FOTO: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A deputada federal Carla Zambelli
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, determinou na quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ele também ordenou o bloqueio dos bens da parlamentar e pediu a inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol — que reúne foragidos da Justiça de vários países —, o que foi feito no dia seguinte.
Moraes aceitou o pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República após Zambelli revelar na terça-feira (3), numa entrevista à rádio bolsonarista Auriverde, ter deixado o Brasil para viver na Europa, dizendo que vai se licenciar do mandato. Ela afirmou à CNN Brasil que, por ter cidadania italiana, seria “intocável” no país europeu.
A deputada viajou primeiro para a Argentina, de onde partiu para os Estados Unidos. Ele disse estar atualmente na Flórida, mas pretende seguir para a Itália. Na quinta-feira (5), a Câmara dos Deputados aceitou seu pedido de afastamento do cargo por 127 dias.
Em maio, o Supremo Tribunal Federal condenou Zambelli a dez anos de prisão, perda de mandato e multa de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. Em 2022 e 2023, ela invadiu o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com ajuda do hacker Walter Delgatti Neto para inserir documentos falsos, entre elas um mandado de prisão contra Moraes. Cabe recurso.


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