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Trama golpista: no STF, Bolsonaro admite 'conversas' e diz: "fiz aquilo que devia ser feito"




Bolsonaro ainda admitiu que discutiu com auxiliares e comandantes militares alternativas “dentro da Constituição” para tentar reverter a posse de Lula.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou na tarde desta terça-feira (10) o interrogatório de Jair Bolsonaro na ação penal da trama golpista.
Bolsonaro é um dos oito réus do núcleo 1 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de planejar medidas inconstitucionais para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-mandatário tentou se defender das acusações de liderar a tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022. "Vossa excelência e o ministro [Luiz] Fux não me viram agir contra a Constituição. Eu agi dentro das quatro linhas o tempo todo. Às vezes eu me revoltava, falava palavrão, mas fiz aquilo que devia ser feito", disse no depoimento, transmitido no YouTube da TV 247.
Bolsonaro também disse que não era o único a atacar o sistema de votação. O ex-mandatário admitiu que usava a retórica contra as urnas eletrônicas de votação desde 2012.
Além disso, Bolsonaro leu, sem alguma contextualização, um texto dizendo que políticos de esquerda também criticam o sistema.
Bolsonaro ainda admitiu que discutiu com auxiliares e comandantes militares alternativas “dentro da Constituição” para tentar reverter a posse de Lula.
De acordo com a acusação da PGR, Bolsonaro tinha conhecimento da minuta golpista que previa a decretação de medidas de estado de sítio e prisão dos ministros do STF e outras autoridades.
Além disso, as acusações foram corroboradas pelos depoimentos de delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

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