“Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro”, disse, em recado ao presidente americano, Donald Trump.
As declarações são feitas no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) revelou que os chamados minerais críticos foram citados pelo encarregado de negócios e embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, em uma reunião em que a entidade buscava negociação para reverter a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. O Brasil é rico nesses minerais, necessários para impulsionar as novas tecnologias — da energia limpa ao carro elétrico.
Lula em cerimônia de entregas do governo Federal ao Vale do Jequitinhonha, no Parque de Eventos de Minas Novas (MG), nesta quinta-feira, 24 Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula em cerimônia de entregas do governo Federal ao Vale do Jequitinhonha, no Parque de Eventos de Minas Novas (MG), nesta quinta-feira, 24 Foto: Ricardo Stuckert/PR
O Ibram recebeu visita da autoridade americana na tarde da quarta-feira, 23. Solicitada pelo representante norte-americano, a reunião foi realizada com o presidente do Ibram, Raul Jungmann, e pelo vice-presidente, Fernando Azevedo, na sede do instituto, em Brasília.
Segundo comunicado do Ibram, Escobar demonstrou interesse na Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos em preparação pelo governo brasileiro, bem como iniciativas parlamentares nesse mesmo contexto.
Essencial às novas tecnologias, à inovação e ao avanço bélico, a produção de terras raras — que estão entre os minerais críticos — vinha sendo negociada pelo governo de Joe Biden e também interessa a Trump.
“O interesse dos EUA permanece em minerais críticos estratégicos”, ressaltou Jungmann, após a reunião com o representante do governo americano.
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