247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta sexta-feira (18) a imposição de uma série de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro (PL), entre elas o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. A decisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi acompanhada da autorização para que a Polícia Federal (PF) cumprisse mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília, e no escritório do PL.
Durante a operação, a PF apreendeu US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie na residência do ex-presidente. Segundo revelou a CNN Brasil, a suspeita é de que a quantia em dólares pudesse ser utilizada em uma eventual tentativa de fuga. A PF também localizou um pen drive escondido no banheiro da casa de Bolsonaro e uma cópia da petição inicial da rede social Rumble contra Moraes — conforme revelou O Globo.
Além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro está proibido de acessar redes sociais, deve cumprir recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 7h e está impedido de manter contato com outros investigados ou réus no STF, dentre eles seu próprio filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A Polícia Federal sustenta que Jair Bolsonaro teria financiado uma operação internacional contra a soberania nacional e a independência dos Poderes, segundo apurou o jornalista Valdo Cruz, do g1. Conforme a investigação, tal ofensiva teria surtido efeitos concretos com o tarifaço recentemente anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A articulação teria sido conduzida por Eduardo Bolsonaro, com repasses de recursos feitos diretamente por seu pai.
Os ministros do STF consideram haver risco real de evasão por parte de Bolsonaro. Havia, nos bastidores da Corte, o temor de que ele solicitasse asilo político ao presidente norte-americano, Donald Trump.
Com a medida, Jair Bolsonaro passa a ser monitorado em tempo integral, como forma de garantir a efetividade das investigações em andamento e impedir qualquer tentativa de fuga.
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