O cenário político brasileiro para 2026 ganha novos contornos com a movimentação em torno do ex-ministro Ciro Gomes. Uma informação veiculada, neste sábado (16), pelo Jornal O Estado de São Paulo, revela que aliados do pedetista o aconselham a aproveitar o atual “bate cabeça” entre governadores e lideranças da oposição para se lançar como o candidato anti-Lula ao Palácio do Planalto.
A avaliação é que, enquanto os presidenciáveis da direita permanecem atrelados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e limitados em seus movimentos, Ciro teria o caminho livre para construir sua candidatura presidencial.
Essa possível guinada nacional frustra setores da oposição ao PT no Ceará, que esperam a filiação de Ciro ao PSDB para disputar o Governo do Estado em 2026.
Se entrar no cenário presidencial, Ciro terá o ex-prefeito Roberto Cláudio candidato ao Governo do Estado. Roberto acertou filiação ao União Brasil.
A expectativa entre tucanos e aliados locais é de que o ex-governador seja o nome de peso para enfrentar a hegemonia petista no Estado. Esse cenário passa, porém, a ficar incerto diante da nova leitura que projeta Ciro para a corrida ao Palácio do Planalto.
A leitura dos bastidores políticos citada pelo Estadão apontam que interlocutores próximos afirmam que a eventual ida de Ciro ao PSDB, antes vista como movimento estratégico para o tabuleiro cearense, pode se tornar ainda mais favorável a uma disputa presidencial.
Nesse contexto, os tucanos possuem maior capacidade de diálogo e de alianças com o Centrão, bloco determinante para a formação de palanques em nível nacional, vaticina o jornalista Luzenor de Oliveira.
Distante dos holofotes nacionais em meio ao noticiário que o aponta como futuro tucano, Ciro esteve, nesta sexta-feira (15), na Fazenda do deputado estadual Felipe Mota (União Brasil), no Município de Capistrano, na Região do Maciço do Baturité, onde prestigiou o aniversário do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
A estratégia delineada por aliados prevê que, se realmente buscar o Planalto, Ciro concentrará sua artilharia no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, poupando críticas diretas a Bolsonaro para tentar ocupar a vaga da direita no segundo turno.
A leitura é de que, em 2022, Ciro demorou a adotar essa postura e acabou alijado da polarização entre PT e bolsonarismo. Agora, com a possível união de partidos do centro e da direita em torno de seu nome, Ciro ensaia se apresentar como a alternativa viável ao lulismo em 2026.
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