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Alguém já disse: O Rádio vai anunciar o fim do mundo

 

Pesquisa aponta que mais de 80% da população da Região Metropolitana de Fortaleza escutam rádio
A revelação é do jornalista Luzenor de Oliveira
Foto: Reprodução
O rádio continua sendo um dos meios de comunicação mais fortes e influentes no Brasil, especialmente nas regiões metropolitanas. O meio, que já atravessou décadas e diversas revoluções tecnológicas, se mantém como um canal de grande alcance para o consumo de áudio no país.
Segundo dados da 48ª edição do Data Stories — Inside Audio, da Kantar IBOPE Media, 79% das pessoas das principais regiões metropolitanas ouvem rádio regularmente, demonstrando a vitalidade e a credibilidade desse veículo. Os números estão na última edição do Jornal Meio & Mensagem.
O estudo mostra que 92% da população brasileira consumiu algum tipo de áudio nos últimos 30 dias, seja por meio de rádio, música, streaming ou podcasts. Esse dado reforça a relevância do áudio no cotidiano, presente em diferentes contextos e momentos da vida das pessoas.
MAIORES AUDIÊNCIAS
Em algumas capitais, o consumo de rádio ultrapassa a média nacional. Cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre e Fortaleza registram índices acima de 80%, mostrando que o hábito de sintonizar emissoras permanece firme mesmo em tempos de plataformas digitais.
Outro ponto de destaque é a publicidade. De acordo com a pesquisa, 56% dos ouvintes dizem prestar atenção nos anúncios transmitidos pelas emissoras, enquanto 43% afirmam já ter comprado ou buscado informações sobre um produto após ouvir uma campanha. Isso mostra a força comercial do rádio como plataforma de negócios e aproximação entre marcas e consumidores.
DIGITAL
A pesquisa aponta também para a rápida expansão do consumo digital de áudio. Metade dos ouvintes de rádio declarou ter ouvido ou baixado podcasts nos últimos três meses, enquanto 60% afirmaram consumir música em serviços de streaming. Essa migração de parte do público para novas plataformas não enfraqueceu o rádio; ao contrário, estimulou sua transformação digital.
As emissoras têm mostrado capacidade de adaptação ao novo cenário, expandindo sua presença em canais como YouTube (33%), serviços de áudio sob demanda (16%), aplicativos próprios (13%) e redes sociais (12%). Isso permite que o conteúdo seja multiplataforma, alcançando diferentes perfis de audiência.
Outro aspecto revelado pela pesquisa é a relação emocional que o áudio estabelece com o público. O som é associado à emoção em 54% dos casos. Entre os ouvintes de rádio, 60% associam o meio à informação, 36% à diversão e 29% ao companheirismo, confirmando o papel do rádio como fonte de credibilidade, entretenimento e presença constante na rotina.
“O áudio acompanha os consumidores em diferentes momentos do dia, criando experiências imersivas e próximas. Para as marcas, representa uma oportunidade única de gerar impacto real, engajamento autêntico e resultados consistentes em um cenário de atenção cada vez mais fragmentado”, explica Adriana Favaro, vice-presidente de negócios da Kantar IBOPE Media.

Assim, em meio à revolução digital, o rádio se mantém como um veículo de massa, próximo, confiável e adaptável. Sua força não está apenas na audiência, mas na capacidade de emocionar, informar e conectar, sendo ainda hoje um dos pilares do consumo de áudio no Brasil.

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