A data para o ato da filiação ao União Brasil do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, segue ainda incerta, com expectativa de ocorrer no próximo mês de outubro. Roberto Claudio é politico das antigas; cumpre compromissos e palavras.
RC anunciou no início de junho a filiação ao União em um encontro com o presidente estadual do partido, Capitão Wagner, e deputados na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). O ato político para oficializar o ingresso do novo filiado ocorreria dias depois, mas foi diversas vezes adiado. A última expectativa era que a filiação ocorresse na primeira quinzena de setembro.
Com a pré-candidatura de RC a governador, o partido quer fazer um grande ato para celebrar sua filiação, com a presença de lideranças locais e nacionais. A justificativa apontada é a dificuldade em conciliar as agendas de todas essas figuras.
"A gente quer que esse evento seja à altura da vinda de um ex-prefeito super bem avaliado, um dos melhores quadros políticos da política cearense da atualidade, com muito ainda a oferecer ao nosso Estado. E a gente quer esse evento em grande estilo, mas a dificuldade é de conciliação das agendas, das grandes lideranças nacionais que querem participar. A gente está precisando conciliar todas essas agendas, o motivo foi só esse", falou o deputado estadual Sargento Reginauro (União), no último dia 25.
Apesar da demora, o parlamentar garantiu a filiação de Roberto ao União: "Roberto Cláudio está já dentro do União Brasil, só precisa realmente assinar essa transição, mas, de fato, Roberto Cláudio já está dentro do partido. Não há probabilidade nenhuma de mudança nesse cenário".
Mesmo assim, Reginauro admitiu o desconforto com os sucessivos adiamentos e as incertezas que elas têm gerado. "Eu espero, a gente mesmo já está assim, de ficar nesse adiamento que não é bom para nós mesmos, porque vocês mesmos, a população quer esse resultado, o meio político fica aguardando com muita expectativa. Então, eu espero que até o próximo mês, no máximo, nós resolvamos essa questão", falou o deputado do União a jornalistas, após ser questionado.
A expectativa é que estejam presentes na filiação de RC figuras como os presidentes nacionais do União Brasil, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira; o governador de Goiás e presidenciável Ronaldo Caiado (União); o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União, ACM Neto; além de lideranças cearenses do grupo de oposição como o próprio Capitão Wagner (União); o deputado federal e presidente do PL Ceará André Fernandes (PL); o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) e Ciro Gomes (PDT).
A ideia é que o ato possa confirmar um projeto amplo da oposição no Ceará para as eleições de 2026, com a federação formada por União Brasil e Partido Progressista (PP) em destaque nesse grupo, reunindo outros partidos que defendem uma chapa única para o Governo do Estado na oposição.
RC anunciou a migração para o União em junho, já como pré-candidato na disputa pelo Palácio da Abolição. Em seguida, seu aliado próximo, Ciro Gomes adquiriu favoritismo entre os oposicionistas para liderar esse projeto. Ainda no PDT, Ciro deve se filiar ao PSDB, mas também recebeu convite do União.
Outro nome entre da oposição que se apresenta como pré-candidato a governador é o senador Eduardo Girão (Novo).
Os sucessivos adiamentos da filiação de RC ocorrem em meio ao impasse no Ceará dentro da federação União-PP, a União Progressista. A legenda vem sendo disputada no estado, com investidas do governo e de seus aliados de dentro do União e do PP.
A base do governador Elmano de Freitas (PT) ainda mantém expectativa de que a federação possa apoiar a reeleição do petista, ainda que a União Progressista seja oposição ao PT nacionalmente, com tendência a ser oposição também nos estados.
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