O Ministério da Cultura (MinC) manifesta profundo pesar pela morte do jornalista Mino Carta. Fundador e diretor de redação de CartaCapital, nesta terça (2), aos 91 anos.
Atuante há mais de sete décadas, fundou algumas das principais publicações brasileiras, como as revistas Quatro Rodas, Veja, IstoÉ e o Jornal da Tarde, além, da Carta Capital.
Nascido em Gênova, na Itália, Mino era a terceira geração da família no ofício. Em 1956, abandonou o curso de Direito em São Paulo e retornou em 1956 para a Itália, onde trabalhou na Gazetta del Popolo e como correspondente dos diários brasileiros Diário de Notícias e Mundo Ilustrado.
De volta ao Brasil, aos 27 anos, aceitou assumir a direção da edição brasileira da revista Quatro Rodas. Em 1966, participou do lançamento do jornal A tarde e, dois anos mais tarde, da revista Veja. A IstoÉ veio em 1976 e a Carta Capital em 1994.
Mino também se dedicou a três romances: Castelo de Âmbar, de 2000; A Sombra do Silêncio, de 2003; e A Vida de Mat, de 2016.
Dono de uma escrita leve e atemporal, marcou o jornalismo brasileiro com inovação, ousadia e defesa da democracia.
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Com licença, peço eu - Das obras do Carta, uma das melhores a parceria dele com a turma que criou o Jornal da Tarde, na época um bíblia para um novo pensar no jornalismo. Fui discípulo e seguidor. Lá, acabou a página de 8coluna, para a experiência vitoriosa de 6 coluna. Lá, acabou aquela coisa estática para surpreender o leitor, todo dia com capa em movimento e diagramação revolucionária. Foi no Jornal da Tarde que entendi a importância da surpresa, o valor de ver o leitor sendo tratado com alegria, até nas matérias tristes. Se você vir, ou tiver acesso à coleção do Meio Dia, jornal cearense de vida curta, verá o exemplo sendo observado.
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