A Advocacia do Senado pediu à Justiça Eleitoral do Ceará a decretação da prisão preventiva do ex-governador Ciro Gomes (PDT), alegando risco pela "reiteração" de "gravíssimas ofensas" contra a ex-senadora e atual prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias (PT). O pedido foi feito na quinta-feira e será analisado pela 115ª Zona Eleitoral de Fortaleza. Trata-se de uma ação judicial da Procuradoria Regional Eleitoral iniciada em 2024, quando Janaína exercia o cargo de senadora por ser suplente do ministro Camilo Santana (PT).
O processo é referente a suposta "violência contra a mulher candidata ou no exercício do mandato eletivo". A Advocacia do Senado atua como assistente de acusação.
A defesa de Ciro contestou o fato de o pedido vir do Senado, já que ela é prefeita atualmente —foi eleita nas eleições de 2024—, e não mais senadora. Disse também que não há qualquer motivo para prisão, já que Ciro teria exercido "liberdade de expressão" com suas "críticas políticas" .
Pra recordar e entender
O pedido foi assinado pelos advogados do Senado Hugo Kalil e Fernando César Cunha. Eles alegam que "o acusado voltou a atacar de forma infame a vítima em episódio ocorrido há poucas semanas".
A Advocacia do Senado diz que visa, com o pedido, coibir "novas condutas lesivas e garantir a efetividade da jurisdição".
As falas que suscitaram o pedido ocorreram durante o aniversário do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (União), em 15 de agosto. Ciro Gomes atacou a prefeita insinuando que ela teria "recrutado moças pobres, de boa aparência, para fazer o serviço sexual sujo do seu Camilo Santana".
Não foi a primeira vez. Em abril de 2024, ele chegou a chamar Janaína de "cortesã" e "assessora para assuntos de alcova", além de dizer que ela organizava "as farras de Camilo Santana". Em maio do ano passado, foi proibido pela Justiça de repetir as ofensas a Janaína.
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