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Coluna do Macário Batista em 01 de outubro de 2025

Ela descobriu PCC e enfrentou descrença da imprensa: 'Monstro infiltrado'
Com 40 anos de carreira, Fatima Sousa passou pela TV Cultura, TV Band e TV Record, atualmente é repórter policial no SBT-A jornalista Fatima Souza, 68, foi uma das primeiras pessoas a entender a dinâmica do PCC (Primeiro Comando da Capital) na década de 1990, quando a facção ainda dava seus primeiros sinais de vida e estava longe de ser a maior organização criminosa do país. Atualmente, ela é repórter policial no SBT e, ao longo dos 40 anos de carreira, cobriu grandes casos policiais em São Paulo e no Brasil. Em conversa com a imprensa, Fatima falou sobre a descoberta da facção, sua relação com membros do PCC e a nova categorização da facção como máfia. 
Você descobriu o PCC em 1997, durante uma rebelião em uma penitenciária de Sorocaba. O que, nesse episódio, fez você suspeitar que algo novo estava surgindo no sistema prisional?
Fatima Souza: Na época, era comum cobrir muitas rebeliões, em que os presos faziam o que queriam e matavam uns aos outros. Mas essa, pelo contrário, era superorganizada: havia um comando, uma pessoa que dizia o que cada um tinha que fazer, e faixas pedindo por direitos dos presos, como alimentação. Aquilo me deixou pensativa sobre o que estava acontecendo. O que mudou tão rapidamente de tantas rebeliões confusas para essa tão organizada? Trabalhava na TV Bandeirantes e, 30 dias depois, levantei o nome de quem estava comandando a rebelião: o Macalé. Pedi permissão para entrevistá-lo, dizendo que faria uma reportagem sobre a vida atrás das grades. Ele confirmou que, de fato, havia um comando, mas que ainda não podia revelar o nome. Dias depois, recebi uma ligação: "Oi, aqui é o Cesinha". Perguntei quem era, e ele respondeu: "César Augusto Roris. Eu sou um dos fundadores do PCC". E então começamos a conversar. Fui avançando e fazendo outras reportagens com material que eles próprios forneciam.
O Estado te desmentiu publicamente logo após a reportagem, dizendo que não existia uma facção. A história do PCC poderia ter sido diferente se as denúncias tivessem sido levadas a sério mais cedo?
Quanto menor o bicho, mais fácil de matar. Você pisa em uma barata, mas não em um elefante. O PCC ainda era um núcleo pequeno e talvez fosse muito mais fácil de administrar naquele momento. Os presos tinham, e ainda têm, facilidade de comunicação nas cadeias com telefone, e isso ajudou na expansão. Como o governo esperou cinco anos, o bicho foi crescendo. A ideia inicial de direitos aos presos passou para: "Estamos dominando, vamos vender drogas aqui dentro e lá fora?". Presos que estavam lá dentro cumpriram a pena, saíram e levaram a facção para fora. Hoje, estão em 28 países, o que é inacreditável. Não temos mais uma facção, mas uma máfia.
A frase: "Trump pode ter percebido que Eduardo e Figueiredo mentiram para ele. Ao contrário do prometido pelos extremistas, Lula só se deu bem e Bolsonaro só se deu mal após tarifaço. Narrativa de que o Brasil seria um barril de pólvora prestes a explodir não resistiu ao confronto com fatos". Celso Rocha de Barros-Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra) e autor de "PT, uma História".
 
Nordeste gera saldo médio de 32,7 mil empregos ao mês(Nota da foto) 
Em agosto, o Nordeste apresentou um saldo positivo de 55.344 novos postos de trabalho, o que representa 37,56% do saldo de 147.358 novos empregos no Brasil. No acumulado do ano, a Região apresenta um saldo de 261.908 empregos gerados, o que equivale a 17,44% do acumulado no País. Esse número representa uma média de aproximadamente 32,7 mil empregos líquidos por mês. Os dados estão disponíveis no Data Nordeste, plataforma de dados da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, a partir da divulgação do Caged pelo Ministério do Trabalho.

 
 

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