Nós já estamos no futuro”, afirma superintendente da Sudene na abertura do II Fórum Nordeste de Economia Circular
Francisco Alexandre destacou necessidade de compromisso pelo bom uso das riquezas naturais do Nordeste
Foto: Elvis Aleluia/ Sudene
Recife (PE) – A abertura do II Fórum Nordeste de Economia Circular (FNEC), realizada nesta quarta-feira (15), destacou o protagonismo do Nordeste na transição para um modelo de desenvolvimento mais sustentável, inovador e inclusivo. O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, representou a Autarquia na solenidade, ao lado de autoridades nacionais e lideranças do setor produtivo e da sociedade civil.
O evento busca fortalecer a adoção de novos modelos de desenvolvimento econômico que priorizem o reaproveitamento de materiais, o respeito às territorialidades e a inovação nos negócios e nas políticas públicas, orientando-as para práticas sustentáveis. Em seu discurso, o superintendente ressaltou o papel estratégico da economia circular para o desenvolvimento regional e a importância do compromisso coletivo com o uso sustentável dos recursos naturais.
“Nós vivemos em uma Região privilegiada de bens naturais. Mas, para que possamos fazer bom uso deles, é preciso compromisso. O conceito de economia circular reconstrói, dá uma nova estrutura para minimizar os impactos na natureza. É uma agenda de agora, porque nós já estamos no futuro. E a tarefa dos que acreditam que é possível transformar este cenário está justamente em trabalhar esta ideia com governos, lideranças e empresas”, afirmou o gestor.
Uma das iniciativas recentes da Sudene que dialogam com os princípios da economia circular é o Data Nordeste, plataforma desenvolvida pela Autarquia para reunir e disponibilizar indicadores econômicos, sociais e ambientais sobre a Região. Ao promover o acesso público a informações estratégicas, a ferramenta contribui para a formulação de políticas públicas alinhadas à sustentabilidade e ao uso eficiente dos recursos naturais. Nesta quarta-feira, o portal apresentou um conteúdo especial sobre o tema, com destaque para o painel de dados sobre descarte de resíduos no Nordeste. O endereço é datanordeste.sudene.gov.br.
Transformação
A embaixadora do Movimento Reinventando Futuros, Liu Berman, destacou a essência colaborativa que move o evento e defendeu a integração entre diferentes setores sociais como caminho para soluções reais. “Este movimento tem o propósito de conectar pessoas, projetos e territórios. A transformação é coletiva e acontece em rede. Por isso, é importante promover este encontro entre empresas, governos e comunidades para gerar soluções reais. Reinventamos formas de viver e colaborar, gerando mais cidadania e criatividade”, afirmou.
Representando o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil), Leonel Neto destacou a urgência de alinhar as estratégias de desenvolvimento à lógica da circularidade e da preservação do planeta. “Não existe a possibilidade de descartar o planeta, porque não há um plano B. É dentro desta lógica que entendemos esta agenda. É preciso, por exemplo, pensar o desenvolvimento industrial a partir da ideia de circularidade. É preciso fomentar políticas públicas para uma visão abrangente de atenção às dimensões econômica, social e ambiental”, afirmou.
Com atividades que seguem até a próxima sexta-feira (17), a programação do Fórum inclui debates, oficinas, mentorias e apresentações de experiências práticas em sustentabilidade e inovação social. A Sudene participa do evento em painéis sobre dados abertos, oportunidades de negócio para solução de problemas socioambientais, sustentabilidade hídrica e economia circular. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site nordesteeconomiacircular.com.br.
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