Por Noélia Brito (Advogada e Procuradora)
No Brasil, 26% da população, ou seja, entre 50 e 60 milhões de pessoas vivem sob o domínio das chamadas facções criminosas, maior índice da América Latina, segundo pesquisa da Cambridge University Press.
Embora a Bahia seja o estado com o maior número de facções ativas (17), seguida por Pernambuco (12) e Mato Grosso do Sul (10), o Rio de Janeiro e São Paulo se destacam por terem originado grupos que se expandiram para outros territórios. No total, o país possui 64 facções ativas, sendo duas com alcance nacional: o PCC e o Comando Vermelho. Os números foram levantados pelo Jornal O Globo, junto a Secretarias Estaduais de Segurança.
Um estudo do Ministério da Justiça identificou um número ainda maior. Segundo o MJ, seriam 88 facções atuando no Brasil, a grande maioria (72) nos limites de seus estados. Mas a crescente interação das duas maiores quadrilhas com o tráfico internacional teria atraído organizações estrangeiras para o país, incluindo cartéis mexicanos e a máfia italiana.
Para além do tráfico de drogas
Facções criminosas lucram R$ 61,5 bilhões no mercado de combustíveis, 4 vezes mais que no tráfico e movimenta mais de R$ 146 bilhões em atividades tidas como lícitas, a exemplo de bebidas, extração de ouro e cigarros, segundo dados do Fórum Nacional de Segurança Pública.
Contratos públicos viraram uma das principais atividades financeiras do crime organizado, que tem investimento em campanhas políticas, como forma de influenciar nesses contratos.
Uma licitação milionária é investigada como motivação para a execução do ex-delegado e ex-chefe da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande
Ruy Ferraz era secretário de Administração de Praia Grande e estava à frente de uma licitação de quase R$ 24 milhões para ampliar o videomonitoramento e Wi-Fi. O pregão foi encerrado no dia da execução do secretário e fechado abaixo de R$ 20 milhões.
Além de integrantes do PCC, presos por participação e execução do crime, pelo menos cinco servidores da Prefeitura foram alvos de mandados na investigação do assassinato de Ruy Ferraz, um dos quais Sandro Rogerio Pardini, subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande.
No Brasil, 26% da população, ou seja, entre 50 e 60 milhões de pessoas vivem sob o domínio das chamadas facções criminosas, maior índice da América Latina, segundo pesquisa da Cambridge University Press.
Embora a Bahia seja o estado com o maior número de facções ativas (17), seguida por Pernambuco (12) e Mato Grosso do Sul (10), o Rio de Janeiro e São Paulo se destacam por terem originado grupos que se expandiram para outros territórios. No total, o país possui 64 facções ativas, sendo duas com alcance nacional: o PCC e o Comando Vermelho. Os números foram levantados pelo Jornal O Globo, junto a Secretarias Estaduais de Segurança.
Um estudo do Ministério da Justiça identificou um número ainda maior. Segundo o MJ, seriam 88 facções atuando no Brasil, a grande maioria (72) nos limites de seus estados. Mas a crescente interação das duas maiores quadrilhas com o tráfico internacional teria atraído organizações estrangeiras para o país, incluindo cartéis mexicanos e a máfia italiana.
Para além do tráfico de drogas
Facções criminosas lucram R$ 61,5 bilhões no mercado de combustíveis, 4 vezes mais que no tráfico e movimenta mais de R$ 146 bilhões em atividades tidas como lícitas, a exemplo de bebidas, extração de ouro e cigarros, segundo dados do Fórum Nacional de Segurança Pública.
Contratos públicos viraram uma das principais atividades financeiras do crime organizado, que tem investimento em campanhas políticas, como forma de influenciar nesses contratos.
Uma licitação milionária é investigada como motivação para a execução do ex-delegado e ex-chefe da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande
Ruy Ferraz era secretário de Administração de Praia Grande e estava à frente de uma licitação de quase R$ 24 milhões para ampliar o videomonitoramento e Wi-Fi. O pregão foi encerrado no dia da execução do secretário e fechado abaixo de R$ 20 milhões.
Além de integrantes do PCC, presos por participação e execução do crime, pelo menos cinco servidores da Prefeitura foram alvos de mandados na investigação do assassinato de Ruy Ferraz, um dos quais Sandro Rogerio Pardini, subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande.
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