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Por Josias de Souza

Eduardo imita o pai e diz que não haverá 2026 se não vier a anistia
Deputado federal Eduardo Bolsonaro discursa em frente à bandeira dos Estados Unidos
Pode-se acusar Eduardo Bolsonaro de qualquer coisa, exceto de falta de coerência. O deputado continua tão insensato quanto há sete meses, quando se auto exilou nos Estados Unidos. Com as sanções que cavou contra o Brasil, o filho de Bolsonaro aprofundou a cova em que caíram o pai e seus aliados. Agora, Eduardo dedica-se a jogar terra em cima da direita.
O clã Bolsonaro guia-se pela lei das compensações reversas. Se um dos seus caprichos é contrariado, a dinastia antevê um apagão da democracia. Nesta quinta-feira, Eduardo postou nas redes: "Sem anistia, não haverá eleições em 2026." Fez lembrar o pai, que alardeava em 2021: "Se não tiver voto impresso, não terá eleição."…
Num vídeo, Eduardo exigiu "liberdade para Bolsonaro". Perguntou: "Cadê a tal união da direita?" Carlos Bolsonaro também foi às redes. Borrifando gasolina no fogo do irmão, esculachou Tarcísio, Zema e Caiado, que prometerem perdoar Bolsonaro: "Chega desse papo de 'eu darei indulto se for eleito' para enganar inocentes.".
A soberba subiu à cabeça da família Bolsonaro pelo elevador. Os oligarcas do centrão gostariam de atirar a maluquice dos filhos pela janela. Para não aborrecer o pai, tentam fazer a insanidade descer pela escada, degrau por degrau. A anistia já ficou para trás. O projeto de redução das penas pode rolar escada abaixo. Em sentido inverso, sobe a escadaria a agenda eleitoral de Lula.

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