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Coluna do Macário Batista em 06 de novembro de 2025



Como facções dominaram áreas e levaram à fuga de centenas de famílias no CE
Facções criminosas que avançam em territórios no Ceará estão forçando moradores de áreas dominadas a deixarem suas casas. Pessoas precisam fugir da violência gerada pela disputa ou imposição desses grupos. Segundo relatório Núcleo de Inteligência Policial, produzido em 17 de outubro, foram registrados 219 eventos de deslocamentos forçados no estado somente este ano, mas da metade na capital — veja os números por cidade: Fortaleza - 143, Maranguape - 19, Maracanaú - 16, Caucaia - 15, Sobral - 7, Pacatuba - 2, Quixadá - 2,Cascavel - 1. "Nos últimos meses, o fenômeno apresentou crescimento significativo, especialmente nas periferias de Fortaleza", diz o relatório, que não indica o número de famílias ou pessoas afetadas. O governo do estado diz que tem atuado para frear essas ações com prisões e investigações em curso. Além de ameaças diretas, o deslocamento também é provocado pela imposição de regras paralelas e pelo controle da circulação de pessoas, o que cria uma sensação de medo. "Nos últimos meses, o fenômeno apresentou crescimento significativo, especialmente nas periferias de Fortaleza", diz o relatório, que não indica o número de famílias ou pessoas afetadas. O governo do estado diz que tem atuado para frear essas ações com prisões e investigações em curso. Além de ameaças diretas, o deslocamento também é provocado pela imposição de regras paralelas e pelo controle da circulação de pessoas, o que cria uma sensação de medo. "Nos últimos meses, o fenômeno apresentou crescimento significativo, especialmente nas periferias de Fortaleza", diz o relatório, que não indica o número de famílias ou pessoas afetadas. O governo do estado diz que tem atuado para frear essas ações com prisões e investigações em curso. Além de ameaças diretas, o deslocamento também é provocado pela imposição de regras paralelas e pelo controle da circulação de pessoas, o que cria uma sensação de medo. Por conta de não pagamento de taxas cobradas, já há registro de mortes, como a do vendedor de espetinho assassinado em agosto por, segundo a polícia, não pagar o valor do reajuste exigido pelo Comando Vermelho para garantir o ponto de venda no município de Itapajé. Um outro caso emblemático recente ocorreu no distrito de Uiraponga, em Morada Nova (215 km de Fortaleza), que tinha cerca de 300 famílias e foi praticamente desocupado por conta da ação de facções. Escola e posto de saúde não escaparam e tiveram as atividades suspensas. 

A frase: "Pessoal, pra minha despedida venham de calça e de sapato". O suplente de deputado estadual Leo Suricate, do Psol, deixando a Assembleia. Seu eleitorado é todo de periferia de Fortaleza.

 
O escuro vazio de Uiraponga e Morada Nova (CE)
Avanço violento de facções (Nota da foto)
O Ceará é um dos estados do país que mais sofre com o avanço das facções, que disputam de forma violenta o controle de territórios. O estado é considerado estratégico por sua localização privilegiada para o recebimento de drogas vindas de países como Bolívia e Colômbia, além da proximidade com Estados Unidos e Europa.

Atuam no estado:
CV (Comando Vermelho); PCC (Primeiro Comando da Capital); TCP (Terceiro Comando Puro), que recentemente absorveu a facção local GDE (Guardiões do Estado) e Massa Carcerária.

Diversificação
Em outro relatório de inteligência, de agosto, a polícia informou que o CV já atua, além de tráfico de drogas, com Política; Serviços de internet; Aplicativos de transporte de passageiros; Setor de combustíveis; Golpes virtuais; Jogos regulamentados (bets) e clandestinos; Bebidas e cigarros falsificados eServiços prestados dentro e fora dos portos e aeroporto.

Grupos têm quatro objetivos
 O documento aponta quatro estratégias principais por trás desse controle e da expulsão de moradores: Controlar as atividades ilícitas e dominar o tráfico de drogas na região. Estabelecer monopólio sobre provedores clandestinos de internet e outros serviços ilegais. Extorquir moradores e comerciantes locais com cobrança de taxas ilegais -- os chamados pedágios. Recrutar jovens para atividades ilícitas, seja por coação ou pela falta de oportunidades.


 

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