Tem um bode na sala
Vexame na Câmara de Tianguá: presidente toma microfone de vereadora, interrompe votação de projeto e ameaça expulsar moradores que o vaiassem
A sessão da Câmara Municipal de Tianguá foi marcada por um episódio de coerção e autoritarismo político nesta semana, quando o vereador Elves Lima, presidente da Casa, tomou o microfone e reassumiu o comando da sessão para impedir a votação de um projeto de lei que garante a continuidade dos serviços de saúde prestados pelo Hospital Madalena Nunes, administrado pela Fundação São Camilo.
Durante a ausência do presidente, a vereadora Nadir Nunes (PSB) conduzia os trabalhos legislativos. A pedido do também vereador José Leôncio (PSB), ela colocou em votação um requerimento que permitia que o projeto de renovação do convênio entre o Município e a Fundação São Camilo fosse apreciado em plenário.
O requerimento foi aprovado por unanimidade, sinalizando a disposição dos parlamentares em dar andamento à matéria que garante o atendimento da população na rede hospitalar local.
No entanto, assim que Nadir anunciou o resultado da votação, Elves Lima retomou abruptamente o controle da sessão, retirou o microfone da vereadora e declarou que, mesmo com a aprovação do requerimento, o projeto de lei não seria colocado em pauta.
Nadir foi surpreendido com a deselegância de Elves Lima, resistiu e permaneceu à frente dos trabalhos. Elves, com microfone, anunciou que o projeto não seria votado na sessão daquele dia.
O gesto gerou indignação entre os presentes, que reagiram com vaias e protestos. O vereador chegou a ameaçar expulsar moradores e servidores municipais que se manifestavam no plenário.
A população, revoltada, cobrou explicações e exigiu a votação imediata do projeto, que trata da manutenção do convênio com a Fundação São Camilo — responsável por grande parte dos atendimentos de urgência e emergência no município.
O impasse expôs o clima de tensão política e o descompasso entre o Legislativo e as demandas da sociedade, deixando em aberto o futuro do atendimento hospitalar da população de Tianguá, que teme a interrupção dos serviços essenciais de saúde caso o convênio não seja renovado.
Uma historinha sobre a Câmara de Tianguá
A Câmara de Tianguá é cheia dessas coisas. Certa feita fui perseguido por toda a cidade e até a entrada da Gruta de Ubajara porque cobri uma sessão muito polêmica da Casa. Havia uma arapuca armada para a equipe de televisão para a qual eu servia. Avisados a tempo desviamos a rota de retorno e conseguimos, na mesma noite publicar o escândalo daquele legislativa.
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