Professora Zuleide assume mandato na Alece e promete levar debate racial à Casa
A Professora Zuleide Queiroz (Psol) vai assumir nesta quinta-feira (6) o mandato na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) na vaga até então ocupada por Léo Suricate (Psol) durante a licença do deputado Renato Roseno (Psol). Eleita deputada estadual na segunda suplência em 2022, com mais de 20 mil votos, Zuleide até recentemente atuou como secretária dos Direitos Humanos do Crato, na gestão do prefeito André Barreto (PT).
Conforme nota da assessoria da futura deputada, a chegada dela ao Parlamento cearense ocorre em um momento carregado de simbolismo, durante o Mês da Consciência Negra, celebrado em novembro. Zuleide se apresenta como a primeira parlamentar da Assembleia do Ceará com o mandato focado na causa racial.
“Estamos comemorando neste mês o Novembro Negro e Zumbi dos Palmares. É um momento importante para reafirmar a luta do povo negro. Estar na Alece significa enegrecer aquele espaço. Serei a primeira parlamentar da Casa com um mandato focado na questão racial. A população tem o direito de ver uma mulher negra representando essa pauta. Não é apenas sobre mim, é sobre abrir caminhos, ocupar espaços de poder e dar visibilidade à presença de mulheres negras”, destaca Zuleide.
A licença de Renato Roseno de 120 dias para tratar de interesse particular foi dividida de modo que Léo Suricate, primeiro suplente do Psol, ficou nos primeiros 90 dias e Zuleide ficará nos últimos 30 dias. Esse rodízio tem sido um recurso utilizado por algumas bancadas de modo a dar oportunidade aos suplentes de poderem assumir o mandato em um momento estratégico, no ano pré-eleitoral.
Zuleide afirma que sua presença na Assembleia será "pedagógica, territorial e ancestral". “Esse mandato é um espaço de diálogo com a sociedade, especialmente com quem historicamente foi excluído. Queremos transformar demandas em propostas concretas e atuar para construir políticas que realmente façam diferença na vida das pessoas”, destaca.
Entre as iniciativas defendidas por Zuleide estão a educação antirracista; a ampliação das cotas raciais; o acesso de pessoas negras, indígenas, trans, quilombolas e ribeirinhas ao ensino superior e a implementação efetiva da Lei 10.639/03 no Ceará, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana em todas as instituições de ensino fundamental e médio.
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