Burrice ou fumaça pra encobrir os 400 do Sóstennes?

 

Quem lacra, não lucra': Políticos pedem boicote à Havaianas, mas funciona?

Fernanda Torres é garota-propaganda de Havaianas desde setembro

Imagem: Divulgação

Um comercial de fim de ano da Havaianas, estrelado pela atriz Fernanda Torres, desencadeou uma onda de críticas e reações nas redes sociais.

Na propaganda, Fernanda diz que 'não deseja que as pessoas comecem o próximo ano com o pé direito' - e, sim, com os dois pés.

Políticos partidários da direita no Brasil viram, no comercial, um recado ideológico velado e passaram a defender um boicote à marca.

Rodrigo Valadares (PL-SE), vice-líder da Oposição na Câmara dos Deputados, afirmou que a marca 'faz campanha política explícita contra a direita' e que segue na batalha 'na defesa de Deus, pátria, família e liberdade'.

O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o deputado federal cassado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, fizeram publicações jogando pares das sandálias no lixo.

'Texto existencial e cultural'

'O texto não é de direita, nem de esquerda. Ele é existencial e cultural. Foi escrito para gerar identificação ampla, reconhecimento imediato e afeto popular. Aliás, o movimento da marca vai exatamente na direção oposta da divisão', diz Ian Black, vice-presidente da agência WMcCann.

Mesmo assim, há alguns anos, as marcas têm optado por não entrar na onda da polarização política no país - mesmo assim, algumas campanhas geraram pedidos de boicotes.

Em 2021, uma campanha do Burger King que mostrava crianças e adolescentes falando sobre homossexualidade causou polêmica. A hashtag #BurgerKingLixo ficou em destaque nas redes sociais, com publicações 'Texto existencial e cultural'

'O texto não é de direita, nem de esquerda. Ele é existencial e cultural. Foi escrito para gerar identificação ampla, reconhecimento imediato e afeto popular. Aliás, o movimento da marca vai exatamente na direção oposta da divisão', diz Ian Black, vice-presidente da agência WMcCann.

Mesmo assim, há alguns anos, as marcas têm optado por não entrar na onda da polarização política no país - mesmo assim, algumas campanhas geraram pedidos de boicotes.

Em 2021, uma campanha do Burger King que mostrava crianças e adolescentes falando sobre homossexualidade causou polêmica. A hashtag #BurgerKingLixo ficou em destaque nas redes sociais, com publicações homofóbicas de perfis que pediam o boicote aos produtos da rede.