O ministro da Educação e ex-governador, Camilo Santana (PT), negou rumores de que ele poderia concorrer ao Governo do Ceará nas eleições de 2026 no lugar do atual governador, Elmano de Freitas (PT). Esses rumores começaram após o nome de Ciro Gomes (PSDB) surgir como o favorito na oposição para enfrentar o atual grupo político no comando do estado na disputa eleitoral do próximo ano.
Camilo, hoje o principal líder dos governistas no Ceará, negou que possa ser candidato e exaltou a gestão de Elmano. "Eu não sou candidato. O Elmano (de Freitas) tem sido um grande governador. Ele tem direito à reeleição e está bem avaliado", disse Camilo em entrevista ao jornal O Globo publicada nessa segunda-feira (15).
O petista, no entanto, fez uma ressalva: "Mas claro que política é dinâmica. O projeto que está em curso no Ceará tem avançado — com muita dificuldade em áreas como a segurança pública, que é um problema no Brasil inteiro... Mas tem avançado na Educação, Saúde e geração de emprego".
Questionado sobre a fala de que a "política é dinâmica", Camilo reafirmou o apoio a Elmano e disse que o aliado é seu candidato à reeleição para o Governo do Estado. Falou também que a "nossa preocupação agora é escolher os nossos senadores".
Sobre as vagas de Senado na chapa de Elmano, o ministro, inclusive, mencionou o impasse dentro do PT e as cobranças que ele recebe da base de aliados sobre a divisão de espaços de poder por meio da composição da chapa.
"Temos um arco de aliança muito grande, e claro que tem pessoas no nosso partido que querem ser candidatos a senador, do próprio PT. Só que os nossos aliados chegam para a gente e dizem: 'Olha, o candidato a presidente já é do PT, nós vamos apoiar. O candidato a governador já é do PT, nós já vamos apoiar. Poxa, vamos também dividir os espaços'. Então tem candidato do MDB, do PSD, do PT, do Republicanos que querem estar na chapa. Na hora certa nós vamos resolver", falou Camilo.
Entre os petistas que pleiteiam uma vaga de Senado na chapa liderada pelo PT no Ceará, está o deputado federal José Guimarães. Ele tem sido firme em persistir na busca por uma dessas vagas, recorrendo à militância e às bases do partido. No último sábado (13) o líder do presidente Lula (PT) na Câmara Federal voltou a defender sua pré-candidatura em uma reunião do Diretório Estadual do PT, que reuniu dirigentes das três principais correntes internas da sigla: Campo Democrático; Campo de Esquerda e Campo Popular.
"A eleição para o Senado aqui é fundamental. Tem outros partidos que querem? Tem, mas o PT não pode deixar de ter um candidato ou candidata. (...) Vocês podem até discordar das minhas posições políticas, mas ninguém tem os mesmos compromissos que eu tenho para a construção desse partido. Portanto, quero sim, eu ajudo para caramba o Elmano em Brasília, os projetos que tratei, eu resolvo tudo, da Transnordestina ao Polo Automotivo", disse.
A deputada federal Luizianne Lins (PT) também lançou seu nome para concorrer ao Senado pela chapa do PT. Nos bastidores, circula a informação de que ela pode até sair da sigla para poder ter a chance de disputar o Senado.
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