Pré-conferência Municipal de Comunicação - tema Comunicação e Juventude
Comunicação e Juventude
Propostas da juventude de Fortaleza para a I Conferência Municipal de Comunicação
A Prefeitura de Fortaleza realiza, no dia 11 de setembro, no auditório do Instituto Municipal de Pesquisas, Administração e Recursos Humanos (Imparh) - Av. João Pessoa, 5609 - Damas, a primeira etapa preparatória municipal para a I Conferência Nacional de Comunicação, com o tema “Juventude e Comunicação”.
Construindo políticas públicas para a comunicação
A Prefeitura de Fortaleza acredita que o principal legado que essa gestão pode deixar pra nossa gente são ações que, independente do governante, marquem e determinem mudanças profundas na vida de cada cidadão. A formação política e técnica na comunicação é um desses casos. Por isso, nosso desejo e empenho para que a Conferência Municipal de Comunicação consiga avançar em temas polêmicos, como a concentração da mídia, a participação popular nas tvs públicas e as concessões das rádios comunitárias.
Estes temas podem e devem ser debatidos continuamente. Por isso, a importância do Seminário de Formação para a Conferência Municipal de Comunicação, realizado em nossa cidade. Agora um novo momento se apresenta. Queremos ouvir a juventude de nossa cidade sobre temas da comunicação que dialogam diretamente com este segmento tão importante para a construção de uma sociedade mais juta e democrática.
O objetivo é reunir as recomendações, propostas e considerações dos jovens de Fortaleza para políticas públicas em comunicação. Juntos podemos traçar novos rumos para a comunicação em Fortaleza, no Ceará e seguirmos rumo à Conferência Nacional de Comunicação, marcada para dezembro, em Brasília.
Público esperado: 200 jovens.
Propostas da juventude de Fortaleza para a I Conferência Municipal de Comunicação
A Prefeitura de Fortaleza realiza, no dia 11 de setembro, no auditório do Instituto Municipal de Pesquisas, Administração e Recursos Humanos (Imparh) - Av. João Pessoa, 5609 - Damas, a primeira etapa preparatória municipal para a I Conferência Nacional de Comunicação, com o tema “Juventude e Comunicação”.
Construindo políticas públicas para a comunicação
A Prefeitura de Fortaleza acredita que o principal legado que essa gestão pode deixar pra nossa gente são ações que, independente do governante, marquem e determinem mudanças profundas na vida de cada cidadão. A formação política e técnica na comunicação é um desses casos. Por isso, nosso desejo e empenho para que a Conferência Municipal de Comunicação consiga avançar em temas polêmicos, como a concentração da mídia, a participação popular nas tvs públicas e as concessões das rádios comunitárias.
Estes temas podem e devem ser debatidos continuamente. Por isso, a importância do Seminário de Formação para a Conferência Municipal de Comunicação, realizado em nossa cidade. Agora um novo momento se apresenta. Queremos ouvir a juventude de nossa cidade sobre temas da comunicação que dialogam diretamente com este segmento tão importante para a construção de uma sociedade mais juta e democrática.
O objetivo é reunir as recomendações, propostas e considerações dos jovens de Fortaleza para políticas públicas em comunicação. Juntos podemos traçar novos rumos para a comunicação em Fortaleza, no Ceará e seguirmos rumo à Conferência Nacional de Comunicação, marcada para dezembro, em Brasília.
Público esperado: 200 jovens.
Patrimônio tombado oferece escola de música para jovens

Por Honório Barbosa
Do site Miséria
Após vários anos abandonado e em ruínas, o sobrado do Canela Preta, nesta cidade, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e restaurado com recursos do Programa Monumenta do Ministério da Cultura. O espaço abriu suas portas para funcionar o Núcleo de Música, que ensina a centenas de jovens noções básicas de violão, teclado, bateria, percussão, sopro em instrumentos de metais e madeira e canto coral.
O projeto, que objetiva a inclusão social de alunos da escola pública municipal e o incentivo à arte musical, foi implantado em 2007, e retomado neste semestre com um número recorde de 500 participantes, divididos em 41 turmas, distribuídas nos turnos da manhã, tarde e noite. Se antes o imóvel histórico estava fechado e prestes a ruir, depois de ser totalmente reformado, abriga um programa cultural inédito no município e importante para o crescimento artístico e pessoal de crianças, adolescentes e até de um grupo da terceira idade.
Quem passa ao lado do casarão, localizado no Largo do Theberge, centro histórico da cidade, agora escuta o som dos instrumentos ecoar pelas janelas centenárias, despertando a atenção do transeunte e ativando a sua curiosidade. Em seu interior, está funcionando o Núcleo de Música Sobrado do Canela Preta, uma iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com apoio da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e do Programa Monumenta. As oficinas de artes começam a mudar a vida de crianças e adolescentes que têm na música uma oportunidade de crescimento integral. "É um projeto inovador que faz parte de um conjunto de ações culturais que está em andamento no município", explica a secretária de Cultura, Jequélia Alcântara. "Somos uma cidade tombada como patrimônio histórico nacional e agora o nosso esforço é para que o conjunto de imóveis restaurados funcione plenamente, atende à população e aos turistas".
As obras de restauração do Sobrado do Canela Preta demoraram quase sete anos e foram concluídas em 2007. O Programa Monumenta saiu do papel e ganhou efeito prático, beneficiando os moradores. No primeiro ano, foram oferecidas oficinas de música para centenas de alunos, mas em 2008, o projeto praticamente esteve paralisado em face de problemas administrativos que inviabilizaram a normalização das ações.
As primeiras oficinas contaram com a vinda de professores especializados de música de Fortaleza. Alguns renomados, como Davi Calandrine, de violão; e Rodolfo Forte, da sanfona. O custo de passagem e de hospedagem, entretanto, inviabilizou a continuidade da contratação dos docentes da Capital. "Optamos por professores da região", explicou o coordenador pedagógico do Núcleo de Música do Sobrado do Canela Preta, Daniel Bruno Martins.
Para este ano, a Prefeitura de Icó obteve R$ 50 mil por meio do projeto em Formação em Rede da Secult para assegurar o funcionamento das oficinas de música, que têm duração de seis meses. As aulas se estendem até o fim do ano. O convênio foi firmado por meio da Associação dos Produtores de Artesanato, Gestores Culturais e de Artistas de Icó.
A idéia dos organizadores é dar continuidade ao projeto em 2010, com uma inovação. "Estamos elaborando um novo projeto que prevê a participação dos alunos da rede pública municipal de ensino, em tempo integral", contou Martins. "Acreditamos que a música vai incentivar e favorecer a aprendizagem escolar", aposta.
Os alunos mostram-se empolgados com a oportunidade de aprendizagem. Em uma das oficinas de violão, o professor Genival Teixeira disse que a turma está motivada. "A maioria está começando agora, tendo o primeiro contato com o instrumento", disse. "Muitos levam o violão no fim de semana para praticar em casa". As aulas são de teoria e prática.
A Secretaria de Cultura de Icó pretende ampliar o leque de oferta das aulas de música, com o retorno da sanfona e a introdução de piano. Outra idéia é o pagamento de uma bolsa para alunos-monitores.
As manchetes deste domingo
- Globo: Mais da metade do cerrado brasileiro já foi desmatado
- Folha: Brasil vai fechar com França maior contrato militar
- Estadão: Governo freia concessões para infraestrutura
- JB: Exclusivo – Brasil já sabe fazer a bomba atômica
- Correio Braziliense: Crime da 113 Sul – Casal Villela pode ter sido morto por encomenda
- Veja: Alcoolismo – É possível prevenir a doença sem cortar a bebida
- Época: Pré-sal – Dádiva ou ilusão?
- IstoÉ: Olhe-se no espelho e descubra como melhorar a autoestima
- IstoÉ Dinheiro: O homem de R$ 20 bilhões
- CartaCapital: Tudo igual, 56 anos depois
- Exame: A nova economia americana
- Folha: Brasil vai fechar com França maior contrato militar
- Estadão: Governo freia concessões para infraestrutura
- JB: Exclusivo – Brasil já sabe fazer a bomba atômica
- Correio Braziliense: Crime da 113 Sul – Casal Villela pode ter sido morto por encomenda
- Veja: Alcoolismo – É possível prevenir a doença sem cortar a bebida
- Época: Pré-sal – Dádiva ou ilusão?
- IstoÉ: Olhe-se no espelho e descubra como melhorar a autoestima
- IstoÉ Dinheiro: O homem de R$ 20 bilhões
- CartaCapital: Tudo igual, 56 anos depois
- Exame: A nova economia americana
Não deixe de ler até o final
Deu na Veja
'Estou preparado para a morte'
Na semana passada, o vice-presidente da República, José Alencar, de 77 anos, deu início a mais uma batalha contra o câncer. É o 11º tratamento ao qual ele se submete na tentativa de controlar o sarcoma, um câncer agressivo e recidivo, diagnosticado pela primeira vez em 2006.
A abordagem de agora consiste em quatro sessões semanais de quimioterapia. A químio foi decidida pelos médicos uma vez que o câncer de Alencar, com vários nódulos na região do abdômen, não respondeu a uma medicação ainda em fase experimental, em testes no hospital MD Anderson, centro de excelência em pesquisas oncológicas, nos Estados Unidos.
Desde o início desse tratamento, em maio, o sarcoma cresceu cerca de 30%. A químio é uma tentativa de conter o alastramento do tumor. Visivelmente abatido, quase 10 quilos mais magro, Alencar recebeu a repórter Adriana Dias Lopes na sala 215 do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, enquanto passava pela primeira sessão de químio.
O encontro durou cerca de uma hora. Nos primeiros dez minutos, o vice-presidente comeu dois hambúrgueres e tomou um copo de leite. Alencar chorou duas vezes. Ao falar de seus pais e da humildade, a virtude que, segundo ele, a doença lhe ensinou.
Como o senhor está se sentindo?
Está tudo ótimo: pressão, temperatura, coração e memória. Tenho apetite, inclusive – só não como torresmo porque não me servem. O meu problema é o tumor. Tenho consciência de que o quadro é, no mínimo, dificílimo – para não dizer impossível, sob o ponto de vista médico. Mas, como para Deus nada é impossível, estou entregue em Suas mãos.
Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico, sua doença é incurável?
Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos e logo me contaram. E não poderia ser diferente, pois sempre pedi para estar plenamente informado. A informação me tranquiliza. Ela me dá armas para lutar. Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente quando me refiro à doença em público – ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar, mas com o câncer do vice-presidente, sim. Um homem público com cargo eletivo não se pertence.
O senhor costuma usar o futebol como metáfora para explicar a sua luta contra a doença. Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0. De outra, que estava empatado. E, agora, qual é o placar?
Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado para viver o momento mais prazeroso de uma partida: vibrar quando faço um gol. Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.
Como a doença alterou a sua rotina?
Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que "o trem está bom ou ruim". O trem está ficando feio para o meu lado. Minha vida começou a mudar nos últimos meses. Ando cansado. O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira. Ando um pouco e já me canso. Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia (desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga, onde são colocadas bolsas plásticas), herança da última cirurgia, em julho. Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente. O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever. Mas, às vezes, preciso de ajuda. Tenho a minha mulher, Mariza, e a Jaciara (enfermeira da Presidência da República) para me auxiliarem com a colostomia. Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar, recorro a outros dois enfermeiros, o Márcio e o Dirceu. Sou atendido por eles no próprio gabinete. Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro, chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto. Sem drama nenhum.
O senhor não passa por momentos de angústia?
Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia. Eu lhe responderia o seguinte: desconheço esse sentimento. Nunca tive isso. Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.
O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?
A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.
É penoso para o senhor praticar a humildade?
Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel Srougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.
Essa sua consideração não seria uma forma de se preparar para a morte?
Provavelmente, sim. Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração: "Livrai-nos da morte repentina". O que significa isso? Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir.
O senhor tem medo da morte?
Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos. A morte para mim hoje seria um prêmio. Tornei-me uma pessoa muito melhor. Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida. A luta é um princípio cristão, inclusive. Vivo dia após dia de forma plena. Até porque nem o melhor médico do mundo é capaz de prever o dia da morte de seu paciente. Isso cabe a Deus, exclusivamente.
O senhor se deu conta da comoção nacional que tem provocado?
Não há fortuna no mundo capaz de retribuir o carinho dos brasileiros. Sou um privilegiado. Você não imagina a quantidade de manifestações afetuosas que tenho recebido. Um dia desses me disseram que, ao morrer, iria encontrar meu pai, falecido há mais de cinquenta anos. Aquilo me emocionou profundamente. Se for para me encontrar com mamãe e papai, quero morrer agora. A esperança de encontrar pessoas queridas é um alento muito grande – e uma grande razão para não ter medo do momento da morte.
O senhor se tornou mais devoto com a doença?
Sou de família católica, mas nunca fui de ir à missa. Nem agora faço isso. Quando a coisa aperta, rezo o pai-nosso. Ultimamente, tenho rezado umas duas, três vezes ao dia.
Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?
Abraçaria a Mariza e diria: "Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".
'Estou preparado para a morte'
Na semana passada, o vice-presidente da República, José Alencar, de 77 anos, deu início a mais uma batalha contra o câncer. É o 11º tratamento ao qual ele se submete na tentativa de controlar o sarcoma, um câncer agressivo e recidivo, diagnosticado pela primeira vez em 2006.
A abordagem de agora consiste em quatro sessões semanais de quimioterapia. A químio foi decidida pelos médicos uma vez que o câncer de Alencar, com vários nódulos na região do abdômen, não respondeu a uma medicação ainda em fase experimental, em testes no hospital MD Anderson, centro de excelência em pesquisas oncológicas, nos Estados Unidos.
Desde o início desse tratamento, em maio, o sarcoma cresceu cerca de 30%. A químio é uma tentativa de conter o alastramento do tumor. Visivelmente abatido, quase 10 quilos mais magro, Alencar recebeu a repórter Adriana Dias Lopes na sala 215 do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, enquanto passava pela primeira sessão de químio.
O encontro durou cerca de uma hora. Nos primeiros dez minutos, o vice-presidente comeu dois hambúrgueres e tomou um copo de leite. Alencar chorou duas vezes. Ao falar de seus pais e da humildade, a virtude que, segundo ele, a doença lhe ensinou.
Como o senhor está se sentindo?
Está tudo ótimo: pressão, temperatura, coração e memória. Tenho apetite, inclusive – só não como torresmo porque não me servem. O meu problema é o tumor. Tenho consciência de que o quadro é, no mínimo, dificílimo – para não dizer impossível, sob o ponto de vista médico. Mas, como para Deus nada é impossível, estou entregue em Suas mãos.
Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico, sua doença é incurável?
Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos e logo me contaram. E não poderia ser diferente, pois sempre pedi para estar plenamente informado. A informação me tranquiliza. Ela me dá armas para lutar. Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente quando me refiro à doença em público – ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar, mas com o câncer do vice-presidente, sim. Um homem público com cargo eletivo não se pertence.
O senhor costuma usar o futebol como metáfora para explicar a sua luta contra a doença. Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0. De outra, que estava empatado. E, agora, qual é o placar?
Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado para viver o momento mais prazeroso de uma partida: vibrar quando faço um gol. Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.
Como a doença alterou a sua rotina?
Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que "o trem está bom ou ruim". O trem está ficando feio para o meu lado. Minha vida começou a mudar nos últimos meses. Ando cansado. O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira. Ando um pouco e já me canso. Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia (desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga, onde são colocadas bolsas plásticas), herança da última cirurgia, em julho. Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente. O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever. Mas, às vezes, preciso de ajuda. Tenho a minha mulher, Mariza, e a Jaciara (enfermeira da Presidência da República) para me auxiliarem com a colostomia. Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar, recorro a outros dois enfermeiros, o Márcio e o Dirceu. Sou atendido por eles no próprio gabinete. Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro, chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto. Sem drama nenhum.
O senhor não passa por momentos de angústia?
Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia. Eu lhe responderia o seguinte: desconheço esse sentimento. Nunca tive isso. Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.
O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?
A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.
É penoso para o senhor praticar a humildade?
Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel Srougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.
Essa sua consideração não seria uma forma de se preparar para a morte?
Provavelmente, sim. Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração: "Livrai-nos da morte repentina". O que significa isso? Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir.
O senhor tem medo da morte?
Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos. A morte para mim hoje seria um prêmio. Tornei-me uma pessoa muito melhor. Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida. A luta é um princípio cristão, inclusive. Vivo dia após dia de forma plena. Até porque nem o melhor médico do mundo é capaz de prever o dia da morte de seu paciente. Isso cabe a Deus, exclusivamente.
O senhor se deu conta da comoção nacional que tem provocado?
Não há fortuna no mundo capaz de retribuir o carinho dos brasileiros. Sou um privilegiado. Você não imagina a quantidade de manifestações afetuosas que tenho recebido. Um dia desses me disseram que, ao morrer, iria encontrar meu pai, falecido há mais de cinquenta anos. Aquilo me emocionou profundamente. Se for para me encontrar com mamãe e papai, quero morrer agora. A esperança de encontrar pessoas queridas é um alento muito grande – e uma grande razão para não ter medo do momento da morte.
O senhor se tornou mais devoto com a doença?
Sou de família católica, mas nunca fui de ir à missa. Nem agora faço isso. Quando a coisa aperta, rezo o pai-nosso. Ultimamente, tenho rezado umas duas, três vezes ao dia.
Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?
Abraçaria a Mariza e diria: "Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".
Atenção sandalhinhas
É a nova coqueluche do YouTube: cenas de sexo no filme Gina (foram cortadas para exibição comercial) onde Angelina Jolie vive uma personagem lésbica e aparece em cenas de sexo com a personagem da atriz Elisabeth Mitchell. Um trecho foi antecipado pelo site do jornal The Sun e aí, virou festa. No final do trecho, Angelina vira para a outra e diz: “Hoje, eu vou ser o rei e você, a rainha”. Gina conta a história de uma modelo que contraiu o vírus HIV e morreu aos 26 anos.
Filhos da mesma barriga...
Há uma distância entre a gestão da Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil em relação aos clientes pessoa jurídica. Hoje, na Caixa, pode-se descontar uma duplicata a 0,99% ao mês; já no BB, empresas com parcelas de financiamento atrasadas e que querem renegociar, enfrentam uma taxa de 4,5% ao mês.
Gazeteiros
Levantamento feito na Câmara Federal revela que a média de falta de deputados nas reuniões das comissões permanentes (são as que analisam projetos de lei) é de 39% neste ano. O campeão é Jader Barbalho (PMDB-PA) que nunca apareceu em nenhuma reunião – e justificou 25 delas. Na segunda colocação, outro peemedebista, Henrique Alves (RN): faltou a 97% das reuniões. O presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), malgrado as demais atribuições do cargo, faltou a 87% das reuniões das comissões: é o quinto da lista.
Penso eu: De um desconfio o que andaria fazendo; cuidando dos negócios do DNOCS na terra natal.
Penso eu: De um desconfio o que andaria fazendo; cuidando dos negócios do DNOCS na terra natal.
Provando do veneno
Contra Protógenes
Não é apenas o bloco do PDT liderado por Paulinho Pereira da Silva, da Força Sindical, que está mais do que revoltado com a filiação do delegado Protógenes Queiróz no PCdoB: a cúpula do PSOL de Heloisa Helena está soltando fogo pelas narinas. Durante meses, financiou viagens de Protógenes pelo Brasil, pagando contas de hotéis, alimentação e até arrumando um cachê para ele, dependendo de onde ele iria fazer uma palestra e agora, sente-se passada para trás. Detalhe: as passagens que o delegado usava eram todas fornecidas pelas cotas dos deputados do PSOL na Câmara. Ou seja: com dinheiro do contribuinte.
Não é apenas o bloco do PDT liderado por Paulinho Pereira da Silva, da Força Sindical, que está mais do que revoltado com a filiação do delegado Protógenes Queiróz no PCdoB: a cúpula do PSOL de Heloisa Helena está soltando fogo pelas narinas. Durante meses, financiou viagens de Protógenes pelo Brasil, pagando contas de hotéis, alimentação e até arrumando um cachê para ele, dependendo de onde ele iria fazer uma palestra e agora, sente-se passada para trás. Detalhe: as passagens que o delegado usava eram todas fornecidas pelas cotas dos deputados do PSOL na Câmara. Ou seja: com dinheiro do contribuinte.
Chega de bandido. Manda o deles de volta.
Advogado confia que
STF vai extraditar Battisti
O advogado Nabor Bulhões, que defende do Estado italiano no processo de extradição do terrorista Cesare Battisti, lamenta muito a ausência do ministro Carlos Alberto Menezes Direito no julgamento do dia 9, quando o Supremo Tribunal Federal decidirá se o processo contra o bandido será julgado. Para Bulhões, Direito certamente daria um voto “extremamente bem fundamentado”, que poderia influir na decisão de seus colegas, como fez no da demarcação da reserva indígena Raposa Terra do Sol. Mesmo assim, o advogado e sua equipe estavam ontem (sexta) bem confiantes, na hora da entrega dos memoriais para o julgamento. O terrorista atuava no grupo extremista “Proletários Armados pelo Comunismo (PAC)” e foi condenado a prisão perpétua pela execução de quatro pessoas inocentes. Seus ex-comparsas testemunharam que ele sentia prazer vendo o sangue jorrar de suas vítimas. Battisti foi beneficiado com a concessão de “refúgio político” pelo ministro Tarso Genro (Justiça), que confundiu terrorismo com fantasioso “heroísmo político” e ignorou o fato de a Itália ser uma democracia, onde as instituições funcionam, sobretudo a Justiça.
Penso eu: Já temos bastante aqui. Pra que abrigar mais um.
STF vai extraditar Battisti
O advogado Nabor Bulhões, que defende do Estado italiano no processo de extradição do terrorista Cesare Battisti, lamenta muito a ausência do ministro Carlos Alberto Menezes Direito no julgamento do dia 9, quando o Supremo Tribunal Federal decidirá se o processo contra o bandido será julgado. Para Bulhões, Direito certamente daria um voto “extremamente bem fundamentado”, que poderia influir na decisão de seus colegas, como fez no da demarcação da reserva indígena Raposa Terra do Sol. Mesmo assim, o advogado e sua equipe estavam ontem (sexta) bem confiantes, na hora da entrega dos memoriais para o julgamento. O terrorista atuava no grupo extremista “Proletários Armados pelo Comunismo (PAC)” e foi condenado a prisão perpétua pela execução de quatro pessoas inocentes. Seus ex-comparsas testemunharam que ele sentia prazer vendo o sangue jorrar de suas vítimas. Battisti foi beneficiado com a concessão de “refúgio político” pelo ministro Tarso Genro (Justiça), que confundiu terrorismo com fantasioso “heroísmo político” e ignorou o fato de a Itália ser uma democracia, onde as instituições funcionam, sobretudo a Justiça.
Penso eu: Já temos bastante aqui. Pra que abrigar mais um.
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