Jogada orquestrada
Quando Lula mudou as regras do jogo de telefonia, permitiu que o grupo que unia a empreiteira Andrade Gutierrez e LaFonte (Carlos Jereissatti) adquirissem também o controle da telefonia celular do Nordeste, onde está a maior concentração dos beneficiários do Bolsa-Família. A idéia do ministro Hélio Costa de lançar a Bolsa-Celular, às vésperas de um ano eleitoral, beneficiará – e muito – a Oi, ainda distante da Vivo (precisa atrair mais 15 milhões de usuários). E como na empreitada a idéia é dar isenção da taxa do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações, quem vai pagar a jogada é o contribuinte. O lado surpreendente é que o projeto original foi gestado na TIM.
Deu no Giba
Tudo pela Norminha

Entre tantos depoimentos de figuras conhecidas (e desconhecidas também) relatando onde estavam e o que faziam na noite de terça-feira, o da atriz Dira Paes, a Norminha de Caminho das Índias, ilustra bem o quanto a famosa personagem alimentou os sonhos mais secretos de milhões de brasileiros. Ela estava num hotel em São Paulo, onde fora acertar um comercial, já se preparava para dormir, havia pedido um chá e, de repente, a luz apagou. Conformada, ia se deitar e bateram na porta: era o funcionário do serviço de copa – e trazendo o chá: “Pela Norminha, vou até outro planeta!” Subira 22 andares e levou um boa gorjeta: um real por andar.
deu na folha de s.paulo
"Você vai ser presidente um dia", diz Dirceu a Aécio
"Minas não perdoará nunca o PSDB por lançar o Serra candidato a presidente." A frase foi dita pelo ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), um mineiro radicado em São Paulo, diretamente ao governador tucano Aécio Neves (MG). Os dois se encontraram casualmente ontem no Aeroporto de Brasília, quando deixavam a capital depois de encontros políticos.
Após ouvir a frase, Aécio se limitou a sorrir. O ex-ministro, em seguida, afirmou acreditar que esse sentimento mineiro levará o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a não ter muitos votos no segundo colégio eleitoral do país.
Tratando Serra como o candidato tucano a presidente em 2010, José Dirceu disse ainda que Aécio "seria um candidato mais difícil para nós" e que ele é "novo, pode esperar e um dia vai ser presidente". Ao cumprimentar Aécio, José Dirceu o chamou de "meu governador". O mineiro foi logo explicando à Folha, que presenciou a conversa. "Ele nasceu lá em Minas."
Convidado a se juntar à conversa, Dirceu disse que as últimas críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a Lula "não ajudam nem o Serra nem o Aécio". O tucano mineiro, primeiro, fez questão de defender FHC. "Ele foi responsável por grandes avanços no país." Depois, admitiu que a comparação entre os governos FHC e Lula não será favorável aos tucanos. "Se formos ficar comparando números, não será bom para nós. Temos de escapar dessa armadilha. Por isso sou contra essa polarização", afirmou.
Aécio é Lula
"Minas não perdoará nunca o PSDB por lançar o Serra candidato a presidente." A frase foi dita pelo ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), um mineiro radicado em São Paulo, diretamente ao governador tucano Aécio Neves (MG). Os dois se encontraram casualmente ontem no Aeroporto de Brasília, quando deixavam a capital depois de encontros políticos.
Após ouvir a frase, Aécio se limitou a sorrir. O ex-ministro, em seguida, afirmou acreditar que esse sentimento mineiro levará o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a não ter muitos votos no segundo colégio eleitoral do país.
Tratando Serra como o candidato tucano a presidente em 2010, José Dirceu disse ainda que Aécio "seria um candidato mais difícil para nós" e que ele é "novo, pode esperar e um dia vai ser presidente". Ao cumprimentar Aécio, José Dirceu o chamou de "meu governador". O mineiro foi logo explicando à Folha, que presenciou a conversa. "Ele nasceu lá em Minas."
Convidado a se juntar à conversa, Dirceu disse que as últimas críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a Lula "não ajudam nem o Serra nem o Aécio". O tucano mineiro, primeiro, fez questão de defender FHC. "Ele foi responsável por grandes avanços no país." Depois, admitiu que a comparação entre os governos FHC e Lula não será favorável aos tucanos. "Se formos ficar comparando números, não será bom para nós. Temos de escapar dessa armadilha. Por isso sou contra essa polarização", afirmou.
Aécio é Lula
Banco do Brasil tem lucro de R$ 2 bi
O presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, informou nesta quinta (12), que o lucro líquido da instituição no terceiro trimestre foi de R$ 2 bilhões. No acumulado do ano, foram R$ 6 bilhões, 2,3% a mais que o total de janeiro a setembro de 2008. O retorno sobre o patrimônio líquido alcançou 26,2%. O balanço do terceiro trimestre mostra que as receitas financeiras aumentaram 24,3%, de janeiro a setembro deste ano sobre o mesmo período de 2008, totalizando R$ 47,3 bilhões. Já o volume de crédito em setembro somou R$ 285,5 bilhões, ou 41,2% superior ao de setembro do ano passado.
Novo diretor do Memorial Padre Cícero quer proximidade com o Sistema Nacional de Museus

Por Demontier Tenório
Juazeiro do Norte-CE:
Nomeado no início deste mês, o novo presidente da Fundação Memorial Padre Cícero, Antonio Renato Soares de Casimiro, elegeu quatro prioridades na sua gestão iniciada no último dia 9 de novembro. Uma delas é aproximar relações com o Sistema Nacional de Museus por ver ali um local marcante que reverencia "um personagem da maior importância que é o Padre Cícero Romão Batista". O intuito é conquistar apoios privados de empresas que fomentam a cultura.
Ele vê no Memorial um misto de museu, arquivo, centro de convenções e ostenta outra meta que é a de capacitar o quadro de servidores. "É preciso que eles se tornem mais ligados no papel a ser desempenhado", explicou Renato Casimiro. O novo presidente também avisou que vai levar adiante a idéia de uma reforma nos estatutos que, para ele, estão defasados. "Precisa ser atualizado e modernizado a fim de cumprir efetivamente o papel para o qual foi criado", explicou.
A outra reforma que pretende é do ponto de vista estrutural. Na vistoria que fez, ele concluiu que a central de ar e o sistema de som estão obsoletos e não atende mais as necessidades. Segundo Renato, não é diferente com as partes elétricas e hidráulicas que precisam de revisões, além do piso e carpetes destruídos. Das cerca de 340 cadeiras no auditório do Memorial, a metade está quebrada. "De fato, precisa de uma recuperação total", salientou.
Essa reestruturação, o presidente define como o resgate de um espaço que se constitui num dos símbolos mais importantes na história de Juazeiro e considera que será um presente para o município na festa dos seus 100 anos de emancipação política. "Se conseguir implantar essas medidas me daria por satisfeito nesse desafio de gerir a fundação", falou Renato sem antes agradecer a confiança que lhe foi depositada pelo prefeito Manoel Santana.
DADOS – Renato Casimiro é engenheiro químico, possui doutorado em Microbiologia de Alimentos e professor aposentado da Universidade Federal do Ceará (UFC). É membro da Academia de Química do Ceará e um juazeirense muito dedicado às coisas de sua terra natal, destacando-se como escritor, pesquisador e memorialista, com vários trabalhos publicados. É, também, membro da Comissão Organizadora do Centenário de Juazeiro, do ICVC (Instituto Cultural do Vale Caririense) e fundador do Ipesc (Instituto José Marrocos de Pesquisas e Estudos Sócio-Culturais).
Deu no Miséria
A arte abre as portas para o Cariri -
Com a presença de mais de 600 artistas, 11 países e um público estimado em mais de 300 mil pessoas, durante uma semana, será aberta oficialmente hoje, em Crato, para todo o Cariri, a 11ª Edição da Mostra SESC Cariri de Cultura. A solenidade acontece no Centro Cultural do Araripe, a partir das 19 horas e toda a população é convidada a participar do evento. Na ocasião, o presidente da Fecomércio, Luís Gastão Bittencourt receberá o título de Cidadão Cratense, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal do Crato, em reconhecimento aos benefícios que o Sistema Fecomércio tem desenvolvido na região do Cariri. A entrega da homenagem acontece no auditório do Centro Cultural, onde, em seguida, será realizada uma coletiva com a imprensa, numa entrevista concedida por Luís Gastão.
A Mostra SESC Cariri de Cultura a cada ano vem tendo crescimento na região, envolvendo mais artistas e a sociedade, num grande congraçamento da cultura. Vários setores são beneficiados com o evento. Os hotéis, principalmente das cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha ficam lotados, restaurantes, as noites caririenses ficam mais movimentadas, proporcionando também aquecimento da economia regional. O resultado de uma grande mobilização que acontece durante o ano todo, por vários profissionais, fará parte de apresentações artísticas em seus mais diversos contextos, de 13 a 26 de novembro, no Cariri e em Fortaleza, promovendo a integração cultural e a troca de experiências em seus mais diversos níveis.
A solenidade contará com a presença de diversas autoridades convidadas, a exemplo dos vereadores, o prefeito da cidade, Samuel Araripe e secretários. A abertura será feita por Luís Gastão. Em seguida serão realizadas apresentações culturais. O Centro Cultural do Araripe é um dos palcos do Cariri onde serão apresentados espetáculos artísticos, que durante a mostra se revelam nas artes cênicas, visuais, literatura, música, audiovisual e até excursões gastronômicas, além de passeios, debates e oficinas. Entre os artistas internacionais que desembarcam no Cariri estão representantes de Cuba e da Finlândia.
Todo esse público acompanha os espetáculos nos espaços localizados em quatro pólos; nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Nova Olinda. Durante a mostra, o Circuito Patativa do Assaré vai levar apresentações itinerantes para outros 11 municípios. E, a partir do dia 21 de novembro, o Cariri chega em Fortaleza, onde ocorrem espetáculos para todos os públicos. Enquanto a mostra estiver no Cariri, as apresentações vão se concentrar em locais como o SESC Crato; o Centro Cultural Araripe; a Praça da Sé; o Teatro Municipal de Crato; o SENAC Crato; o Crato Tênis Clube; o Memorial Padre Cícero, o Largo do Memorial, a Praça Padre Cícero; a Praça Central de Barbalha; o Teatro Neroly; a Escola de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau e o Teatro Violeta Arraes. Os artistas que participam da mostra, entretanto, também descem do palco, transformando o público em parte do espetáculo.
A Mostra SESC Cariri de Cultura a cada ano vem tendo crescimento na região, envolvendo mais artistas e a sociedade, num grande congraçamento da cultura. Vários setores são beneficiados com o evento. Os hotéis, principalmente das cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha ficam lotados, restaurantes, as noites caririenses ficam mais movimentadas, proporcionando também aquecimento da economia regional. O resultado de uma grande mobilização que acontece durante o ano todo, por vários profissionais, fará parte de apresentações artísticas em seus mais diversos contextos, de 13 a 26 de novembro, no Cariri e em Fortaleza, promovendo a integração cultural e a troca de experiências em seus mais diversos níveis.
A solenidade contará com a presença de diversas autoridades convidadas, a exemplo dos vereadores, o prefeito da cidade, Samuel Araripe e secretários. A abertura será feita por Luís Gastão. Em seguida serão realizadas apresentações culturais. O Centro Cultural do Araripe é um dos palcos do Cariri onde serão apresentados espetáculos artísticos, que durante a mostra se revelam nas artes cênicas, visuais, literatura, música, audiovisual e até excursões gastronômicas, além de passeios, debates e oficinas. Entre os artistas internacionais que desembarcam no Cariri estão representantes de Cuba e da Finlândia.
Todo esse público acompanha os espetáculos nos espaços localizados em quatro pólos; nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Nova Olinda. Durante a mostra, o Circuito Patativa do Assaré vai levar apresentações itinerantes para outros 11 municípios. E, a partir do dia 21 de novembro, o Cariri chega em Fortaleza, onde ocorrem espetáculos para todos os públicos. Enquanto a mostra estiver no Cariri, as apresentações vão se concentrar em locais como o SESC Crato; o Centro Cultural Araripe; a Praça da Sé; o Teatro Municipal de Crato; o SENAC Crato; o Crato Tênis Clube; o Memorial Padre Cícero, o Largo do Memorial, a Praça Padre Cícero; a Praça Central de Barbalha; o Teatro Neroly; a Escola de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau e o Teatro Violeta Arraes. Os artistas que participam da mostra, entretanto, também descem do palco, transformando o público em parte do espetáculo.
De NY
Brazil
Brazil takes off
Nov 12th 2009
From The Economist print edition
Now the risk for Latin America’s big success story is hubris
WHEN, back in 2003, economists at Goldman Sachs bracketed Brazil with Russia, India and China as the economies that would come to dominate the world, there was much sniping about the B in the BRIC acronym. Brazil? A country with a growth rate as skimpy as its swimsuits, prey to any financial crisis that was around, a place of chronic political instability, whose infinite capacity to squander its obvious potential was as legendary as its talent for football and carnivals, did not seem to belong with those emerging titans.
Now that scepticism looks misplaced. China may be leading the world economy out of recession but Brazil is also on a roll. It did not avoid the downturn, but was among the last in and the first out. Its economy is growing again at an annualised rate of 5%. It should pick up more speed over the next few years as big new deep-sea oilfields come on stream, and as Asian countries still hunger for food and minerals from Brazil’s vast and bountiful land. Forecasts vary, but sometime in the decade after 2014—rather sooner than Goldman Sachs envisaged—Brazil is likely to become the world’s fifth-largest economy, overtaking Britain and France. By 2025 São Paulo will be its fifth-wealthiest city, according to PwC, a consultancy.
And, in some ways, Brazil outclasses the other BRICs. Unlike China, it is a democracy. Unlike India, it has no insurgents, no ethnic and religious conflicts nor hostile neighbours. Unlike Russia, it exports more than oil and arms, and treats foreign investors with respect. Under the presidency of Luiz Inácio Lula da Silva, a former trade-union leader born in poverty, its government has moved to reduce the searing inequalities that have long disfigured it. Indeed, when it comes to smart social policy and boosting consumption at home, the developing world has much more to learn from Brazil than from China. In short, Brazil suddenly seems to have made an entrance onto the world stage. Its arrival was symbolically marked last month by the award of the 2016 Olympics to Rio de Janeiro; two years earlier, Brazil will host football’s World Cup.
At last, economic sense
In fact, Brazil’s emergence has been steady, not sudden. The first steps were taken in the 1990s when, having exhausted all other options, it settled on a sensible set of economic policies. Inflation was tamed, and spendthrift local and federal governments were required by law to rein in their debts. The Central Bank was granted autonomy, charged with keeping inflation low and ensuring that banks eschew the adventurism that has damaged Britain and America. The economy was thrown open to foreign trade and investment, and many state industries were privatised.
All this helped spawn a troupe of new and ambitious Brazilian multinationals (see our special report). Some are formerly state-owned companies that are flourishing as a result of being allowed to operate at arm’s length from the government. That goes for the national oil company, Petrobras, for Vale, a mining giant, and Embraer, an aircraft-maker. Others are private firms, like Gerdau, a steelmaker, or JBS, soon to be the world’s biggest meat producer. Below them stands a new cohort of nimble entrepreneurs, battle-hardened by that bad old past. Foreign investment is pouring in, attracted by a market boosted by falling poverty and a swelling lower-middle class. The country has established some strong political institutions. A free and vigorous press uncovers corruption—though there is plenty of it, and it mostly goes unpunished.
Just as it would be a mistake to underestimate the new Brazil, so it would be to gloss over its weaknesses. Some of these are depressingly familiar. Government spending is growing faster than the economy as a whole, but both private and public sectors still invest too little, planting a question-mark over those rosy growth forecasts. Too much public money is going on the wrong things. The federal government’s payroll has increased by 13% since September 2008. Social-security and pension spending rose by 7% over the same period although the population is relatively young. Despite recent improvements, education and infrastructure still lag behind China’s or South Korea’s (as a big power cut this week reminded Brazilians). In some parts of Brazil, violent crime is still rampant.
National champions and national handicaps
There are new problems on the horizon, just beyond those oil platforms offshore. The real has gained almost 50% against the dollar since early December. That boosts Brazilians’ living standards by making imports cheaper. But it makes life hard for exporters. The government last month imposed a tax on short-term capital inflows. But that is unlikely to stop the currency’s appreciation, especially once the oil starts pumping.
Lula’s instinctive response to this dilemma is industrial policy. The government will require oil-industry supplies—from pipes to ships—to be produced locally. It is bossing Vale into building a big new steelworks. It is true that public policy helped to create Brazil’s industrial base. But privatisation and openness whipped this into shape. Meanwhile, the government is doing nothing to dismantle many of the obstacles to doing business—notably the baroque rules on everything from paying taxes to employing people. Dilma Rousseff, Lula’s candidate in next October’s presidential election, insists that no reform of the archaic labour law is needed (see article).
And perhaps that is the biggest danger facing Brazil: hubris. Lula is right to say that his country deserves respect, just as he deserves much of the adulation he enjoys. But he has also been a lucky president, reaping the rewards of the commodity boom and operating from the solid platform for growth erected by his predecessor, Fernando Henrique Cardoso. Maintaining Brazil’s improved performance in a world suffering harder times means that Lula’s successor will have to tackle some of the problems that he has felt able to ignore. So the outcome of the election may determine the speed with which Brazil advances in the post-Lula era. Nevertheless, the country’s course seems to be set. Its take-off is all the more admirable because it has been achieved through reform and democratic consensus-building. If only China could say the same.
Postado por Marcus Paranaguá, do Pessoal do Blog em NY.
A sexta , 13 , do Alexandre
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