Ele acha? Então que arrume 56 milhões de votos e sente na minha cadeira.Dilma Rousseff, a um interlocutor que a toda hora lhe dizia "mas o Gabrielli acha que..."
FRASE DO DIA
Eliana Calmon contra os togados impunes
A boa notícia foi publicada na coluna de Mônica Bergamo desta sexta-feira:
"Racha no CNJ (Conselho Nacional de Justiça): seis de seus 15 integrantes se arrependeram de ter endossado às pressas a nota divulgada pelo presidente do colegiado e do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, contra a corregedora Eliana Calmon. E devem divulgar nova manifestação para esclarecer seu posicionamento.
De acordo com vários relatos, Peluso estava muito nervoso com as declarações de Eliana Calmon de que há " bandidos escondidos atrás da toga". Chegou a bater as mãos na mesa ao discutir a nota. Por isso, ela teria sido aprovada "de afogadilho" pelos demais conselheiros".
O que tanto irritou o valente presidente do STJ e do CNJ, egresso do Tribunal de Justiça de São Paulo, o mais corporativista reduto do Judiciário brasileiro?
Em resumo, o que Peluso e seus aliados indignados com Eliana Calmon querem é tirar o poder da corregedoria do CNJ para investigar os crimes praticados por juízes, delegando a tarefa aos tribunais regionais, onde eles seriam julgados por seus pares, no cafofo do compadrio que garante a impunidade.
Peluso deve ter ficado particularmente incomodado com uma comparação feita pela corregedora, quando ela diz que "o Tribunal de Justiça de São Paulo só vai se deixar ser investigado no dia em que o Sargento Garcia prender o Zorro".
Pois é isso mesmo, como sabem todos os que não entenderam as declarações de Eliana Calmon como uma acusação generalizada à Justiça, mas apenas uma constatação sobre os abusos e privilégios de uma casta de supertogados, que se acham acima do bem e do mal.
Os donos do poder do Judiciário não admitem qualquer controle _ nem externo, nem interno. Julgam-se inimputáveis, como as crianças, os idosos e os índios. Dos 33 juízes punidos pelo Conselho Nacional de Justiça, desde a sua criação, em 2005, o Supremo Tribunal Federal já concedeu liminares suspendendo as penas de 15 deles.
É por isso que cada vez mais gente acredita que no Brasil só vai para a cadeia quem não tem dinheiro para contratar um bom advogado. Neste momento, 35 desembargadores estão sendo investigados pela corregedoria do CNJ, mas de que adianta o bravo trabalho de Eliana Calmon se depois o STF vai lá e concede liminares tornando todos inocentes?
O trabalho de Eliana Calmon é em defesa da dignidade e da credibilidade do Judiciário, e não contra os juízes honestos, que trabalham pesado e são a maioria.
"É coisa notória que os atuais instrumentos orgânicos de controle ético-disciplinar dos juízes, porque praticamente circunscritos às corregedorias estaduais, não são de todo eficientes, sobretudo nos graus superiores de jurisdição".
A frase acima não é de Eliana Calmon, como pode parecer, mas do próprio Cezar Peluso, em 2005, quando ele foi o relator do processo no STF movido pela mesma AMB (Associação Brasileira de Magistrados), que agora novamente quer reduzir o poder de investigação do CNJ.
O que aconteceu para justificar esta guinada? Aconteceu que, sob o comando de Eliana Calmon, a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça está realmente cumprindo seu papel e incomodando os togados da AMB. Sob o pretexto de defender "a independência do Poder Judiciário", o que eles querem na verdade é a impunidade garantida pelo corporativismo.
Eliana Calmon que se cuide. Basta ver o que aconteceu com a juíza carioca Patrícia Acioli, que combatia a corrupção dos fardados do andar de cima da PM do Rio de Janeiro. Levar a sua missão com honestidade às últimas consequências pode ser perigoso.
Na próxima semana, teremos todos a oportunidade de saber mais sobre o que anda acontecendo nos bastidores dos nossos tribunais. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado convidou para depor a corregedora Eliana Calmon e o presidente do CNJ e do STF, Cezar Peluso. Eliana já avisou que vai aceitar o convite.
Ricardo Kotosch é jornalista e foi porta voz do primeiro Governo Lula
A lingerie de Gisele Bündchen
RUTH DE AQUINOé colunista de ÉPOCAraquino@edglobo.com.brCerto ou errado? Gisele Bündchen, de lingerie e salto alto, seduz seu homem (e os nossos também) no comercial de TV. A modelo dá más notícias para o marido. “Amor, mamãe vem morar com a gente.” “Estourei seu cartão de crédito.” “Bati com seu carro.” Gisele séria, de vestido comportado. E sensual, de calcinha e sutiã. “Você é brasileira, use seu charme”, diz a publicidade. A Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) do governo Dilma achou a mensagem “preconceituosa e discriminatória” e quer tirar Gisele do ar.
Desconfio que a Hope, marca da lingerie, tenha contratado as mulheres de Dilma para bombar a campanha. O anúncio com a modelo mais bem paga do planeta virou uma sensação. Em inglês, francês, italiano, espanhol. A ameaça de censura do governo rodou o mundo. Vídeos legendados em diversos idiomas mostram Gisele no duplo papel. A esposa recatada. E a gata provocante. Tudo para vender lingerie... para as mulheres.
Acho o anúncio divertido, leve, maroto. Não me senti ofendida. E olha que sou chefe de família, como 30% das brasileiras. Fico boba com a falta de humor e rebolado da tal secretaria do governo. A nota de repúdio ao Conar, conselho que regulamenta a publicidade, usa uma linguagem pesada como a burca. Inspire. “O anúncio reforça o estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual e ignora os grandes avanços alcançados para desconstruir práticas e pensamentos sexistas.” Expire. Conseguiu ler até o fim? Ah, falta explicar que o governo recebeu 15 – quinze! – queixas de telespectadores indignados com a publicidade. Uma multidão. Por isso, a ministra Iriny Lopes foi à luta contra a lingerie incorreta.
Que tal uma teoria inversa? O anúncio na verdade mostraria o homem como objeto de manipulação das mulheres e não o contrário. O homem é um tolo que cai de quatro para o poder da sedução feminina. Em vez de macho fulo de raiva com o cartão de crédito estourado, o carro batido e a vinda da sogra, o marido invisível se submete, dócil, ao charme de sua mulher.
Quem achou Gisele apelativa? Luana Piovani! A atriz, que vive semipelada no cinema, na televisão e no teatro, disse: “Sei lá, sou meio feminista”. “Não curto mulher de fio dental vendendo cerveja.” Depois de processar Dado Bolabella (ops, Dolabella) por ter levado uns tapas dele na boate, Luana vai ser mãe e acha que “representa as mulheres brasileiras”. Diz que só usa lingerie em festinhas para o marido e que “faz mulher-objeto, mas só na dramaturgia”. Senti uma pontinha de inveja da mulher invisível pela diva brejeira e simpática.
Fui saber a opinião do publicitário Armando Strozenberg, presidente da 3ª Câmara do Conar, do Rio de Janeiro. “Quando vi o comercial, fiz o seguinte exercício: eu colocaria um homem no lugar da Gisele? Nas mesmas duas situações? Claro que colocaria”, diz ele. “A sedução, no Brasil, é mútua. É coisa nossa. E o comercial é uma brincadeira que lida com esse universo. Não desmerece a mulher.”
Penso nas cenas de novela com atores sem camisa, mostrando o peitoral, de sunga, de cueca, tomando banhos demorados, ou mesmo de bundinha de fora. Uma exibição deliberada de músculos, barriga tanquinho e testosterona. As mulheres gostam e suspiram. E ninguém reclama que os homens sejam objetos sexuais – eles até gostam. Não gostam?
Não somos Giseles. Estamos longe disso. Mas cada uma de nós tem algo especial para seu homem – nem que seja o sorriso aberto, o olhar sugestivo, um colo ou... E vice-versa. Há 16 anos, eu fazia mestrado em Londres, não havia internet e, em vez de gastar palavreado em cartas para o namorado artista plástico no Brasil, eu mesma fiz uma série de fotos minhas de lingerie e salto alto. Enviava a ele pelo correio uma vez por semana, toda segunda-feira. Eram cartões-postais personalizados. Um “teaser”, na linguagem publicitária. Ele se dizia ansioso a cada novidade semanal do correio.
Quando contei isso a algumas amigas, me olharam incrédulas. E como ficava a imagem de jornalista séria e “meio feminista”? Por que fez isso, Ruth ? Para brincar, seduzir, surpreender e agradar ao namorado. Estamos juntos até hoje.
Mega-sena acumulou
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.324 da Mega-Sena, sorteadas na noite deste sábado, e o prêmio acumulou.
Segundo estimativa da Caixa Econômica Federal, o próximo concurso, que será realizado na quarta-feira (5), pode pagar R$ 26 milhões.
Os números sorteados hoje em São Jerônimo (RS) foram: 18 - 29 - 31 - 44 - 51 - 57.
Ao todo, 86 apostas acertaram a quina e devem levar R$ 23.149,62 cada uma. Outras 5.421 apostas levaram a quadra e ganharão R$ 524,64 cada uma.
Comentário geral
Creio ser impossível desvincular tal problema da crise de valores sem precedentes que vivemos no País, marcada pelo abuso de funções públicas para fins particulares, com as exceções de praxe, configurando uma das mais graves e urgentes questões que a sociedade brasileira deverá enfrentar.
Como disse o professor José Pastore, "os corsários da atualidade, como os piratas da antiguidade, seguem a ´ética da aventura´. Usam a audácia para assaltar o povo, jogando os custos nas costas dos trabalhadores [e dos empresários sérios e honrados]. Haja impostos para sustentar suas aventuras!"
De fato, os aventureiros de hoje passam por cima do espírito de patriotismo da esmagadora maioria da população, tudo em nome da devastadora ideia de que os fins justificam os meios.
Com seu condenável modo de proceder, pisoteiam sem nenhum escrúpulo, não só as organizações que produzem honestamente, gerando empregos na economia, a exemplo do Grupo Edson Queiroz, como também os que lutam para sobreviver com decência e dignidade, os verdadeiros humilhados e ofendidos nessa história sórdida, a gente humilde da canção de Vinícius de Moraes e Chico Buarque, que faz com que o peito se aperte, dando inveja "feito um despeito de não ter como lutar". Essa gente "que vai em frente sem nem ter com quem contar". "É gente humilde que vontade de chorar".
A reflexão em torno do tema nos conduz à impressão de que o crime disseminado perde a importância e não estigmatiza os que o praticam, tornando sem referência a simbologia que coloca o estado de direito como condição da vida civilizada. A crença na impunidade fermenta o ímpeto transgressor.
A morosidade processual acentua a ganância daqueles que se consideram fora do alcance da lei, optando pela devassidão do vale tudo que corrói a esperança de um futuro baseado em valores positivos, como a dignidade, a grandeza de caráter, o amor à causa pública e o empenho em favor do progresso da Nação, sobre os quais se deve soerguer a organização social e humana dos povos que se desejam prósperos.
Alguém já disse que o homem, como todas as espécies, é um empilhamento de instintos. E se hoje aflora no Brasil a corrupção, e enfim a opinião pública e a imprensa a identificam e a combatem, talvez seja porque está começando a emergir o mais primitivo dos nossos instintos: o de sobrevivência.
Para o bem situar essa preocupação que deve ser de todos, relembro os dizeres de quase 100 anos atrás, da filósofa russo-americana Ayn Rand, judia fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 20, mostrando visão e conhecimento de causa. Disse ela:
"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada;
Quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores;
Quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você;
Quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício;
Então poderá afirmar, sem temor de errar, que a sua sociedade está condenada".
Resumão. Leitura pra mais de metro no domingo
02 de outubro de 2011
O Globo
Manchete: Prefeitura ameaça invadir 421 imóveis com focos de dengue
'Metrópole de assentados' ameaça floresta
Vida fácil nas universidades brasileiras
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Folha de S. Paulo
Manchete: Para Peluso, CNJ precisa investigar corregedorias
Em meio a discussões sobre os limites do Conselho Nacional de Justiça, o presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), Cesar Peluso, diz que o órgão responsável pelo controle da Justiça, deve focar a investigação nas corregedorias estaduais e não nos juízes. (Poder)
Importação direta da China pela web vira mania no país. (Mercado/Págs 1 a B5)
Dilma recua e muda modelo de concessão de rodovias
O vencedor da concessão da BR-101 no Espírito Santo, por exemplo, lançada neste mês, terá 23 anos para duplicar 418 km. (Mercado/Págs. 1 e B1)
Vítimas do terror na Argentina pedem reparação
Calcula-se que a guerrilha tenha matado 1.355 pessoas – a estimativa de mortos pela ditadura varia de 8 mil a 30 mil. Ilustríssima (Págs. 1 e 6)
Fernando de Barros e Silva - Há algo errado no jornalismo que não atazana
EDITORIAIS
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Arrecadação cresce e carga tributária deve bater recorde
A carga tributária brasileira deve fechar esse ano em 36,5% do PIB, pelos cálculos dos economistas José Roberto Afonso e Marcia Monteiro Matos. Outros levantamentos apontam em direção semelhante. Esse resultado será um recorde, o que parece contraditório em relação ao momento de redução de ritmo na economia, impactada pela crise internacional, e com a proposta do governo de reduzir impostos para fortalecer a competitividade das empresas. Segundo especialistas, a alta pode ser explicada pelo aumento dos ganhos e arrecadação em dez setores da economia, principalmente dos bancos. ECONOMIA (Págs. 1 e B1)
Dilma quer baixar juro básico para 9%
"PSDB precisa assumir-se como partido de centro-direita"
Crise quebra encanto de Evo Morales
600 mil imigrantes ainda tentam se adaptar a SP
Ministério Público pede fim do auxílio-paletó
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO - Incertezas
MAC MARGOLIS - Racha boliviano
JOÃO UBALDO RIBEIRO - Aonde chegamos?
Notas & Informações - A comissão da Verdade
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Correio Braziliense
Manchete: Um crime covarde e uma cidade perplexa
O lago da fortuna
Dilma viaja à Bulgária em busca de suas origens
Presidente inicia hoje roteiro de cinco dias à Europa, incluindo a terra natal do seu pai. Reportagem do Correio revela a expectativa de parentes, como o primo Jzonu, na foto com a mulher, Svetla. (Págs. 1 e 2)
Até clonador de cartão fez doação para candidatos
Governo barra esvaziamento do BB em Brasília
Magistrados se dividem sobre CNJ
À queima-roupa: É mentira que há bandido de toga?
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Estado de Minas
Parentes de Dilma na Bulgária esperam pela presidente (Página 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: SUS salva plano de saúde
Correção de redação do Enem é questionada (Página 1)
Estado anuncia início de obra viária para Copa (Página 1)
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Veja
Manchete: A geração f
Juízes bandidos
Inflação
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Época
Manchete: Os novos donos do tráfico
"A tecnologia vai acabar com a literatura"
A cura pelos genes está mais próxima (Página 1)
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ISTOÉ
Manchete: A ciência do Pilates
O que apontam os estudos sobre seus efeitos no corpo.
A polêmica das novas versões e como escolher o local e o professor certos. (Página 1)
Terrorismo
Família
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ISTOÉ Dinheiro
Manchete: A garagem é aqui
Exclusivo: A briga do guru Falconi com seu ex-sócio
Investimento: Quem é o chinês de US$ 410 bilhões
Tacada: Garnero fecha 15 novos negócios
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Carta Capital
Manchete: Bandalheira fardada
Pré-sal
The Economist
Bolívia
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EXAME
Manchete: Nós e a crise
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Zero Hora
Manchete: 30% dos prefeitos já admitem concorrer
O risco de perder a Copa existe
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Manchets deste domingo
- Globo: Prefeitura ameaça invadir 421 imóveis com focos de dengue
- Folha: Para Peluso, CNJ precisa investigar corregedorias
- Estadão: Arrecadação cresce e carga tributária deve bater recorde
- Correio Braziliense: Um crime covarde e uma cidade perplexa
- Jornal do Commercio: SUS salva plano de saúde
- Zero Hora: 30% dos prefeitos já admitem concorrer
- Veja: A geração f
- Época: Os novos donos do tráfico
- IstoÉ: A ciência do Pilates
- IstoÉ Dinheiro: A garagem é aqui
- CartaCapital: Bandalheira fardada
- Exame: Nós e a crise
E eu nem sabia que o Mercadante guiava
Dilma solicita a Mercadante
estudo sobre carros elétricos
O ministro Aloizio Mercadante (Ciência, Tecnologia e Inovação) disse neste sábado (1º) que a presidenta Dilma Rousseff solicitou um estudo sobre a possibilidade de colocar automóveis elétricos entre os transportes brasileiros. Segundo Mercadante, a Renaut-Nissan, que se reuniu hoje com a presidenta, é líder mundial no desenvolvimento de carros elétricos. O ministro disse ainda que há possibilidade de o Brasil criar um projeto piloto para desenvolver esses carros. Atualmente o Brasil é o quarto maior mercado consumidor de carros do mundo, perde só para os Estados Unidos, China e Japão.


