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Agentes da CIA conseguem atuar livremente no Brasil

MARCO ANTÔNIO MARTINS
D FOLHA, DO RIO 
Pelo menos uma vez por semana, dois agentes da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, chegam a um dos prédios da Polícia Federal em Brasília, no setor policial sul da capital.
Em menos de cinco minutos, eles passam pela portaria e se dirigem a uma reunião em um dos edifícios onde ficam os cerca de 40 agentes brasileiros da Divisão Antiterrorismo (DAT).
A desenvoltura dos americanos não é por acaso: ali, os computadores, parte dos equipamentos e até o prédio, dos anos 90, onde estão reunidos e trabalham os policiais que investigam terrorismo no Brasil, foram financiados pelos EUA.
Nas duas últimas semanas, a Folha entrevistou policiais federais, militares da inteligência do Exército e funcionários do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Todos admitem que os acordos de cooperação entre a Embaixada dos EUA e a PF são uma formalidade. E que, na prática, os americanos têm atuação bastante livre em território brasileiro. Procurada, a Embaixada dos EUA no Brasil não se pronunciou.
Segundo a Folha apurou, a atuação da inteligência americana no Brasil não se limita à espionagem eletrônica, revelada em documentos do ex-analista da NSA (Agência de Segurança Nacional) Edward Snowden.
Os americanos estão espalhados pelo país atrás de informações sobre residentes no Brasil, brasileiros ou não. Eles dão a linha em investigações e apontam quem deve ser o alvo dos policiais federais, dizem essas fontes.
Na prática, os americanos acabam se envolvendo em operações das mais diversas.
Em 2004, por exemplo, a Operação Vampiro, que desmantelou uma quadrilha que atuava em fraudes contra o Ministério da Saúde na compra de medicamentos, teve participação da CIA.
Em 2005, os americanos estiveram diretamente envolvidos no rastreamento do lutador de jiu-jítsu Gouram Abdel Hakim, suspeito de pertencer a uma célula da rede terrorista Al Qaeda.
POLÊMICA
A parceria entre a Embaixada dos EUA e a Polícia Federal --formalizada por meio da assinatura de um memorando em 2010, mas ativa na prática desde muito antes disso-- é polêmica.
Um de seus críticos é o ex-secretário nacional Antidrogas Walter Maierovitch. "Opinei pela não oficialização do convênio, em relação às drogas, porque era um acobertamento para a espionagem desenfreada, sem limites", lembra Maierovitch.
À época, a justificativa para o convênio era que o auxílio entre americanos e brasileiros serviria para o combate às drogas. Depois do 11 de Setembro, no entanto, o foco passou a ser o terrorismo.
Os americanos mantêm escritórios próprios no Rio, com a justificativa da realização da Copa do Mundo e da Olimpíada de 2016, e em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, para vigiar a atuação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na fronteira.
"O que mais tem é americano travestido de diplomata fazendo investigação no Brasil", afirma o policial federal Alexandre Ferreira, diretor da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais).
Cinco bases da PF para o combate ao terrorismo funcionam hoje no país --no Rio, em São Paulo, em Foz do Iguaçu e em São Gabriel da Cachoeira. Todas contam com equipamentos e tecnologia da CIA para auxiliar nos trabalhos, e há agentes americanos atuando em parceria com os brasileiros.
"O problema não é a parceria. O problema é do Brasil, que não faz o dever de casa e não se protege contra esse 'amigo' que busca, na verdade, seus interesses", diz o professor Eurico Figueiredo, do Instituto de Estudos Estratégicos da UFF (Universidade Federal Fluminense).
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ATUAÇÃO DA CIA NO BRASIL
O ACORDO
O acordo entre a Polícia Federal e a Embaixada dos Estados Unidos foi formalizado em 2010
REPRESENTANTES
Quem representa o governo americano no acordo é a CIA, a Agência Central de Inteligência. Na PF é a Divisão Antiterrorismo (DAT)
OBJETIVO
A cooperação técnica prevê intercâmbio, compartilhamento, transferência de conhecimento, apoio de qualquer natureza e fomento de programas, projetos e ações voltados para o combate ao terrorismo
INVESTIMENTO
O acordo não prevê financiamento de nenhum programa
BENEFÍCIOS
Policiais federais contam que os computadores do DAT foram doados pelos americanos. Em cursos nos Estados Unidos, os policiais brasileiros ganham dos americanos a hospedagem e o aluguel de carros durante o período de estudo
DAT/CIA
As unidades dividem três bases no país: São Paulo, Foz do Iguaçu (PR) e São Gabriel da Cachoeira (AM). As reuniões semanais em Brasília acontecem em prédio construído com ajuda dos americanos na década de 1990
DENTRO DA LEI
Os agentes do DAT buscam autorização judicial e assim investigam ações de possíveis grupos terroristas no país a partir de informações passadas pela CIA
ZONA CINZA
Assim são chamadas pelos policiais federais algumas técnicas dos espiões americanos no país: invasão de sistemas, compra de informações e suborno de funcionários de empresas públicas ou privadas
DIPLOMACIA
Alguns espiões têm cargos na embaixada americana em Brasília ou nos consulados do Rio, de São Paulo, Porto Alegre (RS), Recife (PE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Manaus (AM)

Opinião

PAULO BERNARDO E O LOBBY DA TV A CABO
Mauro Santayana

(JB) – Não satisfeito em tolerar, placidamente, que o Brasil conviva com uma situação na qual os serviços de telecomunicações são campeões de reclamações e ostentem, ao mesmo tempo, as mais altas tarifas do mundo para países do porte do nosso, o governo federal, por meio do ministro Paulo Bernardo, prepara-se agora para tirar as castanhas do fogo para empresas estrangeiras também na televisão a cabo.

A pedido do setor, o governo pretende, em nome da “isonomia”, passar a taxar empresas que distribuem filmes pela internet (o que configura um tipo de serviço totalmente diferente), aumentando o preço para o consumidor, ou inviabilizando seu acesso a sites que lhe permitem pagar uma pequena taxa mensal e escolher quando e que filme, programa, ou documentário ver, em nosso idioma.

Quer dizer que — em uma espécie de censura econômica — o mesmo governo que não teve peito para investigar o esquartejamento da Telebrás e a desnacionalização das telecomunicações (que expôs o país à espionagem de empresas estrangeiras), responsável pela sangria de bilhões de reais, todos os anos, em remessa de lucros para o exterior, vira bicho na hora de defender os interesses de multinacionais em detrimento do cidadão brasileiro, apesar de já ter derramado, durante anos, bilhões de dólares em empréstimos a custo subsidiado do BNDES, e outros bilhões de dólares em isenção de impostos para multinacionais estrangeiras que operam nessa área no Brasil.

Ora, quem não tem competência não se estabelece. Qualquer uma das empresas que operam com TV a cabo no Brasil pode distribuir filmes e vídeos pela internet a qualquer momento, já que dispõe de tecnologia e capital para isso, operando de terceiros países, sem pagar, como fazem outras empresas, impostos no Brasil.

O problema não é oferecer o mesmo serviço — mais barato e melhor estruturado — para o consumidor brasileiro mas, sim, manter a autêntica reserva de mercado em que se configurou o mercado nacional de TV a cabo, com a mesma programação e os mesmos repetitivos pacotes, oferecidos por todas as operadoras, a um preço muitíssimo superior ao que pagam usuários de outros países.

No lugar de estar preocupado com a situação das empresas de TV a cabo no Brasil, altamente lucrativas, o governo federal e o ministro Paulo Bernardo deveriam (o que inclui o governo Lula) estar trabalhando há anos para rever a criminosa Lei Geral de Telecomunicações (alguém sabia que hoje nem todo orelhão precisa completar ligações interurbanas, e que não existe prazo mínimo definido para o corte de serviço de internet em caso de atraso de pagamento da conta?); para exigir das empresas que cumpram seus compromissos quanto à qualidade e universalização; para verificar a situação dos Sistemas 3G e 4G no país, que estão uma vergonha, e quanto à TV a cabo, assegurar que o conteúdo “nacional” previsto seja mesmo nacional, do ponto de vista cultural, e não apenas uma mera reprodução, feita aqui dentro de programas e conceitos estabelecidos lá fora; incentivar a criação de novos canais brasileiros voltados para a valorização do país, como nas áreas de defesa, tecnologia e história, por exemplo; e monitorar o farto material que, sob o disfarce de documentários, tem sido exibido por canais norte-americanos, fazendo proselitismo e defesa da doutrina externa e de segurança dos EUA, principalmente quanto a temas como o 11 de Setembro, o “combate ao terrorismo” ou o envolvimento daquele país no Iraque e no Afeganistão, por exemplo. É preciso dar um tempo nessa desabalada defesa de interesses privados e multinacionais, e pensar um pouco em nosso próprio país e no consumidor brasileiro.
Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

Chave de cadeia

Novas operações
Depois da operação da Polícia Federal em cima do Ministério do Trabalho, nos próximos dias deverá explodir outra em cima de grupo que atua em fraudes de licitação, contratos com empresas fantasmas e desvio de recursos envolvendo, pelo menos, três ministérios: Ministério do Trabalho (de novo), do Turismo e das Cidades. Quem já foi avisado, não conseguirá sair do país.

Pelada em dó maior

Pianista que toca pelada se compara ao Femen: 'Tiramos a roupa por uma causa'

A pianista erudita Rita Tibes, 32, fez sucesso na internet ao postar vídeos nos quais aparece tocando o instrumento completamente nua. Para ela, foi uma maneira de "chamar a atenção para o trabalho - já que as pessoas não valorizam o instrumento clássico -, além de criticar o machismo na música".
Usando o nome artístico de Suzy Pianista, a paulista radicada em Florianópolis diz que "existem poucas mulheres na parte instrumental das bandas". "Há um predomínio de homens, geralmente as mulheres ficam na parte vocal. Quero quebrar este preconceito."
"Acho que o que eu faço tem semelhança com o Femen [grupo feminista que faz protestos sem roupa]: nos dois casos, tiramos a roupa para chamar a atenção. Só apelando para chamar a atenção do público para algumas causas", afirma.
Rita se formou em odontologia – área na qual trabalhou por um ano - e quase concluiu o curso de piano, mas ficou "cansada de estudar música", então teve a ideia dos vídeos, postados desde julho em seu blog.
A pianista não tem nenhum disco gravado e diz que não sabe se conseguiria se apresentar em público sem roupa: "Não tenho vergonha para fazer os vídeos, mas fazer um show ao vivo assim já é outra história".
"Como os vídeos são polêmicos, tem gente que não gosta. Os mais conservadores da música clássica não vão gostar: tem pianista que usa vestido curto e já é alvo de críticas", diz.
Atualmente Rita dá aulas particulares de piano.

Deu no Juanorte.com.br





Distribuído na região do Cariri, principalmente no triângulo JUABC, formado por Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato, as tres principais cidades caririenses, o panfleto não esclarece absolutamente nada sobre as denúncias, mas ataca violentamente os jornalistas que têm divulgado as acusações contra o bispo Fernando Panico, chamando-os de covardes e criminosos. o panfleto procura desviar a atenção do povo do Cariri do verdadeiro foco, que é a escandalosa gestão do bispo Fernando Panico, para um foco falso, que seria uma guerra de evangélicos contra católicos.

ESCÂNDALO DO BISPO DE CRATO TEM
APELAÇÃO POR JOGO SUJO E COVARDE
Denunciado ao Ministério Público, investigado pela Polícia Civil do Ceará por crime de estelionato, acusado de formação de quadrilha em negociatas de imóveis da Diocese com agiotas do Cariri e alvo de protestos populares, o bispo de Crato, Fernando Panico(foto), acuado, ao invés de dar entrevista à imprensa, partiu para a ofensiva, de forma desastrada. Nessa semana, o povo do Cariri foi surpreendido por apelação ao tão conhecido jogo sujo e covarde da política: panfleto contra os adversários. É jogo sujo porque usa mentiras, calúnias e difamações e é covarde porque seus autores se escondem no anonimato. Mas o panfleto tem digitais da cúria diocesana.
Foto: Bispo de Crato, Fernando Panico
Distribuído na região do Cariri, principalmente no triângulo JUABC, formado por Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato, as tres principais cidades caririenses, o panfleto não esclarece absolutamente nada sobre as denúncias, mas ataca violentamente os jornalistas que têm divulgado as acusações contra o bispo Fernando Panico, chamando-os de covardes e criminosos. Ou seja, o crime não está no bispo com seus denunciados desvios de conduta, mas na mídia pela divulgação desses desvios. Nada mais fascista. Com texto de linguagem apelativa, parecendo mais um manifesto radical de guerra religiosa, em tom parecido ao das mensagens do ex-ditador do Iraque, Saddan Hussein, usando em vão o nome de Alá diante dos ataques dos Estados Unidos, que acabaram destruindo o Todo-Poderoso de Bagdá, o suspeito panfleto agride a mídia que tem dado cobertura aos escândalos do bispo afirmando que se trata de uma “conspiração diabólica” que envolve “instituições poderosas e homens poderosos”. Também insinua que por trás de tudo devem estar protestantes e seitas que sempre perseguiram a Igreja Católica. Ou seja, o panfleto procura desviar a atenção do povo do Cariri do verdadeiro foco, que é a escandalosa gestão do bispo Fernando Panico, para um foco falso, que seria uma guerra de evangélicos contra católicos. Tanto assim pretende que o panfleto encerra com o grito de “Viva a Igreja Católica Apostólica Romana”. Vejam o texto do panfleto apócrifo na íntegra: “Nós, o clero, os jovens, os casais, as famílias e os cidadãos de bem da região do Cariri, não suportamos mais tantas mentiras, calúnias, difamações e perseguições covardes contra o nosso reverendíssimo bispo de Crato, dom Fernando Panico. Tudo o que nós temos visto e ouvido contra dom Fernando Panico, trata-se de um Plano Maligno, por parte de instituições poderosas e homens poderosos para tentar derrubar o Sucessor dos Apóstolos, o Bispo Defensor dos Apóstolos, o Bispo da Mãe das Dores, o Bispo de Nossa Senhora da Penha. Estamos nos mobilizando, como nunca, todos os fiéis católicos da Diocese de Crato, para defender, nos termos da Lei, e em fidelidade a Jesus Cristo e à Santa Igreja Católica, Apostólica Romana, o Bispo do Povo, o Bispo das Romarias, dom Fernando Panico. Não se deixe manipular pela mídia, pela imprensa, pelas instituições poderosas e pelos homens poderosos, É um jogo de covardia para tentar fazer o Defensor do Padre Cícero renunciar à missão que Deus e a Santa Igreja lhe confiaram. Mas, dom Fernando Panico, por amor a Jesus Cristo e à Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nunca irá renunciar, pois todo o povo está a seu lado. Apenas quem não tem convicção ou não lembra tudo que dom Fernando Panico fez ou faz pela nossa Diocese se deixa manipular e até se vender nesta conspiração diabólica contra o Bispo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não se deixe manipular. Não se deixe ser usado. Que renunciem os ímpios! Que renunciem os inimigos da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, os camuflados e os declarados. Jesus Cristo disse aos Bispos(Sucessores dos Apóstolos): “Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita (Lucas 10,16). Não se deixe manipular, nem permita ser usado por esses criminosos. Não se deixe influenciar por esses que estão apenas interessados em destruir a fé católica, que já é tão perseguida pelos protestantes e seitas. Estamos com dom Fernando Panico até o fim e Jesus Cristo prometeu: “As portas do Inferno não prevalecerão contra a minha Igreja”(Mateus, 16,18). O bem sempre vence o mal. São Paulo diz: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”(Romanos, 8, 31). Não se deixe manipular, nem ser usado por esses criminosos. Eles são astutos, enganadores e malfeitores. Nós, católicos, temos o Espírito Santo, que nos confirma a verdade e nos fortalece para estarmos sempre ao lado do Bispo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Bispo do Santo Padre Cícero, o Bispo da Mãe das Dores, o Bispo de Nossa Senhora da Penha. Viva a Santa Igreja Católica Apostólica Romana!”. Como faz parte da mídia atacada nesse libelo, o Juanorte deseja apresentar alguns esclarecimentos aos seus leitores: O Juanorte tem apresentado várias matérias mostrando o bispo de Crato mal na foto porque tem se reportado aos atos e fatos que têm colocado o bispo numa situação delicada de sucessivos escândalos; o Juanorte desconhece qualquer “conspiração”, muito menos diabólica, de “instituições poderosas, homens poderosos” para derrubar o bispo, considerando que se o atual bispo de Crato cair, será derrubado pelos seus próprios atos; o Juanorte entende que acusar os veículos de imprensa de “astutos, enganadores, criminosos e malfeitores” é atitude de acuado desesperado que não tem o que dizer à população e apela para a manipulação por meio de um panfleto acusatório; o Juanorte lamenta que o bispo prefira ficar enclausurado em seu palácio de espelhos onde se satisfaz só enxergando a si mesmo e não conceda entrevistas à imprensa, negando-se inclusive à Rede Globo que já divulgou seus escândalos para todo o Brasil; o Juanorte lembra que a expressão, ressaltada no panfleto, “Santa Igreja Católica Apostólica Romana”, é uma apelação.Nem mesmo o Vaticano usa mais a expressão “Romana”. Até na hora da reza do Credo limita-se à “Santa Igreja Católica Apostólica” deixando fora o termo “Romana”; o Juanorte considera uma vergonha e uma desonra para a “Santa Igreja Católica Apostólica”, negociatas com agiotas ou atitudes próprias de estelionato, coisas pecaminosas e não santas; o Juanorte entende também que se o panfleto, ao atacar “instituições poderosas” , quer se referir ao Ministério Público e à Polícia Civil do Ceará, elas estão apenas cumprindo seu dever legal de investigar os malfeitos denunciados; o Juanorte avalia como mensagem vazia do panfleto a afirmação de que o bispo é Sucessor dos Apóstolos, Defensor do Santo Padre Cícero, Bispo da Mãe das Dores e Bispo de Nossa Senhora da Penha. Isso são apenas palavras ao vento, não vale nada. É falso discurso para enganar incautos. Como ensinam os próprios Evangelhos, de nada adiantam as palavras se não existem práticas ou se as práticas são o contrário das pregações. Ou de outra forma: um bispo tem obrigação de “Pregar o Evangelho” e também de “Viver o Evangelho”. Achar que “Pregar o Evangelho” é bastante para o testemunho cristão de um bispo é reducionismo, pois não vale nada se o bispo não “Viver o Evangelho” com suas atitudes e práticas. Se a pregação é correta, mas a vivência é incorreta, esta anula aquela, e o resultado não testemunha nem honra a Cristo. Se preferem citações evangélicas diretas como fez o panfleto, lá vai São Paulo: “Convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância” (Tito 1.7). Ou lá vai São Mateus: quem prega o Envagelho mas não pratica o Evangelho “é como um homem que constrói a sua casa sobre areia” (Mt 7.26). As práticas confirmam ou anulam as palavras; no caso do bispo, anulam. Está construindo sua casa sobre areia. Finalmente, o Juanorte avalia que, embora esconda seus autores na covardia do anonimato, o panfleto tem digitais diocesanas. Das duas, uma: ou foi feito por assessores, asseclas e áulicos do bispo com autorização ou ordem dele ou foi feito diretamente pelo próprio bispo e distribuído com autorização dele. Quais são as digitais? Um panfleto de origem popular católica jamais usaria citações evangélicas com referências precisas de apóstolos narradores, capítulos e versículos. Por um razão muito simples: infelizmente, não faz parte da cultura e da catequese dos fiéis católicos, por omissão da Igreja, o hábito de leitura disciplinada da Bíblia ou dos Evangelhos como acontece na cultura dos protestantes (Batistas, Presbiterianos, Luteranos, Anglicanos, Assembleistas e outras denominações que têm como característica básica entre seus fiéis a leitura permanente e diária da Bíblia e dos Evangelhos, buscando o que eles chamam de “o conhecimento da Palavra” para melhor entendê-la, seguí-la e cumpri-la). Por isso, os protestantes sabem de cor o que dizem Mateus e São Paulo, referidos no apócrifo panfleto, ao contrário dos católicos que, quando muito, lembramos as expressões ditas nos Evangelhos por ouvir dizer em pregações nas missas e outras cerimônias católicas, mas dificilmente sabemos precisar seus autores e muito menos seus capítulos e versículos. Na Igreja Católica, isso é quase exclusivo de padres e bispos por obrigação e dever sacerdotais e institucionais, como se apenas eles tivessem, por formação, o privilégio de interpretação bíblica ou evangélica, ficando os fiéis apenas como ouvintes. Por isso, o tal panfleto dirigido ao “amado povo católico” do Cariri ou é de autoria de assessores, asseclas ou áulicos do bispo ou é de autoria do próprio bispo. E é assim que está sendo interpretado pelos que tiveram acesso ao panfleto em Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato. Nas três cidades, os católicos, que também são eleitores, sabem muito bem o que é isso: nas campanhas eleitorais, políticos desonestos, indecentes e antiéticos usam panfleto para espalhar boatos, mentiras, calúnias, injúrias e difamações contra adversários, um jogo sujo, repudiável, eticamente, moralmente. Portanto, além de não esclarecer nada (aliás, esse não é papel de panfleto), a iniciativa, pretensamente em defesa do bispo de Crato, aumenta ainda mais confusão (esse sim é o papel de panfleto) que já não é pequena: atrai a ira de protestantes no Juazeiro, Barbalha e Crato contra discurso ultrapassado do bispo em apuros enquanto o próprio Papa Francisco está acenando com aproximação aos evangélicos. Quando o panfleto encerra pregando “Viva a Igreja Católica, Apostólica, Romana!” expressa, obviamente, a exclusão de Batistas, Presbiterianos, Anglicanos, Assembleístas e outras denominações que somente no Brasil somam mais de 40 milhões compondo o mundo cristão. Em relação às realizações do bispo, lembradas pelo panfleto sem dar exemplos, é tão somente falácia. Embora dado como certo no Juazeiro que o bispo tem levado para Crato todo o dinheiro dos fiéis e romeiros arrecadado na Basílica de Nossa Senhora das Dores e na Capela do Socorro, e é muito dinheiro, não se conhece nada, absolutamente nada, feito pelo bispo Fernando Panico em favor do povo do Juazeiro. Juazeiro garante à Diocese dinheiro que poderia ser revertido para manter no Juazeiro faculdade, hospital, emissora de rádio, fundação cultural, retiro dos velhos e outros empreendimentos, mas Juazeiro não tem nada da Diocese, nem uma “obrinha social”, nem um “alberguezinho”, nada. Pelo contrário, o que mais se ouve no Juazeiro é reclamação contra o bispo por estar dilapidando o patrimônio religioso da cidade vendendo imóveis adquiridos ao longo de muitos anos pelo saudoso vigário Padre Murilo Barreto. Quanto ao alerta verdadeiro de Cristo de que “as portas do inferno não prevalecerão contra a minha Igreja” é bom lembrar um episódio histórico: O ambicioso imperador da França, Napoleão Bonaparte(1804-1814), depois de ter mantido o Papa Pio VII(1800-1823) prisioneiro em Fontaineublau, achou que também poderia comandar a Igreja Católica e assim alcançar a hegemonia total na Europa e no mundo. Então redigiu uma Concordata(1804), que entregou ao cardeal Consalvi para o Papa assinar, dizendo que voltaria no dia seguinte para pegar o documento. Isso significaria vender a própria Igreja ao imperador. Quando voltou, ao saber que Pio VII não havia assinado a Concordata, o imperador teve uma explosão de raiva e ameaçou: “Se este documento não for assinado eu destruirei a Igreja Católica Romana”. Calmamente, o cardeal Consalvi retrucou: “Majestade, se papas, bispos e padres não conseguiram destruir a Igreja em 19 séculos, como Vossa Alteza espera consegui-lo durante os poucos anos que restam de sua vida?”. Moral da história: como é uma instituição de objetivo sobrenatural sob direção humana, a Igreja tem prelados pecadores e delinqüentes no seu comando, mas ela resiste porque tem a proteção do Espírito Santo. Consciente disso, Cristo nunca prometeu que os bispos de sua Igreja seriam santos. Ele mesmo teve, entre seus apóstolos, um Judas, ganancioso por dinheiro, mau caráter e traidor.Por isso, mesmo sabendo que a Igreja teria entre seus líderes bispos pecadores, ímpios e irresponsáveis, capazes de crimes como inquisição, corrupção, tortura, pedofilia e estelionato, Cristo garantiu: “As portas do Inferno não prevalecerão contra a minha Igreja”. Diante disso tudo, o Juanorte devolve a acusação panfletária: os mentirosos, caluniadores, difamadores, manipuladores, camuflados, covardes e criminosos não estão na margem do rio onde está a mídia, mas no outro lado do rio onde está o bispo. Chega-se à conclusão de que, de acordo com o andar da carruagem diocesana no Cariri, assessores intempestivos, oportunistas, aventureiros ou despreparados do bispo de Crato vão acabar levando-o à loucura ou às portas do Inferno.Em resumo: a casa do bispo construída sobre areia está desabando

Pra citar um gênio e ratificar uma regra

Pra pensar no domingo

Pedro Simon, um dos nomes de maior credibilidade no Parlamento, pode ser considerado o MAIOR jurista da República por esta advertência em NOVEMRO de 2000: "Criou-se uma JURISPRUDÊNCIA segundo a qual processo envolvendo gente rica e importante NÃO É PARA ACABAR NUNCA. Não é para colocar ninguém na cadeia. E não se pode criticar quem tem essa impressão. Basta examinar como andam os processos de gente importante e ABRIR as cadeias para ver quem está lá dentro".
Pinçado do face da Monica Barroso

NO DIA DE CONCIENTIZAÇÃO SOBRE LINFOMAS, PACIENTES COM CÂNCER COBRAM MEDICAMENTOS

O Grupo de Apoio ao Paciente Onco-Hematológico do Estado do Ceará (Gapo) realiza neste domingo, 15 de setembro, uma jornada de atividades para marcar o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas. Diretores da entidade, pacientes, familiares e profissionais de saúde permanecerão na Praça dos Estressados, na Beira Mar, das 8 às 14h, desenvolvendo um trabalho de conscientização e esclarecimento sobre os diversos tipos de cânceres e a importância do diagnóstico precoce. Mas, o principal objetivo do movimento é denunciar as dificuldades para ter acesso ao tratamento à base de medicamentos de alto custo. Anualmente, a entidade protagoniza ações para divulgar a data, mas este ano o Gapo quer chamar a atenção da sociedade - principalmente dos gestores públicos - para a falta de drogas indicadas no combate a todos os tipos de cânceres.

Dezenas de pacientes aguardam a liberação, via mandado judicial, de medicamentos que chegam a custar milhares de reais uma ampola. Os mais usados são o Mabthera, Eprex, Valcade e Vidaza, indicados para o tratamento dos linfomas, mieloma múltiplo, leucemias, mielodisplasia e tantos outros males caracterizados como câncer. Há mais de um milhão de pessoas com linfoma no mundo. Apesar disso, persiste o desconhecimento e até o temor de conhecer o diagnóstico. A falta de informação reduz o número de diagnósticos precoces e mantém elevado o índice de letalidade da doença. O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas (15/09) objetiva alterar esse quadro, ampliando as possibilidades de cura e oferecendo nova perspectiva de vida para milhares de indivíduos.

O foco deste ano é a dificuldade que os pacientes diagnosticados têm de conseguir os medicamentos indicados para o tratamento. São drogas muito caras. Apesar de a Defensoria Pública ser uma parceira na solicitação e conquista de liminares, os gestores públicos não estão atendendo a contento às ordens judiciais.  A presidente Velúzia Medeiros quer disseminar o conceito do Gapo sem fronteiras, levando o trabalho a outros municípios, como Maranguape e Redenção, em datas a serem definidas.

O GAPO – Grupo de Apoio ao Paciente Onco-Hematológico do Estado do Ceará é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2007 por pacientes e familiares, para oferecer apoio a pacientes portadores de doenças Onco-Hematológicas (leucemia, linfoma, mielodisplasia, mieloma múltiplo, entre outros) no Estado do Ceará. O grupo surgiu em torno de um grupo de pacientes do Hospital Universitário Walter Cantídio (vinculado à Universidade Federal do Ceará) para discutir as dificuldades em conseguir diagnósticos, tratamentos, bem como medicações em tempo hábil. 

Serviço:
Dia de Conscientização Mundial sobre Linfomas
15 de setembro de 2013, na Praça dos Estressados, na Beira Mar, das 8 às 14h
Público alvo: pacientes, familiares, profissionais de saúde e cuidadores

Mega Sena deu pra São Paulo

O concurso 1.530, realizado neste sábado (14), em Nova Odessa (SP), teve dois sorteados. Os apostadores são de Guarulhos (SP) e Ribeirão Preto (SP).  Cada ganhador vai receber R$ 7.800.140,92.
Confira os números sorteados: 10-16-28-33-48-53.

Dilma não deve ir a encontro com Obama

A presidente Dilma Rousseff deve cancelar a reunião com o presidente americano Barack Obama, marcada para ocorrer no dia 23 de outubro.
A decisão, que ela já estava propensa a tomar após revelações de espionagens feitas no Brasil pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), foi reforçada na sexta-feira, em encontro com o conselho político informal com o qual costuma se reunir.
A viagem, anunciada em maio, seria a única visita de Estado de um presidente estrangeiro aos EUA neste ano. E a primeira de um brasileiro em quase duas décadas.

Jewel Samad - 6.set.13/AFP
Barack Obama conversa com Dilma Rousseff na cúpula do G20, na Rússia; encontro entre os presidentes aconteceu no início de setembro
Barack Obama conversa com Dilma Rousseff na cúpula do G20, na Rússia; encontro entre os dois aconteceu no início de setembro
Categoria diplomática mais alta concedida a estrangeiros, a visita de Estado é reservada a parceiros estratégicos mais próximos dos EUA e implica em formalidades como um jantar de gala na Casa Branca e uma cerimônia militar na chegada.
Nem Lula recebeu a honraria. O último líder brasileiro a fazer uma visita assim foi Fernando Henrique, em 1995.
Na reunião de sexta, na Granja do Torto, além de Dilma, estavam presentes o ex-presidente Lula, os ministros Aloizio Mercadante (Educação), José Eduardo Cardozo (Justiça), o presidente do PT, Rui Falcão, o ex-ministro das Comunicações Franklin Martins, o publicitário João Santana e o chefe do gabinete presidencial, Giles Azevedo.
Ali, Dilma comunicou que já decidira não fazer a visita de Estado. Todos apoiaram a decisão, sobretudo Lula.
Hoje, a assessoria da Presidência procurou a Folha para informar que não há uma definição sobre o cancelamento da viagem.
Os EUA não pediram desculpas e não deram explicações convincentes sobre a espionagem no Brasil, que atingiu a comunicação da própria presidente com auxiliares. O país chegou a dar a entender que manteria a prática de monitorar o Brasil.
RELATO DETALHADO
De acordo com um auxiliar direto de Dilma, a presidente ainda terá uma conversa com o chanceler Luiz Alberto Figueiredo, na terça-feira, antes de sacramentar a decisão.
Figueiredo esteve nesta semana em Washington para uma reunião com representantes do governo Obama e fará um relato detalhado da sua conversa à presidente.
Mas a possibilidade de Dilma manter a viagem aos EUA, a essa altura, é extremamente remota, de acordo com o mesmo auxiliar.
"Ela já queria cancelar a viagem e está praticamente decidida. A não ser que os EUA apresentem alguma explicação clara, o que até agora não ocorreu".
Para que Dilma mantivesse o encontro, "seria preciso Obama vir ao Brasil pedir desculpas, ou algo equivalente", nas palavras do interlocutor de Dilma com quem a Folha checou a informação.
SOBERANIA
Dilma afirmou que o caso de espionagem é uma questão de soberania nacional.
Ela disse que só anunciará oficialmente sua decisão sobre a viagem após o encontro com Figueiredo. A Folha apurou que Dilma não pretende estender a questão.
Segundo interlocutores, a presidente disse que será firme contra os casos de espionagem, mas que sabe que há limites para sua reação, tendo em vista as relações bilaterais com os Estados Unidos.
As denúncias sobre Dilma Rousseff e a Petrobras terem sido alvo de espionagem pela NSA surgiram em reportagens no programa "Fantástico", da TV Globo, neste mês.
As revelações partiram de documentos secretos obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald com Edward Snowden, ex-técnico da NSA, asilado na Rússia. Os papéis mostraram que a comunicação entre Dilma e assessores foi monitorada pela agência americana.
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA