Contato

SME decide construção de creches e escolas

Ivo Gomes, secretário municipal de Educação de Fortaleza esteve reunido, durante toda a manhã de ontem, com a diretora de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação – FNDE, Renilda Lima, e a equipe de engenharia e planejamento da SME na Assembleia Legislativa. A reunião tinha o objetivo de discutir a construção de 91 novos Centros de Educação Infantil em Fortaleza.
Segundo o secretário, todos os equipamentos, onde funcionarão creches e pré-escolas, serão entregues à capital do Ceará até o final de 2014. Atualmente, disse o secretário, Fortaleza possui 103 creches patrimoniais. E acrescenta: em apenas dois anos de gestão, a prefeitura vai dobrar o número de Centros de Educação Infantil.
As 30 primeiras ordens de serviço para início das obras, já está acertado, serão assinadas ainda em 2013 pelo prefeito Roberto Cláudio. Renilda Lima, a diretora do FNDE explicou, durante a reunião, que o tempo para a conclusão das obras, que conta com recursos do Governo  Federal por intermédio do Pró-Infância, é de sete meses.
Houve um tempo, disse ela, em que a construção de creches demorava três anos. Agora demoram alguns meses apenas por causa das novas tecnologias existentes. Em Fortaleza, por exemplo, será usado o modelo PVC-Concreto. Desenvolvido no Canadá e utilizado no Brasil, atualmente, o PVC-Concreto, segundo a diretora do FNDE, é formado por perfis leves e modulares de PVC que simplesmente se encaixam. Preenchidos com concreto e aço, o resultado, conclui, é um produto de elevada resistência e inúmeras qualidades construtivas.
O Regime Diferenciado de Contratação, por sua vez, também trouxe agilidade ao processo. Estabelecido como modalidade de Licitação pela Lei Federal 12.462, em 2011, o RDC tem o objetivo, justamente, de possibilitar uma contratação mais célere das obras e serviços necessários à realização dos Jogos Olímpicos, da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Posteriormente, este modelo foi acrescido ao artigo 1º do parágrafo 3º da Lei que permite a aplicação do mesmo na contratação de obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino.
A empresa que ganhou a licitação nacional para atender ao estado do Ceará, foi a mesma que ganhou a do Rio Grande do Norte e Paraíba. Como se trata de preço nacional, o regime possibilitou ainda economia aos cofres públicos do Ceará de 20,42% abaixo do preço de mercado, explica Renilda. As obras, por outro lado, serão monitoradas pelo FNDE junto com a prefeitura de Fortaleza por meio de uma sala de situação montada em Brasília.

Celso de Mello desempata polêmica e STF terá que reavaliar penas


O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que 12 dos 25 condenados pelo mensalão terão direito a reavaliação de algumas de suas penas. Com isso, réus como o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) poderão escapar da prisão em regime fechado.
O decano da corte, Celso de Mello desempatou a discussão. Por 6 votos a 5, os ministros admitiram a apresentação dos novos recursos, chamados de embargos infringentes, para os casos em que um condenado teve ao menos quatro votos a seu favor no julgamento realizado no ano passado.
Em seu voto favorável à revisão das condenações, Mello disse que o STF deve tomar suas decisões em ambiente de serenidade e não pode deixar-se contaminar pela opinião pública.
“Se é certo que a Suprema Corte constitui por excelência um espaço de proteção e defesa das liberdades fundamentais (...) não pode expor-se a pressões externas como as resultantes do clamor popular e pressões das multidões sob pena de completa subversão do regime constitucional de direitos e garantias individuais”, disse.
O decano ainda lembrou que a viabilidade dos embargos infringentes consta no regimento interno do STF desde 1909, por isso ainda estariam válidos na nova versão do documento, de 1980.
Ele ainda afirmou que, nesta etapa do julgamento é preciso se analisar somente se o recurso é ou não viável, não podendo se deixar influenciar por suas possíveis consequências. “Prematuro discutir por isso mesmo, nesse primeiro momento, o mérito do recurso em questão. Superado esse estágio inicial é que resolverá o fundo da controvérsia penal”.
MANIFESTANTES
Enquanto o ministro Celso de Mello defendia, no plenário, a admissibilidade dos novos recursos, manifestantes começaram um tumulto com os seguranças na frente da corte.
O grupo, de cerca de 40 pessoas, passou por uma das cercas instaladas em torno do Supremo, mas foi contido por seguranças.
A votação sobre a aceitação dos novos recursos foi polêmica, como o placar apertado indica. Na últimas sessões, os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello fizeram discursos inflamados no qual apontaram que o STF estava “a um passo” de perder a credibilidade ganha com as duras condenações de autoridades e empresários durante o julgamento no ano passado, cessando um ciclo de impunidade.
O novato da corte, o ministro Luiz Roberto Barroso, fez a defesa da aceitação dos recursos e foi repreendido por Marco Aurélio, ensejando uma discussão sobre o papel da opinião pública nas decisões do STF.
TESES EM JOGO
Havia duas teses em jogo, que dividiram o tribunal. Para o presidente da corte e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, os embargos não são aceitáveis porque uma lei de 1990 que reformou o trâmite de recursos no STF e no Superior Tribunal de Justiça não os prevê.
Neste entendimento, ele foi seguido por Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello. Outros argumentos foram colocados: o risco de se criar uma contradição sistêmica, já que os embargos valeriam para réus com foro privilegiado no STF, mas não para os julgados no STJ, caso de governadores.
Mas o restante da corte entende que os embargos são aceitáveis porque o antigo regimento interno do STF os admitia também em ações penais originárias no próprio tribunal --caso do mensalão.
Votaram neste sentido, além de Celso de Mello, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli, e Ricardo Lewandowski. Responsável por fazer a revisão do voto do relator, Lewandowski enfim colheu uma vitória em seu embate com Joaquim Barbosa.
Ambos protagonizaram algumas das mais agressivas discussões já vistas no plenário do STF, durante todo o julgamento do mensalão, mas até aqui o presidente via seu ponto de vista em prol de condenações duras ser majoritário na corte.
CONDENADOS
O caso é o mais rumoroso da história da corte, não menos por envolver a antiga cúpula do partido que ocupa a Presidência desde 2003 em um esquema de compra de apoio parlamentar ao governo Luiz Inácio Lula da Silva.
No caso de Dirceu, por exemplo, há a possibilidade de ele ter extinta ou reduzida sua pena por formação de quadrilha. Hoje ele está condenado a 10 anos e 10 meses de cadeia --qualquer tempo acima de oito anos tem de ser cumprido em regime fechado, para só então progredir para o semiaberto, no qual o condenado apenas dorme na prisão.
Como sua condenação por corrupção ativa não teve quatro votos favoráveis, Dirceu continuará tendo de cumprir 7 anos e 11 meses desta sentença. Mas aí escapa de ir para a cadeia em tempo integral. Lógica semelhante se aplica a Delúbio e João Paulo.
O ex-presidente do PT José Genoino já está condenado ao semiaberto, mas poderá ter sua pena reduzida.
Para outros condenados, como o operador do esquema, publicitário Marcus Valério, e seus ex-sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, o novo julgamento pode reduzir levemente suas penas, mas sem livrá-los da cadeia.
O mesmo pode se aplicar à ex-presidente e a um ex-diretor do Banco Rural, Kátia Rabello e José Roberto Salgado. Mesmo assim, no caso deles o regime inicialmente seria fechado.
Como somente 12 dos 25 réus terão direito ao novo julgamento, o STF terá de decidir nos próximos dias se vai determinar a execução da pena dos demais condenados. Advogados de defesa também estudam entrar com recursos específicos sobre o tamanho da pena aplicada a seus clientes --Barroso e Zavascki já disseram considerar as punições atuais muito severas.
Maior julgamento da história do STF, o mensalão consumiu quatro meses e meio em sua primeira etapa em 2012. Outras seis semanas foram necessárias entre a análise dos recursos e a decisão de se realizar uma reavaliação das penas de alguns réus.
O mensalão em si não será questionado nos novos julgamentos. O esquema foi revelado pela Folha em 2005. Em 2006, o Ministério Público Federal apresentou sua denúncia do caso, que foi aceita pelo Supremo no ano seguinte.
Em agosto do ano passado, o julgamento começou. Penas duras e discussões acaloradas, que descambaram para bate-bocas entre ministros, marcaram o debate. Ao fim, 25 foram condenados.
Dirceu acusou todo o julgamento de ser uma perseguição política motivada pelo que chamou de “inveja das elites” contra o sucesso do governo Lula, do qual era o segundo homem em comando.
PRÓXIMOS PASSOS
O novo julgamento para os réus beneficiados depende da publicação do chamado acórdão, o documento que resume o que foi decidido nesta fase de recursos.
Após a publicação, os réus terão 15 dias para apresentar os embargos infringentes, que serão sorteados para um novo relator.
Só depois da entrega do voto do relator é que o presidente da corte pode agendar sessão para o julgamento. Ministros do STF acreditam que o desenrolar do processo, até a conclusão da revisão das condenações, poderá demorar um ano.
Por isso, o tribunal terá de avaliar se tenta encerrar o julgamento, declarando o chamado trânsito em julgado, para os réus que não terão direito aos embargos infringentes.
Com isso, condenados como os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) iniciariam o cumprimento de suas penas. Os dois, como pegaram menos de oito anos, ficarão no regime semiaberto.

Primeira página do jornal O Estado(CE)


Coluna do blog



As minhas infrigências
Estava eu cá comigo provocando infrigências a uns frugulhos teimosos, quando começou o homem à sua, dele, peroração desculpatória para explicar o que diria no frigir dos ovos. Como anotei direitinho o que ele disse sobre a gente ter direito a opinião, à crítica e a falar o que pensa, mesmo que como opinador na opinião  pública não valha nada o que penso que pensam os brasileiros, ouso dizer que outra vez quebramos a cara, esperando em vão que a turma que meteu a mão grande na grana, formando quadrilha e o escambau fosse passar uma noitinha que seja dormindo nos braços do colchão de molas cimento. Qual o quê! O arrodeou, justificou, cercou o lorenço e fez lá a justiça que encontrou no falar de mestres do direito com disse que aprendeu direito, o   direito de dar defesa  infrigente a cavalheiro já apenado a anos e anos de cadeia por aquele mesmo colegiado, que sentenciou o grupo, agora beneficiado por seus crimes com embargos que trouxeram à tona palavrório tão bonito, incompreensivel para o zé mané que a todos nós fizeram, quebrando, como disse um colega lá dele, quebrando a confiança depositada no Supremo. Pronto! Decidido está. Com todo o respeito vou pedir mais tarde um supremo de frango ao molho infrigente, embargado por uma entrada de filé de pizza bem ao gosto de divergentes...etc.etc.e coisa e tal. No futebol juiz tem uma santa mãezinha em casa e outra na arquibancada, logo...cê sabe. Ad Deum qui letificat juventutem meam.

A frase: “Quem da casa do vizinho cuida, da sua esquece”. De um observador da cena sobre tiroteio numa base naval em Washington.


Tem culpa, eu? (Nota da foto)
A periguete Aline avisou ao dr. Cesar que está grávida e ele mais que depressa disse que separa da mulher e vai casar com ela. Perai gente! Peraí! Um novela avançada, com dois casais de baitolas, um casal de sapato, traições, chifres, uma bicha má e me arrumam uma gravidez de um médico com uma secretária!!! Respeitem a minha inteligência, ou vou promover um embargo infringente.

No celular
A Rádio FM da Assembleia e a TV Assembleia plugaram dispositivos que vai permitir ao interessado ver e ouvir nos seus ipods, iphones e etc. e tal. São mídias novas na Casa Legislativa.

Em falta
Motivos oferecidos pra quem compra dolar pra viajar por estar tão alto; não tem dolar na praça. Os “fornecedores” tambem não têm e a praça está mantendo a velha lei da oferta e da procura. Daí que...neguim está no chão.

Anti drogas no sertão
Desde ontem dia 18 de setembro, o Comitê Estadual de Enfrentamento às Drogas do Ministério Público do Estado do Ceará realiza um encontro em Pedra Branca, no Sertão Central.

Brincar de boneca
A cada 20 minutos uma menina entre 10 e 14 anos dá à luz, um criança no Brasil. Pode parecer coisas de Saramandaia, mas infelizmente é a dura realidade. Não bastasse a impunidade dos bandidos importantes...

Enchente
Telefonam de Brasilia o Rangel Cavalcante e o Wilson Ibiapina: - Os cinemas de Brasília esperam lotações espeaculares neste fim de semana. É que vai começar a temporada do filme Roliude, rodado no Ceará para cearense ver. Então...


Briga na TV
Pra quem viu Ted Boy Marino na televisão, Aqui Agora, Chavez e Seu Madruga, não ficou dificil pra ver na televisão uma briga que tem varado as madrugadas nesses horários alugados.

Pau e muito  pau
O tal do Pastor Valdomiro, um negão de dois metros de altura, chega ao cúmulo de ressuscitar os mortos, como anunciou na madruga de domingo pra segunda feira, enquanto esculhambava com Edir Macedo, Ratinho e até o Silvio Santos.

Riquinho
Valdomiro, enquanto xingava a Universal e seus “parceiros” anunciava: Domingo as oito horas vou estar em culto no México. As 4 horas da tarde vou estar em Orlando,nos EEUU. Valdomiro dentre outros tem um aviãozinho de US$ 50 milhões de dólares.

Vida que segue
Esse mesmo Valdomiro, no mesmo culto (achei fantástico ouvir até o final) chamou um médico pra briga. O doutor teria dito a uma senhora que seu estado era crítico. O Valdomiro depois de “curar” a mulher desafiou: Cê sabe de nada doutor! Eu não sei e curo.

 P.S.
As referencias a "infringentes" escritas sem o N em FRIN é pra provar o quanto somos idiotas na crença e boa vontade.


Bom dia

Significado de Idiota

adj. Diz-se da pessoa desprovida de inteligência.

Diz-se da pessoa com excesso de pretensão ou vaidade; tolo.
Que pode significar ou caracterizar ausência de inteligência; falta de discernimento; estúpido.
Que não possui sentido ou valor; desinteressante.
Psiquiatria. Diz-se da pessoa acometida por idiotia.
s.m. e s.f. Pessoa desprovida de inteligência; aquele ou aquela que não possui discernimento ou demonstra grande pretensão; ignorante.
(Etm. do grego: idiotes)

Acrescente: brasileiro que creditava que o julgamento do Mensalão não terminaria em pizza.

Inscrições abertas para o Projovem Urbano 2013: ensino fundamental e ajuda de custo para jovens

Segue até o próximo dia 30 de setembro o período de inscrições para o Projovem Urbano 2013, uma oportunidade para jovens com idade entre 18 e 29 anos concluírem o ensino fundamental em apenas um ano e meio.
Quem fizer o Projovem tem direito a uma ajuda de custo mensal de R$ 100,00 (cem reais), material didático, carteira de estudante e fardamento. Os interessados podem fazer sua matrícula diretamente em uma das 54 escolas cadastradas em Fortaleza, distribuídas em todas as seis regionais.
Para a matrícula é necessário apresentar o Histórico Escolar, cópias do RG e do CPF, duas (2) fotos 3x4, uma (1) pasta escolar, a Certidão de Nascimento e o comprovante de residência.
Além de uma formação básica no ensino fundamental, o jovem matriculado no Projovem vai receber qualificação profissional inicial - composta de formação técnica geral e específica - e a formação para a participação cidadã.
Ao final do curso, os jovens com aproveitamento escolar recebem certificado de conclusão do ensino fundamental e são encaminhados para o ensino médio ou profissionalizante.

O Projovem também abre espaço para as jovens mães, que deixaram os estudos para cuidar das crianças. Durante as aulas, as mães podem levar seus filhos com até oito (8) anos para a escola e contar com o apoio da Sala de Acolhimento. No local, eles permanecem sob a atenção de cuidadores durante todo o horário da aula e ainda recebem merenda.
Outra ação inclusiva do Projovem foi pensada para atender jovens com deficiência auditiva. O curso contará com um tradutor da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para que ninguém fique de fora!

Meu doloroso embargo adstringente

Celso de Mello divide decisão com PSDB e DEM

Josias de Souza

Suprema ironia: o ministro Celso de Mello, do Supremo, acomodou nos ombros dos partidos de oposição uma parte do desgaste que lhe pesava sobre os ombros ao proferir a decisão que reabriu o julgamento do mensalão. No miolo do seu quilométrico voto, lido em duas horas e cinco minutos, o ministro recordou uma inusitada parceria do PSDB, do DEM e do PPS com o governista PT.
Celso de Mello recordou que, numa votação de 1998, esses partidos ajudaram a manter no ordenamento jurídico nacional os embargos infringentes —a ferramenta jurídica que permitirá a 12 dos 25 mensaleiros condenados levar o julgamento do escândalo para um terceiro tempo.
O ministro retirou do baú um projeto de lei enviado ao Congresso pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Recordou: “Uma das propostas veiculadas no projeto, que tomou o úmero 4.070, de 1998, consistia na abolição dos embargos infringentes…”
Didático, Celso de Mello informou que o artigo 7º do projeto de FHC sugeria o acréscimo de um 43º artigo na lei 8.038, de 1990. Anotava o projeto: “Não cabem embargos infringentes contra decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal.”
Na exposição de motivos do Planalto, invocava-se, entre outros argumentos, a necessidade de evitar “o colapso operacional do plenário do STF.” Porém, realçou Celso de Mello, “essa proposta não foi acolhida pela Câmara nem pelo Senado.” Coube ao então deputado federal gaúcho Jarbas Lima oferecer os argumentos que levaram a Câmara a derrotar as pretensões da Presidência da República.
Jarbas apresentou um “voto em separado”. No item número 5 desse voto, ele escreveu: “…a possibilidade de embargos infringentes contra decisão não unânime do plenário do STF constitui importante canal, seja para reafirmação, seja para modificação do entendimento sobre temas constitucionais, além dos demais temas para os quais esse recurso é previsto” no regimento interno do tribunal.
Celso de Mello fez questão de citar um trecho do voto no qual Jarbas Lima soou premonitório: “Eventual, alteração na composição do STF poderá influir no resultado final verificado, que também poderá ser modificado por argumentos ainda não considerados. Não se afigura oportuno fechar a última porta para o debate judiciário para assuntos da mais alta relevância”. O ministro enfatizou: “Isso ele redigiu em 1998”.
Quer dizer: com antecedência de 15 anos, o parlamentar já previa a situação materializada agora no julgamento do mensalão, cuja reabertura permitirá aos “novatos” Teori Zavascki e Luis Roberto Barroso votar e, eventualmente, alterar condenações impostas a réus graúdos nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A alturas tantas, Celso de Mello informou que a abolição dos embargos foi rejeitada contra o encaminhamento de um mísero partido, o PDT. Nas palavras de Celso de Mello, a posição de Jarbas Lima prevaleceu “em votação que, sugestivamente, teve o apoio dos lideres do PFL, hoje DEM, do PSDB, do PT, do PTB e do PPS.” Em 1998, o PT protagonizava uma oposição ranheta, do tipo que rejeitava tudo o que vinha do Planalto. O inusitado é que o PSDB e o ex-PFL não tenham se animado a guerrear pela mudança proposta por FHC.
Como que decidido a dividir o desgaste com terceiros, Celso de Mello historiou também a tramitação do projeto de FHC no Senado. Ali, o ex-senador Romeu Tuma, relator da proposta, acolheu algumas sugestões de mudança na proposta que viera da Câmara. Mas tais alterações “não cuidaram do tema pertinente à abolição dos embargos infringentes”, disse Celso de Mello.
O ministro iluminou o inusitado da cena: “É curioso que nem mesmo a Presidência da República, por intermédio de sua liderança no Senado, tentou, por emenda aditiva, acrescentar novamente essa proposta de abolição” dos embargos infringentes. Foi como se Celso de Mello dissesse: “Ao jogar a toalha, o governo de Fernando Henrique Cardoso desistiu de um artigo que, se aprovado, me permitiria agora encerrar a novela do mensalão.”
Aprovado com alterações, o projeto de FHC virou a lei 9.756, sancionada em 17 de dezembro de 1998. Nem sinal do artigo anti-embargos. Hoje, disse Celso de Mello, só o Legislativo pode extinguir os infringentes, “como tentou de forma frustrada a Presidência”, sob o comando de FHC.
Além de invocar a cumplicidade involuntária dos partidos, Celso de Mello cuidou de dissolver a importância do seu voto. Disse que não fez senão aderir à corrente representada por outros colegas, “somando esse único voto àqueles outros cinco pronunciamentos no sentido da possibilidade dos embargos infringentes nessa Corte.” José Dirceu, José Genónio, Delúbio Soares, Marcos Valério e Cia. agradecem.

Opinião

A CIA, o Brasil e o terrorismo
Mauro Santayana
As denúncias feitas pela Folha de S.Paulo, de que agentes da CIA norte-americana atuam livremente no Brasil, em franca “colaboração” com policiais brasileiros assustam muito menos do ponto de vista da atuação dos agentes estrangeiros do que da de seus “parceiros” brasileiros.

Afinal, os espiões norte-americanos estão cumprindo o seu papel: vigiar de perto um país que tem uma extensão territorial contínua maior que os próprios Estados Unidos; que conta com 200 milhões de habitantes; que é a sétima maior economia do mundo; e o terceiro maior credor individual dos Estados Unidos; além de membro dos Brics — uma aliança que o une à China, Rússia, índia e África do Sul deve mesmo ser uma prioridade para a CIA.

Assim como interceptar e-mails e telefonemas da presidente Dilma é prioridade de outra agência do complexo de inteligência dos Estados Unidos, a NSA, já sabemos.

Os espiões norte-americanos estão cumprindo o seu papel
O que não podemos entender, já que estamos sendo ridicularizados no mundo inteiro, é como esses agentes externos têm o seu trabalho banalizado e facilitado pelo próprio governo brasileiro, dentro do nosso território, como se fosse a coisa mais comum do mundo eles entrarem e saírem de instalações responsáveis pela nossa segurança interna e se deslocarem em nosso território como se estivessem dentro das fronteiras dos Estados Unidos.

Espertos, os EUA contam com a ignorância e o cabotinismo deslumbrado e tupiniquim de muitos de seus “colaboradores”.

Afinal — pode-se imaginar, depois de tantos anos de “colaboração”, quantos policiais brasileiros não terão tido a oportunidade de chegar em casa — ou de se sentar com os amigos depois do expediente — e comentar ter participado de uma reunião com “agentes” da DEA ou da CIA, para conversar sobre o “combate ao tráfico de drogas” — a primeira fachada para a assinatura de convênios — ou, depois do 11 de Setembro, como se informa agora, sobre o combate ao “terrorismo”.

E quantos espiões norte-americanos devem ter rido de seus “colegas” brasileiros, a propósito da “guerra contra o terror”, tomando um uísque no bar do hotel, antes de ir para a cama.

Trata-se, muitas vezes, de uma questão cultural. Quantos dentre esses agentes da lei brasileiros não cresceram e não aguçaram a sua vocação vendo — como milhões de outros brasileiros de sua geração — programas policiais e de espionagem norte-americanos na televisão?

E quantos não se imaginaram, em suas fantasias de criança, viajando pelo mundo, combatendo os malvados “terroristas” que ameaçam a liberdade e a democracia ocidental e os próprios Estados Unidos?

Bom seria se da formação informal de alguns de nossos profissionais da área, além de suas lembranças de séries como Miami Vice, CSI New York, Missão Impossível, fizessem parte também cursos sobre relações internacionais, geopolítica e o lugar do Brasil, hoje, no mundo.

Assim, seria mais fácil que eles — e também muitos de nossos diplomatas e até gente de outras áreas do governo — percebessem que o Brasil não corre risco de sofrer ataques “terroristas”.

Nossa República — graças a um dispositivo constitucional que propugna o princípio da não intervenção — não se mete em assuntos internos ou externos de outros países.

E o faz para que outras nações — e grupos, armados ou não, e de qualquer orientação ideológica — não se metam conosco, nem oficial, nem sub-repticiamente, como fazem os Estados Unidos.

Quem é vítima do “terrorismo” são países que, como a Espanha e Israel, por exemplo, atuam como servidores de segunda classe dos EUA em lugares como a Líbia, o Iraque, o Afeganistão, enviando tropas e aviões para combater ao lado dos ingleses e norte-americanos em defesa de seus interesses.

O Brasil só estará sujeito a ser atacado se continuar a estreitar seus laços com os serviços de segurança norte-americanos
Afinal, o termo “terrorismo” não pode ser usado apenas, como se faz usualmente, contra os inimigos dos EUA. Se terrorismo é matar um inocente em Madri ou Nova York, não existe outra palavra para qualificar o fato de se assassinar uma criança, usando um avião não tripulado em Cabul, Bagdá ou Islamabad.

O Brasil só estará sujeito a ser atacado, se continuar, justamente, a estreitar seus laços com os serviços de segurança norte-americanos, colocando-se como inimigo de grupos e organizações que não têm nenhuma razão ou interesse de atuar em território brasileiro.

O Brasil não tem problema com países árabes — temos aqui grandes colônias de palestinos, sírios, libaneses — e os judeus estão em nosso país desde a Descoberta, de que participaram.

A CPI que investiga a espionagem cibernética norte-americana deve estender a sua atuação para a imediata apuração da atividade de agentes norte-americanos no Brasil.

É necessário identificar e romper esses convênios; desmontar as instalações — muitas financiadas com dinheiro norte-americano — a que esses senhores têm acesso e “convidá-los”, educadamente, a deixar, imediatamente, o território nacional. ´

Como se viu ontem, com o tiroteio em Washington, os Estados Unidos — com os inimigos internos e externos que cultivam — não terão paz enquanto acreditarem que receberam licença divina para tutelar o planeta.

Saiamos — antes que seja tarde demais — da “colaboração” com os EUA na área de segurança. Administremos nossos próprios problemas, que já não são poucos. E eles que cuidem dos deles.

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

Heitor é ranzinza mas não é burro

Heitor Férrer defende construção do viaduto no Parque do Cocó

Na ordem do dia da sessão plenária desta terça-feira (17/09), o deputado Heitor Férrer (PDT) defendeu a construção do viaduto no entroncamento entre as avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales. “Não tenho a menor dúvida de que precisamos discutir a cidade e longe de mim dizer que o movimento em defesa do Parque do Cocó não é legítimo, mas ali vai ser feito equipamento para ônibus, motocicletas, para melhorar a mobilidade urbana”, afirmou.

Manchetes desta quarta feira

- Globo: Frente de batalhas: Dilma defende isonomia e agilidade para a Justiça
- Folha: Em SP, maioria rejeita reabertura do mensalão
- Estadão: Sem apuração de espionagem, Dilma cancela ida aos EUA
- Correio: Descontos aquecem mercado de imóveis
- Valor: Receita obriga empresas a preparar dois balanços
- Jornal do Commercio: Criança à venda online
- Zero Hora: Dia de clarear: O futuro do mensalão
- Brasil Econômico: Produtores pressionam governo por maior uso de biodiesel