Mesmo na era digital que oferece novos
recursos aos pequenos, eles nunca deixarão de amar grandes histórias.
Pois, nada é capaz de diminuir a curiosidade e animação deles, quando
escutam a frase " Era uma vez".
Por isso, o livro Urubu-rei e outros contos brasilieros da editora Nova Alexandria é um presente perfeito para o dia 12 de outubro. Nele, são
apresentadas as mais divertidas fábulas do folclore nacional além de
versões dos clássicos contos de fadas como "Maria Boralheira", tornado a
leitura muito divertida e valorizando a rica cultura nacional para as
crianças.
Para mais informações, material de divulgação e entrevistas com o autor, entre em contato: redacao@liliancomunica.com.br ou (11) 2275-6787
“O urubu-rei” e outras conto-preciosidades brasileiras em livro
Obra de Marco Haurélio reúne rico acervo com 22 contos regionais apurados em trabalho que durou cinco anos
O
cordelista e pesquisador da cultura popular brasileira Marco Haurélio,
na tentativa bem-sucedida de reunir contos populares recolhidos
diretamente da memória coletiva do brasileiro, deu origem ao livro O urubu-rei e outros contos do Brasil,
que chega agora pela Volta e Meia – selo infantil da editora Nova
Alexandria. São 22 histórias apuradas entre 2005 e 2010, em um trabalho
minucioso, que procura manter não só a essência como a oralidade de
tais narrativas.
A maior parte
dos envolvidos no projeto é do interior da Bahia, onde a caatinga abraça
o cerrado. As primeiras narrações se situam nos domínios da fábula,
pois pertencem ao tempo em que os bichos falavam. Outras histórias têm
base no conhecimento religioso, como em Adão e Eva, versão
paralela ao relato bíblico do Gênesis. Neste, explica como surgiu o pomo
de Adão, o gorgomilo, a origem da agricultura e do extrativismo
vegetal.
Os contos de fadas também se fazem presentes, a exemplo de O cavalo encantado e de Maria Borralheira, uma versão muito bem “abrasileirada”, se assim podemos dizer, do clássico Cinderela, dos irmãos Grimm. O autor considera que, “dentre tantas pedras preciosas do nosso garimpo”, O Urubu-Rei, a versão baiana do Rei Lear é a mais valiosa delas.
“O nosso
conto, no entanto, ameniza o lado trágico da peça de Shakespeare, pois
traz um príncipe enfeitiçado numa ave de rapina das regiões tropicais, o
urubu-rei (Sarcoramphus papa), que vem a ser o salvador da heroína,
expulsa e condenada à morte pelo pai por sua sinceridade no relato de um
sonho”, diz ele.
Para dar um
“empurrãozinho”, o Vocabulário tira a dúvida no caso de expressões como
“de bucho”, que significa grávida; “tirar tirão”, que na verdade nada
mais é que divertir-se à custa do outro. E sinônimos como “Cão”,
referência ao Diabo; “Manga”, que ao invés da fruta, refere-se ao pasto,
entre outros.
Se essa obra,
que une tantas outras em um projeto único – em número e qualidade – é
importante e essencial para o público infantil, deve também ser tratada
como obrigatória para todos aqueles que desejam conhecer mais da cultura
brasileira. São 87 páginas de uma leitura curiosa e instigante, que por
muitas vezes te permite ouvir a voz e velocidade no discurso de cada
narrador, já que Haurélio preocupou-se muito com essas características.
O autor, por ele mesmo:
Nasci numa
localidade chamada Ponta da Serra, no sertão da Bahia, hoje pertencente
ao município de Igaporã. Na época em que nasci era parte do município de
Riacho de Santana. A casa de minha avó Luzia Josefina (1910-1983) era,
como se dizia então, parede e meia com a de meu pai. Sempre que podia,
ia à sua procura para ouvi-la narrar as histórias fabulosas que me
transportavam para reinos distantes, habitados por heróis valorosos,
princesas encantadas e gigantes orgulhosos. E também para a leitura
noturna dos folhetos clássicos da literatura de cordel, como João
Acaba-Mundo e a serpente negra, de Minelvino Francisco Silva, e Juvenal e
o dragão, de Leandro Gomes de Barros. Desde os sete anos, passei a
anotar essas histórias, ao mesmo tempo em que já escrevia meus primeiros
folhetos de cordel.
Passou o tempo,
cursei Letras Vernáculas na Universidade do Estado da Bahia em Caetité
e, já no final do curso, inspirado pelos poderosos exemplos de Luís da
Câmara Cascudo e Sílvio Romero, resolvi reunir em uma ou em várias
publicações a rica tradição oral da região. Foi um trabalho árduo, mas
reconfortante, pois, a cada história gravada ou anotada, estabelecia-se
um vínculo de amizade com o narrador, e a certeza de que, aqui e ali, eu
garimpava algumas pedras preciosas. O trabalho, iniciado em 2005 e
jamais interrompido desde então, resultou em vários livros que incluem a
contística e a poesia popular (cancioneiro). Algumas joias deste
garimpo, que, mesmo lapidadas, não escondem as marcas da oralidade,
compõem este livro. Outras foram recriadas em cordel e, misturadas às
minhas memórias afetivas, ajudam a compor parte de minha trajetória como
poeta cordelista e pesquisador da cultura popular brasileira.
Ficha Técnica:
Tamanho: 14X21cm
Páginas: 96
ISBN: 9788565746335
Preço de capa: R$ 25,00
Mais informações:
Barbara Ataide barbara@liliancomunica.com.br
(11) 2275-6787/ (11) 9-5798-0005