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Sérgio Machado pede o boné


Sérgio Machado renuncia à presidência da Transpetro

Sérgio Machado, presidente licenciado da subsidiária de transporte e logística da Petrobras, entregou carta de renúncia ao cargo na tarde desta quinta-feira, 5. A mensagem foi entregue à presidente da estatal, Graça Foster, que também preside o conselho de administração da Transpetro.
A renúncia ainda deve ser oficialmente informada ao conselho de administração da subsidiária para que seja divulgada. É possível que isso não ocorra ainda nesta quinta.
Sérgio Machado estava licenciado há três meses, desde que a empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC), entre outros pontos, ressaltou a dificuldade de validar o balanço financeiro da Petrobrás tendo, no comando de uma das suas controladas, um executivo citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator à PF, afirmou que recebeu R$ 500 mil em propina às mãos de Machado como pagamento de propina. Sérgio Machado é afilhado político de Renan Calheiros (PMDB-AL).

Após perder compostura, Senado perde o rumo

..Que acontece num país de opinião pública minimamente ativa sob uma conjuntura em que se misturam inflação alta, juros salgados, paralisia econômica, aumento de impostos, elevação de tarifas e corrupção desenfreada? Simples: não se fala de outra coisa. De fato, muito se fala da crise nas filas, nas esquinas, nas residências, nos escritórios. A exceção é o Senado. Ali, o assunto é outro.
Desde que voltaram das férias, no domingo, os senadores discutiam o rateio dos cargos na Mesa diretora. A coisa terminou em confusão, como se pode notar no vídeo acima. O tetrapresidente Renan Calheiros passou o trator sobre PSDB e PSB, partidos que ousaram votar contra ele na eleição para o comando do Senado. Na surdina, Renan providenciou para que as duas legendas fossem excluídas dos assentos a que teriam direito na Mesa, privilegiando os aliados.
Em resposta, Aécio declarou: “Vossa Excelência perde a legitimidade para ser presidente dos partidos de oposição nesta Casa”. Seguiu-se uma briga em que os dois acusaram-se mutuamente de desrespeitar a democracia. Poucas pessoas —talvez meia dúzia de brasileiros em 1 milhão— são capazes de entender e traduzir a atual situação político-econômica da democracia brasileira. Mas todo mundo sente os efeitos do descalabro. E não é preciso ir muito longe para verificar que a grossa maioria da sociedade enxerga o Senado como parte do problema, não da solução.
Basta entrar em qualquer boteco —de bairro nobre ou da periferia— para perceber que a clientela não se enxerga nesta casa do Parlamento, que deveria ser a caixa de ressonância por excelência de um regime democrático. Na época em que ainda fazia pose de referência moral sem provocar risos, Lula estimou em 300 os picaretas do Legislativo. Na Era dos governos do ex-PT, descobriu-se que a banda ladra é maior. Sabe-se que nem todo mundo é bandoleiro. Mas 90% dos congressistas dão aos 10% restantes uma péssima reputação.
Contra esse pano de fundo, cabe perguntar: qual o panorama do Senado no momento? Ao reconduzir à presidência Renan Calheiros e todas as acusações que lhe pesam sobre os ombros —as antigas e as que estão por vir—, a maioria dos senadores demonstrou que o Senado perdeu de vez a compostura. Ao desperdiçar quatro dias debatendo o rateio de poltronas na Mesa, os senadores revelaram que o Senado perdeu também o rumo. Primeira e segunda vice; primeira, segunda e terceira secretarias; suplências A, B e C. Sakespeare devia estar pensando nisso quando disse: “Não há o que escolher num saco de batatas podres.”
Aécio e a tropa oposicionista fazem um bem a si mesmos ao peitar Renan e sua infantaria. O grão-tucanato fareja na movimentação do morubixaba de Alagoas a tentativa de solidificar a milícia parlamentar que lavará a jato um eventual processo de cassação por falta de decoro. Líder do DEM, o senador Ronaldo Caiado ousou dizer a Renan, do alto da tribuna, que o objetivo dele é mais ambicioso: “quer usar o Senado como parachoque para amortecer” um ainda hipotético pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Curiosamente, não houve governista que o contraditasse.
“Perderam a rua e querem levar tudo no tapetão”, afirmou Cássio Cunha Lima, líder do tucanato. “Vossa Excelência pode atropelar o PSDB e o PSB. Mas não irá atropelar o povo brasileiro. Não vai ultrajar nossa democracia. Não estamos mendigando cargos na Mesa. Queremos respeito à proporcionalidade construída nas urnas. Saiba Vossa Excelência que sua atitude terá consequências. O Brasil vai ver o desdobramento dessa manobra.”
Resta à plateia torcer para que venham mesmo as “consequências”. Não é de hoje que, no Senado, se briga e se fazem as pazes desavergonhadamente. Renan Calheiros já esteve na bica de ser cassado um par de vezes. Numa delas, viu-se compelido a renunciar à presidência para salvar o mandato. Suas desavenças foram sempre sucedidas de hediondas reconciliações.
Ninguém deseja para as brigas do Senado um epílogo de romance do século 19, época em que os insultos eram lavados com sangue. Mas convém não abusar da paciência dos botequins. A reiteração dos acordos, dos conchavos, das alianças potencializa a convicção, já tão disseminada, de que a política é o território da farsa. Junte-se a isso a falta de uma agenda e descobre-se o porquê de o Senado e seus protagonistas não serem levados a sério.
Tá no josias

Não sabia que perder eleição fazia adoecer de ódio

‘Se Levy vier com penduricalhos, não consideraremos prioritário’, diz Aécio

Josias de Souza
Tornou-se lugar-comum a tese segundo a qual Dima Rousseff sequestrou a cartilha econômica do PSDB ao levar Joaquim Levy da diretoria do Bradesco para o comando do Ministério da Fazenda. Porém, o senador Aécio Neves, presidente do tucanato, não se reconhece nos ajustes econômicos adotados por Levy.
Em conversa com Aécio, o signatário do blog perguntou: o PSDB vai votar contra os ajustes na economia? E ele: “Essa é uma questão central para nós. Se o ministro Levy vier para o Congresso com penduricalhos, com soluções laterais, nós não consideraremos isso prioritário.”
O que o PSDB chama de penduricalhos? “Se vierem para nós medidas que combinem aumento de impostos e supressão de direitos trabalhistas, como parece ser o caso, nós estaremos à vontade para cobrar um aprofundamento das questões. Seremos coerentes com o que dizíamos na campanha.”
Aécio acrescentou: “O que eu dizia durante a campanha era que precisávamos fazer ajustes na economia. Mas faríamos isso de forma estruturante. Eles não estavam preparados para ganhar a eleição. Esqueceram que, se ganhassem, teriam que governar.”
Instado a comentar a intenção de Dilma de nomear para a presidência da Petrobras um executivo tão conceituado no mercado quanto Levy, Aécio declarou: “Não torço contra o Brasil. Mas não vamos cair nessa armadilha de achar que botar um Levy na Petrobras apaga o passado. Acontecerá o contrário. A presidente da República perderá o anteparo. Não vai ter mais a blindagem da Graça Foster. Quem assumir a Petrobras não vai querer empurrar nada pra baixo do tapete.''
“Queremos saber quem são os responsáveis por esses prejuízos todos”, disse Aécio. “Os que já foram feitos, como os roubos, e o desperdício de R$ 2,5 bilhões nas refinárias canceladas do Ceará e do Maranhão. Os pareceres técnicos eram contrários aos empreendimentos. Vem o Lula e diz que tem que fazer, para atender os governadores. E aí, vai ficar tudo por isso mesmo? Ninguém responde pelo prejuízo? Nós investigaremos tudo a fundo na nova CPI.”

Kassab com SAntana


O governador Camilo Santana tem reunião com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, às 11 horas, no Palácio da Abolição.

Os novos salários dos professores

Sobe para 18 o número de cidades que reajustaram o salário dos professores em 13,01%

Nesta quinta-feira (5/2), chegou a 18 o número de cidades do Ceará em que o salário dos professores foi reajustado em 13,01% ou mais, conforme determina a Lei do Piso do Magistério. Em Beberibe, Várzea Alegre, Orós, Cruz, Cascavel, Guaiuba, Fortaleza, Itaitinga, Maranguape, Senador Pompeu, Pentecoste, Icó, Chorozinho, Missão Velha e Choró os benefícios cresceram de acordo com a previsão nacional. Em Quixadá e Ibaretama o percentual foi ainda maior, ficando em 20% e 17%, respectivamente. E em Frecheirinha houve reajuste, mas apenas para o nível médio, minoria da classe.
Os dados foram apresentados à Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) pelos sindicatos de servidores filiados, que negociam as demandas dos trabalhadores com as prefeituras cearenses, dentro das atividades da Campanha Salarial Unificada 2015.
Um terço extraclasse
Além do reajuste, os sindicatos estão comunicando também a regulamentação nas cidades de outro mecanismo da Lei do Magistério, que a reserva de um terço da jornada de trabalho dos professores para atividades extraclasse. A demanda passou a ser atendida em pelo menos quatro novas localidades: Caucaia, Orós, Crateús e Ipueiras.
Avaliação
“O reajuste deste ano é totalmente factível para a absoluta maioria dos municípios do Ceará. Cidades de todos os perfis e tamanhos estão reajustando o salário da categoria. Vamos permanecer vigilantes a esta demanda e acompanhado as campanhas salariais dos servidores de todas as cidades”, afirma Enedina Soares, presidenta da Fetamce.

Mega Sena

Um acertador na Mega Sena de ontem.
Os números

03  18  34  35  36  56

O que é que o Camilo vai fazer hoje

Agenda do governador Camilo Santana 
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015


11h: Reunião com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab
Local: Palácio da Abolição

16h: 
Recebe o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Francisco Aguiar
17h: Recebe o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi

18h30: Reunião com a vice-governadora Izolda Cela e o secretário da Educação, Maurício Holanda 

Mais um sapaateiro indo além da sandália


Ceará perdeu refinaria por desarticulação política
“A perda da refinaria Premium II, no Ceará, foi consequência de, dentre outras questões, uma desarticulação política por parte dos empresários e dos órgãos públicos do Estado”. A opinião é do professor João Bosco Monte, presidente do Instituto Brasil África, observando que o empreendimento já data de 50 anos e agora foi extinto pela Petrobras. Ele observa que a vinda da refinaria para o Ceará não passou de uma retórica, que acabou com um grande sonho de, por meio dela, provocar um maior desenvolvimento na região do município de São Gonçalo do Amarante.
João Bosco prevê que o caso não tem como ser revertido, principalmente no curto prazo, porque a Petrobras foi clara em dizer que não há, pelo menos agora, condição de bancar o empreendimento. Segundo ele, o governo federal, tanto na gestão de Lula, como na administração da presidente Dilma Rousseff, iludiu os políticos e empresários cearenses, garantindo a refinaria e, na semana passada, dando um não seco, sem justificativa. Acrescenta que houve conversa sobre a possibilidade, mas não houve compromisso efetivo de instalação do equipamento.
O professor seguiu a Brasília onde foi participar de reunião com a ministra Nilma Lima Gomes, da Secretaria Nacional de Política da Igualdade Racial, para discutir a Exposição Nelson Mandela, que iniciará no dia primeiro de maio, no Museu Nacional, em Brasília. Ele analisa como importante essa exposição, porque vai mostrar as realizações de Nelson Mandela, que ficou preso por 27 anos, como presidente da África do Sul. Hoje, ele vai a São Paulo para participar de discussão do seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), sobre comércio entre Brasil e Norte da África, que será realizado nos dias 23 e 24 deste mês, quando será debatido o agronegócio e a segurança alimentar. (Com informações de Tarcísio Colares).

Deputados fazem selfie com a seca no Ceará


Seca pauta primeiro dia de trabalho na AL
A preocupação com a probabilidade de mais um ano de estiagem no Ceará levou, ontem, nove deputados a se pronunciarem sobre a seca, no primeiro dia de sessão ordinária da Casa. Para cobrar soluções enérgicas do governo do Estado, o deputado Bruno Pedrosa (PSC) encaminhará à Mesa Diretora um requerimento com o pedido de recriação da Comissão Especial da Seca. Já o deputado Ely Aguiar (PSDC) anunciou que está elaborando um projeto de indicação que propõe a criação de fórum permanente para debater os recursos hídricos no Estado, além de o deputado Heitor Férrer (PDT) ter dado entrada em um requerimento, em que solicita audiência pública, junto com a Comissão de Meio Ambiente da Casa, para debater as ações concretas que o governo do Estado deve deliberar para amenizar os prejuízos.
De acordo com o deputado Bruno Pedrosa, o retorno da Comissão Especial da Seca em que o deputado Welington Landim (Pros) foi o relator do Colegiado no ano passado, contribuirá para debater soluções enérgicas e levá-las ao governo. “Dos 184 municípios cearenses, 176 declararam emergência”, frisou o parlamentar.
Com relação ao projeto de indicação que propõe a criação de um fórum permanente para debater os recursos hídricos no Ceará, Ely Aguiar, justificou que o objetivo é mobilizar a Casa, cientistas, pesquisadores e engenheiros para proporem atos conjuntos e propor soluções.  “Ao final do semestre, seria apresentado um relatório para o governador e para a população com sugestões de ações para melhor uso de nossos recursos hídricos”, explicou Ely.
“As cidades estão em colapso”, destacou o deputado João Jaime (DEM), frisando a situação de açudes como o de Pentecoste, que abastece parte da região do Vale do Curu, que está apenas com 1% de sua capacidade. O parlamentar sugeriu que os pares não fiquem à margem das proposições do Estado quanto à seca. “Espero o apoio dos nobres colegas e que possamos trazer essa discussão com seriedade, ajudando o governo e a população a solucionar esse grave problema.”
O deputado Carlos Matos (PSDB) também demonstrou preocupação com os prejuízos de mais um ano de estiagem no Estado e destacou a importância de o governo apresentar sempre à Casa as medidas adotadas, para que os parlamentares possam contribuir e garantir o abastecimento de água à população. “A cada três anos e meio, uma seca pega o Ceará despreparado”, pontua.
QUESTÕES POLÍTICAS
O deputado Welington Landim (Pros) reverberou que está decidido a propor a reinstalação da Comissão Especial da Seca na Assembleia  e declarou  que, desde o ano passado, já foram realizadas diversas reuniões que visavam à retomada da Comissão, “mas que não foi efetivada por questões políticas”, disse o parlamentar, propondo que, desta vez, a equipe seja menor, com apenas  nove parlamentares, e não mais com os 16 do passado, haja vista que muitos não se empenharam na questão. O deputado informou ainda ter apresentado requerimento convidando o titular da Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará (SRH), Francisco Teixeira, a comparecer à Casa, na próxima semana, para fazer uma exposição sobre a situação das chuvas no Estado e sobre o andamento das obras nas cidades mais atingidas pela estiagem.
OPOSICIONISTAS
“Há quantos anos discutimos a seca?”, questionou, em tom de crítica, o deputado oposicionista Danniel Oliveira (PMDB), pontuando ainda que o relatório passado não foi aproveitado pelo atual governo e questionou a atuação da Casa. “Criamos um relatório na Comissão Especial da Seca, mas nem o governo passado e parece que nem esse  pegaram essa pauta para discutirmos. Quantos projetos já saíram desta Casa? O povo tem sofrido com a seca, famílias estão passando sede. Senhor governador, use esses projetos, pegue esse relatório”, disse Danniel.
Outro deputado de oposição a usar a tribuna foi o deputado Heitor Férrer (PDT), que alertou quanto ao “quadro de tragédia” já instalado no Ceará, em que as autoridades precisam estar prevenidas para atuar emergencialmente. “O governo precisa se preparar para a tragédia e também para a solução”, disse.

AUDIÊNCIA PÚBLICA
O parlamentar informou ter dado entrada em um requerimento solicitando audiência pública, junto com a Comissão de Meio Ambiente da Casa, para debater as medidas concretas que o governo vai tomar “para amenizar essa tragédia que abate o Ceará”. Ele defendeu um esforço conjunto, por meio de debates das autoridades públicas com instituições representativas, como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), entre outras. A temática ainda foi discutida pelos deputados Leonardo Pinheiro (PSD) e Joaquim Noronha (PP).