Contato

Congresso ganha mais uma do Planalto

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,camara-aprova-pec-do-orcamento-impositivo,1632555Câmara aprova PEC do Orçamento Impositivo

Daiene Cardoso, Ricardo Della Coletta e Daniel Carvalho - O Estado de S. Paulo
10 Fevereiro 2015 | 22h 23

Proposta, que obriga governo a pagar emendas parlamentares individuais, depende apenas da promulgação da presidente Dilma

Ed Ferreira/Estadão
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante sessão deliberativa, no plenario 
Atualizado às 00h41
Brasília -A Câmara impôs nesta terça-feira, 10, mais uma derrota ao governo Dilma Rousseff ao concluir a votação da proposta de emenda à Constituição que torna obrigatório o pagamento das emendas parlamentares individuais, o chamado Orçamento impositivo. Na prática, o projeto impede que o governo congele o desembolso de emendas para pressionar o Congresso a votar de acordo com seus interesses.
Em meio a uma política de ajuste fiscal do segundo mandato, a nova derrota do Palácio do Planalto tem impacto previsto de quase R$ 10 bilhões em 2015.
A PEC prevê que o Executivo terá de desembolsar em emendas individuais, no mínimo, o equivalente a 1,2% da receita Corrente Líquida da União do ano anterior.
Em valores de 2014, isso representa R$ 7,7 bilhões. Cada um dos 594 parlamentares da Câmara e do Senado que apresentaram emendas em 2014 terão uma cota de R$ 16,3 milhões para emendas. A verba total soma R$ 9,8 bilhões.
Na votação da proposta de emenda constitucional no Senado foi incluído dispositivo estabelecendo que 50% dos recursos dessas emendas devem ser destinados ao atendimento à saúde.
Emendas são propostas feitas ao Orçamento por meio das quais deputados e senadores normalmente destinam recursos a projetos em seus redutos eleitorais.
Apoio. A votação que garantiu a aprovação da proposta teve apoio de partidos da base aliada e da oposição e até da maioria dos deputados do PT. No total, 427 deputados foram favoráveis ao texto e 44 se manifestaram contra. A matéria segue agora para promulgação pelo comando do Congresso.
A PEC é uma promessa de campanha do ex-presidente da Casa Henrique Alves (PMDB-RN) - que se candidatou no ano passado ao governo do Rio Grande do Norte, mas não se elegeu -, que acompanhou a sessão. Seu sucessor, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também colocou o tema como prioridade de seu mandato .
Novatos. Ainda nesta terça o relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR) incluiu em seu relatório o pagamento de R$ 10 milhões em emendas para cada um dos novos deputados e senadores eleitos. A medida, que significará uma despesa de R$ 2,4 bilhões, desagradou ao governo.
A meta é atender a solicitações dos novos parlamentares que assumiram neste ano cargo no Congresso. Assim como no Orçamento impositivo, o mecanismo pelo qual o governo é obrigado a executar as emendas parlamentares, metade da dotação dos “novatos” terá de ser obrigatoriamente destinada para a saúde.
Jucá explicou que a inclusão das solicitações dos novos parlamentares será feita por meio de emendas do relator (ou seja, do próprio Jucá), para que não seja necessário reabrir a proposta, que está praticamente fechada. Ele garantiu que as emendas apresentadas pelos parlamentares mais antigos não serão prejudicadas. “Todos serão atendidos, de acordo com a capacidade de desembolso do governo",
Redução de danos. Por limitar o poder de pressão do Executivo mediante a liberação de emendas, o governo sempre tentou barrar a proposta.
Em 2013, quando viu que havia maioria para aprovar o projeto, o governo aceitou um acordo de redução de danos no Senado. Costurou a inclusão do montante mínimo que deve aplicar anualmente na área da saúde na Constituição. De quebra, isso vai permitir que o governo contabilize a parte das emendas que vai para a saúde no cálculo dos investimentos mínimos que deve realizar por lei.
Os valores para a saúde incluídos na PEC variam de 13,2% da RCL a 15% e serão aplicados de forma progressiva, em cinco anos. Pela redação, eles entram em vigor em 2016. A “bancada da saúde” acusou o governo de pegar carona no Orçamento impositivo para não aprovar projeto que defendia aportes maiores na área.

Olha só o que o Camilo vai fazer mais tarde

Agenda do governador Camilo Santana quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015


9h
: Reunião com os secretários Élcio Batista (Chefia de Gabinete), Alexandre Landim (Casa Civil) e Arialdo Pinho (Turismo)

11h: Visita à TV Cidade
12h30: Almoço com a diretoria do BNB
Local: BNB Passaré
14h30: Reunião com a secretária do Desenvolvimento Econômico, Nicole Barbosa, e equipe
15h30: Reunião com o secretário da Cultura, Guilherme Sampaio, e equipe
17h30: Recebe o presidente da Companhia Siderúrgica do Pecém, Sérgio Leite

18h: Reunião com o secretário da Fazenda, Mauro Filho, e equipe

19h30: Reunião com o secretário do Turismo, Arialdo Pinho, e equipe

Coluna do blog



É atávico meu filho; é tudo P.O.
Fico eu cá com meus frugulhos perguntando as razões de tanto espantamento com  essa coisa da corrupção no Brasil. Causa espécie a uns-e-outros que mineiros, que traficavam pedras preciosas e ouro em santos do pau oco, não tenham aprendido a lição e metido os pés pelas mãos enganando o povo.  Nem Tiradentes (com todo respeito) serviu de exemplo. Subindo o morro brasileiro, há um mundaréu de cavilosos armando pra se dar bem. Descendo,e tendo Minas por eixo, a coisa engrossa. O que dá de bandidagem num tá no X9.(Já leu X9?) Pois bem, fico cá eu com pena dos que ainda se  assustam com o que ocorre. Eu que fui criado lendo e correndo fico indignado, claro, jamais surpreendido. Olhando o noticiário, ouvindo a rádia e lendo as coisas que escrevemos, acabei  lembrando que um dia ao ler um dos sermões do Padre Vieira, entendi todo o atavismo da corrupção brasileira. Da ladroagem. Está tudo na origem. Somos o que os da medicina veterinária e os que adotam a árvore genealógica para mapear animais chamam P.O., ou, puro de origem. Vieira fala da ocupação portuguesa no Brasil: “...não peço nem pretendo castigo, e o que só desejo é o remédio; quero acabar este largo mas forçoso discurso, apontando brevemente o que ensina o Evangelho.  O primeiro e fundamental de todos era que aquelas terras (Brasil) fossem povoadas com gente de melhores costumes e verdadeiramente cristã. Por isso, no regimento dos Governadores, a primeira coisa que muito se lhes encarrega  é que a vida e procedimento dos Portugueses seja tal que com o seu exemplo e imitação se convertam os gentios. Assim está disposto, santissimamente, porque, como diz São João Crisóstomo, se os cristão viveram conforme a lei de Cristo, toda a gentilidade estivera já convertida: Nemo profecto gentilis esset, si  ipsi, ut  oportet, Christiani esse curaremus. Mas é coisa muito digna, não sei se dá este regimento aos  Governadores, e nos mesmos navios em que eles vão embarcados,os povoadores que se mandam para as mesmas terras (Brasil) são os criminosos e malfeitores tirados do fundo das enxovias, e levados a embarcar em grilhões, a quem já não pode fazer bons temor de tantas justiças! E estes degradados por suas virtudes, e talvez marcados por elas, são os santinhos que lá se mandam, para que com o seu exemplo se convertam os gentios e se acrescente a cristandade”. Cê quer o quê?

A frase: “Isso é um absurdo contra ao Ceará. Não reconheceram minha assinatura no pedido de CPI pra Petrobras”. Do recém eleito dep.federal Vitor Valim. Valim não é doutor, mas a letra...



E Deus ao fazer o mundo...(Nota da foto)
Nos corredores do céu, contam que Deus tinha terminado de fazer o mundo, descansado sete dias depois do sétimo dia e começou a trabalhar pra botar as coisas nos cantos. Bondades e maldades.  No Japão botou vulcões. Nos Estados Unidos vendavais. No Chile, Peru, pracolá, tremores de terras e assim foi. Até que um anjo chato perguntou: Pai, e pro Brasil não vai nada? E Deus, já meio aporrinhado...”Espera pra você ver o povim que vou botar lá”.

No atacado
Camilo Santana pediu ao Ministro Kassab, das Cidades, 50 mil casas do Minha Casa Minha Vida para o Ceará. Quem pede a galego quando ganha é a metade.

Grandes e pequenos
Tá tudo vendido. Praticamente não há  mais carro pra alugar nas pequenas e grandes empresas do ramo. Turma chegada a um balacobaco reservou até fusca fafá-de-belém.

Cuidado!
Atenção todos os bancos, lotéricas, pontos de caixas eletrônicos e quetais; daqui por diante está aberta a temporada de caça a dinheiro pra bandido estourar e ir brincar o carnaval.

A última de RC 15
Roberto Claudio quer implantar restaurantes populares em todas as regionais de administração de Fortaleza. Comidinha boa e barata pra quem vive em tempo de cintos apertados. Eu concordo.

No meu não, violão
Tá a maior gritaria porque tem táxi chamado de pirata no aeroporto Pinto Martins. Só podem fazer ponto no Pinto táxis das duas cooperativas especiais.

Aí então...
Agora entram os que não têm nenhuma bandeira e querem tirar uma casquinha, isto é, ter o direito de levar passageiro de lá pra cidade, assim como levam da cidade pra lá.

Céus e terras
Os Sindicatos dos taxistas movem céus e terras pra acabar com os tais piratas a que prefiro chamar de independentes.

Perguntar, ofende?
Agora a gente quer saber, diante de tantos direitos que esses taxistas têm, por quê eles não pagam pelos pontos que ocupam e que tomam as vagas dos motoristas da vida.

Outra coisa...
Quanto renderia para a Prefeitura, AMC, sei lá, botar parquímetros para taxistas pagarem por seus estacionamentos e nos estacionamentos botar parquímetros para que nós também pagássemos? Quem inventou que táxi é utilidade pública?

Dinheiro pra paulista
Empresários paulistas de diversos setores produtivos poderão conferir, hoje dia 11, as regras de acesso ao Reinvestimento, benefício fiscal destinado a empresas com atuação na Região Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Pense no hotel
O encontro vai ocorrer às 10 horas, no Renaissance São Paulo Hotel, no Jardim Paulista. No ato, representantes do Banco do Nordeste e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) apresentarão o portfólio de incentivos fiscais disponíveis.

Bom dia

A u'a nação de calangos, ou de macaquitos imitadores de gestos, palavras e ações, fica difícil convencer o bobo de que será bobo se pensar sempre pela cabeça do outro. Em certas situações fica mais difícil ainda tentar dizer pro bobo que não é assim, nem é assado...é de outra forma. Mas então o bobo impregnado de uma verdade que o coitado incorporou fica espalhando e espalhando e espalhando e tornando mais bobos outros bobos.
O deputado Vagner Souza, leu neste blog (mas antes disso ele já sabia) a história de que colher assinatura para uma PEC ou a instalação de uma CPI não é voto sim ou voto não. Pra felicidade deste humilde blog, o deputado em questão foi à ferida puxando a casca de sua vítima . O deputado  Sabino, parceiro dele, eleito deputado federal, teve o nome exposto à execração pública porque "não" votou pela CPI da Petrobras, ou votou "contra" a CPI da Petrobras.,
É que tanto o senhor Vagner Souza quanto este humilde escriba cansaram de ouvir uma ruma de imbecis repetindo e repetindo e repetindo que os caras, 6, votaram a favor da CPI e outros 16 votaram contra a CPI da Petrobras. Isso dentro da bancada cearense de 22 deputado federais.  Olhe, eu acredito até que se fosse por maldade política aceitaria como uma coisa inteligente, só que não é; é por burrice mesmo, desconhecimento, ignorância das mais simples regras do jogo.
Vou escrever pela última vez: quando um parlamentar abre uma lista de assinaturas para, por exemplo a instalação de uma CPI, ou PEC ou o diabo que seja, não está pedindo voto a um colega, lá dele. Está pedindo ao colega, lá dele, que o apoie naquilo que pretende. Assinar uma lista não é VOTAR, contra ou a favor de alguma coisa em um parlamento. Por isso, sejam pelo menos um pouco mais inteligentes e busquem o que falar seja no rádio, na televisão, no botequim da esquina, depois de se informarem. É por isso que vivo de dizer a quem interessar possa: não queiram saber como são feitas as salsichas e as notícias.
Na minha idade e mais de meio século de batente não só irrita, mas cansa saber que se abre um microfone de rádio, com uma tremenda irresponsabilidade, para um idiota botar esse tipo de asneira para o povo ouvir. Pior: vira verdade e fica-se repetindo, ecoando, enchendo o saco de quem sabe que aquilo não tem fundamento.
Com todo respeito ao autor da frase...aí dentro!!!

Tucanos chegam pequenos e querem sentar na janela

PSDB quer controlar a comissão de fiscalização

Josias de Souza

Decidido a intensificar a oposição ao governo Dilma Rousseff, o PSDB reivindica no Senado o comando da comissão que tem a atribuição de fiscalizar o Poder Executivo. O órgão acumula dois outros temas. Chama-se Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle. O tucanato indicará para presidente do colegiado o senador Aloyzio Nunes Ferreira (SP), ex-candidato a vice na chapa presidencial de Aécio Neves.
Nesta terça-feira (10), líderes do bloco de partidos oposicionistas e independentes reuniram-se com o líder do PMDB, Eunício Oliveira, para discutir a distribuição das comissões. Tenta-se restabelecer o princípio da proporcionalidade, que foi rompido no preenchimento dos cargos da Mesa diretora do Senado.
Observada a proporcionalidade, a ordem das escolhas será determinada pelo tamanho das bancadas. Eunício informou aos outros líderes que o PMDB escolherá as comissões de Constituição e Justiça e de Infraestrutura. O PT optará pela comissão de Assuntos Econômicos. O PSDB tem direito à quarta pedida.
O líder da bancada tucana, Cássio Cunha Lima (PB), disse a Eunício que seu partido oscilava entre duas comissões: a de Relações Exteriores e a que inclui as áreas de fiscalização e controle. O comandante do PMDB respondeu que o tucanato facilitaria o entendimento se optasse pela área de Relações Exteriores.
Ao comunicar o resultado da reunião aos correligionários José Serra, Tasso Jereissati e Aloysio Nunes, o líder Cunha Lima ironizou: “Eles agora estão se comportando como o pai de família que diz ao rapaz: ‘você pode casar com qualquer das minhas filhas, desde que seja a Maria'. Querem que a gente fique com a Comissão de Relações Exteriores.”
As dúvidas do PSDB dissolveram-se instantaneamente. Formou-se no partido presidido por Aécio um sólido consenso em torno da escolha da comissão que tem poderes para “fiscalizar” e “controlar” o governo Dilma. Cunha Lima já comunicou a decisão a Eunício.
Assim, se quiserem evitar que os tucanos assumam a fiscalização, PMDB e PT terão de abrir mão de suas preferências para escolher essa comissão antes do PSDB. Outra hipótese seria o bloco governista acionar sua maioria para atropelar a oposição, ignorando novamente o critério da proporcionalidade. “Se isso acontecer, vamos pegar em armas”, exagera Cunha Lima em privado.

Na PF contra a PF


Cunha depõe na PF sobre suposta ‘alopragem’
Presidente da Câmara denunciou ‘cúpula da PF’ de ‘armar’ contra ele
dep eduardo cunha by fabio rodrigues pozzebom abr
Deputado Eduardo Cunha denunciou o que chamou de “aloprados” (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prestou depoimento nesta terça-feira, 10, na Polícia Federal no inquérito aberto a partir de denúncia do próprio peemedebista sobre uma suposta gravação produzida para envolvê-lo nas investigações da Operação Lava Jato.
Em janeiro, Cunha convocou os jornalistas para dizer que era vítima de “alopragem” montada, segundo fontes do deputado, pela “cúpula da PF”. No depoimento, Cunha contou que manteve os fatos relatados anteriormente aos jornalistas e que a condução da investigação caberá agora à PF. “Eles precisavam ter formalmente meu depoimento para a partir daí partirem (para as apurações)”, disse.
Durante a campanha para a presidência da Casa, Cunha distribuiu aos jornalistas cópias de uma gravação que trazia a conversa entre duas pessoas. No diálogo telefônico, um dos homens ameaçava contar o que sabia caso o deputado o abandonasse.
Na ocasião, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que estava em férias, determinou que o caso fosse encaminhado à PF e que fosse aberto um inquérito para apurar a denúncia.(AE)
Notícias relacionadas
Mais lidas da Semana
Busca
Palavra-chave:

Esse povo não aprende a perder


Caiado entra com mandado para cancelar eleição da Mesa do Senado
O argumento do senador é reparar uma violação ao princípio constitucional da proporcionalidade na formação da Mesa
Ronaldo Caiado
O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), entrou hoje (10/02) com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a eleição da Mesa Diretora da Casa. O documento também conta com liminar que pede suspensão imediata do pleito dando possibilidade ao presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) reconvocar outra eleição.
O argumento do senador é reparar uma violação ao princípio constitucional da proporcionalidade na formação da Mesa. Caiado alega que Renan agiu para barrar a oposição e assim blindar o governo e sua base de possíveis desdobramentos na apuração de irregularidades, a exemplo dos desvios na Petrobras.
“Renan fez o jogo de um governo que não tem mais credibilidade com a população e nem com o Congresso e desrespeitou o espaço das minorias na Casa. Fez um cálculo de proporção que só beneficia o PT e o PMDB e montou um rolo compressor para passar por cima das minorias”, lamentou.
No documento, o democrata cita o presidente do Senado como “autoridade coautora”, pois não indeferiu com base na proporcionalidade prevista no Artigo 58 da Constituição candidaturas avulsas de outros partidos e blocos parlamentares que alterariam a composição em acordo às bancadas.
“Ele terminou chancelando uma escancarado ‘bypass’ ao princípio constitucional aqui invocado, consubstanciado na apresentação, pela ampla maioria governista, de um única chapa subversiva à proporcionalidade verificada naquela Casa Legislativa”, alega em texto.
Obstrução
Além de judicializar o caso diante da decisão arbitrária de Renan, Ronaldo Caiado também promete fazer uma obstrução completa no plenário do Senado até que seja revogado o desrespeito à proporcionalidade.
“Toda sessão agora vai começar do zero, sem acordo, sem pauta de consenso. Vamos discutir até a ata da sessão anterior. Não tem acordo. Não tem trégua”, anunciou após o anúncio de retirada dos senadores do Democratas, PSDB e PSB da sessão que elegeu a mesa.
Notícias relacionadas
Mais lidas da Semana
Busca
Palavra-chave:

Vai encarar?

O presidente reeleito do Senado, Renan Calheiros, já mandou avisar ao PSDB para “botar a bola no chão”, nos embates de plenário, sob o risco de também ficar fora das presidências de comissões de mérito.

ANAC chegando


Como já foi dito aqui, a equipe da Anac que faz inspeção em aeroportos para fins de homologação de pistas de pouso, acessos e pátios de estacionamento, etc.etc., deve estar durante a sexta feira, amanhã, 13, em Cruz, para fazer seu serviço e dar as últimas sobre o aeroporto Comandante Ariston Pessoa de Araújo, também conhecido como Aeroporto de Jeriquaquara.

Opinião


"Hora de baixar a bola e pensar mais no Brasil". Por Ricardo Kotscho*
.. Está na hora de reconhecermos que estamos sem alternativas, sem lideranças, sem ideias novas, sem referências, mas é preciso começar este diálogo por algum lugar, com o que temos aqui dentro, já que que não dá para buscarmos soluções prontas lá fora...
Ao final desta medonha primeira semana de fevereiro, em que tanta coisa negativa aconteceu, elevando a temperatura política a um grau próximo da ebulição, está na hora de todo mundo baixar a bola e começar a pensar mais no Brasil. Quais são os planos, projetos, saídas que temos a oferecer? Estamos todos, afinal, no mesmo barco.

Está na hora de parar de falar em impeachment, como se esse fosse um evento previsto no calendário, a exemplo do Carnaval e do Natal. Vivemos ainda numa democracia e a presidente Dilma Rousseff acabou de ser reeleita para governar o país por mais quatro anos. As próximas eleições estão marcadas para 2018.

Está na hora de acabar com o clima de beligerância insana da campanha eleitoral, que acabou em outubro, colocou em lados opostos amigos, parentes e até casais, mas permanece vivo no Congresso Nacional, nos botecos e nas fábricas, nas ruas e nos saraus, nos almoços de domingo e nos estádios, em todo canto.

Está na hora de acabar com os donos da verdade e do futuro, que não ouvem ninguém e querem impor suas razões a todo mundo, sem admitir nenhuma discussão sobre os diferentes caminhos que temos pela frente e as causas que nos levaram ao atoleiro no deserto da desesperança, ameaçados de ficar sem água e sem luz, sem emprego e sem amanhã.

Está na hora de começarmos um grande diálogo nacional, em torno de uma causa comum, como a reforma política, que não pode ficar só na mão dos políticos. Onde está a grande sociedade civil que se mobilizou em torno da campanha das Diretas Já em 1984?

Está na hora de procurarmos interlocutores confiáveis dos dois lados da arena, pois é preciso admitir neste momento que é difícil saber o que é pior, se o governo ou o Congresso, a situação ou a oposição, acabar com esta história de nós contra eles.

Está na hora de reconhecermos que estamos sem alternativas, sem lideranças, sem ideias novas, sem referências, mas é preciso começar este diálogo por algum lugar, com o que temos aqui dentro, já que que não dá para buscarmos soluções prontas lá fora.

Está na hora de deixar as vaidades e as certezas de lado, olhar para a frente e não pelo retrovisor. Se Obama e Raul Castro conversaram e conseguiram chegar a um acordo entre Estados Unidos e Cuba, por que diabos Lula e FHC, ainda as nossas duas maiores lideranças políticas, não podem pelo menos tentar um diálogo em torno da reforma política, para dar o exemplo? Será necessário chamar o papa Francisco para servir de intermediário, como fizeram Castro e Obama?

Está na hora de pararmos de tratar adversários como inimigos, da política ao futebol, sermos mais generosos com os que pensam diferente, não dividirmos o mundo entre aliados incondicionais e traidores safados, termos a grandeza de admitir nossos próprios erros, em lugar de só busca-los nos outros.

Está na hora de voltarmos a acreditar nas nossas instituições, por mais que elas estejam em frangalhos, reconstruindo-as, pois todos temos responsabilidade pelo país que deixaremos para nossos filhos e netos.

Está na hora de todos fazermos alguma coisa nos limites da nossa capacidade e não nos deixarmos vencer pelo desânimo, em vez de ficarmos nos lamentando pelos cantos, buscando culpados, porque isso não vai nos trazer água de beber nem luz para iluminar nossas esperanças.