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Em decisão, Moraes cita argumentos de Mello sobre "limitações" à liberdade

Lucio Tavora/Estadão Conteúdo
O ministro Alexandre de Moraes, que havia determinado a suspensão de reportagens veiculadas pelos sites Crusoé e O Antagonista Imagem: Lucio Tavora/Estadão Conteúdo
Na decisão que revoga a censura imposta por ele próprio aos sites da revista Crusoé e O Antagonista, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes cita o decano da Corte, Celso de Mello, que hoje mais cedo fez duras críticas à censura judicial à imprensa.
Moraes havia determinado, na última segunda (15), que reportagens publicadas pelos veículos sobre o presidente do STF, Dias Toffoli, fossem retiradas do ar. Inquérito instaurado pelo próprio Supremo investiga notícias falsas e ataques à Corte na internet. Nesta semana a Polícia Federal fez uma operação de busca e apreensão que, entre outros endereços, esteve na casa do general reformado do Exército Paulo Chagas.
Rosinei Coutinho-21.fev.2019/STF
Celso de Mello, ministro do STF Imagem: Rosinei Coutinho-21.fev.2019/STF
Mesmo sem mencionar diretamente a ordem do ministro Moraes, Mello criticou a prática da censura, classificada por ele como "perversão da ética do direito".Na decisão de hoje, Moraes recorre a análise feita pelo próprio Mello sobre a necessidade de limites à liberdade de expressão. O trecho foi retirado de um voto proferido por Mello em uma sessão do STF do dia 14 de março.
"Trata-se de inquérito (...) para o qual fui designado para condução, considerando a existência de notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações (...) que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares, extrapolando a liberdade de expressão, como ressaltado pelo Decano desta CORTE, Ministro CELSO DE MELLO", escreveu Moraes.
No trecho incluído por Moraes em sua decisão, o decano afirma que a liberdade de expressão "não se reveste de caráter absoluto", pois sofre "limitações" que, baseadas na Constituição e em pactos internacionais de que o Brasil é signatário, "deslegitimam o discurso insultuoso, moralmente ofensivo ou impregnado de ódio".
"O abuso da liberdade de expressão constitui perversão moral e jurídica da própria ideia que, no regime democrático, consagra o direito do cidadão ao exercício das prerrogativas fundamentais de criticar, ainda que duramente, e de externar, mesmo que acerbamente e com contundência, suas convicções e sentimentos!", continua o decano no trecho transcrito por Moraes.
Estadão Conteúdo (17.abr.2019)
O presidente do STF, Dias Toffoli Imagem: Estadão Conteúdo (17.abr.2019)
Na mensagem divulgada hoje mais cedo, no entanto, Mello defendeu que eventuais abusos da liberdade de expressão sejam responsabilizados por meio de processos judiciais "regularmente instaurados", em que o jornalista ou o órgão de imprensa tenham acesso "sem restrições" ao direito de defesa."A censura, qualquer tipo de censura, mesmo aquela ordenada pelo Poder Judiciário, mostra-se prática ilegítima, autocrática e essencialmente incompatível com o regime das liberdades fundamentais consagrado pela Constituição da República", afirmou o decano.

Advogado vê decisão como "vitória da liberdade"

André Marsiglia Santos, advogado da revista Crusoé e do site O Antagonista, disse ao UOL considerar a decisão de Moraes uma "importante vitória da liberdade de imprensa e de expressão".
"Creio que tenha sido uma atitude de bom senso do ministro e que devolve ao Supremo a sua vocação de guardião da Constituição", afirmou. Segundo ele, a defesa espera que o inquérito seja arquivado. "Ao nosso ver, o que houve foi de fato uma censura --e, como toda censura, ela não deveria ter acontecido", pontuou.
Do UOL.com.br

Petróleo, fede?

Ministro insinua que Bolsonaro quer privatizar Petrobras

Por: Gilberto Dimenstein | Comunicar erro
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (17), o ministro da Economia, Paulo Guedes, insinuou que o presidente Jair Bolsonaro tem planos de privatizar a Petrobras.
O ministro falou do assunto enquanto comentava sobre o episódio da interferência do Planalto no reajuste do preço do diesel na semana passada.
Crédito: Divulgação/PR 
“Essa crise do diesel não mostra que o melhor caminho seria privatizar a Petrobras?”, perguntou o jornalista Valdo Cruz ao que Guedes rebateu: “Olha, você acabou de dizer um negócio que o presidente levantou a sobrancelha”.
Indagado sobre esse comentário, Guedes desconversou. “Ué, se o preço do petróleo sobe no mundo inteiro e não tem nenhum caminhoneiro parando no Trump, não tem nenhum caminhoneiro parando na Merkel, não tem nenhum caminhoneiro na porta do Macron, será que tem um problema aqui?”.
Na entrevista, Guedes também disse que não teve sua autonomia “atingida” no episódio em que Bolsonaro agiu para evitar alta do preço do diesel pela Petrobras, o que resultou na perda de R$ 32,4 bilhões no valor de mercado da estatal.

Domingos Neto joga Minha Casa no orçamento


Domingos Neto articula em Brasília para impedir o fim do Minha Casa, Minha Vida



O relator geral do orçamento, deputado Domingos Neto, articula em Brasília para impedir o fim do programa Minha Casa, Minha Vida em todo o país. Nesta semana, o parlamentar recebeu representantes do setor da construção civil que estão em Brasília fazendo uma verdadeira peregrinação para pedir que o governo federal descontingencie recursos presos na área e o programa continue a funcionar. Sem dinheiro, eles têm fôlego para comprar material e pagar pessoal só até maio.


Ano passado, só com a renovação do programa, o Minha Casa, Minha Vida gerou 1,5 milhão de empregos. “Gera emprego, renda, e volta pro governo. A estimativa do setor é que 50% do que é investido no Minha Casa, Minha Vida retorna em forma de impostos. Alem disso, movimenta toda uma cadeia da economia. Sem falar no fato de que gera bem estar para as famílias e segurança”, avalia Domingos Neto.


Ele afirma estar preocupado, mas otimista com a situação. “Conversei com o ministro Onyx, expus o problema aos empresários e o governo vai chegar a uma solução”, afirma o deputado do PSD do Ceará.


Domingos Neto levou o problema até o ministro Onyx Lorenzoni, que garantiu estar estudando uma saída. O problema é que, de acordo com o vice-presidente de Habitação Social da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Carlos Passos, o programa pode parar em maio. “Estamos com atrasos de mais de 60 dias de repasses de verba”, explica. Ele lembra que há uma cadeia inteira dependente dos recursos e inclui construção, incorporação, indústria de material, imobiliária. Além disso, os milhares de empregos gerados com o programa podem acabar, agravando ainda mais a crise do desemprego no país.


Passos aponta que o Ministério de Desenvolvimento Regional tem R$ 240 milhões de orçamento para pagar todos os programas da pasta. “A situação é grave e urgente. Não é nenhum processo de greve, é falta de capacidade de continuar. A empresa não tem capacidade financeira de custear as obras, pagar fornecedores, mão de obra, impostos”, pontuou.

Capa do jornal O Estado CE


Novos tempos

Odebrecht, quando não prende, suicida.

Ninguém bole no BNB, diz Bezerra

Relator da Reforma administrativa garante que BNB permanece com a atual estrutura

Segundo o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) , relator da MP 870, a proposta não esta sendo analisada e não fará parte do seu relatório.


O BNB será mantido com a atual estrutura. A confirmação foi feita nesta segunda-feira, 15, pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da MP 870, que trata da organização dos órgãos da Presidência da República e dos Ministérios definindo suas competências e estrutura básica. Segundo o senador, a proposta não esta sendo analisada e não fará parte do seu relatório. A afirmação foi feita em evento do Ministério da Agricultura em Petrolina, em que esteve presente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do BNB, Romildo Rolim.

Rebaixado pra Primeira Instância

Dodge quer Eunício Oliveira e demais respondendo na 1ª instância

A PGR aponta o entendimento recente do STF sobre os julgamentos de partes sem foro privilegiado, com a perda da prerrogativa da função, e observa que as investigações devem seguir seu curso normal.


Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Rachel Dogde, Procuradora-Geral da República,  enviou hoje pedido para o Supremo Tribunal Federal informando seu declínio de competência para atuar nas ações que envolvem políticos e ex-políticos, com participação na operação “Lava-jato” e nos casso de recebimento de propina sobre aprovação das Medidas Provisórias 613/2013, 470/2009 e 472/2009.  Na petição, Dodge aponta  o entendimento recente da Corte sobre os julgamentos de partes sem foro privilegiado, com a perda da prerrogativa da função, e observa que as investigações devem seguir seu curso normal.
Dentre os que irão responder no âmbito da justiça comum estão Aécio Neves (PSDB/MG), Gleisi Hoffmann (PT/PR), Romero Jucá (MDB/RR), Eduardo Cunha (MDB/RJ), Antonio Anastasia (PSDB/MG) e Eunício Oliveira (MDB/CE). Segundo a chefe da PGR, os processos que constam em nome dos ex-senadores Eunício Oliveira e Romero Jucá  e do ex-deputado federal Eduardo Cunha (Inquérito 4.332) devem ser enviados para a justiça federal do Distrito Federal. De acordo com os autos, tanto Jucá (MP”s 470/2009 e 472/2009) como Eunício (MP 613/2013) estão sendo acusados de receberem propina pelo apoio na conversão de medidas provisórias em leis.
Já o inquérito que investiga a deputada federal Glasi Hoffmann, deve ser enviado para a  6.ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de São Paulo. Conforme os documentos,  Glasi quando ainda senadora participava de um esquema de pagamento de propina milionária para diversos agentes públicos  entre os anos 2009 e 2015,  por meio de organização criminosa, no âmbito do antigo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.
Em relação à Aécio e Anastasia, o entendimento da PGR é que a investigação dos fatos no inquérito 4.432 que apura os delitos de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa, que deve prosseguir na Justiça Federal de Minas Gerais.
*Com informação PGR

Ta no site do Dimenstein

Globo: Erros do STF podem levar o país a uma crise institucional

Por: Gilberto Dimenstein | Comunicar erro
Ao censurar o site Antagonista e a revista “Crusoé”, o STF (Supremo Tribunal Federal) cometeu “uma sucessão de erros” que pode provocar “uma potencial crise institucional”. A afirmação é do jornalista Merval Pereira.
Em sua coluna publicada na edição desta quarta-feira no “O Globo”, Merval diz ainda que “essa história está sendo escrita por linhas tortas, mas dificilmente chegará a um final feliz”.
Dias Toffoli e Alexandre de Moraes
Crédito: Agência BrasilOs ministros do STF Dias Toffoli e Alexandre de Moraes
A ofensiva lançada pelo presidente da Corte, o ministro Dias Toffoli, e pelo ministro Alexandre de Moraes “abriu também uma guerra com o Ministério Público e boa parte do Legislativo e representantes da sociedade civil”, diz Merval
Ele escreveu ainda: “a convocação para depoimentos de críticos nas redes sociais às atuações de ministros, assim como já aconteceu com o editor do site O Antagonista, jornalista Mario Sabino, representa um abuso de poder do Supremo, que não pode considerar críticas individuais como críticas à instituição, como deu a entender o presidente Dias Toffoli em relação à reportagem censurada”.

Juventude protegida

Sessão Solene em Comemoração ao Dia do Agente de Proteção à Infância e à Juventude

O evento será dia 22 de abril, às 19 h, na Assembleia Legislativa do Ceará

Será realizada Sessão Solene em comemoração do Dia do Agente de Proteção a Infância e a Juventude do Estado do Ceará. A solenidade atende ao requerimento do Deputado Estadual Delegado Cavalcante (PSL) que vê como primordial a valorização da categoria. O evento será no dia 22 de abril, às 19h, no Plenário 13 de maio.

A profissão tem com o objetivo de proteger os direitos das crianças e adolescentes. São profissionais que batalham com amor e o resultado de seus esforços é de grande importância para a sociedade.

De acordo com o Presidente da Associação dos Agentes de Proteção à Infância e à Juventude do Ceará, Robinson Ramalho, a homenagem traz um sentimento de reconhecimento e alegria, mas, é necessário um olhar diferenciado pela categoria. “Queremos a nossa unificação no Estado, precisamos de colete à prova de balas, nossa credencial unificada e o passe livre individual que foi retirado”, afirmou o Presidente.

Tucanagem vira observador político. Só observa.

Votação da reforma da Previdência na CCJ é adiada para a próxima semana


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania adiou para a próxima semana a discussão sobre a proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19). O debate será retomado na terça-feira (23). O relatório apresentado pelo deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) é favorável à aprovação na CCJ.
A falta de articulação do governo prejudica o andamento dos trabalhos, afirmou o deputado Samuel Moreira (SP) em entrevista ao Estadão. Coordenador da bancada tucana na CCJ, Samuel avalia que a desorganização frustrou a expectativa pela votação do relatório. “É injustificável não ter sido votado”, disse. O parlamentar ressalta que o PSDB não participou de negociações de governo ou oposição pelo adiamento.
Na terça-feira (16), a bancada do PSDB se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar da reforma. O líder Carlos Sampaio (SP) reiterou a necessidade de uma reforma economicamente adequada e socialmente justa. O ministro se comprometeu a apresentar, na comissão especial da Câmara, os dados detalhados do impacto de cada ponto da reforma.
“Com transparência e informações adequadas poderemos fazer o aprimoramento necessário para que a reforma, além de ser financeiramente viável, seja feita com justiça social”, afirmou o líder.
A deputada Shéridan (RR), integrante da comissão, defende que a reforma seja discutida com respeito, priorizando a igualdade social. “Porém, a inabilidade do governo vem comprometendo essa pauta que é, indiscutivelmente, urgente e importante para os brasileiros”, frisou.