Contato

Camilo em Sobral

Prefeito Ivo Gomes e governador Camilo Santana inauguram a Central de Tratamento de Resíduos de Sobral neste sábado (14/12)

Será inaugurada, neste sábado (14/12), às 9 horas, a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de Sobral, localizada na CE-183, nas proximidades da BR-222. O momento contará com a presença do prefeito Ivo Gomes e do governador do Estado do Ceará, Camilo Santana.

Construída com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Governo do Estado do Ceará, na ordem de R$ 40 milhões, a CTR possui área de 102 hectares e conta com aterro sanitário com unidades de tratamento de resíduos da construção civil e da saúde e um pátio para compostagem. Dispõe ainda de serviços de disposição final de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

O equipamento será gerenciado pelo Consórcio para Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Sobral (CGIRS-RMS), formado pelo município e mais dezesseis cidades: Alcântaras, Cariré, Coreaú, Forquilha, Frecheirinha, Graça, Groaíras, Massapê, Meruoca, Moraújo, Pacujá, Pires Ferreira, Reriutaba, Santana do Acaraú, Senador Sá e Varjota. Todos os consorciados contribuem proporcionalmente à sua população.

Sefaz comunica

Governo divulga valor da Ufirce para 2020

13 DE DEZEMBRO DE 2019 - 09:12 # # #

O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz-CE), fixou o valor da Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará (Ufirce) em R$ 4,48977 para 2020. O novo indicador está previsto na Instrução Normativa nº 85/2019, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) dessa quinta-feira (12).
De acordo com a Sefaz, a unidade fiscal é atualizada anualmente pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas.
A Ufirce, base utilizada para a cobrança de tributos e multas, passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2020.

Opinião

Desvalorizações cambiais

Define-se taxa de câmbio como o preço da moeda estrangeira (divisas) em termos de moeda nacional. Ou seja, raciocinando com a moeda dos EUA, a mais comum de comparação, a taxa de câmbio no Brasil é a relação entre R$ (real)/ US$ (dólar). Por sua vez, de maneira geral, pode-se dizer que por trás da demanda de divisas está o fluxo representativo da saída de divisas para o exterior, mediante operações como: importação de bens e serviços, pagamentos financeiros ao exterior, empréstimos concedidos ao exterior, amortizações de financiamentos pagas ao exterior, dentre as mais significativas. Já, por trás da oferta de divisas tem-se o fluxo referente à entrada de divisas evidenciado por operações como: exportação de bens e serviços, recebimentos financeiros do exterior, empréstimos obtidos no exterior, amortizações de financiamentos recebidos do exterior, etc. Os formatos das curvas de procura e de oferta de divisas, numa situação de mercado livre, no sistema cartesiano (1º quadrante), são, respectivamente, descensional da esquerda para a direita e ascensional, também, da esquerda para direita. Assim, como a taxa de câmbio é o preço da divisa, quanto maior esse preço, menores seriam as quantidades procuradas e maiores as ofertadas; ou então, quanto menor o preço, maior seria a procura e menor a oferta. Referindo-se, especificamente, às desvalorizações cambiais, isto é, os efeitos para um país que teve sua moeda depreciada (por exemplo: aumento da relação R$/ US$, no Brasil) são: estímulo à entrada de divisas e desestímulo à saída de divisas. Todavia, os elaboradores de política econômica devem observar diversos indicadores, tais como: taxa de inflação, taxa de juros, emprego, distribuição de renda, crescimento do PIB, políticas e crises externas, especulação no país e no exterior, etc. Não é fácil, todo cuidado é pouco.

Gonzaga Mota
Prof. aposentado da UFC
Ex Governador do Ceará e meu amigo

Bom dia


MEC esvaziado indica saída de Weintraub

O presidente Jair Bolsonaro e ministro da Educação, Abraham Weintraub - REUTERS/Ueslei Marcelino
O presidente Jair Bolsonaro e ministro da Educação, Abraham Weintraub Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino
Renata Cafardo

Nomes importantes do Ministério da Educação (MEC) deixaram a pasta nos últimos dias em uma indicação de que o ministro Abraham Weintraub deve sair do cargo. Weintraub inicia período de férias nesta sexta-feira, 13, emendando com recessos, e muitos acreditam que ele não volta em 2020 ao cargo. Segundo fontes, o ministro perdeu o apoio de parte dos integrantes do governo Bolsonaro por causa do seu comportamento polêmico e da paralisia no MEC.

Nesta quinta-feira, 12, a exoneração da sua principal assessora, a jornalista Priscila Costa e Silva, foi publicada no Diário Oficial da União. Além de ter se tornado muito próxima do ministro, ela comandava a área de comunicação. Procurada, Priscila disse que o "tempo no MEC foi de muitos aprendizados e grandes realizações" e agradeceu o ministro "por ter sido um chefe maravilhoso, que sempre me deu autonomia e acreditou no meu trabalho".
Weintraub é malvisto tanto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, quanto pelo secretário-geral da Presidência, Jorge Antonio de Oliveira Francisco, que avaliam que suas polêmicas são desnecessárias e prejudicam o governo. Na Economia, reclama-se ainda do fato de ele pensar em projetos e não informar a área econômica, como o Future-se, que previa fundos para universidades. Ele também é visto com ressalvas entre os militares.
Congressistas têm pedido a demissão. "Está insustentável. Não tem preparo técnico, faz gestão ideológica e está há meses só fazendo diagnóstico de que tudo é ruim", disse o deputado federal e ex-secretário de Educação do Ceará, Idilvan Alencar (PDT), que pediu ao ministro ma quarta-feira na Câmara que aproveite o Natal e não volte ao cargo. Na quinta, após a publicação da reportagem pelo estadao.com.br, Weintraub disse no Twitter que "diante dos resultados positivos (...), esquerda e monopolistas entram em desespero". Ainda criticou a imprensa ao comentar que "a mídia podre espalha mentiras". "O ladrar dos cães é a prova de que estou no caminho certo."
Esvaziamento
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), um dos órgãos mais importantes do MEC, Alexandre Lopes, também não está mais dando expediente desde a semana passada. Ele está sendo substituído em eventos e coletivas por Camilo Mussi, diretor do órgão. Lopes, que assumiu o cargo em maio, depois de dois presidentes demitidos, está em férias entre 10 e 27 de dezembro.
Na semana passada, dois coordenadores da área de Alfabetização, Renan Sargiani e Josiane Toledo Silva, também deixaram o MEC. De perfil técnico, ele teve dificuldades em implementar projetos por disputas internas com alas mais burocráticas e ideológicas. Sargiani foi o responsável pela Política Nacional de Alfabetização, que até hoje não saiu do papel.
Outro que deve deixar a pasta é o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correa. Ele se candidatou ao processo seletivo para reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e foi o escolhido. A comunicação oficial será feita em janeiro.
A conhecidos, Weintraub tem dito que sua família é ameaçada e mulher e filhos vão se mudar para o Canadá. Atualmente, há dois oficiais armados dentro do gabinete. Ele é conhecido entre reitores como "o ministro da Educação que não gosta de educação". Até o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, tem procurado nomes para substituí-lo. Mas também negou nesta quinta, pelas redes sociais, que tenha "descontentamento com o MEC". Pela afinidade ideológica com o presidente, há possibilidade de que Weintraub continue no governo, em outro órgão. O ministro também pensa em se candidatar nas próximas eleições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Está no site da Veja

Hackers: novas mensagens comprometem militares, ministros e até Bolsonaro

Invasores ainda afirmam que há um petista envolvido no ataque aos celulares dos integrantes da Lava-Jato

Por Thiago Bronzatto, Robson Bonin - Atualizado em 13 dez 2019, 07h00 - Publicado em 13 dez 2019, 06h00
Na tarde do último dia 6, um início de tumulto quebrou o silêncio no 6º andar do Fórum Professor Júlio Mirabete, onde funciona o Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Numa pequena sala, detentos da penitenciária da Papuda aguardavam para depor. De repente, um deles se queixa de que teve o braço torcido por um dos guardas. O advogado do criminoso se aproxima e, aos gritos, exige providências. Começa um bate-boca. De bermuda, camiseta e chinelos brancos, o pivô da confusão era Walter Delgatti Neto, o chefe da quadrilha de hackers que invadiu telefones celulares, copiou e divulgou mensagens do então juiz Sergio Moro e de procuradores da República, desencadeando uma crise que pôs em xeque uma das mais importantes operações de combate à corrupção já realizadas no Brasil. O hacker havia sido intimado para prestar depoimento num processo que apura o envolvimento dele num caso de estelionato. A troca de insultos durou cerca de quinze minutos. Apesar dos protestos, ele permaneceu algemado com as mãos para trás, observado de perto por três agentes fortemente armados. Foi nessa condição que ele concedeu uma entrevista exclusiva a VEJA, a primeira cara a cara desde que foi preso, há 136 dias.
EXECUÇÃO – Braga Netto: a palavra de um criminoso contra a de um general de excelente reputação
EXECUÇÃO – Braga Netto: a palavra de um criminoso contra a de um general de excelente reputação Fernando Frazão/Agência Brasil
“Vi um vídeo de um homem sendo executado. O rapaz matou, gravou e enviou a imagem para o general”
Foram vinte minutos de conversa. Mesmo depois do entrevero com os guardas, Delgatti (também conhecido como Vermelho) parecia tranquilo. Na Papuda, ele havia comentado com colegas de cela que o material já divulgado era “uma pequena amostra” do que ainda estaria por vir. E o que estaria por vir teria potencial muito maior de causar estragos porque também envolveria autoridades fora do universo da Lava-­Jato, incluindo o presidente da República e ministros do Supremo Tribunal Federal. O hacker de 30 anos alternava várias vezes o tom de voz durante a entrevista, dependendo da pergunta que lhe era feita. Às vezes, sussurrava e se inclinava para a frente como se quisesse impedir que alguém ouvisse as respostas. Em outros momentos, não escondia a empolgação, principalmente quando falava sobre os procuradores da Lava-­Jato. E assim surgiu a primeira “amostra” sobre o “que ainda está por vir”. Delgatti contou que o grupo invadiu o celular do general Walter Braga Netto, o atual chefe do Estado-Maior do Exército. Nesse momento, ele muda o tom. Dá ares de gravidade ao que vai revelar e diz que entre as mensagens captadas no celular do general uma provaria a ligação do Exército com um assassinato.
FUTRICA – Cármen Lúcia: conversas mostrariam parcialidade do Supremo
FUTRICA – Cármen Lúcia: conversas mostrariam parcialidade do Supremo Ueslei Marcelino/Reuters
“A ministra estava num grupo falando da morte do neto do Lula”
Braga Netto comandou o processo de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro de fevereiro até dezembro de 2018. Nesse período, de acordo com o hacker, o general recebeu um vídeo de um de seus comandados com o relato da execução sumária de uma pessoa. “Assim que eu abri, vi o homem sendo executado”, contou o hacker. Poderia ser uma dessas imagens de crime que circulam pelas redes sociais? Delgatti afirma que não. As imagens mostrariam que foi o próprio executor quem enviou a mensagem ao general, que teria reagido de maneira singular, repreendendo o subordinado não pela morte, mas por usar o celular durante a operação. “O rapaz matou, gravou e enviou a imagem ao general. Ele xingou. Abre aspas: ‘Usando o celular no combate. Está ficando louco?’. Foi isso que eu vi”, garantiu. Braga Netto tem um currículo repleto de condecorações e uma carreira exemplar. Ele já foi adido militar nos Estados Unidos e coordenador de segurança durante a Olimpíada do Rio. Logo depois, foi nomeado interventor no estado. Nesse período, houve grandes operações de combate ao tráfico, e o número de mortes em ações policiais cresceu. Procurado, o Exército informou que o “assunto é de inteiro desconhecimento”. O vídeo, de acordo com o hacker, já foi entregue à Polícia Federal. Por enquanto, é a palavra de um criminoso confesso contra a de um militar de excelente reputação.
DISTORÇÃO – Paludo: as conversas eram sobre valores desviados
DISTORÇÃO – Paludo: as conversas eram sobre valores desviados ./.
“Tem um áudio em que o procurador está aceitando dinheiro do Renato Duque”
Na entrevista, Delgatti confirma que bisbilhotou as conversas de ao menos um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Para quê? Segundo ele, para mostrar quanto a Corte era parcial nas decisões que envolviam a Operação Lava-Jato. “Tive acesso às mensagens da Cármen Lúcia. A ministra estava num grupo falando sobre a morte do neto do Lula”, diz o hacker, que considerou o comentário impróprio. Procurada, a ministra não se manifestou. A PF já apurou que, antes de estourar o escândalo, Delgatti entrou em contato com a ex-­deputada Manuela d’Ávila, do PCdoB, ofereceu as mensagens e disse que o material não só comprometeria a ministra Cármen Lúcia como colocaria em liberdade o ex-presidente Lula. “Procurei a deputada porque sabia que ela era contra a Lava-Jato devido à ideologia”, conta o hacker.
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ATAQUE – Bolsonaro e os filhos também foram alvos
ATAQUE – Bolsonaro e os filhos também foram alvos Roberto Jayme/Ascom/TSE
“Eu tive acesso ao Telegram deles. Fiz campanha para o Bolsonaro e me arrependi depois”
A Polícia Federal descobriu que pelo menos oitenta figuras públicas foram alvo dos ataques da quadrilha. Nesse rol estão incluídos o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. O hacker afirma que as invasões de fato ocorreram. “Tive acesso ao Telegram deles”, diz. Dois celulares do presidente foram alvo de ataques, mas, como Bolsonaro não utilizava o aplicativo, não havia nenhum conteúdo disponível. No caso dos filhos Carlos, o Zero Dois, e Eduardo, o Zero Três, o hacker procurou Manuela d’Ávila e disse que havia colhido provas de ações para impulsionar mensagens de WhatsApp em favor de Bolsonaro durante a campanha presidencial. Para mostrar que não estava blefando, fotografou a tela do celular com as contas supostamente usadas por Carlos e Eduardo e enviou as imagens à ex-deputada. Segundo ele, o objetivo não era prejudicar o presidente — ao menos não naquela época. “Fiz campanha para o Bolsonaro e me arrependi depois”, disse ele a VEJA.
PARCERIA – Manuela d’Ávila e a promessa de tirar Lula da prisão
PARCERIA – Manuela d’Ávila e a promessa de tirar Lula da prisão Cristiano Mariz/VEJA
“Eu procurei a deputada porque sabia que ela era contra a Lava-Jato devido à ideologia”
Se for condenado, Walter Delgatti poderá ficar preso pelos próximos vinte anos. Mas Vermelho parece não se preocupar muito com isso. Conta que a onda de invasões virtuais começou com um sentimento de vingança. A primeira vítima foi um promotor de Araraquara, sua terra natal, que o denunciou pelos crimes de tráfico de drogas e falsificação de documento. “Fiquei cinco meses e vinte dias preso em regime fechado sem ter feito nada”, lembra ele. “Fiz essa invasão do promotor que me prejudicou e consegui muita coisa. Depois disso, fiz outra invasão, outra e mais outra, até que cheguei na Lava-Jato. O meu azar foi o quê? Foi o Deltan (Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba) não apagar mensagens dele”, diz, com uma pitada de ironia. Sorrindo, emenda outra acusação, dessa vez contra o procurador Januário Paludo, outro membro da força-tarefa: “Tem um áudio em que o procurador está aceitando dinheiro do Renato Duque. A Procuradoria iniciou inquérito contra ele, né?”, pergunta, mostrando que está acompanhando da prisão o noticiário. No dia anterior, Paludo havia se tornado alvo de uma investigação após ser mencionado em mensagens de um doleiro como suposto beneficiário de propinas. Ex-diretor da Petrobras, Duque tentou fazer um acordo de delação. Em negociações assim, é comum que as partes combinem um valor que o criminoso deve ressarcir aos cofres públicos. Era sobre isso que o procurador falava? Delgatti, de novo, garante que não. “Naquela época, eu estava tratando da repatriação de valores que o Duque mantinha no exterior”, explica Paludo. O Ministério Público Federal do Paraná divulgou uma nota em que reitera a “plena confiança no trabalho do procurador”.
REVIRAVOLTA – Palocci: um dos criminosos teria ligações com o ex-ministro
REVIRAVOLTA – Palocci: um dos criminosos teria ligações com o ex-ministro ./.
Nos próximos dias, a Polícia Federal deverá apresentar o relatório final sobre o caso. Já foram colhidas evidências de que o grupo de hackers obtinha informações privadas de pessoas e as usava para aplicar golpes financeiros. O próprio Delgatti já foi condenado por estelionato e tráfico. O que se tenta descobrir agora é se por trás das invasões dos celulares de autoridades havia outro tipo de interesse, um financiador ou alguém responsável pelo planejamento do crime. Percorrendo essa trilha, os investigadores se concentram há duas semanas nas informações prestadas por Luiz Henrique Molição, um dos integrantes da quadrilha, que firmou um acordo de delação premiada. Em troca da liberdade, o hacker começou a contar o que sabe. Ele disse à polícia, por exemplo, que Delgatti sempre se referia a um tal “professor” como alguém superior que estabelecia a estratégia de divulgação das mensagens roubadas. Também entregou o telefone que ele usava para manter contato com os comparsas e apresentou arquivos inéditos de diálogos que estavam escondidos. “O Luiz sabe sobre a história do Braga Netto. O Bolsonaro também era com ele, porque ele é de esquerda”, explicou Delgatti. “Mas esse negócio de ‘professor’ não existe”, garantiu, antes de encerrar a entrevista.
DELAÇÃO – Molição: revelação de que um militante do PT está envolvido na invasão
DELAÇÃO – Molição: revelação de que um militante do PT está envolvido na invasão ./.
Molição ficou preso durante 76 dias. A função dele no grupo era intermediar as negociações entre Delgatti e o jornalista americano Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, que recebeu o pacote de mensagens da Lava-­Jato. Em seu primeiro depoimento, o hacker disse que Delgatti tentou vender ao jornalista as conversas surrupiadas, mas que não teve sucesso. No acordo de colaboração, forneceu uma pista que pode levar a uma reviravolta no caso. Ele entregou aos investigadores o nome de três novos personagens que estariam envolvidos na invasão dos celulares e na divulgação das mensagens da Lava-­Jato. Um deles seria um militante do PT ligado à família do ex-ministro Antonio Palocci.
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Publicado em VEJA de 18 de dezembro de 2019, edição nº 2665
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Sempre que fala, algo apodrece


Depois de 20 anos no ar, TV Escola vai acabar por obra de Weintraub

Ministro decidiu não renovar o contrato com a Fundação Roquette Pinto

Por Robson Bonin, Evandro Éboli
Criada em 1995, a TV Escola irá acabar este ano. No apagar das luzes de 2019, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, decidiu não renovar o contrato de gestão com a Fundação Roquette Pinto.
Assim, sai do ar uma TV que tem como público-alvo alunos e professores, e que, recentemente, abriu espaço para a série “Brasil sem medo”, de Olavo de Carvalho.
A TV Escola já havia sofrido uma redução de investimento, que caiu de R$ 70 milhões para R$ 40 milhões este ano, valor que representa 0,1% do orçamento do MEC.
A finalização do contrato pegou educadores de surpresa, justamente no momento que o PISA 2018 apresenta um retrato sombrio da educação no Brasil.

Confraternização

Sobre a mesa convite da ACEJI-Associação Cearense de Jornalistas do Interior para a festa de confraternização entre seus associados e amigos na sede da entidade, na Dom Manuel 423. As cinco da tarde.

O dia hoje

Salve salve Nossa Senhora. Salve Santa Luzia, hoje no seu dia.

Salve, na versão mundana, o Dia do Forró.

Salve, na data de seu nascimento, Luiz Gonzaga, o Rei o Baião.

Deu no DN

Cid toma rédeas do PDT e prega diálogo com aliados para 2020

Um dia após se licenciar do Senado, ex-governador toma posse como presidente interino do PDT cearense, reúne alas do partido em inauguração de nova sede e dita os rumos das negociações para as sucessões municipais

A posse do senador licenciado Cid Gomes como presidente interino do PDT cearense marcou, na noite de ontem, o início para valer da pré-campanha eleitoral no Estado. Os discursos políticos deram pistas das estratégias para compor alianças nos municípios, com acenos a outras legendas.
A inauguração da nova sede do PDT, no bairro Meireles em Fortaleza, reuniu lideranças que estruturam o grupo dos ex-governadores Ciro e Cid no Estado, numa tentativa de demonstrar união. 
Licenciado do Senado há dois dias, Cid assumiu, na noite de ontem, o compromisso de, no prazo de quatro meses (duração da licença), resolver pendências na base aliada, principalmente no interior.
“O PDT, diferente de alguns partidos, não tem um sentimento hegemonista. Nós não achamos que somos o único partido que presta. Nós nos esforçamos para que o PDT tenha uma boa atuação, que os nossos quadros, quando responsáveis e quando mandatários, quer seja no Parlamento quer seja no Executivo, atuem defendendo bandeiras da educação, aquilo que o PDT tem como seu ideário principal, mas nós fazemos política com aliança”, ressaltou.
O ex-governador frisou também que o objetivo das costuras para as disputas municipais é encontrar soluções com lideranças, mesmo que de outros partidos.
“Nós temos diversos aliados no Estado do Ceará e queremos preservar e, se possível, até ampliar a nossa aliança. Respeitando os partidos existentes, dando prioridade natural. O caso do Arnon (Bezerra), por exemplo, é do PTB, e é um aliado”, explicou Cid, se referindo à Prefeitura de Juazeiro do Norte, no Cariri.
O desejo de Cid é compartilhado por deputados e demais lideranças do PDT. Eles apontam a necessidade de diálogo para acalmar os ânimos entre aliados e membros do partido que desejam disputar uma mesma prefeitura.
Para o presidente da Assembleia Legislativa, e prefeiturável em Fortaleza, José Sarto (PDT), Cid saberá escolher o melhor para cada cidade. 
“A ideia é tentar pacificar as questões locais. O PDT hoje tem muitos aliados, é base do Governo do Estado. E tem várias interessados no cenário eleitoral atual. Com a proibição de coligação, é preciso fortalecer a sigla para o futuro. Não teria pessoa melhor para tentar reestrutura a base do PDT do que ele (Cid)”, disse Sarto.
Sobre as divergências no PDT, Sarto indica que tudo será resolvido com “diálogo e prudência”, inclusive a escolha do candidato da sigla na Capital. Três nomes estão cotados: os secretários Élcio Batista e Samuel Dias, além do presidente da Assembleia.
Interior
Deputado estadual Marcos Sobreira, diretamente interessado na disputa eleitoral em Iguatu, confirmou que o maior desafio de Cid é conter os conflitos internos na base e “acomodar as alianças”. Assim como Marcos, outros deputados também já estão de olhos em suas bases eleitorais para as eleições de 2020. Os maiores municípios de cada região estão entre os mais visados pelos pedetistas. 
De acordo com o presidente afastado do PDT, deputado federal André Figueiredo, o objetivo é emplacar mais de 70 prefeituras no Estado e cerca de 500 vereadores, além de estar presente nos 20 maiores municípios do Ceará. 
Além de Fortaleza, outros municípios da Região Metropolitana são os mais ambicionados pelos pedetistas. 
Em Caucaia, eles dizem que o PDT deve apoiar, novamente, Naumi Amorim (PSD) para garantir presença na base governista do município.
Sobre Maracanaú e Maranguape, ainda não há definição no PDT, mas haverá candidatura, garantem integrantes.
Novas filiações
O partido dos Ferreira Gomes está ampliando seu número de filiações entre prefeitos. Ontem, os gestores de Jaguaribara, Jaguaruana, Chorozinho e Baixio informaram que trocaram de partidos e se filiaram à sigla, em busca da reeleição. Com essas quatro novas adesões, o PDT estadual passa a comandar 56 prefeituras no Ceará, segundo a assessoria de imprensa da legenda.
Ao chegar à nova sede do PDT, Cid foi bastante tietado pelos correligionários e integrantes de outras legendas, que, mesmo em minoria, marcaram presença. 
O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, também no evento, afirmou que Cid vai dialogar mais com a base aliada. “O Cid, pela respeitabilidade e conhecimento do Ceará, vai conseguir unir mais as alianças do partido”, avaliou.
Essencial para Governo
O secretário da Casa Civil, Élcio Batista, falou em nome do governador Camilo Santana (PT) e disse que a parceria com o PDT tem sido muito proveitosa para o Estado, principalmente no âmbito da Educação. Atualmente, o PDT é a maior bancada da Assembleia Legislativa do Estado e integra a base do Governo.
Educação integral
Para Élcio, o Estado não teria se tornado referência em educação sem o apoio do partido, que ajudou o governador a implantar o projeto de escolas em tempo integral de Leonel Brizola (fundador do PDT). Atualmente, a rede de estadual de ensino tem 252 (35%) escolas de tempo integral.
Novo senador do CE destaca educação
No primeiro dia como senador efetivo, Prisco Bezerra (PDT), que ocupa temporariamente a vaga de Cid Gomes (PDT), foi surpreendido com convite do senador Confúcio Moura (MDB-TO) para presidir a sessão. Antes da condução dos trabalhos, Prisco fez o primeiro pronunciamento escolhendo como tema a educação. Ele destacou o resultado do Ceará como exemplo. “Nós, no Ceará, estabelecemos a escola como porta de acesso a um futuro promissor”, afirmou.
Ele apresentou números, entre eles, o de que 82 das 100 melhores escolas públicas do ensino fundamental do País são cearenses, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). 
“Outro dado relevante: um terço das nossas escolas oferece ensino integral. Em Fortaleza, o percentual das matrículas em tempo integral é ainda maior. Nada menos que 42% de nossas crianças na Capital passam o dia inteiro na escola”.
Ele enfatizou ainda ter orgulho de integrar a equipe “que vem transformando o Estado e nossa capital Fortaleza, ao longo dos últimos anos, em exemplo de como crescer e modernizar-se, de como avançar na educação, na saúde, na mobilidade, na habitação e na assistência à juventude”.
Ele afirmou ainda que, durante o exercício da função, defenderá valores democráticos em favor dos trabalhadores, das crianças, dos jovens e das minorias.

A China aqui.

Fórum reúne pesquisadores da China e América Latina

Teve início no Palácio da Abolição, o 6º Fórum China e América Latina de Inovação e Transferência Tecnológica. Até o próximo sábado (14), Fortaleza recebe a missão chinesa da Universidade Tsinghua, composta de 25 membros, e mais 10 pesquisadores de 11 diferentes países hispano-americanos, que participam do fórum, do 1º Simpósio Internacional de Inovação no Ceará e da 1ª Conferência sobre Cooperação em Inovação em Ciência e Tecnologia Agrícola entre China e América Latina.

Durante palestra, o secretário-chefe da Casa Civil, Élcio Batista, ressaltou que há, atualmente, liderança clara da China relacionada à inovação, com Ciência e Tecnologia no mundo. “O Brasil precisa se desenvolver e cooperar cada vez mais, para que esse desenvolvimento ocorra com mais velocidade”.


Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, o estado do Ceará colocou essa estratégia em sua agenda. “Hoje, é agenda prioritária em nosso Governo. O governador Camilo Santana tem insistido que esse é o caminho para que a gente se desenvolva com mais velocidade, para que a gente reduza as desigualdades em nosso estado”, contou. “Esse fórum converge para os objetivos e as prioridades do Governo: focar na inovação”.


O conselheiro para Assuntos Científicos e Tecnológicos da Embaixada da China no Brasil, Gao Changlin, avaliou que a China, o Brasil e outras nações latinas têm níveis parecidos de modernização e desenvolvimento. “Estamos todos enfrentando desafios em comum, como fazer com que o desenvolvimento econômico e social seja mais eficiente e mais justo. Acredito que ciência, tecnologia e inovação trarão boas soluções para crescimento econômico e o desenvolvimento, inclusive”, disse Gao Changlin. “Que possamos continuar identificando os potenciais de inovação e compartilhando oportunidades para um desenvolvimento inovador e, assim, trabalhar juntos para criação de uma verdadeira comunidade da inovação”, completou.


Ainda de acordo com conselheiro, na China se tem pensado a inovação como o primeiro e principal motor para o progresso. “As grandes mudanças e o ajuste do mundo de hoje são muito baseados nas profundas inovações. Precisamos unir esforços entre Brasil e China na cooperação da inovação tecnológica e assim temos feito. A nossa inovação tecnológica na China atingiu grandes objetivos nos últimos anos. Dessa forma, esperamos ter uma cooperação longa”.

Internacionalização
O secretário de Relações Internacionais do Governo do Ceará, César Ribeiro, avaliou que o trabalho de internacionalização do Ceará tem sido feito e mostra resultados. De acordo com o titular da pasta, o governador Camilo Santana tem feito um trabalho grande, ao longo do seu mandato, de abrir as portas para o Ceará, tanto do lado econômico como o social, o desenvolvimento humano, capacitação, tecnologia e relações comerciais. A China, para ele, é, obviamente, um importante aliado. “Hoje, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. O Ceará tem feito múltiplos contatos e o Governador assinou, neste ano, um termo de cooperação ligado à educação com uma cidade chamada Dalian, onde prevê extensão para a parte esportiva e alguns projetos de cooperação tecnológica”.
Ainda conforme César Ribeiro, a realização do fórum e do simpósio em Fortaleza, neste momento, seria de extrema importância, “porque o Estado vive uma grande ambiência com a melhor educação, segurança fiscal, tem a transparência e todo o equilíbrio que vem apresentando. Obviamente a China é um importante parceiro e esse evento traz muito da evolução tecnológica e daquilo o que o Estado precisa para crescer”.