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Mas não dá uma dentro


Bolsonaro irrita governo do Piauí ao dizer, incorretamente, que é o estado mais pobre do Brasil


Chateado Não agradou o governo do Piauí a citação de Jair Bolsonaro na última quinta (16). Além de dizer que o estado é o mais pobre do país, o presidente afirmou que há estrangeiros interessados em explorar o mineral vanádio na região e não conseguem por descuido da gestão local, do petista Wellington Dias.
Chateado 2 O governo do Estado informou que uma empresa solicitou apenas licença para pesquisa e desde março de 2017 não renovou o interesse. “Caso renove o pedido, será atendida”, afirma. Sobre a pobreza, dados do IBGE mostram que há oito estados com maior incidência de pobreza do que o Piauí.
São eles: Maranhão, Alagoas, Amapá, Amazonas, Pará, Sergipe, Bahia e Ceará. A estatística leva em conta o percentual de habitantes na pobreza ou na extrema pobreza no estado.

O dia


Assim   começa este domingo.

Opinião

Josias de Souza


STF trava caso de caixa dois de Onyx há um ano

ADRIANO MACHADO
Imagem: ADRIANO MACHADO
Josias de Souza
Colunista do UOL
18/01/2020 04h57
A investigação sobre o pagamento de caixa dois da empresa J&F para o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) está travada no Supremo Tribunal Federal desde fevereiro do ano passado. Prestes a fazer aniversário de um ano, a trava não tem data para terminar.
No total, o processo tramita há quase três anos. Conforme realça notícia veiculada pelo Globo, a encrenca nasceu em maio de 2017, no âmbito da delação de executivos da J&F, que controla a JBS.
Em 18 de fevereiro de 2019, a Procuradoria requereu a remessa dos autos para a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul. Relator do caso, o ministro Marco Aurélio Mello concordou. Mas a defesa de Onyx recorreu. Pediu que o processo permaneça na Suprema Corte.
O recurso foi à Primeira Turma do Supremo. Deveria ter sido julgado em agosto passado. Marco Aurélio reiterou a posição favorável ao envio da encrenca para a Justiça Eleitoral gaúcha. Mas o ministro Alexandre de Moraes pediu vista do processo. E ainda não devolveu.
Suprema ironia: Onyx é um investigado confesso. Admitiu ter recebido por baixo da mesa R$ 100 mil da J&F na campanha de 2014. Os delatores esclareceram que a cifra foi maior: R$ 200 mil. E adicionaram na conta mais R$ 100 mil repassados a Onyx na campanha de 2012.
Após admitir o caixa clandestino, em maio de 2017, Onyx pediu desculpas e pronunciou um compromisso: "Vou assumir, como um homem tem que fazer. Eu vou lá pra frente do Ministério Público, vou reafirmar o que estou dizendo publicamente aqui, vou ao juiz que foi destinado ao caso e vou reafirmar.
Por ora, Onyx não fez senão recorrer. Chamado tecnicamente de "falsidade ideológica eleitoral", o crime de caixa dois sujeita o transgressor à pena de até cinco anos de cadeia.

Bom dia


Mega-Sena/Concurso 2225 (18/01/20)
 
01 32 37 44 46 47
 
Acumulada próximo concurso: R$ 32.000.000,00

Opinião

Editorial do jornal OEstado de Sao Paulo. Estadão

 Bol­so­na­ro e sua cir­cuns­tân­cia

O Estado de S. Paulo, Brasil 18 de jan de 2020

Não cau­sa sur­pre­sa o der­re­ti­men­to ace­le­ra­do da po­pu­la­ri­da­de do presidente Jair Bol­so­na­ro de­tec­ta­do por uma pes­qui­sa XP/Ipes­pe re­cen­te­men­te di­vul­ga­da. O le­van­ta­men­to mos­trou que, em um ano, a ex­pec­ta­ti­va po­si­ti­va em re­la­ção ao de­sem­pe­nho do go­ver­no pa­ra o res­tan­te do man­da­to caiu na­da me­nos que 23 pon­tos por­cen­tu­ais, de 63% pa­ra 40%. O ín­di­ce de en­tre­vis­ta­dos que con­si­de­ram Bol­so­na­ro “ruim” ou “pés­si­mo” pas­sou de 20% pa­ra 39% no mes­mo pe­río­do. Po­de­se di­zer que es­ses nú­me­ros re­fle­tem não um ou ou­tro pro­ble­ma em es­pe­ci­al, mas o con­jun­to da obra.
O go­ver­no Bol­so­na­ro pa­re­ce se es­for­çar pa­ra ins­pi­rar em ca­da vez mais bra­si­lei­ros a sen­sa­ção de que su­as de­ci­sões es­ta­pa­fúr­di­as, que ca­re­cem de las­tro ju­rí­di­co ou mes­mo de ra­ci­o­na­li­da­de, não são me­ros aci­den­tes ou fru­to de cir­cuns­tân­ci­as pas­sa­gei­ras, e sim re­fle­xo pre­ci­so da­qui­lo que o presidente é.
Não se tra­ta ape­nas de des­pre­pa­ro pa­ra o car­go, di­fi­cul­da­de que se po­de­ria ame­ni­zar com al­gu­ma de­di­ca­ção aos li­vros e aten­ção aos con­se­lhos de quem já vi­veu a ex­pe­ri­ên­cia de go­ver­nar; a es­ta al­tu­ra, pas­sa­do um ano de man­da­to, já es­tá cla­ro que Bol­so­na­ro de­sa­cre­di­ta de­li­be­ra­da­men­te o exer­cí­cio da Pre­si­dên­cia por­que não sa­be­ria fa­zer de ou­tra for­ma e, gra­ças a es­sa li­mi­ta­ção in­su­pe­rá­vel, con­ven­ceu­se de que foi elei­to pa­ra des­mo­ra­li­zar a po­lí­ti­ca e sua li­tur­gia ins­ti­tu­ci­o­nal, al­go que ele faz co­mo nin­guém. Vis­ta em re­tros­pec­ti­va, a reu­nião mi­nis­te­ri­al em que o presidente apa­re­ceu de chi­ne­los e ca­mi­sa (fal­si­fi­ca­da) de ti­me de fu­te­bol lo­go nos pri­mei­ros di­as de go­ver­no pa­re­ce ho­je, per­to do que já vi­mos, um en­con­tro de es­ta­dis­tas.
Num dia, o mi­nis­tro da Edu­ca­ção apa­re­ce num ví­deo dan­çan­do com um guar­da-chu­va, nu­ma imi­ta­ção cir­cen­se do fil­me Dan­çan­do na Chu­va, pa­ra acu­sar seus crí­ti­cos de di­fun­di­rem fa­ke news; nou­tro, o se­cre­tá­rio da Cul­tu­ra to­ma em­pres­ta­do tre­chos de um dis­cur­so de Jo­seph Go­eb­bels, mi­nis­tro da Pro­pa­gan­da da Ale­ma­nha na­zis­ta, pa­ra anun­ci­ar o ad­ven­to de uma cul­tu­ra “na­ci­o­nal” fi­nan­ci­a­da pe­lo Es­ta­do, cau­san­do hor­ror e es­tu­pe­fa­ção no País e fo­ra de­le. En­tre um e ou­tro des­ses mo­men­tos na­da edi­fi­can­tes de seus as­ses­so­res, o pró­prio presidente Bol­so­na­ro achou tem­po e opor­tu­ni­da­de pa­ra fa­zer pi­a­das de mau gos­to so­bre um vas­to car­dá­pio de te­mas gros­sei­ros, co­mo se es­ti­ves­se em um chur­ras­co com ami­gos.
En­quan­to is­so, sem­pre que pres­si­o­na­do a to­mar de­ci­sões re­al­men­te re­le­van­tes pa­ra o País, co­mo au­to­ri­zar pri­va­ti­za­ções po­ten­ci­al­men­te po­lê­mi­cas, cor­tar pri­vi­lé­gi­os de ser­vi­do­res pú­bli­cos e re­du­zir sub­sí­di­os, o presidente he­si­tou. Mes­mo a re­for­ma da Pre­vi­dên­cia, que o go­ver­no ce­le­bra co­mo um fei­to de Bol­so­na­ro, foi sa­bo­ta­da em vá­ri­os mo­men­tos pe­lo presidente, ten­do si­do apro­va­da gra­ças à mo­bi­li­za­ção de par­la­men­ta­res e al­guns téc­ni­cos do go­ver­no. Pre­o­cu­pa­do em cons­truir seu pró­prio par­ti­do e sua can­di­da­tu­ra à re­e­lei­ção, so­bre a qual fa­la qua­se to­dos os di­as, Bol­so­na­ro de­di­ca to­do o seu tem­po não a pen­sar em ma­nei­ras de pro­mo­ver o de­sen­vol­vi­men­to do País, mas a ali­men­tar po­lê­mi­cas de cu­nho cla­ra­men­te elei­to­rei­ro, en­quan­to as­si­na me­di­das des­ti­na­das à ir­re­le­vân­cia – mas só de­pois de cau­sar tu­mul­to e in­se­gu­ran­ça ju­rí­di­ca no País.
Quan­do con­fron­ta­do pe­los jor­na­lis­tas a res­pei­to dis­so ou a res­pei­to dos ca­da vez mais vo­lu­mo­sos pro­ble­mas do clã Bol­so­na­ro e de al­guns de seus as­ses­so­res mais pró­xi­mos com a Jus­ti­ça ou com a li­su­ra ad­mi­nis­tra­ti­va, o presidente re­a­ge de for­ma tru­cu­len­ta. Mais re­cen­te­men­te, dis­se que os jor­na­lis­tas são uma “es­pé­cie em ex­tin­ção” e man­dou que a im­pren­sa to­mas­se “ver­go­nha na ca­ra” e tra­tas­se de “dei­xar o go­ver­no em paz”. (Ver edi­to­ri­al abai­xo, A te­na­ci­da­de da im­pren­sa.)
Não são rom­pan­tes, e per­de tem­po quem acre­di­ta na pos­si­bi­li­da­de de que, com o tem­po, Bol­so­na­ro vá tem­pe­rar seu com­por­ta­men­to. O as­ses­sor que se ins­pi­rou em Go­eb­bels pa­ra anun­ci­ar o “re­nas­ci­men­to da cul­tu­ra na­ci­o­nal” só foi exo­ne­ra­do por­que hou­ve uma gri­ta ge­ne­ra­li­za­da di­an­te de ta­ma­nho ab­sur­do. No­ves fo­ra o plá­gio na­zis­ta, o con­teú­do da fa­la que cus­tou o car­go ao tal se­cre­tá­rio é es­sen­ci­al­men­te o que Bol­so­na­ro já dis­se e re­pe­tiu inú­me­ras ve­zes, mes­mo an­tes da elei­ção. Por­tan­to, nin­guém po­de se di­zer sur­pre­en­di­do, nem mes­mo os elei­to­res mais in­gê­nu­os. Bol­so­na­ro é Bol­so­na­ro há mui­to tem­po.
 

O dia


Aí está um sábado novinho em folha.

Bom dia





Se um nazista se senta à mesa com dez pessoas e ninguém se  levanta, então há onze  nazistas.
É um velho ditado alemão.

Opinião

É possível vencer a criminalidade


A segurança pública é um desafio no país inteiro. Todos os estados enfrentam o problema da violência, que se agravou principalmente por conta do tráfico de drogas e da desorganização do sistema penitenciário. Por todo o país, presídios se transformaram em escritórios do crime, onde bandidos, mesmo presos, passaram a comandar seus negócios ilícitos do lado de fora, a determinar execuções de inimigos e a espalhar o terror nas ruas.
No Ceará, decidimos enfrentar essa realidade com firmeza, planejamento e ação, atuando em três frentes: reforço da estrutura policial, reorganização do sistema penitenciário e mais investimentos em prevenção social para evitar que pessoas em situação de vulnerabilidade sejam recrutadas pelo crime.
Depois de contratar mais de 10 mil profissionais de segurança, investir em equipamentos, inteligência e tecnologia, criamos em 2018 uma secretaria exclusiva para comandar os presídios. Em janeiro do ano passado, fizemos uma forte intervenção no sistema, endurecendo as regras, acabando com a comunicação dos presos, fechando cadeias vulneráveis, isolando e transferindo lideranças e combatendo regalias.
A reação dos bandidos, naquele momento, veio através de ataques criminosos nas ruas, para aterrorizar a população e intimidar o governo. A estratégia do crime não funcionou. O Ceará reagiu com mais força ainda, não recuou um milímetro das medidas tomadas e, numa ação coordenada, com o apoio dos poderes constituídos, inclusive do governo federal, mostrou que o comando será sempre do Estado.
Exatamente um ano depois, os fatos e os números mostram que estamos no caminho certo. O Ceará alcançou, em 2019, a maior redução de crimes contra a vida de todo o Brasil. Os homicídios caíram pela metade, no melhor resultado da década. A taxa por 100 mil habitantes, que chegou a ser de 56,9, em 2017, caiu para 24,7 em 2019. Em Fortaleza, onde o problema da violência era ainda maior, a queda foi mais significativa, saindo de 78,1 homicídios por 100 mil habitantes, em 2013, para 24,8 no ano passado.
E essa redução da violência se deu em praticamente todas as faixas e tipos de crimes. Em reportagem e editorial recentes desta Folha, foi destacado o grande número de meninas mortas entre 10 e 19 anos. O jornal usou dados de 2018, quando foram registrados 114 casos no Ceará. Importante informar que, no ano passado, esse número caiu para 43 casos, ou 62,3% de redução. Apesar dos avanços, tenho a consciência de que ainda são números muito altos, longe do que queremos e iremos buscar.
Ressalto que o Ceará é um dos estados mais transparentes na contabilização e divulgação desses dados. Aliás, sempre defendi a padronização dos levantamentos para todo o Brasil. Só se resolve um problema quando se tem a clareza da realidade.
Há muitos desafios pela frente e essa questão da violência, que é nacional, só será superada com o engajamento de todas as esferas de poder e da sociedade como um todo.
O Brasil precisa proteger suas fronteiras para frear a entrada de drogas e armas, que abastecem os grupos criminosos. E as leis devem ser endurecidas, para que a sensação de impunidade não estimule ainda mais os bandidos.
Mas esse desafio não será superado apenas com mais polícia, mais presídios ou mais leis —mas, principalmente, com mais investimento em educação e no combate às desigualdades sociais.
Uma das maiores ações de prevenção à violência que este país precisa fortalecer é a escola de tempo integral, onde a criança e o jovem passam o dia na escola, estudando, praticando esportes e aprendendo coisas novas e produtivas.
No Ceará, já temos uma em cada três escolas em tempo integral e avançaremos ainda mais nos próximos anos. Não por acaso nosso estado tem alcançado os melhores resultados da educação do país, ano após ano. No ensino fundamental, temos 82 escolas entre as 100 melhores, segundo o MEC. No ensino médio, estudo recente mostra que 55 dos 100 melhores resultados são do Ceará.
Precisamos avançar muito mais para que o Brasil tenha êxito nesse combate à violência e ao medo e nessa luta contra a criminalidade. Tenho certeza que podemos chegar lá.
Camilo Santana
Governador do Ceará

Namoradinha do Brasil de direita

Regina Duarte é convidada para Secretaria de Cultura e diz que responderá até amanhã

Atriz, conhecida por suas posições de direita, diz estar animada com possibilidade

A casa caiu