Eles têm ódio da liberdade que tentamos respirar aqui.
Francisco foi às ruas
A Páscoa do Fabricio
“Não existe plano B”, diz Guimarães sobre Lula candidato em 2026 e afirma que ele “ganha de todos”
Bom dia
O dia - Hoje a morte é vencida. A ressurreição ganha ares de salvação ou de esperança na vida eterna junto a santos, anjos e querubins no entorno do trono de Deus, ao lado de Jesus e da Santa Maria, nossa mãe. São sonhos. Sonhos de heróis em vida. Não sabem seus aspirantes que a vida de herói começa após sua morte.
Frescar com chinês, é fria
Aviões Boeing recusados por companhias aéreas chinesas regressam aos EUA
Aviões da Boeing que se encontravam no centro de acabamento em Zhoushan, na China, foram recusados pela companhia aérea Xiamen Air e vão regressar aos EUA, numa altura de tensão na guerra comercial.Há, pelo menos, dois outros aviões em Zhoushan à espera de ser devolvidos, de acordo com dados do Aviation Flights Group.
“Cancelar não é responsabilizar, é aniquilar”, afirma o psicanalista Luciano Elia
Elia analisa a cultura do cancelamento e alerta: “É o gozo de ver o outro ser destruído, não o desejo de justiça”
“A psicanálise nos ensina que nós não somos bons por natureza. Existe em nós uma dimensão de mal radical. E é a partir dessa sombra que cancelamos”, afirmou Elia logo no início da conversa. Para ele, o cancelamento é um ato que nasce da rejeição profunda de algo que, de forma inconsciente, nos toca e nos mobiliza. “Não se cancela qualquer coisa. Cancela-se aquilo que nos diz respeito. É um movimento íntimo, embora se manifeste publicamente como condenação coletiva”, explicou.
A crítica central do psicanalista recai sobre a violência simbólica presente no ato de cancelar. Ele utiliza o conceito freudiano de Verwerfung, frequentemente traduzido como rejeição, mas que expressa a ideia de uma expulsão radical do campo simbólico. “Não é uma simples rejeição afetiva. É o desejo de ejetar, lançar para fora, negar ao outro até mesmo a dignidade de existir simbolicamente”, destacou.
Luciano apontou ainda o componente de gozo envolvido na prática. Mais do que prazer, trata-se de uma satisfação pulsional em ver o outro humilhado, excluído, eliminado do espaço social. “O cancelamento é gozo. É o gozo de não suportar o gozo do outro. E isso nos aproxima de um funcionamento autoritário, fascista. Não há debate, não há escuta, só há execução moral”, disse. A seu ver, cancelar não é o mesmo que responsabilizar. Ao contrário: impede qualquer possibilidade de responsabilização ou transformação. “Cancelar não é responsabilizar, é aniquilar”, afirmou.
Ao longo da conversa, foram mencionados casos recentes de cancelamentos — como os que atingiram o ex-ministro Silvio Almeida, o jurista português Boaventura de Sousa Santos e o professor Alysson Mascaro —, todos eles nomes ligados à esquerda e ao pensamento crítico. Foram lembrados também os ataques históricos sofridos por Lula e Dilma Rousseff, episódios que, segundo Luciano, foram os precursores do que viria a se tornar uma cultura do cancelamento estrutural. “O grande crime de Lula foi ter ocupado um lugar que a elite não aceita que ele ocupe. Ele foi cancelado por existir onde não deveria, na lógica perversa da classe dominante”, comentou.
O programa tratou ainda das armadilhas discursivas que se instauram quando o medo de ser cancelado passa a pautar o que se pode ou não dizer. Para Luciano, esse receio é real e produz autocensura. “Mas não podemos deixar de falar por medo. O silêncio imposto é a outra face do autoritarismo”, alertou. A jornalista questionou o impacto das redes sociais nesse processo, observando como elas instrumentalizam o poder de censura por meio de pequenos atos de patrulhamento. “As redes oferecem a fantasia de um poder, de exercer controle sobre o discurso do outro. É o patrulhamento transformado em espetáculo”, analisou o psicanalista.
A conversa terminou com um apelo à escuta e ao debate. “Responsabilizar alguém não é destruí-lo. É incluí-lo no campo do simbólico, dar a ele a chance de se implicar, de se transformar. E isso só é possível pela via do diálogo, da palavra”, afirmou Luciano Elia. Para ele, o verdadeiro desafio não está em punir, mas em abrir espaço para que temas como machismo, racismo, assédio e abuso de poder sejam enfrentados de forma crítica, e não convertidos em linchamentos morais.
Ceará:
Júri nega feminicídio e vê morte a tiros de mulher como sem intenção |
O MP-CE (Ministério Público do Ceará) entrou com recurso para anular um júri popular realizado no último dia quatro e que condenou por homicídio culposo (sem intenção) um homem acusado de matar a esposa com dois tiros dentro de casa em Juazeiro do Norte, em fevereiro de 2024. Ele pegou um ano e três meses de prisão em regime aberto. Segundo o recurso da 2ª Promotoria de Justiça de Barbalha, a decisão dos jurados "foi manifestamente contrária à prova dos autos" e o caso se tratou, na verdade, de feminicídio (que prevê prisão de 20 a 40 anos). O pedido será analisado pelo TJ-CE (Tribunal de Justiça do Ceará), que pode determinar ou não a realização de um novo julgamento. |
O dia
Se medir o tempo é somar envelhecimento, olhar pro passado é perder de vista o que resta para se fazer útil, inclusive a si. Fazer do tempo que se espera, uma jangada de sonhos, quem sabe leve suas esperanças a alegrias preparatórias de felicidade. Um pé de laranja poderia ser esse barco, se você não guardasse fidelidade e respeito pela vida do outro.