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Capa do jornal OEstadoCe

 



Francisco morreu

 


Morre aos 88 anos Francisco, o primeiro papa latino-americano.
Morreu hoje aos 88 anos Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco. A informação foi divulgada pelo Vaticano.
Como é tradição, o funeral do papa começa na Basílica de São Pedro. O corpo de Jorge Mario Bergoglio, o primeiro pontífice latino-americano da história, ficará exposto para visitação e oração dos fiéis. O funeral termina com a missa de corpo presente, na Praça de São Pedro.
Em abril de 2024, o papa chamou atenção dos fiéis ao anunciar que já estava "tudo pronto" para a sepultura dele. O pontífice ordenou uma simplificação dos rituais fúnebres dos papas, com os corpos não sendo mais expostos fora dos caixões.
Na ocasião, ele também revelou que, após sua morte, o corpo seria
exposto no caixão. Os corpos dos papas anteriores foram colocados em um catafalco, espécie de plataforma, durante seus ritos fúnebres. Ele também pediu para que fosse enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, fugindo da tradição de um enterro em São Pedro, onde estão os corpos de 91 pontífices.
O papa Francisco apareceu de cadeira de rodas pela primeira vez em maio de 2022. Ele recorreu ao auxílio após dores intensas no joelho. "Tenho um ligamento rompido, farei algumas infiltrações e vamos ver. Estou assim há algum tempo, não posso caminhar", disse o pontífice, na época.
Dias depois, ele voltou a ser visto sendo empurrado na cadeira de rodas. Após essas primeiras aparições, não era difícil a imprensa internacional noticiar que a saúde do papa estava debilitada.
Em novembro de 2023, o papa cancelou uma viagem para a reunião climática da COP28, em Dubai, por causa de uma gripe e inflamação pulmonar. Em janeiro de 2024, ele não conseguiu terminar um discurso no Vaticano por causa de "um pouco de bronquite", segundo o pontífice.
Em novembro de 2023, o papa cancelou uma viagem para a reunião climática da COP28, em Dubai, por causa de uma gripe e inflamação pulmonar. Em janeiro de 2024, ele não conseguiu terminar um discurso no Vaticano por causa de "um pouco de bronquite", segundo o pontífice.
Primeiro papa latino-americano e jesuíta
A nomeação de Jorge Mario Bergoglio como o 266º papa da Igreja Católica por si só foi histórica. Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, ele se tornou o primeiro pontífice nascido e vivido na América do Sul a ocupar o cargo máximo para os católicos.
Além disso, Jorge Mario era jesuíta, ordem que também pela primeira vez na história tem um dos seus membros indicado para o cargo. O papa tinha formação em química pela Universidad de Buenos Aires.
Em 1958, ingressou na Companhia de Jesus —Ordem dos jesuítas— e, na sequência, licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de São Miguel. Mais tarde fez doutorado em Teologia em Freiburg, na Alemanha. Foi ordenado sacerdote em 1969. Após um período de apostolado na Argentina, retornou para a Faculdade de São Miguel como professor de teologia em 1980 e lá permaneceu até 1986.
Em 1992, foi nomeado bispo titular de Auca e bispo auxiliar de Buenos Aires. Em 1998, tornou-se arcebispo da capital argentina e em 2001 foi nomeado cardeal pelo papa João Paulo II. Foi escolhido como papa em 14 de março de 2013, quando tinha 76 anos.
Faz parte da tradição que um novo papa decida o nome pelo qual deverá ser chamado durante o período de seu pontificado. Quase sempre a escolha é feita para homenagear os primeiros apóstolos de Jesus ou algum outro pontífice da história pelo qual o novo indicado tem admiração.
Mas o novo nome também tem relação com o caminho que o papa deseja trilhar durante o pontificado. Jorge Mario decidiu fazer uma relação com São Francisco de Assis, santo que tem a dedicação aos pobres e posições claras como marca.
O papa dos humildes
A fumaça branca despontou em 13 de março de 2013, quando Francisco se apresentou para o mundo. "Irmãos e irmãs, boa noite", disse, no primeiro discurso, vestindo a batina branca sem adereços solenes. "Vocês sabem que é dever do conclave dar um bispo para Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase no fim do mundo. Estamos aqui.".
Ali, o povo havia acabado de conhecer o primeiro papa de nome Francisco. Fundador da ordem franciscana, São Francisco de Assis se vestia com panos de saco e pregava uma reforma espiritual e material na Igreja Católica. Francisco, o frade medieval queria que a Igreja fosse mais simples, mais pobre e mais próxima dos sofredores e humildes.
Em sua primeira aparição, Francisco, o papa, se inclinou e, em um instante de silêncio, pediu ao povo orações. A escolha do nome, ele explicaria dois dias depois. Em um encontro com jornalistas, declarou: "Como eu gostaria de uma Igreja pobre para os pobres." E contou que o amigo brasileiro Dom Cláudio Hummes, cardeal franciscano morto em julho de 2022, lhe havia dito ainda no conclave: "Não se esqueça dos pobres."
Necessidade de reforma
Assim como o santo de Assis, Francisco tinha uma reforma em mente, que aproximaria a Igreja do seu povo. A ideia era abrir pontes de diálogo com o mundo não-cristão. Ele buscou promover essas mudanças durante todo o pontificado, começando pela decisão de não viver no Palácio Apostólico, mas em um quarto de hotel da Casa Santa Marta, uma hospedaria no Vaticano.
À época de sua eleição, o então cardeal Bergoglio não era um favorito. O papa Bento 16 havia acabado de renunciar, em fevereiro de 2013, deixando o trono do apóstolo Pedro - a "Santa Sé" - vacante. A primeira renúncia papal em quase 600 anos foi motivada, nas palavras de Joseph Ratzinger, pela idade e pelo cansaço. Bento 16, com quem Francisco sempre manteve relação amigável, mas discreta, já denunciava "divisões no corpo eclesial" e dizia que "o rosto da Igreja" vinha sendo "deturpado" pelo "individualismo e pela rivalidade" das lutas internas de poder.
O cardeal Bergoglio acabou sendo o escolhido em um conclave que buscou uma terceira via entre um candidato que representasse a Cúria Romana -a administração central da Igreja, tão criticada- e outro que simbolizasse a continuidade do estilo intelectual e tradicional do antecessor.
O povo e o papa
O discurso decisivo de Bergoglio, que atraiu a atenção dos seus pares, foi feito nas congregações gerais, encontros dos cardeais antes do conclave. Ele falava da necessidade de se colocar em prática o "zelo apostólico", ou seja, que a Igreja precisava ir às periferias, "e não só as geográficas, mas também as existenciais".
Enquanto alguns batem à porta da Igreja para entrar, afirmava Bergoglio, "a Igreja autorreferencial tem a pretensão de que Jesus Cristo está dentro dela, e não o deixa sair". Eleito papa, Francisco elaborou esse pensamento, associando-o à renovação adotada pela Igreja durante o Concílio Vaticano II (1962-1965), quando uma grande "atualização" para o mundo moderno se iniciou. Francisco se apresentava como um pontífice que acreditava que não é possível ser católico e "negar o Concílio".
Sua visão da Igreja e sua proximidade com o povo foi muito marcada por sua experiência como padre jesuíta na Argentina. A trajetória em seu país foi turbulenta, pois, quando padre, Bergoglio foi superior dos jesuítas durante o período da sangrenta ditadura militar, período que marcou sua visão das relações entre Igreja e poder.
Também suas passagens pelo Brasil foram importantes. Já como arcebispo de Buenos Aires, ele foi o relator-geral do "Documento de Aparecida", em 2007, resultado de uma assembleia de bispos da América Latina e do Caribe. O texto fala de uma Igreja que propõe "um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários". Sua primeira viagem internacional como papa também foi para o Brasil, onde participou da Jornada Mundial da Juventude, em 2013.
Um papa progressista
Ao longo do seu pontificado, o papa Francisco foi interpretado como um líder religioso mais progressista do que seus antecessores. Em abril de 2023, o Vaticano anunciou que permitiria que mulheres e leigos pudessem votar no sínodo seguinte. O evento funciona como uma espécie de consulta do líder religioso sobre um assunto determinado.
Em agosto de 2023, ele disse que as mulheres transexuais também são "filhas de Deus". Na ocasião, o papa lembrou da primeira vez que recebeu um grupo no Vaticano. "Elas saíram chorando, dizendo que eu havia dado a mão a elas, um beijo... Como se eu tivesse feito algo excepcional com elas. Mas são filhas de Deus! Ele gosta de você assim".
Em novembro daquele ano, o Vaticano considerou que uma pessoa transexual pode ser batizada "como o resto dos fiéis" e apadrinhar pessoas e casamento na Igreja Católica, mas com condições. A nova abertura foi assinada pelo papa Francisco em resposta canônica a uma série de dúvidas sobre o tema apresentada pelo bispo brasileiro de Santo Amaro, José Negri.
Segundo o texto, um transexual, que também tenha sido submetido a tratamento hormonal e cirurgia de redesignação sexual, pode receber o batismo, nas mesmas condições dos demais fieis. Porém, não pode haver situações risco de gerar escândalo público ou desorientação nos fiéis. A decisão fica a critério dos padres, que devem ter prudência.
Em dezembro de 2023, o Vaticano autorizou a bênção a casais de pessoas do mesmo sexo e "em situação irregular" para a Igreja. O documento aprovado pelo papa, no entanto, deixa clara a oposição ao casamento homossexual. O documento reforça que o matrimônio "está diretamente ligado à união específica de um homem e uma mulher".
As medidas causaram reação na ala conservadora da Igreja Católica Romana. Um documento divulgado em fevereiro de 2024 define as sete prioridades de um próximo conclave, reunião para escolher o próximo papa, "para reparar a confusão e a crise criada" pelo atual pontificado.
Resistência e reforma na Cúria Romana
Por sua visão de mundo popular, Francisco encontrou dura resistência nas alas ultra-conservadoras da Igreja. Grupos tradicionalistas e fundamentalistas não gostaram da sua crítica ao atual sistema econômico capitalista, que ele considerava "uma economia que mata" (Evangelii gaudium, 2013).
Ao reformar a Cúria Romana, ele criou o Conselho de Cardeais (C9), colocando nove cardeais para aconselhá-lo no governo, principalmente nas reformas do Vaticano. Buscou, nesse contexto, tornar a finança mais transparente, em linha com padrões internacionais; facilitou que os leigos - ou seja, fiéis batizados que não são sacerdotes nem religiosos - pudessem assumir cargos altos, e nomeou mais mulheres; acabou com a promoção automática e o conferimento de títulos e distintivos para o clero; em geral, diminuiu privilégios dos clérigos no Vaticano, alterando, por exemplo, legislação sobre crimes, para que todos possam ser investigados e julgados igualmente, inclusive bispos e cardeais;;e tornou o diálogo com dioceses e institutos religiosos mais direto e mais aberto, para que o Vaticano não centralize todas as decisões.
Ele dizia que a mentalidade de corte monárquica da Cúria Romana "é uma lepra", uma doença a ser sanada na Igreja. Em entrevista à Televisa, em 2019, afirmou que a Cúria era a "última corte europeia de uma monarquia absoluta". Francisco queria uma Igreja feita de "pastores com cheiro de ovelhas" (Evangelii gaudium, 2013).
Pandemia e fraternidade
Francisco entrou para a história, além de tudo, por ter sido o papa durante a pandemia da covid-19, período que marcou a humanidade para sempre. A imagem dele sozinho, caminhando e rezando na Praça de São Pedro em um dia de chuva, foi vista ao vivo por milhões de pessoas no mundo todo, e se tornou um caso de estudo sobre a comunicação religiosa.
"Percebemos que estamos todos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários, todos chamados a remar juntos, todos necessitados de conforto mútuo", declarou, em 27 de março de 2020. Em outubro do mesmo ano, ele publicou sua segunda encíclica, a Fratelli Tutti, em que convocou a humanidade, partindo das pessoas de fé, a se unir em torno das causas comuns - o meio ambiente, os direitos humanos, a paz - promovidos por meio da "amizade social", que ele considerava uma forma de amor.
(A imagem) - Na pandemia, sozinho na Praça de São Pedro, Francisco pede a Deus pelo povo.
Nota minha - Eu, que acompanhei o Papado de Francisco desde o primeiro momento e contei aqui a saga da minha ida para sua eleição, lembro cada momento marcante de sua história e deixo meu fraterno abraço a todos os católicos com os quais convivo, ou não.

Bom dia

 Coluna do Macário Batista para 21(a) de abril de 2025

O que intriga é o esperado
Valho-me da leitura, e escrito, do advogado e historiador Fabrício Moreira, que das barrancas do Rio Salgado, na margem direita, onde nasceu o Icó, há mais de 300 anos, para alongar meu sentimento sobre o curso sombrio da politica, nos últimos tempos pontuada pela conquista de mandatos por semi alfabetizados, endinheirados, alguns acusados de faccionados ou apadrinhados pelo crime, como se pode ler no noticiário ou ouvir nos corredores palacianos. O que diz o dr.Fabrício Moreira da Costa: "Um apelo pela civilidade na política do Ceará" - Li com atenção e aplaudo o editorial do jornalista e colunista Macário Batista, publicado em "O Estado" nesta sexta-feira (18) santa, onde ele aborda com coragem as baixarias que ainda persistem no ambiente político de Sobral. Mesmo após o término das eleições, os ataques e provocações continuam, envolvendo o prefeito Oscar Rodrigues e a deputada Lia Gomes. Infelizmente, essa realidade não se restringe a Sobral. Em muitas cidades, o nível do debate político ainda é lamentavelmente rasteiro, dominado pela lógica do “dente por dente, olho por olho”. Uma postura que nos remete aos tempos primitivos, de ignorância e estupidez, quando a razão era subjugada pela força bruta. Entendo o choque que esse cenário provoca, sobretudo em uma cidade como Sobral, que sempre se destacou nacionalmente pela excelência na educação e pela formação de cidadãos conscientes. A decepção é ainda maior quando se percebe que alguns líderes preferem fomentar a discórdia em vez de construir pontes. Em Icó, vivenciamos situação semelhante, e não me excluo à época desse ambiente de agressões políticas. Felizmente, essa história mudou. A eleição de Laís Nunes, primeira mulher a governar o município, marcou o fim das práticas de baixo nível em comícios, rádios e reuniões públicas. Laís trouxe consigo uma nova postura: a da civilidade e do respeito mútuo. E o povo respondeu à altura. Aqueles que insistiram em atacar e promover baixarias nas últimas eleições foram rejeitados nas urnas: um candidato obteve apenas 55 votos, outro, 56. A sociedade deixou claro que não apoia mais esse tipo de comportamento. O eleitor quer respeito, quer debate qualificado e propostas consistentes. Fruto dessa nova política de respeito e trabalho, Laís Nunes foi eleita deputada estadual com aproximadamente 50 mil votos, tornou-se a primeira prefeita da tricentenária Icó, foi reeleita com facilidade, deixou o Palácio da Alforria com impressionantes 88% de popularidade e ainda ajudou a eleger sua sucessora, a vibrante Mestra em Educação, Professora Aurineide, com votação recorde e histórica. A política precisa, urgentemente, reencontrar sua essência: a arte do diálogo, da construção coletiva, da busca pelo bem comum. O que todos almejamos é um ambiente onde, mesmo divergindo, possamos conviver, debater ideias e encontrar caminhos comuns, sem sopapos e sem pontapés, nem o espetáculo da agressão recíproca. Esse é o mínimo que se espera em um mundo verdadeiramente civilizado."
A frase: "“Liberdade, ainda que tarde, ouve-se em redor da mesa. E a bandeira já está viva, E sobe, na noite imensa. E os seus tristes inventores já são réus – pois se atreveram a falar em Liberdade." -Cecília Meireles, do Livro: Romanceiro da Inconfidência
CNH Popular em Limoeiro do Norte e Aurora a partir de amanhã,22(Nota da foto)
O Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) atenderá, a partir da próxima terça-feira (22), os candidatos com inscrições aprovadas no programa CNH Popular 2023/2024 nas cidades de Limoeiro do Norte e Aurora.O candidato deverá realizar o AGENDAMENTO através do site oficial do Detran-CE, no link ACOMPANHE A SUA INSCRIÇÃO para se apresentar na autoescola. É necessário apresentar os seguintes documentos: RG, CPF e comprovante de endereço. Em seguida, o aluno será encaminhado ao posto do Detran de cada município, mediante novo agendamento, levando a mesma documentação para seguir com o processo e adquirir a primeira habilitação.
Pedida de dois é mais forte
A notícia fala de viagem de Elmano de Freitas à China, para catar o empresariado que tiver vontade de expandir seus mundos de negócios se instalando no Ceará com a poderosa e rica indústria automobilística. Não vai só.
Pedida de dois é mais forte II
Na companhia dele, e também de olho nas terras que representa na Assembleia do Estado, vai junto o presidente da Casa, Romeu Aldigueri, uma experiência da melhor qualidade para esse tipo de negociação.
Ficamos então...
Assume o governo pela ausência de Elmano, dona Jade Romero, já provada que foi passada na casca do alho no comando da Casa Grande. E na Assembleia o poder fica nas mãos do primeiro vice-Presidente, Daniel Oliveira, um valente e quase solitário quadro do MDB.



NOTA À IMPRENSA - Mensagem de Boa Páscoa

 Hoje é o dia em que milhões de brasileiras e brasileiros, e pessoas em todo o mundo, comemoram o renascimento do amor e da paz sobre as injustiças. É o momento em que nos encontramos – seja em uma celebração religiosa, seja em um almoço de família – para reforçar nossos laços de união e de solidariedade. E em que relembramos os ensinamentos de Jesus de que devemos sempre amar uns aos outros, construindo um mundo cada vez melhor e mais fraterno.

Que todos tenham um Feliz Domingo de Páscoa! 

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República

Eles têm ódio da liberdade que tentamos respirar aqui.

 


Eles acham que as Malvinas são no Brasil.
A revista The Economist apoia golpes de Estado no Brasil desde sempre
Publicação britânica apoiou o golpe de 1964, a derrubada da presidenta Dilma Rousseff e agora sai da toca com ataques ao STF
O mais novo ataque da revista britânica The Economist às instituições brasileiras não deveria causar nenhuma surpresa ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que ontem divulgou uma nota oficial apontando, com razão, que o artigo recente da publicação sobre o ministro Alexandre de Moraes alimenta a narrativa golpista no Brasil. A surpresa, se há alguma, deveria ser outra: o fato de que o STF, depois de ter se calado em episódios anteriores de ruptura democrática, como o golpe de estado contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, agora se vê obrigado a reagir sozinho, sob pressão internacional, para conter os escombros de um monstro político que ajudou a criar.
A The Economist não está fazendo nada de novo. Desde sempre, a revista atua como braço midiático do imperialismo econômico, servindo ao capital financeiro global e à doutrina neoliberal que impõe aos países periféricos a cartilha da submissão: Estado mínimo, privatização, desindustrialização e repressão aos projetos populares. Para essa lógica perversa, a democracia só é aceitável quando elege candidatos alinhados ao mercado. Quando o povo escolhe outro caminho, o golpe vem a cavalo – e a Economist é a primeira a aparecer para legitimá-lo.
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Em 1964, quando tanques fecharam o Congresso e instauraram uma ditadura militar, a revista britânica aplaudiu. Exaltou o “alívio espontâneo” da população, enalteceu as Forças Armadas e atribuiu a culpa da ruptura ao ex-presidente João Goulart, taxando-o de radical. Ignorou as prisões, a censura, a tortura e os 21 anos de arbítrio. Repetiria a dose cinco décadas depois.
Em 2016, foi a vez da presidenta eleita Dilma Rousseff ser derrubada sem crime de responsabilidade. A Economist, ao invés de denunciar o golpe parlamentar liderado por Eduardo Cunha, tratou o impeachment fraudulento como algo “necessário”. Publicou o editorial infame “When a “coup” is not a coup” (Quando um “golpe” não é um golpe), uma peça de desinformação que tentou enganar leitores internacionais e encobrir um processo ilegítimo, conduzido por corruptos para barrar investigações e restaurar a agenda neoliberal.
E não esteve sozinha. A BBC, outra instituição da mídia britânica, também tratou com naturalidade o golpe contra Dilma, relativizando a ruptura institucional como se fosse apenas uma crise política. Esse apoio internacional à derrubada de um governo legítimo foi essencial para legitimar a operação Lava Jato, outro instrumento de guerra híbrida travestido de combate à corrupção.
É nesse ponto que entra a autocrítica necessária ao Supremo Tribunal Federal. O mesmo STF que hoje precisa defender a democracia contra os ataques da extrema direita e da imprensa estrangeira silenciou em 2016 diante do impeachment fraudulento de Dilma. Mais do que isso, deu sustentação jurídica às manobras da Lava Jato, permitindo que um juiz de primeira instância agisse como imperador da República e condenasse o presidente Lula sem provas, apenas para retirá-lo da disputa presidencial de 2018. O resultado foi a ascensão do bolsonarismo, com suas ameaças às instituições, seu discurso de ódio e seu projeto de destruição nacional. E só depois do estrago o mesmo juiz, hoje senador, foi declarado suspeito.
Agora, o STF se vê na obrigação de conter os efeitos do próprio veneno. Enfrenta uma ultradireita golpista que tentou explodir bombas, invadir as sedes dos Três Poderes, assassinar autoridades e derrubar o presidente eleito. E, para completar, é atacado por publicações como a Economist, que fingem defender a liberdade, mas na verdade estão apenas preocupadas com os interesses dos fundos de investimento que lucram com a instabilidade nos países do Sul Global.
A matéria Brazil’s Supreme Court is on trial é, de fato, escandalosa como aponta a nota do ministro Barroso. O texto ataca o ministro Alexandre de Moraes e, com evidente má-fé, transforma vítimas em algozes. Barroso respondeu com firmeza, esclarecendo que quem derrotou Bolsonaro foi o povo brasileiro, nas urnas, e que o STF apenas cumpriu seu dever de impedir a quebra da ordem constitucional. Mas sua resposta, ainda que correta, é tardia. O tribunal está pagando o preço de não ter defendido a democracia quando ela foi rasgada no golpe contra Dilma e nas farsas jurídicas da Lava Jato, legitimadas pelo STF no passado recente.

Francisco foi às ruas


Francisco surpreende fiéis com bênção 'Urbi et Orbi' na missa do domingo de Páscoa e percurso no papamóvel.
Sumo pontífice entrou de cadeiras de rodas na varanda e desejou "Boa Páscoa" aos milhares de fiéis que encheram a praça de São Pedro. No final, percorreu o recinto no famoso papamóvel.
A Santa Missa deste domingo de Páscoa no Vaticano, em Roma, foi celebrada pelo cardeal Angelo Comastri, mas o líder da Igreja Católica fez uma aparição surpresa aos milhares de fiéis que encheram a Praça de São Pedro e acompanharam a celebração.
De cadeira de rodas, o Papa Francisco foi conduzido ao famoso balcão da janela da Igreja de São Pedro e recebido com muitos aplausos. Em seguida, falou ao público presente. "Queridos irmãos e irmãs, boa Páscoa! Peço ao mestre da cerimónia que leia a mensagem", disse o pontífice, a demonstrar dificuldade em falar.
Francisco permaneceu no balcão enquanto o monsenhor Diego Raveli lia a sua mensagem com a bênção Urbi et Orbi. O texto de Francisco alertou para “o clima de crescente antissemitismo que se está a espalhar pelo mundo” e fez um "apelo aos beligerantes para que cessem o fogo, libertem os reféns e prestem uma ajuda preciosa às pessoas famintas que anseiam por um futuro de paz”.
No final, o Papa voltou ao microfone apenas para encerrar o momento. "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém", disse Francisco. Minutos depois, o religioso surgiu no seu famoso papamóvel a percorrer o recinto e emocionou os fiéis. Francisco recebeu prendas de alguns dos presentes e abençoou crianças.

A Páscoa do Fabricio

 


Na Serra do Camará, sob a bênção da Serra de Santana, reencontro paz e memória. Todo ano, reservo dois dias da Semana Santa para me perder e me encontrar entre essas montanhas verdes, nesse frio que acaricia a pele e nesse calor humano que aquece a alma.
Hoje, ainda na madrugada, despertei com o canto intenso das rolinhas e dos cabeças-vermelho. Uma sinfonia da natureza, anunciando que aqui, a vida pulsa diferente, mais serena, mais verdadeira.
A paisagem é um quadro vivo: o verde que se estende até perder de vista, o vento frio que conta histórias antigas, o orvalho que desliza como véu sobre a terra bendita.
E em cada caminho, em cada olhar amigo, revivo lembranças de meados de 1994, quando, ao lado de Neto Nunes, João Batista, Zé Bonfim, Galego de Abdias, Geraldo Pereira e tantos outros amigos, trilhamos passos de esperança. Era o início de uma jornada vitoriosa na política, semeada em fé e coragem.
Hoje, sou novamente acolhido nesse recanto dos Icós. Rejane, Regivaldo, Ricardo e suas esposas me receberam com alegria e ternura; Gilson Motos, com sua amizade sincera; Valdo, Tica e o Arthur, com a prestimosa atenção das famílias que sabem abraçar.
Tia Dedé e toda a família estendem sobre nós o manto do afeto, como quem oferece não apenas a casa, mas também o coração. E não faltou peixe e galinha caipira.
A Serra do Camará é mais que um lugar: é memória viva, é lar que nunca se esquece, é um abraço antigo que ainda vira uma fortaleza. Aqui, o tempo abranda, a alma descansa e a gratidão floresce entre as pedras e o vento.
Bom dia!

O poder da mensagem

 


“Não existe plano B”, diz Guimarães sobre Lula candidato em 2026 e afirma que ele “ganha de todos”

Líder do governo na Câmara afirma que presidente está com “saúde de ferro” e aposta em recuperação da popularidade até o fim do ano.
O líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), reafirmou que o PT não trabalha com nenhuma alternativa à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026. “É ele o nosso candidato”, declarou o deputado em entrevista à rede ANC, do Ceará. “Lula está com a saúde de ferro.”
Guimarães demonstrou otimismo em relação ao cenário político e à avaliação do governo. Segundo ele, apesar de uma queda recente na popularidade, o Planalto deve encerrar 2025 “muito bem avaliado”, com entregas que consolidarão a confiança da população. “O governo está fazendo de tudo para entregar tudo aquilo que foi prometido”, afirmou.
O deputado também comentou sobre o impacto de notícias falsas na imagem do governo. Ele apontou que o boato envolvendo o Pix — espalhado por figuras da oposição, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) — teve efeito negativo temporário na aprovação presidencial. “Foi uma mentira que prejudicou o governo naquele momento”, disse.
Com relação à disputa eleitoral, Guimarães foi direto ao mencionar os possíveis adversários da direita: Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Jr. (PR), além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível. “Vamos disputar as eleições: seja com o ex-presidente ou com qualquer outro candidato”, disse. E completou: “Mesmo com essa queda na popularidade, as pesquisas mostram que Lula ganha de todos”.
As pesquisas eleitorais confirmam o cenário citado por Guimarães, com Lula liderando em todos os cenários simulados para primeiro e segundo turnos.

Bom dia

 


O dia - Hoje a morte é vencida. A ressurreição ganha ares de salvação ou de esperança na vida eterna junto a santos, anjos e querubins no entorno do trono de Deus, ao lado de Jesus e da Santa Maria, nossa mãe. São sonhos. Sonhos de heróis em vida. Não sabem seus aspirantes que a vida de herói começa após sua morte.