O dia
Solenidade homenageia entidades e ativistas da causa LGBTQIAP+
O combate à homofobia e a defesa dos direitos da população LGBTQIAP+ foram defendidos durante sessão solene realizada pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), na tarde desta quarta-feira (02/07). A cerimônia marcou as comemorações pelo Dia do Orgulho LGBTQIAP+, celebrado anualmente no dia 28 de junho.
A sigla LGBTQIAP+ engloba pessoas gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, transgêneros, travestis, queer, intersexo, assexual, pansexualidade, não-binariedade e demais orientações sexuais e identidades de gênero. A deputada Larissa Gaspar (PT), autora da iniciativa, destacou que o encontro é uma oportunidade para exaltar a atuação de pessoas e organizações na conquista de avanços no âmbito da diversidade.
“É com muito carinho que a gente organiza essa sessão solene para celebrar a vida, a trajetória de luta, a existência de vocês que batalharam tanto para que hoje a gente pudesse ter políticas que começam a avançar de forma mais efetiva na defesa e na garantia dos direitos das populações LGBT”, disse a Larissa Gaspar aos homenageados.
Na ocasião, a parlamentar apontou que a causa LGBTQIAP+ é uma das pautas que o seu mandato trabalha. Entre as iniciativas, Larissa Gaspar destacou a aprovação da criação do Fundo Estadual de Defesa dos Direitos da População LGBTQIA+, o programa Transcidadania, a proposição de criação de um comitê de prevenção de homicídios e de um mapeamento da população LGBTQIAP+.
Para Missias Dias (PT), que subscreveu a proposta da sessão solene, a pauta do direito à diversidade deve ser uma bandeira de toda a sociedade. “Jamais podemos permitir, jamais podemos aceitar preconceitos, aceitar pessoas discriminadas nos nossos espaços de trabalho, nas nossas escolas, nas instituições, em quaisquer espaços que sejam, porque isso é dolorido e nós temos que fazer a luta, a resistência, fazer um bom combate”, afirmou.
Em nome do Governo do Estado, a secretária da Diversidade do Ceará, Mitchelle Benevides Meira, pontuou que o encontro foi um momento de celebrar a diversidade, aproveitando para reafirmar o compromisso da gestão estadual com o combate à LGBTfobia. “Quero também dizer que o Dia do Orgulho, além de uma data comemorativa, é, sobretudo, um marco de resistência, é o eco de vozes que por décadas foram silenciadas, criminalizadas e marginalizadas”, declarou.
Segundo a titular da pasta, entre as iniciativas públicas em andamento no Ceará, estão a campanha Ceará da Diversidade contra a LGBTfobia, o lançamento do Painel Monitoramento da Violência LGBTFóbica, a disponibilização de um canal de denúncias de crimes contra a população; e a transferência do Ambulatório Sertrans para o Hospital Universitário do Ceará (HUC).
“Estamos avançando sim, mas temos plena consciência de que ainda tem muito a ser feito, por isso, essa data nos convoca à ação, à vigilância, e à solidariedade. Precisamos caminhar com coragem, com empatia e com diálogo, mas também com firmeza contra qualquer retrocesso”, finalizou a secretária.
HOMENAGEADOS
Presidente do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), Dary Bezerra, destaca espaços conquistados pelas pessoas LGBTQIAP+ . Foto: mMrcos Moura
Representando os agraciados, a presidente do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), Dary Bezerra, disse que é muito satisfatório ver as pessoas LGBTQIAP+ ocupando espaços que historicamente lhes foram negados, mas que essa ocupação precisa ser mais incisiva no que diz respeito à ocupação de funções de poder.
Além disso, ela alertou que apesar dos obstáculos que a população ainda enfrenta, o cenário tem evoluído. Hoje, por exemplo, a gente tem uma Secretaria da Diversidade do Estado do Ceará, que é a primeira do Brasil, nós somos pioneiros nesse processo. Então é pensar o que a gente tem, e também fortalecer esses espaços, tomá-los como nossos, visitar, cobrar, saber como andam as políticas públicas, enfim, precisamos nos juntar”, completou Dary Bezerra.
O homenageado Roger Saboia cobrou a descentralização dos serviços de atendimento de saúde dedicado aos cidadãos LGBTQIAP+ para todos os municípios do estado. Outro aspecto apontado por Roger foi a necessidade de que as políticas de combate à discriminação sejam fortalecidas, inclusive com relação à formações permanentes e diálogos com o movimento.
Entre as organizações agraciadas estão a Associação Mães do Orgulho (Amor); Grupo de Resistência Asa Branca (Grab); Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) Ceará; Centro Popular de Cultura e Ecocidadania (Cenapop); Associação de Defesa dos Direitos dos Homossexual do Cariri Oeste (ADDHOC); Fórum Sobralense de Discussão sobre Diversidade Sexual e Gênero (Fogen); Secretaria da Diversidade do Estado do Ceará (Sediv); e a Coordenadoria da Diversidade Sexual de Fortaleza (Coediv/SDHDS).
Foto: Marcos Moura
Já entre os ativistas homenageados estão: Ullanova Venuto da Silva; Luiza Nobel; Nicole Souza; Irineuda Monte Lopes; Luma Nogueira de Andrade; Lara Nicole Mota; Veridiana Martins de Oliveira; Sintia Gonçalves da Silva; e Erandir Santos de Almeida.
Completaram a mesa da solenidade, o coordenador do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT) no Ceará, Bernardo Nataniel; a homenageada e defensora pública do Ceará Alice Oliveira; e o coordenador especial de diversidade sexual da prefeitura de Fortaleza, Narciso Júnior.
Quanta generosidade
Do 247
Declaração ocorre em meio à crise entre os Poderes, gerada pela derrubada do decreto que aumentava o IOF.
247 – Em meio à crise entre os Poderes, gerada pela derrubada do decreto que aumentava o IOF, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem sido alvo de ataques nas redes sociais desde que pautou o projeto que revogou a medida do governo federal.
"O debate, a divergência, a disputa política fazem parte da democracia. Mas nada disso autoriza os ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais contra o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, o que repudio", escreveu Gleisi em publicação na rede social X, nesta quarta-feira (2). "Não é assim que vamos construir as saídas para o Brasil, dentre as quais se destaca a justiça tributária. O respeito às instituições e às pessoas é essencial na política e na vida."
O debate, a divergência, a disputa política fazem parte da democracia. Mas nada disso autoriza os ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais contra o presidente da Câmara, deputado @HugoMottaPB, o que repudio. Não é assim que vamos construir as saídas para o Brasil,…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 2, 2025
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também se manifestou, destacando que a discordância política não pode ser confundida com ataques pessoais: “Nossa luta não se dirige contra indivíduos, mas em favor de princípios e propostas."
Coluna do Macário Batista em 03 de abril de 2025
Como o Ceará criou e silenciou história do campo de concentração da seca do 15
A história da seca que assolou o Nordeste em 1915 poderia ser contada como mais uma tragédia no semiárido, mas ela carrega consigo uma mancha que, por anos, foi apagada da história —e que não guarda vestígios físicos, nem um número oficial de vítimas. Carlos Madeiro lembra em reportagem que naquele ano, sertanejos que fugiam da seca foram impedidos de entrar em Fortaleza e ficaram aglomerados em um campo de concentração, o batizado campo de Alagadiço (que depois mudou de nome e hoje chama-se José Alencar). Nele, centenas de pessoas morreram vítimas de epidemias, além da fome e falta de higiene. O campo foi montado na gestão do governador Benjamin Liberato Barroso, que temia uma repetição do que havia ocorrido na grande seca de 1877, quando sertanejos foram em massa para Fortaleza, e a cidade que tinha 25 mil habitantes passou a ter 140 mil —m ilhares de pessoas morreram nas ruas, de fome ou doença. Em todo o Nordeste, foram cerca de 500 mil mortes. Parte da história do campo de concentração é contada no livro "O Quinze", de Rachel de Queiroz. A personagem Conceição vai ao local "ajudando a tratar, vendo morrer às centenas as criancinhas lazarentas e trôpegas que as retirantes atiravam no chão, entre montes de trapos, como um lixo humano que aos poucos se integrava de todo no imundo ambiente onde jazia."- E no Campo de Concentração não dão mais comida, não? Diz que lá ninguém morre de fome! - Ora, se não morre! Aquilo é um curral da fome, doninha! Diálogo de Dona Inácia com um pedinte, em "O Quinze". Um dos poucos relatos independentes feitos à época é de Rodolfo Teófilo, um farmacêutico e historiador das secas. Ele escreveu o livro "A Seca de 1915", no qual traz alguns detalhes do que viu e se tornou uma das principais fontes das pesquisas mais recentes. Logo na primeira vez que visitou o local, Rodolfo disse que "em pouco tempo esse campo de concentração será conhecido como um Campo Santo, devido ao número de almas que nós poderemos contabilizar nesse espaço." "Rodolfo diz que o campo de concentração de Fortaleza tinha em torno de 500 m² e abrigava entre sete e dez mil retirantes. Então imagina o morticínio que acontecia nesses espaços", diz a pesquisadora Kênia Sousa Rios, da UFC (Universidade Federal do Ceará), autora do livro "Engenhos da Memória: narrativas da seca no Ceará".
A frase: "Nunca imagine que alguém capaz de uma desonestidade com qualquer pessoa possa ser honesto com você." Tem gente pensando.
O homem é o Cid (Nota da foto)
Congresso Municipal do PSB em Fortaleza aclamou os novos membros do diretório do partido para os próximos dois anos. Osmar de Sá Ponte foi reeleito presidente, Igor Pinho vice-presidente e Leo Couto secretário-geral. Eudoro Santana, presidente estadual da Comissão Provisória do PSB, disse que o candidato do PSB ao Senado é novamente o senador Cid Gomes. “A segunda vaga não nos pertence”, respondeu quando questionado sobre o outro nome na chapa para o Senado Federal.
Vamos contar
José Guimarães, Junior Mano, Chiquinho Feitosa, Pastor Fernandes, Cid Gomes, Chagas Vieira, são os primeiros nomes na planilha de futuros candidatos às duas vagas no Senado, pelo Ceará, ano que vem.
Minha Caixa meu caixa
A CAIXA e a prefeitura de Horizonte (CE) assinaram, contrato de financiamento no valor de R$ 50 milhões para obras de infraestrutura e saneamento no município.
A conta da Prefeitura é da Caixa
Os recursos, provenientes do programa de Financiamento à Infraestrutura e, serão aplicados em diversas obras, incluindo a melhoria de espaços e equipamentos públicos, postos de saúde e obras de drenagem, entre outras.
Aumenta o efetivo
O governo enviou, nesta semana, projeto de lei para a Assembleia Legislativa (Alece) criando novas vagas para a Polícia Civil do Ceará (PCCE). O gestor anunciou a ação por meio das redes sociais.
E anunciou
O documento enviado para a apreciação dos deputados estaduais propõe-se a criar mais 358 novos cargos para oficial investigador de polícia, que somados aos 142 já existentes e disponíveis, completam as 500 vagas.
Bom dia
"...eu vim ao mundo para deflorar florestas virgens...e deixar meus pés na areia..."
Quando li José Régio pela primeira vez, botei na cabeça de um dia ver sua tumba e o escrito de sua lápide.
Nem uma coisa, nem outra. Passei uma semana inteira na terra dele, Vila do Conde, meia hora de trem desde a cidade do Porto.
E por pura coincidência fiquei num hotel butique de oito quartos, impecável lugar. Cada quarto tem o nome de um poema dele. Fica bem na beira do Rio Ave. Na beira. Os rios das pessoas especiais não têm margens, têm beiras. Então, passei uma semana sob a herma erigida em sua memória ouvindo dele mesmo o recitar de seus poemas. E isso tanto bem me fez que passei a ser melhor, mais claro, menos rude, mais crítico e menos cáustico. Erigi a mim a herma do outro eu e passei, definitivamente, a escrever de duas formas; pra viver e pra comer. Por fim o deleite de ver a vida a meu derredor, enquanto ela se esvai com o tempo e o uso. Como agora, quando sob um sol abrasador, manhã cedo, reencontrei o Clóvis. E passei a refletir com o Clóvis.
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Clóvis, o provedor
Na esquina da Rua Israel Bezerra com Leonardo Mota, nas proximidades da Assembleia do Estado do Ceará, de emissoras de rádio e televisão, redações e agências de propaganda e turismo, tem um tronco. Um tronco morto. Cortaram-se a cabeça, os braços, grande parte do peito e, morto, tem os pés fincados sobre uma calçada esquecida no tempo e no espaço.
O Clóvis, já teve vida. Deu sombra e acalanto para muitos que um dia assediaram seus galhos de onde brilhavam seiva e o mel da vida, ora nos protegendo do sol inclemente, ora apontando o céu como caminho para quem ousasse viver uma vida de paz, logo quebrada pela especulação e pelos prédios edificados à sua volta.
Morto, o Clóvis foi esquecido. Lá no canto dele, mudo e sem serventia, ganhou o abandono dos homens, talvez os mesmos que um dia desfrutaram dos bens que produzia. Como os homens, o Clóvis deixou de ser visto e incensado ao findarem seus benefícios, diminuírem seus favores, afinarem seus dedos longos para os abraços e os adeuses. É assim, pensaria o Clovis, se o Clovis pensasse.
A vida, a natureza, infatigáveis testemunhas da historia, trataram de dar ao Clóvis o que o Clóvis merecia. Não propriamente um enterro digno, um fim com causa e feito depois de uma vida longa como a que se conta aqui. O Clóvis ganhou a parceria do céu e da terra. No seu tronco, vi nascer plantinhas pequeninas que me acenavam com flores à minha passagem.
Outro dia, um dia qualquer, vi o Clóvis com ar de comovido. Molhado, chuva a banhar sua vida, dava chão para um jardim às plantas que desciam de seu topo para forrar o piso à volta com um tapete verde, desarrumado, porém cheio de seiva, argumento para os observadores daquela cena diária de quem lhe acompanha a vida, pós morte.
O Clóvis floresceu. Quer dizer, a vida no Clóvis floresceu, com verde, flores, diversidade e um misto de paz e demonstração de quem nem tudo morre, quando lhe tiram a vida. O Clóvis é , mesmo morto, um exemplo de resiliência? Juro, dedos em cruz sobre os lábios, não sei. O Clóvis que poderia ser tratado como um amigo, que nem a natureza faz, é cuidado hoje pela natureza que teima em viver à sua volta e pelos homens que lhe cercam de lixo que as competências não vêm, não sabem, não ligam.
O BERÇO DA FAMÍLIA "BELCHIOR"
O BERÇO DA FAMÍLIA "BELCHIOR"... OS SOPÉS DA SERRINHA DE DOM SIMÃO, ANTIGA SERRA DA TABAINHA. Em 2 de julho de 1819, o governador da capitania do Ceará-Grande, Manoel Inácio de Sampaio, doou ao sesmeiro Antônio Fernandes Baptista, "três léguas de terra no termo da Villa da Granja, a saber: légua e meia nas margens do rio Coreaú, na fazenda Jagarassuhi, e outra légua e meia anexa aquelas, nas margens do rio Riachão, na fazenda denominada Morros". Essa sesmaria extremava ao poente com "o pé da serra chamada Dom Simão" ou serra da Tabainha, onde no ano de 1697 os padres Ascenso Gago e Manuel Pedroso, estabeleceram uma Missão Jesuítica. Pois bem. Antônio Fernandes Batista é pai de Belchior Fernandes Batista, o "tronco secular" da família Belchior, inclusive do grande cantor cearense Antônio Carlos BELCHIOR. "Morro dos Belchós", "Jagarassuhi", "Pé da Serrinha de Dom Simão"... terra-berço da numerosa família FERNANDES/BELCHIOR.
Imagens: Casarão da Fazenda Olho D'água no Morro dos Belchós (Belchior), hoje pertencente ao município de Moraujo. Nesse casarão secular nasceu o Sr. Otávio Belchior, pai do cantor Belchior.
Fonte: Livro "Datas e Sesmarias do Ceará", Tomo nº 09, documento nº 759.
Alece celebra o Dia do Orgulho LGBTQIAP+ em sessão solene nesta quarta
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) realiza nesta quarta-feira (02/07), às 17h, sessão solene para homenagear as entidades e ativistas que se destacam na defesa e promoção dos direitos da população LGBTQIAP+, em alusão ao Dia do Orgulho LGBTQIAP+, comemorado no dia 28 de junho. O evento, que acontece no Plenário 13 de Maio, atende à solicitação da segunda vice-presidente da Casa, deputada Larissa Gaspar (PT), e é subscrito pelo deputado Missias Dias (PT).
Segundo Larissa Gaspar, o principal objetivo da data 28 de junho “é conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia, para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária. Lembrar as pessoas que todos devem se orgulhar de sua sexualidade e não sentir vergonha da sua orientação sexual”.
A parlamentar enfatiza também durante a solenidade serão homenageadas instituições e ativistas que lutam em defesa e promoção dos direitos de pessoas gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, transgêneros, travestis, queer, intersexo, assexual, pansexualidade, não-binariedade e demais orientações sexuais e identidades de gênero.
SERVIÇO:
Sessão solene em comemoração ao Dia do Orgulho LGBTQIAP+
Quando: quarta-feira, 02 de julho de 2025.
Horário: 17h
Local: Plenário 13 de Maio.
Endereço: Av. Desembargador Moreira, 2.807, bairro Dionísio Torres, Fortaleza/CE
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