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STF amplia investigações sobre desvios em emendas e mira uso eleitoral de recursos públicos

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Operação revela ligação entre verba de parlamentares, fraudes em licitações e campanhas municipais
Redação Brasil 247
247 – O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma nova frente de apuração sobre o uso de emendas parlamentares, com foco na destinação irregular de recursos para campanhas eleitorais. A informação foi revelada com base em documentos da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação envolve indícios de fraude em licitações, desvio de verbas públicas e compra de votos em municípios do interior do Ceará.
Segundo a Polícia Federal, emendas indicadas pelo deputado federal Júnior Mano (CE) abasteceram licitações fraudulentas em cidades administradas por aliados políticos. Parte dos recursos, após a vitória de empresas ligadas ao esquema, teria sido utilizada em campanhas eleitorais de candidatos apoiados por Mano nas eleições municipais de 2024. A investigação aponta que o parlamentar “exercia papel central na manipulação dos pleitos eleitorais, tanto por meio da compra de votos, quanto pelo direcionamento de recursos públicos desviados de empresas controladas pelo grupo criminoso”.
Esquema operado por aliados e novos alvos
O caso está sob sigilo e tramita no STF, uma vez que envolve parlamentares com foro privilegiado. De acordo com a PF, o esquema era operado por Carlos Alberto Queiroz, conhecido como Bebeto, eleito prefeito de Choró (CE), mas impedido de tomar posse por decisão da Justiça Eleitoral. Mensagens obtidas pelos investigadores mostram conversas entre Bebeto e aliados de Júnior Mano sobre o pagamento de propinas em troca da liberação das emendas. Os percentuais, que chegavam a 12%, eram chamados de “pedágio” ou “imposto” nos diálogos — uma prática descrita pela PF como “institucionalizada de corrupção”.
Em nota, Júnior Mano negou qualquer irregularidade e afirmou que “sua correção de conduta será reconhecida ao fim da investigação”. Desde 2021, a cidade que mais recebeu emendas do deputado foi Nova Russas, governada por sua esposa, Giordanna Mano, que não foi alvo da operação.
Outros parlamentares citados
Além de Júnior Mano, as investigações também mencionam emendas associadas a outros parlamentares cearenses: José Guimarães (PT), atual líder do governo na Câmara; Eunício Oliveira (MDB) e Yuri do Paredão (MDB). Nenhum dos três foi alvo da operação.
Em nota, Guimarães declarou: “Reafirmo o fato de que não destinei emendas parlamentares à localidade de Choró (CE)”. Sobre Canindé, outra cidade citada, afirmou que “uma simples consulta ao Siafi comprova que não destinei emenda entre 2024 e 2025”.
A assessoria de Eunício Oliveira informou que o parlamentar “destina emendas para obras em dezenas de municípios cearenses, de forma transparente e de acordo com a legislação” e que já pediu a suspensão de uma emenda para Canindé. Yuri do Paredão, por sua vez, afirmou que “o fato de todos os recursos estarem disponíveis no Portal da Transferência da Câmara demonstra a seriedade e a responsabilidade com que o deputado conduz suas ações”.
Expansão do escopo e tensão entre os Poderes
A descoberta do uso de emendas para alimentar campanhas eleitorais impulsionou o STF a autorizar, por decisão do ministro Gilmar Mendes, a abertura de uma investigação específica sobre a execução ilícita desses recursos. Há expectativa de que novas manifestações da PGR sejam apresentadas ainda neste semestre, o que preocupa lideranças no Congresso diante da possibilidade de novas medidas cautelares, como quebras de sigilo e buscas autorizadas pela Corte.
As apurações já haviam provocado, em abril, a queda do então ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), denunciado pela PGR por desvio de emendas em seu mandato anterior como deputado. Parte da verba teria sido destinada à pavimentação de ruas em Vitorino Freire (MA), município então governado por sua irmã.
Outros casos recentes
As investigações sobre o uso político de emendas parlamentares não são isoladas. Em fevereiro, emendas indicadas por Afonso Motta (PDT-RS) foram alvo de operação da PF, que resultou na demissão de seu chefe de gabinete. Em março, a Primeira Turma do STF tornou réus os deputados Josimar Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA) e o suplente Bosco Costa (SE), todos do PL, acusados de negociar R$ 6,6 milhões em emendas em troca de R$ 1,6 milhão em propina.
Em outro caso, a PF apontou que um servidor estadual recebia comissão de 6% sobre verbas destinadas por um deputado para um hospital em Santa Cruz do Sul (RS), formalizadas inclusive por contrato — evidência, segundo a PF, de corrupção sistematizada.
CGU e o padrão das irregularidades
Parte relevante dessas apurações teve origem em relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU), que detectaram concentrações atípicas de emendas em municípios ligados a parlamentares, sem critérios técnicos claros. Os indícios apontam para superfaturamento, favorecimento político e uso de empresas de fachada para viabilizar os desvios.
As descobertas ampliam o mal-estar entre os Poderes. Nos bastidores, ministros do STF reconhecem que o avanço das investigações tem contribuído para as tensões com o Congresso e com setores do Executivo. A ofensiva sobre as emendas parlamentares — vistas por muitos como instrumento legítimo de articulação política — levanta questões fundamentais sobre os limites da autonomia legislativa e a necessidade de maior transparência no uso dos recursos públicos.

Imagens negativas da vida brasileira

 

Rejeição nas alturas: com 75% e 74%, Alcolumbre e Hugo Motta lideram ranking de imagem negativa
Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg revela que presidentes do Senado e da Câmara têm maior taxa de desaprovação entre os principais líderes políticos do Brasil
247 - Os dois principais nomes do Congresso Nacional enfrentam forte desgaste perante a opinião pública, segundo a mais recente rodada do relatório Latam Pulse, parceria entre AtlasIntel e Bloomberg. O levantamento revela que Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, são os líderes com as piores avaliações entre os 16 nomes analisados.
A pesquisa, realizada entre os dias 27 e 30 de junho de 2025 com 2.621 brasileiros adultos, mostra que apenas 3% dos entrevistados têm uma imagem positiva de Alcolumbre, enquanto 75% manifestam percepção negativa, resultando em um saldo de imagem de -72 pontos percentuais (p.p.) — o pior entre todos os avaliados. Já Hugo Motta registra 4% de imagem positiva e 74% de negativa, com um saldo de -70 p.p..
A diferença entre imagem positiva e negativa é abissal, contrastando com a percepção de outras figuras políticas de peso. A pesquisa incluiu nomes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que mantém um equilíbrio relativo (47% de imagem positiva e 53% de negativa, com saldo de -6 p.p.).
Outros líderes com desempenho frágil, embora não tão dramático quanto o de Alcolumbre e Motta, foram Ciro Gomes (24% positivo, 62% negativo, saldo de -38 p.p.) e Ronaldo Caiado (25% positivo, 53% negativo, -28 p.p.).
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A pesquisa seguiu metodologia de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), com margem de erro de ±2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%

Derrota caseira

 

João Pedro após marcar gol pelo Chelsea contra o Fluminense, seu ex-clube (Foto: Hannah McKay / Reuters)

Ingratidão
Até tu, bruto!
Chelsea ganha do Fluminense e vai à final do Mundial de Clubes. Assista aos gols
A equipe inglesa enfrentará na decisão do campeonato o vencedor de Real Madrid e PSG.
O Ingrato é o João, criado no Fluminense e comprado pelo Chelsea que fez os dois gols da vitória lá deles.
Tricolores em luto. Perdemos pro Brasil que inventamos.

Opinião

 


De Aquiles Lins é colunista do Brasil 247, comentarista da TV 247 e diretor de projetos especiais do grupo.
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O candidato das elites se revelou mais uma vez: é um capacho de Trump
No dia em que o presidente dos Estados Unidos atacou a soberania brasileira, Tarcísio de Freitas ficou ao lado dos Estados Unidos.
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoia agressão de Donald Trump ao Judiciário brasileiro
A política brasileira viveu, nesta segunda-feira (7), um daqueles momentos que ficarão marcados pela submissão vergonhosa de parte de nossas lideranças a interesses estrangeiros. O protagonista do episódio? O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, mais uma vez, mostrou sua completa fidelidade não ao Brasil, mas ao trumpismo — essa corrente autoritária que despreza instituições democráticas e flerta abertamente com o golpismo.
Na segunda-feira (7), Tarcísio correu para as redes sociais para repercutir e endossar o apoio de Donald Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral e réu no Supremo Tribunal Federal por crimes graves, como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada. “Bolsonaro deve ser julgado somente pelo povo brasileiro”, escreveu Tarcísio, referindo-se às eleições, como se a Justiça não tivesse papel algum no Estado Democrático de Direito.
A fala, claro, ecoava a declaração de Trump, que acusou o Brasil de “perseguir politicamente” Bolsonaro e pediu que “o deixem em paz”. A mensagem, vinda de um ex-presidente estadunidense notoriamente hostil às instituições democráticas de seu próprio país, representou um ataque direto à soberania do Brasil e ao funcionamento regular do nosso sistema judicial. E, ao invés de se indignar com essa afronta, Tarcísio se alinhou ao agressor.
Essa postura, além de covarde, é anti-patriótica. No momento em que o Brasil busca afirmar sua soberania e fortalecer sua democracia diante das ameaças internas e externas, um governador de Estado — o mais rico e populoso do país, e escolhido pelas elites financeiras e pela mídia como o candidato da direita nas eleições de 2026 — prefere a subserviência como estratégia política. Tarcísio age como um representante estrangeiro dentro do território brasileiro. É o “candidato das elites” revelando mais uma vez seu verdadeiro projeto: transformar São Paulo e o Brasil em quintal ideológico do trumpismo.
Não é a primeira vez que o governador se curva aos interesses dessa direita internacional reacionária. Ainda em janeiro, celebrou efusivamente a posse de Trump nos Estados Unidos, vestindo orgulhosamente um boné vermelho com os dizeres “Make America Great Again” e entoando um “grande dia” — expressão simbólica do bolsonarismo nacional. Mais do que uma saudação, tratava-se de um sinal de alinhamento incondicional a uma agenda de extrema-direita que despreza a democracia, promove o ódio e alimenta conspirações.
Dois meses depois, Tarcísio se juntou ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado, em uma visita a Israel, em meio à mais grave crise diplomática entre Brasil e o governo de Benjamin Netanyahu. Enquanto o presidente Lula denunciava, com razão, o massacre contra a população civil em Gaza, Tarcísio preferia posar sorridente ao lado de líderes responsáveis por ações militares condenadas em todo o mundo. Para ele, parecer bem aos olhos dos poderosos no exterior é mais importante do que defender a dignidade humana ou os interesses da diplomacia brasileira.
Em tempos de reconstrução democrática, o Brasil não pode tolerar lideranças que preferem a bajulação internacional à defesa firme das instituições nacionais. O governador de São Paulo fez sua escolha — e ela não foi pelo Brasil. Ao se comportar como um capacho de Trump, Tarcísio de Freitas deixou claro de que lado está: contra a soberania, contra a democracia, contra a Justiça brasileira. É preciso lembrar disso. E cobrar, com vigor, o preço político dessa escolha.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

O vizinho de cima na linha de tiro

 

PI: megausina de hidrogênio verde vira alvo do MP por risco ambiental

O MPF (Ministério Público Federal) pediu à Justiça a anulação das licenças ambientais daquela que promete ser a maior usina de hidrogênio verde do mundo. Ela está sendo erguida em Parnaíba (PI) pela multinacional espanhola Solatio Energia Livre e prevê investimento de R$ 27 bilhões.

Para se ter ideia do tamanho do investimento, o valor corresponde a mais de um 1/3 do PIB (Produto Interno Bruto) do Piauí —estimado em R$ 72,8 bilhões. A ideia é que a usina comece a operar em 2029 para produzir 400 mil toneladas de hidrogênio verde (o H2V) e 2,2 milhões de amônia verde por ano.

Fonte - Carlos Madeiro

Coluna do Macário Batista em 09de julho de 2025

 


Pacto pela Democracia aponta pontos de atenção do Novo Código Eleitoral que será votado hoje quarta-feira (9)

Organizações da coalizão explicam mudanças quanto à candidatura de militares, regulação digital e voto impresso; reserva de apenas 20% de cadeiras para mulheres é considerada retrocesso. O PLP 112/2021, que propõe a reforma no Novo Código Eleitoral, deverá ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. O Pacto pela Democracia, com apoio técnico das organizações Conectas e Instituto Sou da Paz, elencou perguntas e respostas sobre a quarentena de militares, a regulação digital (incluindo o uso de Inteligência Artificial e a liberdade de expressão), e o voto impresso - os temas foram alvos de embates durante a última sessão que debateu o texto. Entre os pontos estão o questionamento sobre a constitucionalidade no afastamento dos militares para as candidaturas, visando à lisura do processo democrático, e as incoerências na defesa do voto impresso. A substituição da exigência legal de 30% de candidaturas femininas por uma reserva de apenas 20% das cadeiras nos legislativos, incluída no Novo Código Eleitoral, representa para a rede do Pacto pela Democracia, um retrocesso aos direitos políticos das mulheres e colocará o Brasil como um dos mais atrasados na América Latina quanto à paridade de gênero. “O projeto retira a cota mínima de candidaturas femininas por partido, mas tenta apontar como avanço a reserva de cadeiras de 20%. Isso cria uma escolha que não deveria existir: entre o preenchimento dessas vagas e fomentar a ampliação das candidaturas de mulheres. Além disso, esse percentual é muito pequeno e o preenchimento de todas essas cadeiras é o mínimo necessário para fazer uma democracia forte”, avalia Arthur Mello, coordenador de advocacy do Pacto pela Democracia.

A frase: “Além disso, o percentual mínimo de reserva de cadeiras (20%), sem que haja uma gradação de evolução até que se alcance a paridade, especialmente se considerarmos a não obrigatoriedade de cotas de candidaturas, será utilizado como teto e não como piso, o que, a longo prazo, dificulta a eleição de mais mulheres acima desse percentual”. Diz Bianca Gonçalves da Silva, coordenadora de articulação do Observatório de Violência Política Contra a Mulher, que  o texto retrocede a 1997, época em que não era obrigatório o preenchimento de cota mínima de gênero nas candidaturas.

 
Quando a saúde importa (Nota da foto)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou, em Fortaleza (CE), um conjunto de medidas, no âmbito do programa Agora Tem Especialistas, para ampliar o atendimento especializado no estado. 

O repasse
As ações incluem o repasse de R$ 362 milhões para custeio, aquisição de equipamentos e expansão da rede assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS). Também participou do anúncio o ministro da Educação, Camilo Santana.

Onde vai pegar
No pacote de ações federais estão a ampliação do Hospital Regional de Itapipoca, que terá sua capacidade quase dobrada com o aporte de R$ 85,6 milhões; o fortalecimento do Hospital Universitário do Ceará, que receberá um acelerador linear para ampliar a radioterapia.

E mais...
... a entrega de um tomógrafo para o Hospital Regional  Norte, em Sobral; o repasse de R$ 33,6 milhões para a Santa Casa de Sobral; dentre outros recursos para ampliação de leitos e cirurgias no Hospital de Traumatologia e Ortopedia de Acaraú.  

Consultas e etc.
“Estamos liberando R$ 362 milhões para ampliar o acesso a consultas, exames, cirurgias e tratamentos especializados no Ceará, reduzindo o tempo de espera e enfrentando a fila de procedimentos, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Pró mulher
O Hospital da Mulher será transformado em um Super Centro de Diagnóstico e Tratamento para as mulheres, com a destinação de R$ 24 milhões por ano. 

Além disso
Ainda em Fortaleza, a Maternidade Nossa Senhora da Conceição receberá um novo tomógrafo, que permitirá ampliar a capacidade de diagnóstico, com um incremento de 1.800 exames por mês.

Acelerador linear
Outro destaque é o fortalecimento do Hospital Universitário do Ceará, que contará com investimento total de R$ 13,5 milhões, incluindo a construção de um bunker e a aquisição de um acelerador linear — equipamento essencial para ampliar o tratamento do câncer.

Parceria com o Governo do Estado 
No Sertão de Crateús, foi inaugurado o Centro de Atendimento ao Câncer (CRIO), que atenderá os 350 mil habitantes da região e oferecerá aproximadamente 6 mil procedimentos oncológicos por ano. A estrutura é resultado de uma e o setor privado, com R$ 25 milhões em recursos estaduais destinados ao custeio do serviço — incluindo hospedagem humanizada para pacientes e suporte multiprofissional.

 
 
 

O Poder da Mensagem

 


Bom dia

 


Ainda não amanheceu no que vai ser esta quarta feira o dia mais curto da sua vida. A terra está rodando hoje, em torno do seu próprio eixo 000000,00000,1.milimilésimo de segundo. Assim o dia vai ser mais curto. Nada pra quem está nascendo hoje. Uma eternidade pra quem quer, e está perto de fazer 80. Apesar "deles", sorria.

Federal vai à caça de Júnior Mano

Conteúdo partilhado com: Público
Fabio Serapião -Colunista do Metropolis
Deputado Júnior Mano é alvo de busca por desvios e fraude em licitação
A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (8/7) 15 mandados de busca pra avançar numa apuração sobre uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de fraudes em processos licitatórios e contratuais. Um dos alvos é o deputado Júnior Mano (PSB-CE)
As medidas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal e há busca no gabinete do deputado na Câmara dos Deputados, na sua residência oficial e um imóvel em Fortaleza.
Além de Brasília, são cumpridos mandados em Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio, cidades no Ceará.
Divulgação/PF
Viatura da Polícia Federal durante operação
“O núcleo investigado é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo”, diz a PF.
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Além das buscas, o STF determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas.
“As condutas investigadas envolvem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral”, diz a PF.
O caso do deputado chegou ao STF após a Polícia Federal após a PF encontrar indícios de que o parlamentar estaria “diretamente envolvido no desvio de emendas parlamentares, utilizadas para alimentar o esquema de (compra de votos) e consolidar sua base de apoio político”.
Antes da operação de hoje, batizada de Underhand, a PF no Ceará já havia realizado duas ações para avançar na apuração do caso, a Mercado Cláusula e a Vis Occulta.
A apuração apontou para um esquema envolvi prefeituras que recebiam valores de emendas.
O deputado Júnior Mano apareceu no caso após a prefeita da cidade de Canindé denunciar um aliado do parlamentar durante a campanha eleitoral de 2022.
Ela apontou crimes eleitorais do deputado e do aliado que é prefeito em Choró, no Ceará. Segundo ela, o parlamentar encaminhava as emendas para o prefeito que seria responsável por “lavá-las”.
“A lavagem consiste em contatar o gestor, oferecendo como exemplo um milhão com retorno de quinze por cento para ele”, disse em depoimento. Ao menos 51 cidades teriam recebido valores, segundo a denunciante.

O Poder da Mensagem