Equipe de transição poderá ser anunciada na quarta-feira

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) reuniu-se nessa segunda-feira com a coordenação política de sua campanha para discutir o governo de transição e sua agenda para os próximos dias. Segundo o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, que coordenou o programa de governo da petista, Dilma fará medidas de monitoramento da política econômica, ajustes que ela já teria delineado em seu discurso ontem, após o resultado das urnas. Ela prometeu manter os pilares da política econômica e criticou a política cambial de alguns países.

A expectativa é de que a equipe de transição seja anunciada na próxima quarta-feira, tendo como coordenadores políticos o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo; e como coordenadores técnicos o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. A primeira reunião já pode ocorrer na sexta-feira.

Alguns assessores afirmam que a presidente eleita deve tirar uma folga a partir desta terça-feira até sábado, no Rio Grande do Sul. No fim de semana, a petista volta a Brasília para acompanhar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem à África e ao G-20. Além de Dutra e Palocci, estiveram presentes Garcia, e o assessor Giles Azevedo, cotado para ser seu chefe de gabinete.

TRANSIÇÃO
Dilma tem uma verba de R$ 2,8 milhões e poderá contratar 50 funcionários para o governo de transição, que vai da proclamação da eleição (que em geral ocorre dois dias após o pleito) até 31 de dezembro. Em agosto, o Ministério do Planejamento criou um grupo de trabalho formado por 30 servidores de vários órgãos que ficarão responsáveis por fornecer à transição as informações necessárias sobre o governo federal.

Com esses dados, será formada a “agenda dos 120 dias”, com todas as medidas de curto prazo, como contratos, pagamentos a serem feitos, ações institucionais que precisam ser cumpridas. A ideia da agenda é garantir que o próximo presidente não seja surpreendido por prazos e para dar continuidade a ações em andamento. O grupo de trabalho ficará responsável por fazer um levantamento do que foi prometido pelo presidente Lula na campanha de 2006 e comparar com o que foi realizado. O governo de transição será instalado no Centro Cultural Banco do Brasil.

DESCANSO
Dilma está descansando em sua residência no Lago Sul, área nobre de Brasília. No primeiro dia após ser eleita presidente do Brasil, ela não saiu de casa pela manhã nem no início da tarde. A presidente eleita deu dar entrevistas ainda na noite de ontem para emissoras de televisão e hoje deverá sair de folga até domingo. Sua assessoria não divulgou para onde ela viajará.

Dilma vai acompanhar Lula em viagens à África e Ásia

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) vai descansar nos próximos dias, mas em seguida, no fim de semana, retoma as primeiras atividades como sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao lado de Lula, Dilma segue para viagens à África e à Ásia. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse domingo (31) que Dilma confirmou os planos de descanso e viagens ao exterior.
“Ela [Dilma Rousseff] disse que vai tirar uns dias de descanso e depois viaja com o presidente [Lula]” para o exterior, afirmou Bernardo, ao deixar ontem à noite o Palácio da Alvorada, onde Lula, Dilma, ministros, governadores eleitos e aliados comemoraram a vitória. No sábado (6), Lula e Dilma viajam para Moçambique. Em Maputo, capital do país, será inaugurada uma fábrica de medicamentos. Depois da África, ambos participam das reuniões do G20 (o grupo das 20 maiores economias do mundo) em Seul, na Coreia do Sul.

A reunião é considerada emblemática não só porque Lula estará acompanhado pela presidente eleita, mas também porque na ocasião será referendada a decisão de ampliar a participação dos países em desenvolvimento na nova estrutura do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Não à guerra
Na reunião, Lula deve ratificar a posição do governo brasileiro para que a comunidade internacional unifique ações que evitem as guerras cambial e de divisas. Para os Estados Unidos e algumas economias ocidentais, a China mantém sua moeda desvalorizada para garantir as exportações e o crescimento econômico interno.

A ideia de Lula é que Dilma o acompanhe em mais oito viagens ao exterior até o final de dezembro. As prioridades do presidente são os países da América do Sul, entre eles o Chile e a Argentina. Há ainda reuniões do Mercosul e da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) previstas para o período.

Primeira pagina do Jornal O Estado


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Coluna do blog


Agora, vamos aos fatos
NY (USA), 4 graus. Pronto. Kaput. Acabou. Dilma é a primeira mulher presidente do Brasil. Tem padrinho forte e méritos que ninguém é doido pra dizer o contrário. Ganhou, dizia o velho palhaço, tá ganhado. Estes são os fatos indiscutíveis, e agora é preparar a rendição de quem quiser e aparelhar os inimigos para a refrega com o governo dela. Aecinho diz que quer ser candidato pra sucedê-la logo após o primeiro mandato. Quer fazer desse o Rei Momo, primeiro e único. Zé Serra deu até logo, como quem diz que nem o Coronel: “Eu vou voltar.” E tem mais uma meia duzia de tucanos que vão se ouriçar na sucessão de daqui a quatro anos.
Isso sem falar na dona Marina, que disse que iria fazer um pronunciamento depois das urnas, como se pronunciamento dela valesse alguma coisa. Primeiro, não foi pro segundo turno, depois, no segundo turno, não tomou posição nenhuma. Quem não toma posição nenhuma não merece ser lido, ouvido, discutido. Esse negócio de observar e ficar sobre um muro, mesmo que baixo, é coisa de gente miúda, que morre de medo de dizer algo que possa desagradar a alguém, muitas vezes ao proprio patrão. Mas eu tou dizendo tudo isso pra mostrar procês uma coisa que me chamou a atenção quando lia todos os jornais americanos, de NY e de distribuição nacional: O USA Today publicou em sua primeira página, com foto dela: Ex-guerrilla wins Brazil presidency, ou, ex-guerrilheira vence à Presidência no Brasil, pra ser mais direto. O The New York Times faz uma tímida referência na primeira pagina, no rodapé, e nada mais. Vamos ver daqui pra frente. Então, como dia meu professor preferido de Direito Constitucional, sempre após o expediente: “Vamos aos copos”.

A ex-guerrilheira (Nota da foto)
Taí como a presidenta Dilma Rousseff é apresentada ao mundo pelo popularíssimo jornal USA Today, dos Estados Unidos. Veja o título da reportagem abaixo da foto dela à esquerda da capa.

• grande novidade -
Brasileiros que conhecem a história política do Ceará, aqui em NY, estranharam a notícia veiculada pela Veja (me contaram) falando outra vez do Ceará.

• se for verdade...
- Como não leio a Veja nem acredito no que a Veja diz, reproduzo para descarregar a consciência: “Senador Tasso renasceria a Tribuna do Ceará para fazer oposição ao Governo do Estado”.

• quem diria -
O senador poria a Tribuna na internet, como uma experiência, daí, então, é que poria no papel. Acho difícil. O senador é mão de vaca, munheca de samambaia, mão-de-bebê.

• sem pai, nem mãe -

A Tribuna dele não teria verba do governo. O senador sabe o que é garrotear um órgão de imprensa que quer ser sério sem as verbas do governo, no Ceará. Aliás, no Brasil.

Melhor do mundo
Piadinha que rola na rede Adivinha: quem é o melhor ministro da Previdência Social do mundo e de todos os tempos? Não sabe? José Pimentel. Por quê? Porque aposentou o Tasso Jereissati.

• da assessoria de reimundão -
Nosso Gente Fina manda dizer, através de sua atenta assessoria de imprensa, que Dilma Rousseff ganhou em Juazeiro do Norte. Quer dizer: compensa ter perdido em NY, onde não há cesta básica.

• mudança -
Depois de três anos e 10 meses, o diplomata Marcus Paranaguá volta ao Brasil. Deixa o Consulado em NY para assumir posto no Itamaraty responsável por tudo que rola nas áreas de mar a ar. Quer dizer, de baleia a ETs.

Bom dia


Se eu tirar hoje, amanhecendo assim, em 3 graus em NY, tiro o resto do ano de letra.

Dilma a guerrilheira


O popularissimo jornal US Today publica uma foto de Dilma Rousseff na sua primeira pagina. Chama a presidente eleita de ex-guerrilheira. Comecou!

Breguifeste


La dolorosa ou, a Prova do Crime

Cafe da manha aqui o povo chama de breguifeste. Uma mania besta que americano tem eh comer. De manhazinha entao, eh uma loucura. Minha santa Maezinha Maria Pompeu Ferreira da Ponte, filha de Mae Vovo Petronilha, a Racista (que ficaria incomodada nas ruas de NY) ensinava sempre: Em terra de sapo, de cocoras com eles. Pois tenho ido ao breguifeste do canelau...acabo de volta do meu...
Bacon frito, linguica, presuntos cru e cozido, ovos mexidos, pao, batata inglesa cozida com temperos variados, cetichupe, queijo ralado, panquecas com shirup, que vem a ser o mel caro (ralinho ralinho) deles aqui e depois um cafe expresso. Mas os amigos nao se preocupem; depois tomo minha piula pra pressao, minha piula pra triglicerides, minha piula pro colesterol e uma aspirina pra afinar o sangue. E seja o que Deus quiser.

Detalhe - Preste atencao na data da nota. O dono do restaurante estah mentindo para o fisco americano. Dia 11 de janeiro deste ano esconde quase um ano de contas atrasadas. Isso pode dar um rolo!

Para guardar no livro de recortes

As frases ‘Tiririca’ da eleição

“Romário é rico. Não vai precisar roubar.”
Um cabo eleitoral do jogador

“Não recebo um real, estou aqui por ideal.”
Cabos eleitorais de Plínio de Arruda Sampaio

“O presidente Lula me deixou um legado, que é cuidar do povo brasileiro. Eu vou ser a mãe do povo brasileiro.”
Dilma Evita Peron Rousseff

"As pessoas começam a infantilizar a sociedade. Agora temos Estado pai, Estado mãe, Estado tio, Estado avô”
Marina Silva

“Precisamos extirpar o DEM da política brasileira.”
Lula

“Golpista é dizer que precisa destruir um partido que existe legalmente.”
Caetano Veloso sobre o direito democrático de o dem existir

“Vocês (do PT) têm uma atitude de muita ingratidão com o governo FH. Ele fez o Plano Real, vocês foram contra; a Lei de responsabilidade fiscal, vocês foram contra; o Fundef, vocês votaram contra (…). Depois, no governo, aproveitaram tudo isso. É um esquema de ingratidão e um pouco de fixação e de negação de como o passado contribuiu para o presente.”
José Serra

“Che Guevara!”
Dilma revelando quem é seu “sex symbol”

“Presidente tem essa coisa da primeira-dama. Se um dia a Dilma precisar, estarei a seu lado.”
Carlos Araújo ex-marido de Dilma

“Venderam que esse homem tinha sido agredido, e o que vocês assistiram foi uma mentira mais grave que a do goleiro Rojas.”
Lula que só faltou elogiar os agressores de Serra

“Lula deve desculpas a Serra. Chamou-o de mentiroso sem ver os vídeos que reconstituem o incidente.”
Elio Gaspari numa comparação entre Lula e Zidane, que, em 2006, deu uma cabeçada em Materazzi

O presidente sai menor do que entrou nessa eleição.”
Aécio Neves

“Vote Tiririca, pior que tá não fica.”
Tiririca, símbolo dessa campanha

Lembrancas sugeridas pelo querido Ancelmo Gois

Dilma para os opositores: ‘Estendo minha mão a eles’

O primeiro pronunciamento de Dilma Rousseff como presidente eleita foi frio e sóbrio. Em 25 minutos, disse o básico e essencial.

Só demonstrou emoção ao pronunciar o nome de Lula. Nesse ponto, embargou a voz. Sorveu um gole d’água. "Baterei muito à sua porta..." No vídeo do alto, os melhores trechos. Aqui, a íntegra do áudio

Dilma acenou para os “partidos de oposição” e para os setores que se opuseram à sua eleição: “Estendo minha mão a eles”.

Realçou o ineditismo de uma presidência de batom: Prometeu “honrar as mulheres, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural”.

Comprometeu-se com os valores da democracia: “Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa, pela mais ampla liberdade religiosa e de culto...

“...Pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos. [...]. Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República”.

Repisou promessas de campanha. A principal delas: “A erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras”.

Atenuou a retórica: “Esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo” Pediu ajuda “aos empresários, às igrejas, às entidades civis...”

“...Às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem".

Começou a falar a sério sobre economia. Soou como se afiasse a tesoura: “O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável”.

Especificou os setores que não serão alcançados pela lâmina:

“Recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos”.

O PIB? “Buscaremos o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas, social e ambientalmente sustentáveis. Para isso, zelaremos pela poupança pública”.

Antes de estender a mão à oposição, disse que governará com os dez partidos que integraram sua coligação.

Repisou um lero-lero comum a todos os antecessores –tanto na reiteração quanto no descumprimento:

“Nomearei ministros e equipes de primeira qualidade para realizar esses objetivos”.

Disse que as nomeações serão guiadas pela meritocracia. Citou “a capacidade profissional, a liderança e a disposição de servir ao país” como essenciais.

Reformas? Só mencionou uma: a política. Ao final de uma campanha em que teve de se esquivar do Erenicegate e do Fiscogate, declarou:

“Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. Serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo...”

“...Os órgãos de controle e de fiscalização trabalharão com meu respaldo, sem jamais perseguir adversários ou proteger amigos”.

Deixou os “agradecimentos” para o final. Primeiro, aos eleitores. Aos seus: “Prometo devolver em dobro todo o carinho recebido”.

E aos que optaram pelos outros: “Agradeço respeitosamente também àqueles que votaram no primeiro e no segundo turno em outros candidatos ou candidatas”.

Por quê: “Eles também fizeram valer a festa da democracia”.

Alisou um setor que o petismo passou a enxergar como inimigo: “Agradeço à imprensa brasileira e estrangeira” pela cobertura da eleição.

Remoeu as diferenças: “Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste”.

Martelou uma frase que já levara aos lábios noutras oportunidades: “Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras”.

Por fim, deteve-se no principal responsável por ter virado presidente da República:

“Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda...”

“...Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente”.

Por ora, não parece preocupada em livrar-se da lulodependência: “Baterei muito à sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta”.

Em termos protocolares, o discurso foi mais do que adequado. É preciso agora dar tempo ao tempo para verificar qual será a prática.

manchetes desta segunda

- Globo: Lula elege Dilma e aliados já articulam sua volta em 2014
- Folha: Dilma é eleita
- Estadão: A vitória de Lula
- JB: A mulher chega ao poder: 56% garantem vitória de Dilma
- Correio Braziliense: Dilma do Brasil
- Valor: Dilma é eleita e define medidas
- Estado de Minas: Mineira será a primeira presidente
- Zero Hora: A presidente do Brasil

Penso eu - Mineiro...o bicho esperto. Olha soh a manchete do Estado de Minas : Mineira sera a primeira Presidente. Ne mole, nao.