Olhar 33


Veja aí Caro Eliomar,
com o carnaval chegando a meninada está enlouquecida pra tirar a roupa. Diz que carnaval tem que ser todo mundo nu. Será?
Avisa pro Tarcisio Colares e pro José Maria Melo que é tempo de recolhimento e orações ao alto pra levar esse povo todo pro...sei lá.

Vereador diz que Tarifa Social acumula 40% de aumento na passagem, em menos de 2 anos

Para o líder da oposição na Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Plácido Filho (PDT), mais uma vez o aumento no valor da passagem de ônibus bateu mais forte no lado mais fraco: a Tarifa Social.
“Todo mundo divulga o índice de 11,1% no valor da passagem, mas não atentam que, pela segunda vez, a Tarifa Social voltou a ser o lado mais prejudicado. Em menos de dois anos, o acumulado já chega a 40% de aumento, um absurdo para qualquer serviço público no País”, comentou o vereador, durante pronunciamento nesta quinta-feira (24), na Câmara Municipal.
“Em 2009, o reajuste da passagem foi de 12,5%, enquanto a Tarifa Social apresentou um índice de 20%. Agora, a prefeita Luizianne Lins divulga um índice de 11,1%, mas omitiu o aumento de 16,66% da Tarifa Social”, completou Plácido Filho, que criticou também o próprio aumento de 11,1%. “O péssimo serviço no transporte público, com ônibus superlotados e atrasados, não justifica esse aumento”.
Já o líder da prefeita na Casa, vereador Ronivaldo Maia (PT), destacou que Fortaleza continua com a tarifa mais barata do Brasil e que a frota de ônibus é bastante nova.
A Tarifa Social subiu em 2009 de R$ 1 para R$ 1,20. Agora subirá para R$ 1,40.

O dia acorda


Chove fininho numa banda da cidade.

Tucanos criticam Luizianne e sugerem à prefeita que prolongue licença

O deputado Fernando Hugo (PSDB) tornou a condenar a prefeita Luizianne Lins (PT), desta vez por conta da situação das creches administradas pelo município, a qual caracteriza a “irresponsabilidade da Prefeitura com a primeira infância”. “Em 2009, as creches gestadas pelo Estado passaram para a Prefeitura de Fortaleza, que, de saída, desencantou a criançada e deixou mães e pais em desespero, pelo fato de que abriu somente 1/4 das creches repassadas”.

Segundo o tucano, o Termo de Ajustamento de Conduta firmado junto ao Ministério Público estabelecia que a Prefeitura reabriria gradualmente todas as creches. Hugo também atacou a prefeitura pela qualidade da merenda oferecida nesses estabelecimentos e pelo contraste entre a atitude da Luizianne deputada e da Luizianne prefeita ante a questão. “Eu me lembro da ferocidade do PT em trazer às barras da Justiça o desditoso genro deputado do Juraci Magalhães [Sérgio Benevides]. Quando estava na Assembléia, Linda Lins dizia que a merenda escolar serviria até de incentivo para a criança ir à escola”. Na crítica a “Luizianne e sua turma do mal”, Hugo recordou que, no ano passado, Fortaleza ficou em 151º lugar entre os 184 municípios submetidos ao Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece).

Quando estava na Assembléia, Linda Lins dizia que a merenda escolar serviria até de incentivo para a criança ir à escola.

LICENÇA DE 10 MESES
O líder da bancada do PSDB, Moésio Loiola sugeriu a Luizianne que estendesse o período de licença da Prefeitura. “Essa licença de 10 dias deveria ser de, no mínimo, 10 meses, para o bem de Fortaleza”. Desde ontem, o presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT), é prefeito em exercício de Fortaleza. Luizianne licenciou-se para tratamento de saúde.

Tucanoduto: Depoimento complica Valério e Azeredo

A Justiça estadual de Minas Gerais ouviu, nesta quinta (24), 12 testemunhas do ‘tucanoduto’, também conhecido como ‘mensalão mineiro’.
Deu-se na 9ª Vara Criminal do Forum Lafayette, em Belo Horizonte.

Um dos inquiridos, Jolcio Carvalho Pereira, adicionou pimenta ao caso, informa o repórter Thiago Herdy.

Jolcio fez, em juízo, declarações que complicam a situação de Marcos Valério e do ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), hoje deputado.

Apura-se no inquérito um esquema de caixa dois na campanha em que Azeredo disputou, em 1998, a reeleição ao governo de Minas.

Coisa organizada por Valério, em modelagem análoga à do mensalão do PT, que ganhou as manchetes em 2005.

Diretor jurídico da estatal Comig, hoje rebatizada de Codemig, Jolcio disse ter recebido ordem para apressar o repasse de R$ 1,5 milhão à agência de publicidade que tinha Valério como sócio.

Segundo ele, a determinação teve origem na Secretaria de Comunicação do governo, subordinada a Azeredo. Chegou-lhe por meio da presidência da empresa.

O gasto foi justificado à época como patrocínio a uma corrida de motocross, o Enduro da Independência, ocorrido às vésperas da eleição.

Na denúncia encaminhada à Justiça, o Ministério Público sustenta que parte da verba teria sido borrifada nas arcas clandestinas da eleição.

A promoção do evento esportivo seria mero artifício contábil para encobrir o repasse à SMP&B, antiga agência de Valério, que cuidava da campanha de Azeredo.

Jolcio alegou no depoimento que advertiu os dirigentes da Comig acerca da necessidade de a proposta de patrocínio respeitar os trâmites de praxe.

Algo que, segundo disse, não ocorreu: “A Secom [Secretaria de Comunicação] alegou que tinha urgência. Na forma como foi feito, foi um caso excepcional”.

O depoimento de Jolcio somou-se ao de Ruy Lage, ex-presidente da Copasa (Cia. de Saneamento de MG).

Ele havia declarado que recebera ordens, por escrito, para repassar mais R$ 1,5 milhão da estatal para a SMP&B, até então estranha à Copasa.

Ruy Lage fora ouvido pela Justiça Federal, na semana passada, por meio de carta precatória.

Suas declarações foram às páginas de outro processo, que corre em paralelo, no STF. Encontra-se no Supremo porque dois dos réus dispõem de foro privilegiado.

Além do deputado Azeredo, ganhou a prerrogativa de ser julgado em Brasília o novo senador Clésio Andrade (PR-MG). Ambos negam participação nos malfeitos.

Manchetes desta sexta

- Globo: Forças rebeldes já controlam poços de petróleo na Líbia

- Folha: Governo já discute idade mínima de aposentadoria

- Estadão: Rebeldes se aproximam de Trípoli; mortos já seriam 2 mil

- Correio Braziliense: Kadafi denuncia Bin Laden e crise chega ao Brasil

- Estado de Minas: O mistério do corpo 134

- Jornal do Commercio: Galo gigante só fecha ponte na quinta-feira

- Zero Hora: População foge da Líbia conflagrada

Sabiaguaba - A ponte que não leva a lugar nenhum


Por Souto Filho
soutofilho@oestadoce.com.br

Mesmo após sete meses de sua inauguração, a ponte sobre o Rio Cocó, também conhecida como Ponte da Sabiaguaba, vem apresentando problemas e deixando a população da região apreensiva quanto à segurança do local e sua real utilização. Relatos de assaltos são constantes e muitos moradores reclamam que o empreendimento não possui “serventia” nenhuma para os usuários, que viram a avenida Manoel de Castro (a famosa Estrada da Sabiaguaba), deteriorar-se, transformando-se no principal habitat de bandidos que atuam no local.

A ponte, que demorou cerca de nove anos para ser concluída, tem o objetivo teórico de encurtar a distância entre as praias do litoral leste cearense, ligando a avenida Dioguinho, no bairro Caça e Pesca, à praia da Sabiaguaba. Entretanto, a construção de 325 metros de extensão “desagua” em uma via de péssimas condições (av. Manoel Castro) que inviabiliza o trajeto e torna o investimento de R$ 9,7 milhões sem utilidade para os motoristas e moradores de seu entorno.
“Achamos que a ponte seria muito importante para nós, mas, depois de sua conclusão, vi que a coisa não era bem assim. Com o fim da obra, as autoridades não se preocuparam em qualificar as vias do lado da Sabiaguaba. Depois da ponte, a situação ficou ainda pior. A Manoel de Castro [avenida] foi completamente destruída, sendo quase impossível trafegar por ela, principalmente quando chove”, lamentou a comerciante Maria da Paz, proprietária de uma barraca de praia, na Sabiaguaba.

Quem trafega pela ponte sobre o Rio Cocó, sentido oeste/leste, ao final da via, vai desembocar na avenida Manoel de Castro, tendo que seguir, obrigatoriamente, à direita ou à esquerda. Porém, para ambos os lados, a via apresenta buracos, falta de asfalto e nenhuma sinalização. O pouco policiamento também é sentido pelos motoristas, que são forçados a trafegar com pouca velocidade, em terrenos sem acostamento e tomado pelas areias das dunas localizadas ao lado da avenida.

MAIS UMA VÍTIMA
O estudante Getúlio de Sousa Silva, que mora em frente a um dos principais pontos críticos da Estrada da Sabiaguaba, disse que os assaltos a motoristas são rotineiros, inclusive, à luz do dia. Segundo ele, os marginais costumam sair das laterais da via, coberta por vegetação intensa, e atacar os carros sem dar chance de defesa a quem transita por ali. “Minha mãe foi vítima de um assalto na semana passado. Perto daqui de casa, cerca de quatro ‘vagabundos’ cercaram o carro quando ela diminuiu a velocidade por causa dos buracos e levaram tudo que ela tinha no veículo”, contou.

Quem utiliza a via para ganhar dinheiro também está sendo prejudicado pela violência. O mototaxista José Aldo Araújo ressaltou que já perdeu vários clientes que se recusaram a passar pelo local. Ele mesmo já foi alvo dos bandidos e revelou que prefere pegar caminhos mais longos, a passar pela avenida deteriorada. “A coisa está horrível. Essa ponte só fez a situação da Sabiaguaba piorar”.

RONDA TRABALHANDO
Apesar das reclamações dos moradores, o comandante do Ronda do Quarteirão, coronel Gomes Filho, explicou que as operações na região são executadas 24 horas por dia, com uma viatura apenas na Sabiaguaba. Entretanto, ele concordou que a área é extremamente perigosa e a geografia do local dificulta a ação dos policiais. De acordo com ele, a corporação está fazendo um plano de redirecionamento operacional em todos os bairros anexos a Messejana para que o problema seja amenizado.

“Historicamente, a região da Sabiaguaba é bem complexa. Sabemos da grande demanda de insegurança do local, mas devido a sua geografia, as ações policiais são dificultadas. Mesmo assim, estamos realizando várias prisões no local e garanto que a ação do Ronda está sendo realizada de forma ostensiva”, explicou ele, salientando que a falta de políticas públicas é um dos obstáculos que impede a melhor abrangência policial na região.

O coronel Gomes ressaltou ainda que a falta de terrenos habitados e a existência de várias áreas de mangue fazem com que o local seja considerado de risco para a população. Entretanto, ele salientou que a população deve procurar o Ronda do Quarteirão para denunciar os crimes e ajudar a polícia no combate à criminalidade. “Ali é uma área de pequenos furtos que gera uma insegurança subjetiva na comunidade. A nossa ideia é manter a proximidade com a população”, pontuou.

DEBATE COM A POPULAÇÃO
Os problemas relacionados à ponte da Sabiaguaba e seu entorno serão tema de várias audiências públicas requeridas pela Comissão de Viação, Transporte e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa do Estado. O deputado estadual Heitor Férrer (PDT), presidente da comissão, relatou que o verdadeiro objetivo da construção da ponte deve ser discutido entre a população local e representantes dos governos federal, estadual e municipal.

Para o parlamentar, a obra deveria ser um instrumento para alavancar o turismo da região, mas, na verdade, está afastando os visitantes das praias da Sabiaguaba. “Além de um ‘elefante branco’, a ponte está se tornando uma ‘onça pintada’ para os motoristas que trafegam por ali, já que o local não possui segurança nenhuma”, destacou ele.