STF unifica processo contra Demóstenes e dois deputados de Goiás: Carlos Leréia e Sandes Jr.


Na petição que encaminhou ao STF há quatro dias, o procurador-geral da República Roberto Gurgel pediu o desmembramento do inquérito que apura o envolvimento de congressistas com Carlinhos Cachoeira e a quadrilha dele.
Relator do caso no Supremo, o ministro Ricardo Lewandowski discordou de Gurgel. Decidiu que os parlamentares pilhados nos grampos da Polícia Federal serão processados num único processo.
São três os acusados, todos de Goiás: além do senador Demóstenes Torres (DEM), os deputados federais Carlos Leréia (PSDB) e Sandes Júnior (PP). Como detentores de mandatos federais, só podem ser julgados no STF.
Gurgel considerava que as provas contra Demóstenes, mais robustas, poderiam resultar num processo mais célere. Lewandowski considerou que não faz sentido separar em mais de um processo indícios recolhidos numa mesma investigação.
Antonio Carlos de Almeida Castro, o advogado de Demóstenes, já informou que pretende arguir a ilegalidade das provas. Alega que seu cliente foi escutado pela PF sem autorização do STF. Se vingar, a tese pode beneficiar, por tabela, os deputados.

Manchetes desta segunda feira


Globo: Principais obras do PAC têm atrasos de até quatro anos
Estadão: Dilma vai anunciar mais R$ 18 bilhões de incentivos à indústria
Correio Braziliense: Bancos elevam tarifas em 78% e ampliam lucro
Valor: Múltis promovem o Brasil na rede global da inovação
Estado de Minas: Crack se espalha por BH
Jornal do Commercio: Santa vence e é vice-líder (Págs. 1 e Esportes 4 a 6)
Zero Hora: Para estancar a crise – DEM dá ultimato a Demóstenes

Mil empregos serão criados em Mauriti


Mauriti - (Amaury Alencar) - O projeto de transposição do Rio São Francisco gera mais emprego e renda para quem mora no semiárido nordestino. No trecho localizado em Mauriti, no Ceará, cerca de 600 operários serão contratados e famílias que vivem na região irão, em breve, ganhar casa nova. 

Cerca de 80 famílias serão reassentadas para a Vila Produtiva Rural Descanso, com direito à escola, posto de saúde e quadra de esportes. As casas possuem três quartos e área coberta de 99 m². Para garantir o sustento, serão disponibilizados lotes de cinco hectares para a agropecuária. 

O Ministério da Integração Nacional já pagou mais de R$ 6 milhões para a aquisição de 163 propriedades em Mauriti. Das 112 famílias que viviam na região, 32 optaram por receber a indenização conforme o valor do imóvel no mercado.
Mais emprego
O número de trabalhadores no lote 6, em Mauriti, vai subir de 410 para 1.000. Estes novos postos serão criados assim que o período de chuva na região acabar. Estes operários vão reforçar três frentes de serviços: execução de terraplanagem, bueiros e concretagem do canal. 

Atualmente, 3.500 pessoas trabalham no Projeto de Integração do Rio São Francisco. Este número deve chegar a 6.500 até o fim do ano. A obra vai beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 cidades de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Andamento da obra - O lote 6 tem 39 km de extensão, sendo que 14,6 km de canais já foram concretados. A obra fica no Eixo Norte e é executada pelo Consórcio Construtor Delta/Getel. São 145 equipamentos em operação, entre caminhões, escavadeiras e tratores.
Recuperação 
de trechos

Neste ano de 2012, em função das fortes chuvas, o lote 6 em Mauriti, teve 240 metros de canal danificados. A empresa responsável pelo consórcio iniciará a recuperação desses pontos após o período de chuvas na região. 
Hoje, o Projeto São Francisco está recuperando apenas 9 km, dos mais de 150 km concretados. Estas falhas serão corrigidas, sem custo adicional para os cofres públicos, conforme previsto em contrato. As empresas são responsáveis por entregar a obra em perfeito estado. 

Parte do final do lote 6 apresenta vegetação na área interna do canal. De acordo com o cronograma de execução, após a conclusão dos trechos iniciais, o consórcio realizará a limpeza da vegetação e o tratamento das erosões antes de começar a concretagem do canal deste segmento.
Investimento
O Projeto de Integração do Rio São Francisco é, hoje, a maior obra de infraestrutura hídrica para usos múltiplos executada diretamente pelo Governo Federal. O novo investimento de R$ 8,2 bilhões resulta do acréscimo de novas condicionantes ambientais exigidas pelo Ibama - serão mais de R$ 900 milhões de recursos para esta área -, da revisão de obras civis em decorrência dos projetos executivos, dos gastos com eletromecânica e da supervisão e gerenciamento da obra em função do prolongamento do prazo. 
 

Primeira página do jornal O Estado

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Coluna do blog


Agito no mercado de jipes no Brasil
Os jipes fora de estrada, aqueles que a turma compra pra andar em estrada de terra, começam a ganhar novos espaços no asfalto e já movimentam a indústria. Prova disso é a grana destinada à construção de duas fábricas no Brasil para a produçao dos chamados off-road, ou 4x4, que devem superar a cada de R$300 milhões em 2012. A montadora brasileira TAC Motors vai investir R$200 milhões em uma  planta no Ceará. Pra ser mais preciso, em Sobral. Já a japonesa Suzulki inaugura em meados de setembro a únic alinha de montagem de sua fábrica na America do Sul. Com um aporte que ultrapassa R$100 milhões, em Goiás, a unidade já deve começar a operar com 65% de indice de nacionalização. A vaidade do sobralense agora vai às alturas. Num 4x4.

A frase: A internet não te deixa idiota. Só deixa a tua idiotice mais acessível aos outros.” De um observador da cena.


Vai bem, obrigado (Nota da foto)
Depois de 30 dias de delicada cirurgia de desobstruição dos canais do ciático, Anibal Gomes está prontinho. Mais 15 dias em casa e volta total ao batente. Tem ido a Ministérios, mas tudo ainda muito menos agitado como é o deputado federal.

Causando especie
Será uma surpresa e tanto para esta coluna se Demóstenes Torres aguentar mais uma semana no Senado. Sua renúncia é dita como certa. Acaba a CPI e livra a cara dele de mais processos como os que virão se ele continuar senador.

Calorento
O Pinto Martins, nossa principal rodoviária, quer dizer, aeroporto, continua com suas mazelas. A ultima, no fim de semana era o sistema de refrigeração fora do ar.

Comentante Ariston Pessoa
Vai-se chamar Comandante Ariston Pessoa, o aeroporto internacional de Jeriquaquara. É fruto de um projeto de indicação de Zezinho Albuquerque, que Duquinha pediu pra assinar tambem.

Passeio da capoeira
Final de semana do pessoal da capoeira é agora no belíssimo, talvez o mais bonito espaço público de Fortaleza, o Passeio Público.

Imperial
Pessoal do PSB, uns 20, se muito, vindo do Ceará pro encontro de Brasilia, assitiu a um festival de vaidade de Eduardo, governador de Pernambuco e presidente nacional do partido.

Citações
Como estrelas nacionais citou os prefeitos de BH e Curitiba, ambos do PSB. Esqueceu que no Ceará existem Cid e Ciro Gomes. Fica mais fácil pra ele.

Péssima repercussão
Os corredores de Brasilia fazem a gente corar quando encontra colegas de imprensa do Brasil inteiro. O caso de Senador Pompeu é fruto de gozação e deboche.

Enquete
Esta coluna gostaria de receber e.mails (macariob@uol.com.br) sobre que é contra a construção do Aquaria da Praia de Iracema e por que.

Enquete II
Esta coluna gostaria de receber emails (macariob@uol.com.br) sobre quem é contra e contra o Metrô de Sobral, e por que.

Soa esquisito
Não é das melhores da relação entre deputados federais do Ceará em Brasilia. A coordenação da bancada, depois de alguns desacertos é pumo de discórdia; ninguem quer.

Enquanto isso...
Sem a bancada coordenada o Ceará fica pra tras em projetos como o do Arco Metropolitano e até trechos nossos da Transnordestina e a transposição do velho Chico.

95 anos atras...
...nascia o sensacional e saudoso Otacílio Correia, fundador da Mudanças Confiança. Amigos e familiares sempre se reunem pra lembrar Otacílio e seus causos.

Eleitora pidona
Uma eleitora descobriu o telefone do gabinete do Otacílio. Ligou e pediu. Era deputado estadual. Mandou procura-lo no dia seguinte. –E como vou saber quem é o Senhor, disse a mulher ao telefone. – O deputado mais feio, sou eu. Dia seguinte a mulher entra e encontra Aquiles Peres Mota, deputado com Otacílio. Dirigiu-se a Aquiles chamando- de Dep.Otacilio.-Sou eu,não, reagiu Aquiles. E a mulher:-Espere, tem um mais feio que o Senhor?

Bom dia

Os sábios são os que aprendem todo dia.

Olhar 33

Com todo o respeito, mas hoje é Primeiro de Abril.

Versos de Millor Fernandes

Ele achava que o mundo não estava dando certo e criticou Deus:

"Esta pressa incontida demonstra o inconsequente: Por que criar o mundo em sete dias se tinha a eternidade pela frente?"

Opinião - Do blog conversapiaba


AS "MENINAS" DE BRASÍLIA




Wilson Ibiapina

Elas estão em toda parte do Distrito Federal. Chegaram quando Brasília começou a ser construída. Nos anos 50 só existiam barracões nos acampamentos repletos de candangos. As famílias, nas cidades de origem, viravam saudade. O trabalho frenético para erguer a cidade em três anos e meio podia ter transformado a vida deles num inferno não fossem as “meninas”, uma fonte de diversão, que aliviava atensão.

E não foi preciso chamar Pantaleão Pantoja, personagem de Mario Vargas Llosa que, numa missão sigilosa, criou um serviço de prostitutas para atender as Forças Armadas do Peru que trabalhavam na selva amazônica.

Chegaram aqui atraídas pelo mercado de homens, que até hoje não para de crescer. Elas se estabeleceram no início da Cidade Livre, lá do lado de quem vem de Anápolis e Goiânia. Formaram a primeira favela que logo foi batizada de invasão Placa da Mercedes, uma homenagem a marca dos primeiros caminhões que chegavam carregados de materiais para a construção e de mulheres que pegavam carona em busca do Eldorado. É dessa época o diálogo entre um candango e uma dessas moças: “Você é de Pissirico, minha filha? Não, sou de Anapis.”

Quando surgiram os primeiros apartamentos e o Núcleo Bandeirante fervilhava de gente, as “meninas” já estavam instaladas no quilometro-7, na divisa do DF com Goiás. A chegada do DTUI – Departamento de Telefones Urbanos e Interurbanos (depois vieram a Cotelb e a Telebrasília), facilitou o contato com as prostitutas. Bastava discar para Madame Zu que ela promovia o encontro.

Com a transferência do Congresso Nacional, fato que esvaziou a noite carioca, a alegria contaminou a Capital. As moças pobres e ignorantes que no começo socorriam os candangos, perderam espaço para as concorrentes de luxo e beleza. Os políticos se divertiam no golden room do hotel Brasília Palace. Quando o hotel pegou fogo, já estava na moda o “Man's bar” do Hotel Nacional. Era lá que hóspedes, políticos, empresários, jornalistas e boêmios tomavam seus drinques ao cair da noite e encontravam graciosas meninas dispostas a fazer qualquer um feliz.

Como Brasília não tem cabaré, foi inevitável que casas fossem alugadas como pontos de encontro. Orlando Brito, o repórter fotográfico que viu Brasília nascer, lembra que a mais famosa era a Casa Amarela, que ficava no Lago Norte. A prostituição se banalizou de tal forma que qualquer promotora de festa pode ser confundida com cafetina. A cearense Jeanne Mary Corner, por exemplo,teve que explicar na Polícia Federal que não é cafetina. Ela foi citada como suspeita de agenciar garotas de programa para políticos envolvidos no escândalo do mensalão.

A revista “Meiaum”, editada em Brasília por Hélio Doyle, mandou a repórter Rafania Almeida ao Congresso. Durante três semanas ela conversou e observou. Na revista número 5, edição de agosto, ela conta que uma dessas garotas, usando crachá falso, chegou ao plenário da Câmara, onde “literalmente, fez o corpo a corpo com os deputados”. O contato é no Congresso, mas as aventuras são vividas na noite brasiliense. Os lugares favoritos são a casa de show Pathernon, no Setor de Indústrias Gráficas, e a boate do Hotel Bonaparte, na Asa Sul.

Uma delas contou à repórter da “Meiaum” que foi com um deputado nordestino que teve uma de suas noites mais inusitadas. Ela diz que o deputado puxou do bolso uma calcinha vermelha rendada. Achou que era presente. Ficou boquiaberta quando viu o deputado se despir e vestir a lingerie. A moça revelou que o parlamentar nordestino “desfilava pelo quarto como uma lady, andando na ponta dos pés”. Foi aí que descobriu que o papel dela naquela noite não seria o de mulher fatal e sedutora.

Uma outra foi bastante explicita ao revelar: “Se os políticos fizerem greve, nós quebramos as pernas”.

Tem cearense se abrindo!!!


Após mais um ‘esfregão’ do chefão da Fifa Joseph Blater, no Brasil – menos conversa e mais ação –, chegou a vez de Eduardo Campos também levar um puxão de orelhas sobre o mesmo assunto: Copa de 2014. Quarta-feira desembarca no Recife, com um ultimato da Fifa para o governador, o novo presidente da CBF, José Maria Marin:  as obras da Arena da Copa, em São Lourenço da Mata têm de ser aceleradas. Ou, o estádio, e, pior,  Pernambuco estarão fora da Copa das Confederações. Que não é  pouca coisa não: também é vitrine para o mundo, com grandes seleções e grandes torcidas se pegando em campo. Logo o Brasil, que teve o prêmio de consolação de ter sido o campeão da última, na África do Sul, antecedendo  a Copa do Mundo, ganha pela Espanha.

Mega-Sena acumulou


Nenhum bilhete acertou as seis dezenas do concurso 1.376 da Mega-Sena, sorteadas na noite deste sábado (31), em Charqueadas (RS), e o prêmio acumulou. O próximo concurso, que será realizado na quarta-feira (4), poderá pagar R$ 5,5 milhões.
Os números foram: 09 – 11 – 21 – 49 – 53 – 54.
Ao todo, 57 apostas acertaram a quina e devem levar R$ 25.317,58 cada uma. Outras 4.091 apostas levaram a quadra e ganharão R$ 503,92 cada uma.

Ironia: Destio de Demóstenes está nas mãos de quem ele xingou



O destino de Demóstenes Torres revelou-se caprichoso. Quando ainda posava de nadador, notabilizou-se pela crítica destemida. Agora que se sabe que nasceu para afogado, o ex-Demóstenes encontra-se submetido às decisões de dois alvos de sua insolência: Roberto Gurgel, chamado por ele de “covarde”, e Ricardo Lewandowski, comparado a uma balilarina do grupo É o Tchan.
Em junho do ano passado, Demóstenes assinou com outros senadores de oposição representação contra Antonio Palocci, o ex-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff. Endereçada ao procurador-geral da República Roberto Gurgel, a peça pedia a abertura de inquérito para apurar o enriquecimento de Palocci como consultor.
Gurgel mandou a petição ao arquivo. Entrevistei Demóstenes. Abespinhado, o senador disse que o chefe do Ministério Público Federal “se acovardou”. Acusou-o de usar “os mesmos argumentos do Palocci para, praticamente, absolver o ministro.” Pegou pesado: “É como se o Palocci tivesse escrito a decisão para ele.”
Nessa época, o mandato de Gurgel na Procuradoria estava na bica de expirar. Ele dependia de uma decisão de Dilma para ser reconduzido ao cargo. Demóstenes bateu abaixo da linha da cintura. Língua crispada, disse que o procurador-geral livrara Palocci da grelha de olho na recondução.
“Isso ficou, na minha opinião, evidente. É uma pena. Muitas vezes, é mais honroso perder um cargo pela coragem do que ser reconduzido por uma aparente conivência. O procurador-geral, na minha opinião, se acovardou”. Àquela altura, a voz do senador já soava nos grampos que fariam dele um ex-Demóstenes.
Sem suspeitar que a gaveta de Gurgel guardava desde 2009 um inquérito da Polícia Federal apinhado de diálogos vadios travados com o amigo Carlinhos Cachoeira, Demóstenes rememorou na entrevista passagens dignificantes de sua biografia.
“Em 1988, eu era um jovem promotor. Pegava ônibus em Arraias [ex-município de Goiás, hoje incorporado ao Tocantins] e vinha a Brasília para defender a autonomia do Ministério Público. Vinha brigar na Constituinte para que o Ministério Público conquistasse sua autonomia.”
Prosseguiu: “Conquistamos o que tanto queríamos. E agora o Ministério Público continua se comportando como se fosse um órgão do governo! Fico me questionando se valeu a pena toda a luta que tivemos. A decisão do procurador-geral foi muito arriscada para a estabilidade política e para a própria democracia.”
Demóstenes esmiuçou o raciocínio: “Ao agir como instituição de governo, o Ministério Público compromete a sobriedade que se espera dele. Submete-se a juízos políticos. Os indícios existem e a investigação [contra Palocci] não foi aberta.”
Acrescentou, em timbre premonitório: “Amanhã, o que o procurador-geral não viu hoje no caso do Palocci, ele pode enxergar numa representação contra um senador ou um deputado de oposição acusado de enriquecimento ilícito. Essas coisas não podem ser subjetivas.”
O destino, essa fração de segundo em que o sinal muda de verde para amarelo e o sujeito decide se para ou avança, já havia piscado para Demóstenes. Enquanto o senador vergastava o procurador-geral, a Polícia Federal o escutava em novos grampos, dessa vez na Operação Monte Carlo.
Os diálogos com Cachoeira não deixavam dúvida. Demóstenes convertera-se em ex-Demóstenes. O crítico de Gurgel decidira avançar o sinal vermelho. Submetido ao novo inquérito, o procurador-geral juntou-o ao primeiro, misturou as conversas de 2009 às de 2011 e representou contra o senador no STF.
Por mal dos pecados, a petição de Gurgel desceu à mesa do ministro Ricardo Lewandowski. Logo ele, outro alvo da língua viperina de Demóstenes. O desafeto do senador apalpou a peça na tarde da última quarta-feira (28). Menos de 24 horas depois, já havia determinado a abertura de investigação, ordenando ao Banco Central que quebrasse o sigilo bancário do ex-Demóstenes.
Seis meses antes, em setembro de 2011, Demóstenes indignara-se com o comportamento de Lewandowski na presidência da sessão de julgamento do pedido de registro do PSD de Gilberto Kassab, no TSE. Desertor do DEM, Kassab prevalecia sobre a tentativa de sua ex-legenda de bloquear a criação do novo partido.
Encerrada a sessão, entrevistei Demóstenes. Ele soou, de novo, implacável. Evocando o passado de advogado sindical de Lewandowski, o senador levantou dúvidas quanto à isenção do magistrado: “Foi a primeira vez que eu vi um ministro de tribunal voltar aos tempos de advogado para defender abertamente a criação de um partido.”
Demóstenes foi à jugular: “O Lewandowski fez lembrar seus tempos de advogado de sindicato. Ele pode cobrar honorários do Kassab.” Depois, o senador fez troça. Criou uma analogia para facilitar o entendimento do modo como vira a sessão do TSE. Enxergara no plenário uma apresentação do antigo grupo musical ‘É o Tchan’, aquele conjunto de axé em que a bailarina loira rivalizava com a dançarina morena.
Viu em Lewandowski uma das bailarinas. Enxergou no ministro Marco Aurélio Mello a outra dançarina. “Todo mundo que assitiu pela TV Justiça teve a oportunidade de ver o Lewandowski dançando na boquinha da garrafa e o Marco Aurélio se esforçando para segurar o Tchan.”
Referia-se ao debate que opôs Lewandowski a Marco Aurélio. O primeiro tentando apressar o registro do PSD. O outro defendendo o respeito ao rito processual do TSE. Agora, na pele de relator do processo contra o ex-Demóstenes, Lewandowski dança ao ritmo do toque de caixa.
Além de mostrar a Demóstenes que quem nasceu para afogar-se na amizade com Cachoeira não merece chega a nadador, o destino acomodou o senador no mesmo barco de Gurgel e Lewandowski. Mas só o ex-Demóstenes está na água.

Ator-deputado cai na "Cachoeira" goiana



O deputado federal Stepan Nercessian (RJ) pediu “licença” do seu partido, o PPS, neste sábado (31). Além de afastar-se temporariamente do partido, vai se desligar da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.
As providências foram adotadas depois da revelação de que o deputado foi pilhado nos grampos da Operação Monte Carlos numa transação monetária com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Stepan recebeu do opeador de jogos ilegais, no ano passado, R$ 175 mil. Recebeu do operador de jogos ilegais R$ 175 mil. Incomodada, a direção do PPS cobrou explicações do filiado ilustre.
O deputado, então, enviou uma carta ao presidente do PPS, Roberto Freire. “Tendo o meu nome aparecido nas gravações que investigam a relação do sr. Carlos Ramos, Carlinhos Cachoeira, com parlamentares do Senado e da Câmara, solicito licença temporária do PPS.”
Licenciou-se também “de todos os cargos e funções” que ocupa na legenda, “até que todos os fatos sejam apurados e esclarecidos.” De resto, anotou: “Solicito também que o PPS, me substitua na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado […], tendo em vista que essa comissão participará das investigações que envolvem o caso Carlinhos Cachoeira.”
Goiano como Cachoeira, Stepan alega que mantém com o contraventor uma amizade que “dura mais de 15 anos”. Sustenta que o dinheiro que recebeu foi um “empréstimo”.
Nessa versão, o deputado decidira comprar um apartamento. Solicitara empréstimo num banco. Antes que o dinheiro saísse, recorreu ao “amigo”. Afirma que não chegou a usar o dinheiro de Cachoeira. Concretizada a transação bancária, devolveu a cifra.
Restituiu, porém, apenas parte da verba: R$ 160 mil, em vez dos R$ 175 mil. Afirma que os R$ 15 mil restantes foram usados para comprar ingressos do Carnaval carioca encomendados por Cachoeira. Colocou-se à disposição da Comissão de Ética do PPS.

O álibe perfeito


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Manchetes deste domingo


Globo: MP investiga 363 mortes suspeitas num só hospital
Folha: PF diz que Cachoeira usou servidor para contrabando
Estadão: BC fecha cerco a marqueteiros para flagrar caixa 2 em eleição
Correio Braziliense: Empregos do futuro chegam a Brasília
Jornal do Commercio: Precisa-se de técnicos
Zero Hora: Polícia investiga ação de PMs em milícia gaúcha
Veja: O mistério renovado do Santo Sudário
Época: O senador e o bicheiro
IstoÉ: A nova fórmula do profissional de sucesso
- IstoÉ Dinheiro: Donald Trump vem aí
CartaCapital: Exclusivo: O crime domina Goiás
Exame: Exclusivo: O destino de Abílio Diniz

O que falei antes...Câmara repudia postura do STJ


Para deputado, decisão do STJ deixou texto da Lei Seca 'vago e fragilizado'

FotoDEPUTADO EDINHO ARAÚJO
O deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), relator do projeto que endurece a Lei Seca na Comissão de Viação e Transportes, quer ampliar provas contra embriaguês, caso o motorista se recuse a fazer o teste do bafômetro. Em entrevista à Coluna, o parlamentar diz que a Câmara tem de buscar mais opções de provas legais para incriminar o condutor embriagado, de forma que a lei fique mais clara como, por exemplo, prova testemunhal, filmagem e exame clínico. Ele acredita que com a decisão do Supremo, o “texto legal ficou vago e fragilizado”. Confira a entrevista: 

A proposta de ampliar provas contra a embriaguês no trânsito seria referente à decisão do STJ? Sim. Essa semana teve a decisão do STJ que estabelece apenas aqueles dois recursos que comprovam embriaguês - o exame de sangue e o teste do bafômetro e, mesmo assim, o motorista pode ser recusar, ficando isento por falta de prova. Vocês [imprensa] estão achando que a Lei Seca morreu, mas não é isso.

Com a sua proposta, o que será feito caso os motoristas se recusem a fazer o teste do bafômetro ou o exame de sangue? Nós estamos nos preparando para que se possa aprovar um texto legal que ofereça e dê condições ao legislador. Com isso, sugerimos a prova testemunhal, filmagem e o exame clínico.

O que o senhor achou da decisão do Supremo? Eu acho que é um texto legal, mas que ficou vago e fragilizado após a decisão. Agora, nós temos que acrescentar estes novos dispositivos que contemplem medidas contra a embriaguês.

A pedido do Papa, Cuba decreta feriado na Sexta-Feira Santa



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PAPA AO LADO DO PRESIDENTE RAÚL CASTRO

O presidente cubano, Raúl Castro declarou "em caráter excepcional" feriado na próxima Sexta-Feira Santa, dia 6 de abril, atendendo a um pedido do Papa Bento XVI durante sua recente visita à ilha, conforme informado neste sábado (31) pelo jornal oficial "Granma". O comunicado não especificou se a medida será aplicada de forma permanente nos próximos anos. "O Conselho de Ministros da República de Cuba concordou ontem em encerrar as atividades de trabalho na próxima sexta-feira, 6 de abril", afirma uma nota publicada no jornal. O pontífice, que encerrou na última quarta, entregou a Castro uma lista de pedidos da Igreja Católica, incluindo uma maior acesso aos meios de comunicação, escolas e universidades.
Penso eu - O problema é que levam Cuba mais a sério do que deveriam. Conheci a Ilha de ponta a ponta. Vi toda a sua vida. Como vivem, o que comem, o que dormem, o que professam, no que confiam, sua história, vitórias e frustrações. Em duas ocasiões estava em Cuba, uma em Camaguay, outra em Havana, e em ambas vivia-se a Semana Santa. Em Camaguay o comércio fechou, não houve aula e a igreja da sé de lá estava lotada. Fui à missa e até comunguei. Ao meu lado velhos comunistas que conheci e que me fizeram companhia, não só choraram como comungaram na celebração da santa missa. EM Havana, noutra ocasião viví situação semelhante. Não precisa Raul atender a pedido do Papa, não. O povo de CUba em sua enorme maioria é católico, acredita em Deus. São todos comunistas, graças a Deus.

Luiziane faz o contrário de todos; assopra...e morde



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PREFEITA DE FORTALEZA, LUIZIANNE LINS
A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), disse que da parte dela, a aliança entre PT e PSB será fechada para sua sucessão na capital cearense. A cidade é vista pelos partidos como um dos pontos cruciais para que o PSB apoie a candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. "Se há de ter alianças, não tem por que não acontecer", afirmou a prefeita, após participar de um evento na capital paulista. Embora tenha dito que está lutando pessoalmente para que os partidos estejam juntos nas eleições municipais, Luizianne admitiu que parte do PSB, partido do governador do Ceará, Cid Gomes, quer uma candidatura própria. "A gente vai buscar até o último momento a aliança, mas o PT terá candidato próprio em qualquer circunstância", concluiu.

Projeto para endurecer Lei Seca será votado na Câmara em abril


FotoSENADOR RICARDO FERRAÇO
O projeto de lei do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) propõe que não só o teste do bafômetro e o exame de sangue sirva como únicas provas admitidas em um possível processo contra a embriaguês. A matéria, que já foi aprovada no Senado, agora vai a votação na Câmara no próximo mês, segundo informado pelo presidente da Casa, deputado Marco Maia (PMDB-RS). O documento estabelece que imagens de vídeos ou depoimento de testemunhas também poderão servir como provas contra motoristas bêbados. Com isso, o bafômetro e o exame de sangue deixam de ser as únicas provas admitidas. O projeto também prevê o aumento rigoroso das penas para condutores embriagados que se envolvem em acidentes que provoquem morte ou lesão corporal de terceiros. As penas podem variar de seis meses de prisão para quem apenas for flagrado dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas a 16 anos nos casos em que o ato de dirigir bêbado resulte em acidente com morte.


PEnso eu - Isso aí vai gerar outro mal estar entre o COngresso Nacional e o supra sumo da Justiça brasileira. Uma resolução lá deles, da Justiça, diz que ninguém é obrigado a fazer exame de sangue nem soprar a bombinha do bafometro. Então? Aí neguim paga a multa e acabou. Olhando o quase vizinho EUA, lembro de estar numa estrada deles lá e vi, policiais pararem um carro que rodada aparentemente fora de controle. Mandaram o motorista descer. Simplesmente mandaram o cara fazer um quatro. Como o moço não conseguiu direito foi direto da delegacia mais próxima. Chave nele e um julgamento sumário. Meio hora depois estava julgado e condenado.