Brasil tem primeiro presidiário deputado do mundo

O publicitário Mário Galvão em seu Twitter resumiu bem a situação diante da absolvição do deputado Natan Donadon, de Rondônia, que foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado por peculato e formação de quadrilha: "O país tem oficialmente o primeiro presidiário deputado do mundo". Donadon já havia entrado para a história como sendo o primeiro deputado a ser preso por corrupção, no cumprimento do mandato, desde a Constituição de 88.
Em discursos na Câmara, transmitidos pela TV Câmara ontem à noite, deputados que votaram a favor da cassação reprovaram a decisão, obtida por meio do voto secreto de 131 parlamentares. O presidente da Câmara, Henrique Alves, defendeu que assumisse o suplente de Donadon, já que o deputado está impossibilitado de comparecer à Câmara dos Deputados. Um golpe de mestre, mas a sujeira já havia ido para baixo do tapete.
O dilema que ficou evidente com a atitude do Legislativo brasileiro é muito simples: é melhor ser um deputado com o rabo preso ou um preso com rabo de deputado? O que o nobre leitor acha?
Tá no Ancelmo

Este eu vou

Arte em Tiradentes 

Eliane Coelho, uma das maiores sopranos brasileiras, vai abrir a segunda edição do Festival Artes Vertentes em Tiradentes, MG, no dia 12 de setembro. O festival terá também a presença do poeta Tio José Ferreira Gullar. Serão dez dias de cultura no meio da Minas histórica.

É Sabóia ou nada.

Saboia na cabeça

Faz sucesso no Facebook a página “Pró-Eduardo Saboia”, o diplomata que resgatou o senador boliviano.
Até ontem tinha 2.418 curtidas.
Agora são 2.419,pegando junto.

Bilhete do Marcos Rezende,

O jornalista Marcos Rezende,querido companheiro dos tempos de TV Globo, manda bilhete com  notícia ruim.
Bom dia Pompeu.Só para lhe informar que o velho e bom Pires de Sabóia tomou o rumo lá de cima. Morreu agora de manhã em Teresina.
Pires de Sabóia é querido e agorq saudoso jornalista, cearense nascido em  Independência que quando saiu do Ceará e deixou a TV Verdes Mares, logo no comecinho, foi pra  Teresina onde viveu até agora.
Deus guarde nosso Pires e não nos desampare, jamais.

Semana do Peixe valoriza peixes produzidos no Brasil

Entre os dias 01 e 15 de setembro, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) promove em todo o Brasil a X Semana do Peixe. O evento, que estimula o consumo de pescado no País, tem a participação de supermercados, bares e restaurantes, escolas, centros de saúde, empresas e instituições. A campanha promove uma série de iniciativas em torno do pescado, como cursos, palestras, seminários, festivais gastronômicos, degustações, campeonatos, promoções em supermercados, distribuição em caminhões-feira e povoamento de alevinos (filhotes de peixe) em açudes e represas.
Segundo o ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura, o Brasil precisa aumentar o consumo e a produção interna de pescado. A X Semana do Peixe, para ele, é uma ótima oportunidade para o País aproveitar tanto uma saborosa receita quanto para mobilizar a população em torno do assunto. “Será importante os brasileiros refletirem sobre o tema e discutirem as ações em andamento para alavancar a produção de pescado em propriedades rurais, nos reservatórios de hidrelétricas e no litoral”, diz.
O ministro recomenda, em especial, durante a Semana do Peixe, o consumo de produtos provenientes da pesca nacional ou de criatórios de espécies de peixe como tilápia, tambaqui, pintado, cachara, tambacu e pacu, e de mariscos como ostras, mexilhões e vieiras.
A campanha funciona como uma âncora, no segundo semestre, para o aumento do consumo de pescado. No primeiro semestre, a Semana Santa cumpre este papel. Os brasileiros ainda consomem menos pescado do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A média atual é de 9 quilos por habitante/ano, quando o ideal seria pelo menos 12 quilos.
A previsão do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), entretanto, é de que o consumo nacional de pescado alcançará a média dos 12 quilos até o final de 2015.

A campanha
No ano passado, a Semana do Peixe aumentou o consumo nacional de peixe em 20% e conseguiu reduzir os preços em 24%, conforme levantamento do MPA.  A atual campanha vai contar com a adesão de 93 restaurantes populares e 136 cozinhas comunitárias do País, que divulgarão cartazes e cartilhas e oferecerão pratos à base de pescado.
O lançamento oficial da X Semana do Peixe será em Brasília, na próxima segunda-feira, dia 02 de setembro, no Mercado do Peixe, da Ceasa, às 10 horas, com a presença do ministro Marcelo Crivella. Na  dia 30 de agosto, sexta-feira, o ministro estará em Itaperuna (RJ); no sábado divulgará a X Semana do Peixe no Mercado de Peixes de Cabo Frino, no bairro Jacaré, a partir das 11 horas: no domingo (1º de setembro) vai lançar a campanha em nível estadual no Posto 6 da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, a partir das 9 horas. Outros eventos, com a participação do ministro, estão previstos para estados como Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.

Mercado bilionário
Grande produtor de carnes, o Brasil se prepara para ter uma participação mais significativa no mercado de pescado, para atender a sua demanda interna e também para exportar.
No mundo, o peixe é a proteína animal de maior consumo. Em 2011, por exemplo, foram produzidas 130,8 milhões de toneladas de pescado para consumo humano, enquanto a produção de bovinos alcançou neste mesmo ano 56,85 milhões de toneladas e a de frangos 89,36 milhões de toneladas. Em 20 anos (1991-2011), a produção mundial de bovinos aumentou 13%. Entretanto, o pescado está na frente na corrida. Em apenas seis anos (2006-2011), o consumo humano de pescado cresceu 14,43%. Em 2010, este extraordinário mercado já movimentava US$ 217,5 bilhões, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
No Brasil, a sinalização de que a demanda cresce pode ser constatada na balança comercial. O País já recorre a importações de pescado para atender à procura. Em 2012, o País importou US$ 1,3 bilhão em pescados como bacalhau, salmão, pangasius e merluza.

Brasil em campo
O atendimento da demanda atual e futura de pescado no Brasil e no mercado internacional dependerá do crescimento da atividade aquícola (cultivo de pescado), já que a pesca extrativa se encontra estagnada no mundo, desde pelo menos 2006, no patamar das 90 milhões de toneladas anuais.
Apesar de alguns nichos promissores para a pesca industrial no Brasil, a exaustão dos recursos pesqueiros mundiais aponta que o futuro será mesmo da aquicultura. “Este é um dos setores econômicos que mais cresce no mundo e o Brasil tem imensas possibilidades de assumir um papel de destaque na produção, como já adquiriu em outros tipos de carne, de forma a atender melhor o mercado interno e colocar excedentes no mercado externo”, diz o ministro Marcelo Crivella. Ele lembra que o País é o que dispõe de mais água doce no planeta, bem como um extenso litoral. Além disso, existem 200 grandes reservatórios onde será possível a criação de pescado em gaiolas (tanques rede). Ainda este ano, o ministério lançou editais para o aproveitamento de lotes aquícolas em reservatórios ou áreas litorâneas nos estados de Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Em outra frente, o MPA quer que milhares de pequenas propriedades rurais passem a produzir pescado, o que pode ser feito sem comprometer a tradicional agricultura. Para tanto, o ministério lançou um programa de fomento à aquicultura familiar, que irá ceder equipamentos (escavadeira hidráulica e trator de esteiras) para Prefeituras e consórcios intermunicipais construírem viveiros escavados nas propriedades. Estes viveiros são áreas abertas no solo para o acumulo de água e a criação de peixes.
Aproximadamente 27% das prefeituras brasileiras estão habilitadas a participar do programa. As atividades possibilitarão a formação de cadeias produtivas, com empresas de fornecimento de alevinos (filhotes de peixe) e de ração, fornecedores de equipamentos e produtos, distribuidores e fábrica de beneficiamento.
“Estamos construindo a base da aquicultura nacional, com o apoio de todos os entes da federação, que compreendem o potencial do setor e já criam legislações ambientais mais favoráveis à atividade”, diz o ministro Crivella, confiante de que as ações darão resultado e os peixes irão se multiplicar.

MP acha que contratos temporários no Crato têm que ser nulos. A Prefeitura não vai atender o que o Promotor acha que pode

Ministério Público do Estado do Ceará - ASCOM 
Ação do MP requer concurso público em Crato

O Ministério Público do Estado do Ceará, através do promotor de Justiça do Crato, Lucas Felipe Azevedo de Brito, propôs, dia 27/08, uma ação civil pública com pedido de antecipação dos efeitos da tutela contra o município do Crato. Na ação, o promotor requer que sejam declarados nulos todos os contratos temporários levados a efeito desde 01/01/2013 em todas as secretarias municipais de Crato, celebrados sem o preenchimento dos requisitos legais e constitucionais autorizativos.

Em caso de deferimento da ação, a Justiça determinará ao chefe do Executivo municipal que envie dentro do prazo de 30 dias um projeto de lei ao Legislativo contemplando a criação de vagas para os mesmos cargos e em igual número aos que são ocupados atualmente pelos servidores contratados temporariamente. O prefeito deverá, ainda, rescindir todos o contratos temporários até dezembro de 2013.

Na petição, o representante do Ministério Público também solicita que a Justiça ordene ao chefe do Executivo que nomeie e dê posse aos novos servidores da educação (substitutos dos temporários) até, no máximo, janeiro de 2014 ou e qualquer data anterior ao início do calendário escolar do município e quanto aos demais servidores que não sejam da educação, dentro de 30 dias após a publicação da lei.

Em outubro de 2011, a Prefeitura Municipal de Crato, depois de vários anos, lançou por meio do Edital nº 01/2011, de 20 de outubro de 2011 e seus aditivos, concurso público para preenchimento de 360 cargos na administração direta, todos criados por meio das Leis Municipais nº 2.667/2011 de 10/02/2011 e nº 2.701/2011, de 27/06/2011. O objetivo era diminuir drasticamente a quantidade de funcionários admitidos sob as condições de “servidor temporário”.

O certame se desenvolveu sem aparentes irregularidades, chegando a ser homologado em abril de 2012 e convocados vários candidatos conforme edital de convocação nº 01/2012, de 12/04/2012. Ao mesmo tempo em que o concurso se desenvolvia, a Promotoria de Justiça fiscalizava a administração municipal no sentido de que esta nomeasse os candidatos aprovados no concurso e dispensasse os contratados temporariamente, de tal sorte que foram feitas requisições de informações sobre as nomeações de aprovados e as contratações temporárias; oferta de vagas para candidatos portadores de deficiência e suas respectivas nomeações.

As requisições de informações foram devidamente respondidas, sendo que a administração do Crato enviou informações contendo lista dos candidatos aprovados dentro do número de vagas e os classificáveis, lista contendo candidatos convocados e uma lista com 888 pessoas admitidas na municipalidade sob a condição de temporário. Ainda que se chamasse à época todos os candidatos aprovados, ainda restaria no município de Crato, 528 pessoas contratadas temporariamente, quantitativo este que por si só já justificaria a nomeação do candidatos classificáveis.

Tendo em vista a enorme quantidade de temporários na administração municipal e também várias “denúncias” levadas à Promotoria de Justiça acerca da preterição dos aprovados por aqueles. O quadro de inconstitucionalidade (art. 37, CF/88) burla as vias ordinárias da entrada no serviço público em qualquer das esferas de poder deste país.

Complicado - MPF recorre de decisão que liberou construção de viadutos no Parque do Cocó

Para a Procuradoria Regional da República da 5.ª Região, pedido de suspensão de liminar feito pela Prefeitura de Fortaleza (CE) e deferido pela Presidência do TRF5 deve ser modificado em decorrência do dano irreversível a ser causado ao meio ambiente.
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão do presidente do Tribunal Regional Federal da 5.ª Região, que acatou o pedido da Prefeitura de Fortaleza e autorizou o prosseguimento da construção de dois viadutos na área do Parque do Cocó, na capital cearense. As obras estavam suspensas por decisão liminar da Justiça Federal no Ceará, a pedido do MPF naquele estado, que requer a elaboração de estudos prévios de impacto ambiental, com o intuito de preservar o ecossistema do parque.
 
O recurso foi ajuizado pela Procuradoria Regional da República da 5.ª Região (PRR5), no Recife, e pede que a decisão seja revista pelo próprio presidente ou submetida à apreciação do Pleno do Tribunal. O MPF ressalta que o instrumento jurídico da suspensão de liminar só pode ser usado nas hipóteses em que a execução da medida liminar represente grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. No caso dos viadutos, estão ausentes esses requisitos legais.
 
O argumento da Prefeitura para o pedido de suspensão da liminar foi o fato de que, supostamente, paralisar a construção dos viadutos causaria grave prejuízo à ordem e à economia públicas. Porém, segundo o Ministério Público Federal, o município não demonstrou que a suspensão das obras traria consequências maiores do que as resultantes da degradação ambiental. Para o MPF, uma obra que se encontra em estudo desde o ano de 2002 não pode tornar-se urgente da noite para o dia, sob a justificativa de eventual risco à ordem e à economia públicas", disse o órgão em seu recurso.
 
A construção dos viadutos na área do Parque do Cocó faz parte de um grande projeto de mobilidade urbana para a cidade de Fortaleza, denominado TRANSFOR, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O projeto foi licenciado com Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), e obteve licença prévia em abril de 2003. Entretanto, o MPF argumenta que o licenciamento ocorreu sem que se fossem analisadas, individualmente, as especificidades de cada obra.
 
Para o MPF, os benefícios que o TRANSFOR trará para a população de Fortaleza são inegáveis. Entretanto, a questão da mobilidade urbana deve ser discutida sem que sejam deixados de lado outros temas igualmente importantes, como a proteção ao meio ambiente, que é um direito fundamental protegido pela Constituição Federal. "Não se está defendendo o embargo eterno da obra, mas sua realização em observância à legislação ambiental, que exige o EIA/RIMA", afirmou o MPF.
 
Princípios - O Ministério Público Federal fundamentou seu recurso no Princípio da Prevenção, de grande importância para o Direito Ambiental, segundo o qual deve ser dada prioridade às medidas que evitem o nascimento de atentados ao meio ambiente. Também foi utilizado o Princípio da Precaução, que afirma não ser necessário, em matéria ambiental, esperar que ocorra o dano para só então tomar providências para repará-lo. "A atuação estatal deve ter caráter preventivo, impedindo a degradação ambiental antes mesmo que ela aconteça", diz o recurso.
 
Segundo o MPF, danos ambientais irreparáveis podem resultar da construção dos viadutos sem o devido estudo técnico de impacto ambiental, por isso o EIA/RIMA deve ser sempre anterior ao início das obras. É incontestável que um empreendimento desse porte produz impacto ambiental, mas deve-se fazer com que esses efeitos sejam minorados, buscando-se o equilíbrio entre o progresso decorrente da melhoria da malha viária de Fortaleza e os prejuízos que serão ocasionados ao meio ambiente.
 
N.º do processo no TRF-5: 0801655-41.2013.4.05.0000