Sem clima

O hall principal de entrada da Assmebleia do Estado, está, desde ontem à tarde, invadida por pessoas que se dizem professores e estudantes de universidades estaduais. Dizem que só saem quando falarem com Cid Gomes, que por sinal trabalha em outro prédio bem distante do prédio da Assembleia. A invasão ocorreu quando a deputada Eliane Novais, inimiga figadal do Governo, começou um discurso numa homenagem do Dia do Servidor Público. Tim Gomes, que presidia a sessão imediatamente encerrou o evento e conseguiu que o plenário 13 de maio fosse esvaziado. Os invasores passaram a noite na Casa, dizem que supervisionados por um assessor parlamentar. Aliás, a Polícia teria informações seguras de quem orientou a invasão.
Não há clima para realização da sessão de hoje da Casa Legislativa que tem inúmeros projetos importantes para serem votados.

UOL descobre nos Estados Unidos brasileira vítima de tráfico humano

Babá brasileira virou professora universitária e luta por direitos dos domésticos nos EUA

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DEPOIMENTO A
JOANA CUNHA
DE NOVA YORK
Há 20 anos, a brasileira Natalicia Tracy desembarcou nos EUA acompanhada de um casal de médicos, também brasileiros, que a contrataram para ser babá por um período de dois anos, enquanto eles realizariam pesquisas em um hospital de Boston.
Ela pretendia aproveitar a oportunidade para ir à escola, aprender inglês e, assim, procurar um novo emprego quando voltasse. Porém, foi impedida de estudar, de falar com a família e submetida a condições degradantes. Hoje, ela é ativista, diretora do Centro do Imigrante Brasileiro em Massachusetts e Connecticut e uma das lideranças na ampliação dos direitos dos trabalhadores domésticos no país. Leia o depoimento dela:
*
Eu entrei nos Estados Unidos há 20 anos com documentação em dia: tinha um visto pelo contrato de babá para cuidar da criança de um casal de médicos brasileiros, que veio morar aqui para desenvolver pesquisas em um hospital em Boston.
Quando ainda estávamos no Brasil, eles me prometeram que eu poderia estudar, conhecer a cultura americana e aprender inglês, que era o que eu mais queria, porque eu só tinha estudados até a oitava série.
Viajei cheia de expectativas, mas não foi isso o que aconteceu quando cheguei.
Além de cuidar da criança de três anos, fiquei responsável por todo o trabalho doméstico: cozinhar, lavar e passar. Isso acontecia de segunda a segunda, sem folga.
Não me deixaram ir para a escola. E logo tiveram uma segunda criança, o que aumentou o meu trabalho e acabou com o meu sonho de estudar inglês.
No começo, me deram um quarto, mas depois, como recebiam muita visita, me colocaram para dormir em um colchão no chão da varanda.
O local era protegido apenas por um vidro bem fininho, e quando chegou o inverno, eu tinha que cobrir o chão com jornais e usava o aquecedor portátil.
Fiquei doente e tive uma reação alérgica por causa de um produto para limpar o tapete. Não me levaram ao médico, mas permitiam que eu usasse o restante do produto de inalação da criança.

Helenita Morais - 24.out.2013/Folhapress
Natalicia superou passado de exploração e hoje é professora universitária
Natalicia superou passado de exploração e hoje é professora universitária
Comida, me davam só quando sobrava. Caso contrário, eu tinha de comprar.
Mas eu só podia escolher um sanduíche de US$ 1,00 no McDonald's porque o meu salário era de US$ 25 semanais.
Pegaram o meu passaporte dizendo que iam renovar o meu visto de trabalho, mas nunca renovaram. Eu fiquei ilegal nos Estados Unidos.
Quando eu pedia para estudar, a mãe dizia que eu era ingrata e que qualquer pessoa na minha situação beijaria o chão onde ela pisasse por ter me dado a oportunidade de estar em um país de primeiro mundo.
O pior de tudo foi terem me impedido de me comunicar com a minha família no Brasil. Diziam que o telefone era muito caro e não permitiam que eu colocasse meu nome na caixa de correio da casa deles. Naquela época, o carteiro não deixava as correspondências se o nome não estivesse na lista.
Dois anos se passaram e, quando chegou a hora de eles voltarem ao Brasil, eu pedi para ficar no país.
Quando eu andava na rua, sem saber falar inglês com ninguém, pensava até que seria melhor se um carro me atropelasse. Então, aprendi algumas palavras com um pequeno dicionário que eu trouxe na bagagem.
Achei no jornal de anúncios um emprego de babá para uma família americana. Eles me deram quarto, roupas novas, me pagaram o transporte para eu ir à escola e não aceitaram a minha oferta para trabalhar de graça. O meu salário era de US$ 100 por semana.
Fui para a faculdade, me casei com um americano, fiz mestrado e estou terminando o meu doutorado em sociologia na Boston University. Conheci a comunidade brasileira e me envolvi com o centro de imigração.
Hoje, sou professora na University of Massachusetts Boston e diretora-executiva do Centro do Imigrante Brasileiro em Massachusetts e Connecticut.
Em parceria com outras organizações, lutamos para ampliar os direitos dos trabalhadores domésticos nos Estados, uma questão sensível para a comunidade brasileira.
Muitos trabalham por hora na limpeza doméstica, mas os direitos são pouco reconhecidos nesses contratos. Me engajei nisso por causa da minha própria existência.
A gente que vem de família mais simples está muito acostumado a respeitar autoridade. Eu sabia que eu era invisível para eles, mas não questionava.
Hoje, depois de estudar, eu compreendi que o que os meus patrões brasileiros fizeram comigo naquela época foi tráfico humano.

Querem se valer de Ciro pra arrumar boquinha no Planalto


PROS quer indicar Ciro Gomes para Ministério da Integração

ciro
O Partido Republicado da Ordem Social (PROS) fez ontem a primeira tentativa de convencer Ciro Gomes a se candidatar a ministro do governo.
Ciro desembarcou em Brasília nesta Quarta-feira para reunião reservada com o presidente do partido, Eurípedes Júnior, e o líder na Câmara, deputado Givaldo Carimbão (AL), a pedido da dupla.
O partido quer indicá-lo para o ministério da Integração (que já dirigiu) ou Ministério das Cidades, pelo bloco PROS-PP.
Os caciques levaram a ele o cenário: em reunião recente com Dilma, embora não tenham falado de ministério, Eurípedes e Givaldo ouviram dela elogios rasgados a Ciro. Entre outras palavras, soltou: “Ele tem fama de ignorante, de muito duro, mas tenho o maior carinho por ele'', disse a presidente.
Atual secretário de Saúde do governo do irmão no Ceará, Ciro estava até então reticente. Quer evitar comentários de que deixou o PSB de Eduardo Campos – futuro adversário de Dilma – por um ministério. Mas, segundo um dos interlocutores, saiu mais animado do encontro de ontem.
Ciro volta a Brasília na próxima Terça, em companhia do governador Cid Gomes, para almoço com os presidentes do PROS e do PP, o senador Ciro Nogueira (PI).
O PROS tem 21 deputados e se uniu ao PP no bloco que controla hoje 63 parlamentares. Quando for chamado para conversar no Planalto, o grupo quer levar o nome de Ciro.
Dilma avisou à dupla que saem oito ministros em Janeiro. Integração está com interino, e Aguinaldo Ribeiro (PP) das Cidades deve ser candidato à reeleição na Câmara.
A possível entrada de Ciro Gomes no Governo Dilma é apontada pelo bloco como uma compensação aos irmãos Gomes pela mostra de fidelidade à atual gestão. Eles deixaram o PSB de Campos para se filiarem ao PROS, já claramente governista, e levaram dezenas de deputados, secretários, vereadores e prefeitos no Ceará para a legenda.

Prêmio Aboio

A Acert e a Abap, um cuida do rádio e televisão, outro cuida de propaganda, entregam amanhã, 29, o premio anual Aboio de Comunicação durante o Fala Nordeste. As 8 da noite na Fábrica de Negócios. Será prestada homenagem in memoriam ao ex-presidente da Acert, Demócrito Rocha Dummar.

O que um dia foi impossivel, hoje está sobrando


UFC e UFCA ofertam 664 vagas para transferência e admissão de graduados


A UFC disponibilizará 577 vagas em seus três campi (Fortaleza, Quixadá e Sobral) para o processo de transferência de alunos de outras Instituições de Ensino Superior (IES) e admissão de graduados para o semestre letivo 2014.1. O quantitativo de vagas por curso, sede, turno em formação está especificado no Edital 32/2013 (http://is.gd/mtp7yU).

Este documento é suplementar ao Edital 14/2013, divulgado em maio, que determina que, a partir deste ano, será usado como critério único de avaliação na UFC o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em sua edição mais recente.

Considerando os termos do acordo de cooperação firmado com a Universidade Federal do Cariri (UFCA), criada em junho deste ano e ainda tutelada pela UFC, suas 87 vagas para transferência e admissão de graduados na UFCA também são ofertadas neste processo seletivo, seguindo as mesmas normas constantes neste Edital 32/2013. Ou seja, o critério de avaliação também será a nota do ENEM 2013.

As inscrições para o processo de seleção, tanto para UFC quanto para UFCA, deverão ser feitas no período de 18 a 20 de dezembro de 2013, exclusivamente pela Internet, por meio de link a ser disponibilizado no site da Prograd (www.prograd.ufc.br). Após o preenchimento do formulário de inscrição, o candidato deverá também responder a um questionário socioeconômico para que sua solicitação de inscrição on-line seja efetivada. Mais informações, como as normas para inscrição, lista de documentos necessários e procedimentos para matrícula, podem ser conferidas no Edital 32/2013 (http://is.gd/mtp7yU).

A divulgação do resultado final e do calendário de matrícula dos aprovados está prevista para o dia 16 de janeiro de 2014.

Em terra de vagabundos até o Supremo é ameaçado


  • O ministro Joaquim Barbosa e o Supremo Tribunal Federal recebem ameaças diárias de pessoas ligadas ao PT e a meliantes condenados no mensalão, segundo confirmam fontes próximas à presidência da Corte, mas adotaram a regra de ignorá-las. Por essa razão o STF não levará a sério ameaças de sindicalistas da CUT, a Central Única dos Trabalhadores, dia 25, garantindo a Barbosa que “sua vez vai chegar”.
  • Em qualquer país democrático, ameaça tão explícita ao chefe do Poder Judiciário faz a polícia identificar e denunciar seus autores.
  • As ameaças preocupam os amigos e auxiliares de Joaquim Barbosa, mas todos parecem tranquilos quanto ao seu esquema de segurança.

Saudades do Dário


Antropofagia no Itamaraty

Antropofagia no ItamaratyO saudoso ex-embaixador do Brasil em Lisboa Dario Castro Alves era dono de um fino senso de humor. Chefiava a Divisão do Pessoal do Ministério das Relações Exteriores, ainda no Rio de Janeiro, quando dois subordinados, Adolf Westphalen e Dante Coelho de Lima, chegaram de uma reunião relatando as queixas do Serpro contra os muitos erros nas fichas financeiras do Itamaraty.
- O funcionário do Serpro quase nos comeu vivos – contou Westphalen.
Dario Castro Alves reagiu com muita graça:
- Espero que tenha sido no sentido antropofágico