Sem público nos estádios paulistas debocham da Copa do Nordeste

Na final da 'Lampions' e Cearense, Silas detona calendário: "Inadmissível"

Do UOL, em São Paulo
  • Agência Freelancer
    Técnico do Ceará, Silas disputa dois títulos em intervalo de duas semanas Técnico do Ceará, Silas disputa dois títulos em intervalo de duas semanas
Ceará e Bahia disputam nessa quarta-feira, às 22h, no Castelão, o título da Copa do Nordeste. Mas a decisão do torneio não é a única preocupação dos dois times.
Tanto o Ceará como o Bahia também disputam as finais dos respectivos campeonatos estaduais. Assim, em intervalo de apenas duas semanas, jogam quatro jogos decisivos, sempre entrando em campo às quartas e domingos.
Questionado se o calendário do futebol brasileiro tem que mudar, à luz da "avalanche" de jogos decisivos num período tão curto, Silas não foge da raia.
"Eu acho sim, porque um acaba atrapalhando o outro, tanto para o Bahia quanto pra gente. É quase inadmissível jogar quatro finais em duas semanas. Prejudica o espetáculo, o produto que você vende, não tem a mesma qualidade de quando você trabalha só aos domingos", afirmou o técnico do Ceará, destacando a equivalência da preparação física dos clubes hoje.
Já em relação ao jogo de logo mais, Silas não vê ampla vantagem do Ceará, que joga em casa após vencer por 1 a 0 o Bahia na Fonte Nova.
"Eu disse que de 50% por cento pra cada um, nossa vitória aumentou 5%. Agora temos 55%, contra 45%. Convenhamos, não dá pra confiar numa vantagem dessa", garantiu o treinador no programa Esporte em Debate, da rádio Bandeirantes.
A Copa do Nordeste 2015 chega a mais uma final como sucesso de público. Enquanto o Ceará não quer repetir a perda do título em pleno Castelão como no ano passado, o Bahia vai atrás do seu terceiro título da "Lampions League".

Silencio por Edinardo

Plenário faz um minuto de silêncio pela morte de Edinardo Rodrigues

Minuto de Silêncio Minuto de Silêncio Foto: Máximo Moura

Durante a sessão plenária desta quarta-feira (29/04), foi lida a nota de pesar pelo falecimento do ex-superintendente do Departamento Estadual de Rodovias (DER), Edinardo Ximenes Rodrigues.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB)  foi quem solicitou um minuto de silêncio em respeito a Edinardo, que  também foi diretor presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e secretário de Recursos Hídricos do Estado, no Governo Lúcio Alcântara.

Câmara dos Deputados realizará sessão solene em homenagem ao centenário de Humberto Teixeira

A Câmara dos Deputados realizará no dia 26/5 sessão solene em homenagem ao centenário do compositor cearense Humberto Teixeira. A sessão, solicitada pelo deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) em requerimento apresentado no início de fevereiro, prestará tributo a um dos mais importantes nomes da cultura brasileira, o “doutor do baião”, que, nascido em Iguatu, se tornou nacionalmente reconhecido e trabalhou pela afirmação artística e cultural do povo nordestino e pela valorização dos artistas em todo o País.

“Humberto Teixeira é um dos maiores protagonistas da cultura em todos os tempos, um nome que orgulha, além do Ceará, todo o Brasil. Uma referência para a música brasileira, para a luta pelos direitos autorais, pelo fortalecimento da classe artística e pela maior difusão da cultura brasileira no exterior”, destaca Chico Lopes.

“Apresentamos esse requerimento para contribuir com as comemorações desta data marcante e fundamental, que é o centenário de Humberto Teixeira. Esperamos que a sessão solene possa reunir pessoas ligadas à trajetória do doutor do baião e à cultura e à arte como um todo, como uma ação a mais neste ano em que o Ceará e o Brasil certamente vão render muitas homenagens a Humberto Teixeira”, complementa o deputado.

Chico Lopes ressalta o papel decisivo de Humberto Teixeira para a divulgação e a visibilidade da cultura nordestina. “Humberto cantou as coisas simples da vida do povo, o cotidiano, os costumes, a natureza, a força do nordestino, os personagens do sertão, os desafios das desigualdades e da luta por uma vida mais justa, sem deixar de passar pela alegria da nossa gente”, ressalta, lembrando canções como “Asa branca”, “Baião”, “Légua tirana”, “Kalu”, “Dono dos teus olhos” e “Qui nem jiló”, entre dezenas de clássicos de Humberto Teixeira, sozinho ou com parceiros como o inesquecível Luiz Gonzaga e o grande compositor cearense Lauro Maia.

Sessão no dia 26/5

A sessão solene acontecerá no plenário da Câmara dos Deputados, no dia 26/5, às 10h. Serão convidadas personalidades ligadas à trajetória de Humberto Teixeira, como a filha do compositor, a atriz Denise Dumont, produtora do filme “O Homem que Engarrafava Nuvens”, documentário dirigido por Lírio Ferreira, que inclui depoimentos de personalidades como Fagner, Belchior, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elba Ramalho, entre vários outros.

D'OCapital ao tráfico

Polícia prende Karl Max, 23, suspeito de traficar drogas na zona sul do Rio


Divulgação
Karl Max Azevedo Wiborg, 23, que foi preso por suspeita de vender drogas e anabolizantes em academias da zona sul do Rio
Karl Max Azevedo Wiborg, 23, que foi preso por suspeita de vender drogas em academias do Rio
Policiais da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) prenderam na tarde desta terça-feira (27) um jovem suspeito de traficar anabolizantes em academias da zona sul do Rio de Janeiro.
Karl Max Azevedo Wiborg, 23, foi autuado por tráfico de drogas e crimes contra saúde pública, acusações que podem resultar em penas de até quinze anos de prisão.
O jovem tem o nome semelhante ao do escritor e filósofo alemão Karl Marx (1818-1883), famoso pela obra "O Capital".
De acordo com a Polícia Civil, ele foi detido em um apartamento no bairro do Rocha, na zona norte da cidade, onde o material estava estocado.
No apartamento onde Karl Marx morava com a família, na rua Senador Vergueiro, zona sul do Rio, os policiais também apreenderam diversos tipos de anabolizantes, além de comprovantes de depósitos, que também serão investigados.
Segundo o delegado Antenor Lopes Martins Júnior, titular da especializada, o jovem teria largado o curso de pedagogia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para se dedicar à venda de drogas.
"Ele trancou a faculdade e passou a importar anabolizantes, termogênicos, comprimidos para impotência sexual e drogas, como o LSD", afirmou Martins Júnior.
A Folha tentou entrar em contato com o advogado jovem na noite desta terça, mas não conseguiu localizá-lo.
O texto é da Folha.

Câmara aprova projeto que libera cidade da manutenção em rede elétrica

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (28) projeto que dispensa os municípios de fazerem a manutenção da rede elétrica.
O projeto, de autoria do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), suspende trecho de uma resolução normativa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), de 2012, que determinava a competência dos municípios para "elaboração de projeto, a implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública".
Com isso, de acordo com o texto, cabe ao governo federal adotar as providências necessárias para cumprir a mudança.
A justificativa do parlamentar é que o artigo 21 da Constituição fixa a competência da União para explorar os serviços de iluminação pública e que só um decreto presidencial poderia mudar isso.
Após a aprovação na Câmara, o projeto segue ainda para votação no Senado.



Penso eu - O que preocupa agora é quem vai cobrar a iluminação pública, aquela do poste. Meu prédio, por exemplo, tem só um poste na frente, de banda e de lado. Nós, 88 humildes moradores, pagamos, cada um, um percentual da nossa conta para a luz desse poste. É grana que dá pra pagar por toda a iluminação pública de Fortaleza com as luzes do natal. Nós vamos deixar de pagar ou vai vir na conta do Leão? Não existe almoço de graça, explica a vida de pessoas normais.

Opinião

Dois surfistas
nizan guanaes(Publicitário)
Na lista das cem pessoas mais influentes do mundo, a revista norte-americana "Time" apontou dois brasileiros -o surfista Gabriel Medina e o megaempresário e ex-surfista Jorge Paulo Lemann.
É interessante que os dois brasileiros da lista sejam surfistas, porque a vida no Brasil e na América Latina não é um lago. Ela é cheia de marolas, marolinhas e ondas enormes.
O ambiente de negócios aqui é como surfar. Ou surfamos uma onda de oportunidades ou enfrentamos cada baita maré braba que desaba sobre nós.
Quem leu o livro "Sonho Grande", de Cristiane Correa, sobre os 3G, pode ver que Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles citam sempre o mar. E tiram dele sabedoria de pescador e surfista para o ambiente de negócios.
O mar ensina tanto que Carl Icahn, um dos maiores investidores americanos, ao escrever o perfil de Lemann para a lista da revista "Time", o definiu como uma das quatro ou cinco pessoas mais inteligentes de Wall Street.
Para os gringos, as mudanças de maré no Brasil e na América Latina são assustadoras. Nós, que vivemos aqui, desconfiamos da bonança, mas também não nos assustamos tanto quanto eles quando as ondas revoltas da economia vêm quebrar em nós.
De 1985 a 1994, o Brasil teve nada menos do que 12 ministros da Fazenda e sete planos econômicos para chamar de seu.
Todas as dificuldades e equívocos daqueles anos turbulentos forjaram um DNA empresarial com enorme capacidade de resistir e inovar, de enfrentar adversidades e encontrar soluções. Essa capacidade é justamente um dos aspectos mais sofisticados da nossa economia e do nosso mercado.
Como qualquer empresário brasileiro, já tomei muito tombo, mas aprendi também a ser um pouco Gabriel Medina em meus negócios, a subir de novo na prancha, enfrentar de novo a arrebentação e surfar a próxima onda.
Numa crise, como num caldo, a solução não é se queixar nem ficar parado, a solução é buscar saídas.
Aliás, a quantidade de presidentes-executivos e líderes empresariais que são surfistas no Brasil é enorme, como Marcello Serpa, um dos principais criativos e um dos grandes empresários da propaganda; Oskar Metsavaht, um dos maiores empresários da moda brasileira; Fernando Madeira, presidente-executivo do Walmart.com para os Estados Unidos e a América Latina; Marcio Santoro, copresidente da agência Africa; só para citar alguns exemplos.
Surfe, como se diz hoje em dia, é o novo golfe. Eu não sou surfista, sou empresário e publicitário, mas imagino que com o mar os presidentes-executivos devam aprender muita coisa. Paciência de esperar o vento, entender os sinais da natureza, ter senso de timing, erguer-se depois da queda, controlar as emoções, dominar a coragem e o medo. Porque excesso de coragem e excesso de medo são fatais no ambiente de negócios em que a gente vive.
Este país, eu repito, não é um lago. Isso aqui é uma baía empresarial com ondas a favor e ondas contra, sobre as quais precisamos manobrar com muita razão e sensibilidade. Por isso, nós, brasileiros, com ou sem prancha, somos todos surfistas.
Publicado na Folha


Opinião - Por que as mulheres estão bebendo mais?

cláudia collucci É repórter especial da Folha, especializada em saúde. Autora de "Quero ser mãe" e "Por que a gravidez não vem?" e coautora de 'Experimentos e Experimentações'.
Escreve às terças.

Acabo de voltar de uma conferência de jornalismo de saúde em Santa Clara (Califórnia) e um dos assuntos mais instigantes discutidos por lá foi sobre o consumo excessivo de álcool nos Estados Unidos, que aumentou significativamente nos últimos anos, especialmente entre as mulheres.

O estudo, do Instituto de Metrologia da Saúde e Avaliação, da Universidade de Washington, traz resultados bem parecidos com os de um trabalho feito no Brasil pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Por lá, o consumo excessivo de álcool entre as americanas cresceu 17,2% entre 2005 e 2012. Por aqui, as brasileiras também estão bebendo mais e com mais frequência. Nos últimos seis anos, a proporção das que consomem álcool de maneira excessiva aumentou 24%, passando de 15% para 18,5% das brasileiras.
O que é beber muito para os cientistas? Há ao menos duas definições: o consumo pesado, que se refere a uma média de mais de um drinque por dia (para mulheres) ou dois drinques (para os homens). E o chamado "binge drinking", definido como quatro ou mais drinques em uma ocasião (para as mulheres) e cinco ou mais (para os homens).
A partir desse estudo, os EUA montaram um grande banco de dados em que é possível pesquisar o comportamento de Estados e municípios americanos sobre o consumo de álcool. É possível observar uma grande variação na prevalência. Por exemplo, o consumo pesado variou de 2,4% no condado de Hancock (Tennessee) para 22,4 % em Esmeralda County (Nevada). Já o "binge drinking" variou de 5,9% em Madison County (Idaho) para 36% em Menominee County (Wisconsin).
No Brasil, sabemos que o aumento do consumo excessivo entre as mulheres é mais expressivo nas regiões Sul e Sudeste, e nas classes de maior poder aquisitivo.
POR QUE?
Mas, afinal, por que as mulheres estão bebendo mais? Há várias hipóteses, na opinião dos pesquisadores. A começar pelo fato de que a melhora da situação financeira da mulher faz com que ela saia mais para beber com amigos. A mulher que bebe é vista como boa companhia, liberal, moderna.
Há também as que buscam no álcool uma válvula de escape para enfrentar altas cargas de responsabilidades e cobranças. Passam a ter nos efeitos ansiolíticos do álcool um antídoto contra os sofrimentos, as angústias e as frustrações.
O que muita gente não sabe ou prefere esquecer é que o álcool gera uma euforia no início, mas é agente depressor do sistema nervoso central e, em quantidades exageradas, causa depressões.
No organismo da mulher, o álcool tem efeitos ainda mais devastadores do que no homem. Pesquisas realizadas na Faculdade de Medicina de Greifswald, na Alemanha, comprovaram que a taxa de mortalidade entre mulheres alcoólatras é 4,6 vezes maior que a das não alcoólatras. No caso dos homens, alcoólatras morrem 1,9 vez mais que os sóbrios.
CUSTOS
Os EUA já colocaram na ponta do lápis os custos do uso abusivo de álcool: mais de 70% dos gastos é atribuído à perda de produtividade (US$ 134,2 bilhões), incluindo perdas decorrentes de doenças relacionadas a esse uso (US$ 87,6 bilhões), morte prematura (US$ 36,5 bilhões) e crimes (US$ 10,1 bilhões).
O restante dos custos incluiu gastos com a saúde (US$ 26,3 bilhões), assim como gastos administrativos e de propriedade relacionados a acidentes automobilísticos (US$ 15,7 bilhões) e gastos com a Justiça (US$ 6,3 bilhões).
Desconheço estudos semelhantes por aqui, mas dá para ter uma ideia da quantidade de dinheiro que estamos jogando no ralo. Cabe ao poder público e a sociedade civil a divulgação de campanhas de prevenção e de informações sobre os riscos do alcoolismo. As propagandas de TV com gente jovem e bonita bebendo com entusiasmo certamente não estão preocupadas com isso.