Memória
Dona
Maria Pompeu Ferreira da Ponte, minha saudosa Mãe, filha de Mãe Vovó
Petronilha, A Racista, foi protagonista da minha vida e como tal, guardo dela
ensinamentos, educação, generosidade (nem sempre o sou com os implicantes),
fino humor e dureza nos textos, quando era preciso sem, contudo, ser grosseira.
Com o advento da internet, depois com a criação dessas tais redes sociais às
quais, algumas, claro, me associo, muito disso, daquilo que aprendi na infância
e na juventude foram por água abaixo. Não em mim, mas na sociedade em que
convivo esses fins de tempos. Aos 70 o homem tem que começar a pensar em fins
de tempos,porém, nem por isso, se deixar amolecer pela voragem das eras. Há
muito azul, amarelo e rosa ainda por aí. Um dia, minha mãe assistiu a uma jovem
senhora, recém casada com um jovem medico de Sobral, ela paulistana de boa
cepa, formada, o que não era comum nos anos 50 sobralenses, tratar de maneira
ríspida e deselegante a uma pessoa de outro patamar que o dela, degraus abaixo
na pirâmide social, portanto. Mãezinha que não era de perder a paciência e em
frente às demais pessoas que ouviram e assistiram à cena, carregou na ironia,
no humor e no desagrado; “- A Feliciana (o nome é fictício porque a senhora é
morta) é tão engraçada; doutorou-se mas não educou-se”. Para perplexidade da
plateia, a então elegante senhora encolheu-se, botou a viola no saco e
recolheu-se à sua, dela, insignificância ficando mais de mês sem aparecer nas
conversas, notadamente onde minha estava. Essa conversa toda vem à tona e essa
memória é viva e buliçosa no meu comportamento, quando assisto a intolerância
entre os bandos, as gangues políticas que se digladiam no Brasil, pegando corda
de uma pauta gerada sabe-se bem por quem, como, onde e por que. É aí que
esquerda e direita chamam de massa de manobra, a patuleia inocente manipulada
pelos interesses mais claros e meridianos do hoje. Apesar de tudo e das
instituições se dizendo funcionar, preocupa elas, as instituições estarem
tomadas de intolerantes e/ou coniventes com práticas nada republicanas. Bicho
miserável é boa memória e, pior, boa informação. Informação que lamenta muito
pelo elogio pago e a simpatia a soldo.
A
frase: “Ontem, hoje e amanhã, sempre fui
e serei antipetista”. Fernando Hugo, deputado estadual no Ceará entre o
ódio, a intolerância e o preconceito.
O
doce Salgado (Nota da foto)
O
Rio Salgado, primeiro e único responsável pela primeira e também única cheia do
Castanhão, que alguns doidinhos disseram que jamais encheria, melhorou muito
seu volume a caminho daquele açude. Enquanto o Salgado viver correndo o
Castanhão não passará sede.
Deu
no jornal
Em
Cedro, localizado a cerca de 400 quilômetros de Fortaleza, diversas localidades
foram banhadas pela chuva. Na comunidade de Caraíbas, distrito de São Miguel,
os pluviômetros registraram 55 milímetros.
Má
gestão
A
situação ainda é preocupante, não somente em Cedro, mas em diversos outros
municípios, uma vez que mais de 80% dos açudes cearenses operam em situação
crítica. Em todo lugar mal administrado todo mundo sofre e segue preocupado.
Bispo
da legalidade
Em
pronunciamento na tribuna da Câmara Federal o deputado federal Chico Lopes
(PCdoB-CE) destacou o discurso de Dom Ailton Menegussi, Bispo da Diocese de
Crateús, contra o golpe e a favor da legalidade e da democracia.
Enfático
Disse Dom
Ailton, bispo da Diocese de Crateús, foi enfático: “Não aceitamos que partido
político nenhum aproveite-se dessa crise para dar golpe no País, disse, falando
pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil". Não falou em cobra nem
lagartos.
Tradição
Crateús
tem uma tradição de bispos com visão socialista das coisas do Brasil e do
mundo. Desde a criação da Diocese vem sendo assim. O Primeiro bispo, Dom
Antônio Fragoso, ao ser empossado em 1962 disse pra mim e do jornalista
Tancredo Carvalho:Tentarei a socialização da minha gente.
De nota
da ANDES
“Nós
mantemos a linha de autonomia frente a governos, criticamos os ataques que
tanto governo federal quanto oposição de direita fazem aos trabalhadores, e
reafirmamos que a alternativa à crise se forjará nas lutas e nas ruas”. Falou o
Sindicato Nacional.