A melada do dia segundo Trump

Casa Branca diz que estrangeiros com "green card" não deverão ser barrados nos EUA

Do UOL, em São Paulo
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Aeroportos dos EUA têm protestos após Trump barrar imigrantes13 fotos

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29.jan.2016 - Manifestantes protestam contra bloqueio a imigrantes determinado por decreto do presidente Donald Trump no aeroporto internacional de Dallas, no Texas. A nova regra impõe controle por três meses contra viajantes procedentes de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Iêmen VEJA MAIS > Imagem: Morty Ortega/AFP
Contradizendo as recentes medidas adotadas pelo governo americano, o chefe de Gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, afirmou neste domingo (29), que a ordem executiva emitida pelo presidente Donald Trump barrando a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana "não inclui pessoas com o green card", a permissão de moradia e trabalho nos EUA.
A afirmação de Priebus vai contra as ações adotadas pela imigração dos EUA, orientadas pelo Departamento de Segurança Internae do próprio Trump, que afirmou que os EUA necessitam imediatamente de fronteiras mais fortes e restritivas. Desde a noite de sexta, refugiados e passageiros começaram a ser impedidos de entrar no país. Agora, segundo Priebus, essas pessoas não serão mais impedidas de retornar ao território americano.
Em entrevista à rede NBC, o chefe de Gabinete da Casa Branca afirmou que qualquer pessoa que transitar por um dos sete países vetados (Iraque, Síria, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen) passará por um processo maior de investigação e apuração para a entrada no país, incluindo cidadãos americanos.
"Não estamos anulando o Departamento de Segurança Interna, e a medida não afeta os que possuem o green card", disse Priebus. Questionado sobre o motivo pelo qual os cidadãos com o documento estão sendo barrados, o chefe de Gabinete justificou afirmando que "se você está indo e voltando, será submetido a uma investigação adicional".
Questionado se os cidadãos americanos também podem sofrer o impacto desse bloqueio, Priebus respondeu que dependerá da "autoridade discricionária" dos funcionários do governo. "Se for um cidadão que vem e vai à Líbia (um dos países vetados), é provável que o submetam a mais perguntas quando chegar ao aeroporto", explicou.
Ele ainda sugeriu que a ordem executiva de Trump pode incluir mais países no veto, e que os sete países foram escolhidos com base na apuração do Congresso de que são nações envolvidas em terrorismo --não foi feito nenhum comentário sobre o fato de que Trump não possui negócio em nenhum destes lugares ou que países como a Arábia Saudita, de onde eram a maior parte dos terroristas que executaram o 11 de Setembro, não foram vetados.
Priebus também pareceu contradizer um funcionário do governo que disse no sábado que os residentes necessitarão de uma isenção do consulado dos EUA para retornar. Segundo esse funcionário, o processo será desenvolvido caso a caso e essas pessoas deverão passar por uma entrevista no consulado dos EUA antes de saírem de seus países.
O chefe de Gabinete da Casa Branca era presidente do Partido Republicano até a posse de Trump, e atuou durante toda a campanha e a transição de governo como uma ponte entre Trump e a ala do partido que era contra a sua candidatura. Priebus também é próximo do presidente da Câmara, Paul Ryan, com quem Trump não tem boas relações.

Confusão nos aeroportos e na Justiça

Trump causou enorme polêmica, dentro e fora dos Estados Unidos, com a ordem executiva que assinou na sexta-feira passada para combater o terrorismo jihadista.

O decreto suspende tanto a entrada de todos os refugiados durante 120 dias como a concessão durante 90 dias de vistos a sete países de maioria muçulmana com histórico terrorista até que sejam estabelecidos novos mecanismos de vigilância.

Segundo cálculos do site "ProPublica" baseados em dados estatísticos, cerca de 500 mil cidadãos desses sete países receberam um "green card" durante a última década.

O veto provisório provocou caos e indignação no sábado, quando vários viajantes foram barrados ao chegarem aos EUA e geraram protestos em vários aeroportos americanos.
No sábado, a juíza Ann Donnelly, de Brooklyn, em Nova York, ordenou que as autoridades não deportassem refugiados previamente aprovados desses países. Ela decidiu em um processo legal de dois homens iraquianos que foram retidos no aeroporto JFK.
Pelos Estados Unidos, advogados trabalharam a noite inteira para ajudar viajantes presos na confusão dos aeroportos, depois que o presidente republicano decidiu na sexta-feira impedir a imigração de sete países e temporariamente paralisou a entrada de refugiados.
Advogados e procuradores disseram que enviaram petições em mais de 100 casos para viajantes ao redor do país.
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos disse, em um comunicado no domingo, que cumprirá as ordens judiciais ao mesmo tempo em que implementará o decreto de Trump "para garantir que aqueles que entram nos Estados Unidos não apresentam ameaças para nosso país e para o povo norte-americano". (Com agências internacionais)

Deu no Tijolaço

Temer será a vingança de Marcelo Odebrecht por ter sido obrigado a delatar?

marcelotemer
Avolumam-se as informações de que Michel Temer terá presença marcante na delação de Marcelo Odebrecht e na de alguns diretores que se sentem ainda ligados ao antigo e deposto chefe da empreiteira.
É coerente com a misteriosa nota publicada  por Lauro Jardim sobre o rompimento entre Marcelo e o pai, Emílio, a mãe, Regina e os irmãos.
Marcelo, que não tinha ilusões do que o aguardava com Sérgio Moro, preferia aguardar a ida de seu caso a tribunais superiores, aos quais irá agora como confesso.
O clã achou melhor perder muitos anéis e conservar os dedos, iniciando um processo de alienação da empresa.
Marcelo Odebrecht, porém, o único que purgou cadeia –  e 19 meses, não é pouco –  entendeu que o que se queria dele – denúncias contra Dilma e Lula – manteria o caso exclusivamente nas mãos de Moro.
E resolveu atirar mais em cima, em Temer e seus Ministros.
Não quer sair de “big boss” de um esquema de décadas, que herdou na empresa.
Cármem Lúcia, agora senhora dos conteúdos das delações de Marcelo e dos outros diretores que seguiram sua orientação, viu a possibilidade de, as homologando antes da redistribuição do caso, virar o jogo sobre Temer que, via Gilmar Mendes, pretendia tornar-se “dono” do STF com a indicação do novo ministro.
Especulações?
Em 48 horas vamos saber.

Coluna do blog




A força da Lava Jato
Valho-me do  Brickman: Sem ilusões: todos os interessados em substituir o ministro Teori Zavascki (e todos os que fazem força por eles) têm amigos ameaçados pela Lava Jato. O ministro que o substituirá sabe que é sua a oportunidade única de fazer bons favores a bons amigos (bons amigos? Quem faz um favor ganha um amigo e cria dezenas de ingratos). Mas sabe também que achou a oportunidade única de cumprir seu dever e ganhar um lugar na História. E será bem recompensado por fazer o que deve: um ministro do Supremo tem o maior salário do funcionalismo público, é inamovível, indemissível, tem amplos poderes, e no caso estará o tempo todo sob os holofotes favoráveis da imprensa. Vai beneficiar puxa-sacos ou pensar em sua biografia? Um caso negativo marca a História do Brasil. Quando o ditador Getúlio Vargas foi deposto, no final de 1945, o presidente do Supremo José Linhares assumiu a Presidência da República até a realização de eleições. Aproveitando a oportunidade, nomeou a família toda. Eram tantos que se popularizou o slogan "Os Linhares são milhares". É o que restou de sua biografia. Isso e o Fundo Rodoviário Nacional, que ele criou e financiou as terríveis estradas brasileiras - além das excelentes empreiteiras. Mas não é sempre assim. O sábio Tancredo Neves sempre comentou que, diante de uma tomada de posição difícil, o voto tornava fáceis as  opções corretas. "Nessas ocasiões", dizia, "dá uma vontade de trair!"
A frase: “No Brasil, sucesso é ofensa pessoal”. Tom Jobim que dia 25 faria 90 anos.


Economia de palito (Nota da foto)
A Secretaria do Turismo do Ceará fechou os postos de informações turísticas da Praia de Iracema, do Centro de Turismo e do Terminal Rodoviário João Thomé. Ficou  apenas o posto da Setur no Aeroporto Pinto Martins. Justificativa: prioridade para o site descubraceara.com.br e a app Descubra Ceará que seria muito acessado pelos turistas. Conversa fiada: é pra economizar com pessoal.

Posse no TJ
Serão empossados amanhã os novos dirigentes do Tribunal de Justiça do Ceará. Francisco Gladyson Pontes, Luiz Bezerra de Araujo e Francisco Darival Beserra Primo serão respectivamente, Presidente, Vice e Corregedor Geral da Justiça.2017/2019.

Ora,ora,ora...
Ta aí o Governo aplaudindo que os brasileiros gastaram pouquíssimo no exterior ano passado. E que houve superávit nessa balança do gasta-aqui-gasta-la. Ora,ora,ora.

Reconhecimento
O município de Iguatu reconheceu os serviços prestados pelo DER e prestou homenagens a seu dirigente, Engo. Cesar Barreto com a cidadania honorária.

Bode na sala
Mário Hélio andava todo lampeiro no rumo de assumir a vaga deixada por Ailton Brasil, eleito prefeito do Cratinho de Açucar. Deu com os burros nágua.

Seguinte:
Mário Hélio era suplente do PP, mas largou o partido e foi pro PDT, abrindo caminho pras contestações de praxe, isto é; o mandato não é seu, é do partido.

Pois bem...
Oman Carneiro, que já foi deputado estadual, havia virado primeiro suplente do PP para assumir a vaga de Ailton e agora contesta que o mandato é do PP e a vaga é sua,dele.

Posse já
Oman Carneiro quer assumir a vaga deixada pelo colega, lá dele, Ailton Brasil, antes que todo mundo volte do recesso, depois de amanhã. E quer chegar deputado. Eita!!!

O nome do Bonitão
O senhor Tasso Jereissati acaba de perder seu nome no Hospital Governador Tasso Jereissati. O Ministério Público mandou tirar seu nome porque ainda está vivo e isso não pode. Tasso nome de hospital; logo ele que tem horror a que lhe pergunte sobre a saúde.




Bom dia

"Nós não somos assim!". Da democrata Clinton sobre as ultimas doideiras de Trump sobre imigração nos Estados Unidos.

Da imprensa portuguesa

Google manda regressar trabalhadores aos EUA com medo que depois não consigam

Donald Trump no Air Force One em Filadélfia
Já há relatos de passageiros proibidos de embarcar para os EUA
A Google pediu aos trabalhadores da empresa que trabalham nos Estados Unidos e se encontram no estrangeiro para regressarem ao país, depois de um decreto de Donald Trump ter restringido a entrada de nacionais de sete países muçulmanos, avança a BBC. A empresa teme que mesmo com vistos válidos os empregados não consigam regressar.
A gigante tecnológica norte-americana não confirma que tenha mandado regressar 100 trabalhadores, mas há uma circular vista pela Bloomberg que vai nesse sentido. À BBC disse que está preocupada com as barreiras à importação de talento de outros países, depois de o presidente dos Estados Unidos ter travado entradas da Síria, Iraque, Irão, Sudão, Líbia, Somália e Iémen durante pelo menos 90 dias - tempo para a sua administração desenvolver "novas medidas de controlo para manter os terroristas islâmicos radicais fora dos Estados Unidos", argumentou Trump.
A ordem foi assinada ontem e já há relatos de pessoas com autorização de residência (green cards) que foram impedidas de entrar em voos para os Estados Unidos, diz a BBC. Cinco passageiros iraquianos e um iemenita foram impedidos de embarcar num voo da EgyptAir do Cairo para Nova Iorque este sábado, apesar de terem vistos, disseram fontes do aeroporto à Reuters.
A Qatar Airways já avisou os passageiros dos sete países afetados que precisam de ter uma autorização de residência ou visto diplomático para embarcarem. O departamento de segurança nacional dos Estados Unidos já veio esclarecer, no entanto, que mesmo com autorização de residência (green card) não será possível aos cidadãos daqueles países entrarem nos EUA.
Há também dois iraquianos que vão processar os Estados Unidos, depois de terem sido detidos à chegada a um aeroporto em Nova Iorque, devido a esta proibição. De acordo com o processo, segundo o The New York Times, os dois entraram no país legalmente, mas foram detidos devido ao decreto assinado por Trump na sexta-feira.

Bom dia

Justiça suspende ordem de Trump para deportar imigrantes e refugiados

A Justiça Federal dos EUA aceitou na noite deste sábado (28) um pedido da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, da sigla em inglês) para suspender as deportações de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irã, Iraque, Líbia, Sudão, Somália e Síria) barrados nos aeroportos americanos após decreto assinado pelo presidente Donald Trump.
A ação foi interposta depois que dois iraquianos foram detidos na noite de sexta-feira (27) no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York. O grupo estima que entre 100 e 200 pessoas foram afetadas até o momento pelo decreto.
Nomeada pelo ex-presidente Barack Obama, a juíza Ann M. Donnelly, da Corte Federal do Brooklyn, afirmou em sua sentença que a implementação da ordem de Trump e o envio dos viajantes de volta para seus países pode causar a eles "danos irreparáveis".
Assinada na sexta-feira, a medida suspende a entrada de refugiados em território americano por pelo menos 120 dias e impõe estritos novos controles durante três meses contra viajantes procedentes de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Iêmen.
Mais cedo, Trump afirmou que sua ofensiva contra a imigração muçulmana está funcionando "muito bem". "Está funcionando muito bem. Vê-se nos aeroportos, vê-se em todas as partes", disse a jornalistas, depois que passageiros procedentes dos países citados terem sido impedidos de embarcar em voos com destino aos Estados Unidos. A medida gerou protestos nos aeroportos de Nova York, Washington, Chicago, Minneapolis, Denver, Los Angeles, San Francisco e Dallas.

Stephanie Keith/AFP
Manifestantes protestam contra a restrição à entrada de refugiados e muçulmanos nos EUA
Manifestantes protestam contra a restrição à entrada de refugiados e muçulmanos nos EUA
Entre os que foram barrados no embarque, um cientista iraniano que vinha com uma bolsa para estudar em Harvard, uma família síria que vinha como refugiada, um iraniano estudante de doutorado na Universidade Yale, cinco iraquianos e um iemenita no aeroporto do Cairo. Embora tivessem vistos, foram obrigados a voltar para seus países de origem.
O decreto vai impedir que o diretor iraniano Asghar Farhadi, que venceu o Oscar pelo filme "A Separação" que concorre ao prêmio deste ano com "O Apartamento", vá a Los Angeles para participar da cerimônia em fevereiro.
O veto está sendo aplicado também a pessoas que têm autorização para morar nos EUA, o "green card".
Ao assinar o decreto, Trump evocou os atentados de 11 de setembro em Nova York, em 2001 –mas a maioria dos 19 terroristas eram da Arábia Saudita, e os outros eram do Líbano, Egitos e Emirados Árabes– todos países que estão fora do veto do decreto, e cujos indivíduos não estão barrados nos EUA.
IRÃ
No sábado (28), o governo iraniano classificou a medida de Trump como "uma afronta ao mundo islâmico e à nação iraniana" e prometeu que irá retaliar, impedindo a entrada de cidadãos americanos no país.
Em 2015, segundo dados do Departamento de Segurança Interna dos EUA, foram concedidos vistos de não imigrantes para 35.266 iranianos entrarem nos EUA, 21.381 iraquianos, 16.010 para a Síria, 5.549 para o Iêmen, 4.792 para o Sudão, 2.879 para a Líbia e 359 para Somália. Os países já fazem parte de uma lista que exige verificação detalhada dos antecedentes dos requerentes de visto, e os iranianos tem taxa de recusa de 40%.

Então é tudo mentira?

'No desespero, delatores inventam', diz Eunício, favorito para Senado


Pedro Ladeira/Folhapress
Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que costurou aliança ampla respeitando o tamanho das bancadas
Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que costurou aliança ampla respeitando o tamanho das bancadas
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Favorito para assumir a presidência do Senado pelos próximos dois anos, Eunício Oliveira (PMDB-CE), 64, avalia que a Operação Lava Jato criou uma prerrogativa de culpa sobre os políticos antes mesmo que se prove o conteúdo das delações premiadas.
Em entrevista à Folha, diz que, em momentos de "desespero", delatores "criam, inventam e até mentem" para conseguir o benefício ao fechar acordo de colaboração.
Citado pelo ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que o acusa de ter recebido propina, Eunício nega: "sei o que não fiz".
Folha - O sr. construiu ampla aliança. Como atender a partidos tão antagônicos, como PT e PSDB?
Eunício Oliveira - A costura foi feita com cada partido, respeitando o espaço e o direito adquirido nas urnas: a proporcionalidade. Se tiver essa compreensão de que a regra é para todos, pode não agradar a todos, mas você aceita.
O sr. participou do acordão que fatiou o julgamento do impeachment e permitiu que Dilma Rousseff mantivesse seus direitos políticos. Isso foi negociado para que o PT apoiasse a sua eleição?
Isso nunca foi tratado, nem com o presidente Lula. Conversei com o líder do PT [Humberto Costa], com Jorge Viana (PT-AC), Paulo Rocha (PT-BA), inclusive com Lindbergh (PT-RJ), dizendo: "não misturem as coisas. Aqui é o espaço que vocês conquistaram nas ruas e quero preservar".
Se isso não estava na negociação e Temer não concordava com o fatiamento, porque o sr. participou do acordo?
Temer poderia ter um ponto de vista diferente do meu. A disputa política é uma posição do PT. Quem está no governo é o meu partido. Não há nenhum compromisso de silêncio, de votação de matéria. Não vou pedir a eles e eles não me devem nada.
O sr. faz parte de um grupo que controla o Senado há anos, com Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá. Propõe alguma mudança?
Se eu tivesse que ser de algum grupo [no PMDB], seria da Câmara. O presidente Renan tem um estilo. O meu jeito já foi demonstrado por onde passei. O Senado não pode ficar batendo carimbo. Durante cinco anos, não houve diálogo com a Câmara.
Esse ano haverá muitos projetos e decisões polêmicas, por exemplo, o de abuso de autoridade. O sr. concorda?
Presidente não vota. Mas quem vai defender abuso de autoridade? Aquele momento era adequado, a discussão era aquela, houve diálogo com outro Poder? Não tenho nenhum problema em procurar o procurador-geral da República [Rodrigo Janot], a associação de procuradores, o STF para dialogar.
O sr. defende qual perfil para o novo ministro do STF, no lugar de Teori Zavascki?
O momento exige um nome que tenha o perfil parecido daquele que não está mais entre nós [Teori Zavascki], mas que se notabilizou exatamente pelo respeito ao Direito e à Constituição.
Renan defendeu a indicação do ministro Alexandre de Moraes (Justiça) para a vaga de Teori Zavascki.
Renan tem a opinião dele. Prefiro não me manifestar porque a escolha é prerrogativa do presidente Temer.
Moraes tem perfil político, é filiado ao PSDB, integrante do governo e apoiado por partidos.
Ele também é um perfil técnico, não é? A Justiça é um ministério técnico.
Há divergências sobre o processo de escolha do novo relator da Lava Jato. Como o sr. acha que a presidente da Corte, Cármen Lúcia, deve proceder?
Não conheço o regimento do STF. O fato de Temer achar que tem que escolher [o novo ministro] depois da escolha do relator, é posição dele. O meu compromisso é com a celeridade.
O sr. teme se tornar réu na Lava Jato e o STF decidir que, por isso, não poderá ocupar a linha sucessória da Presidência da República?
Não sou investigado. Sei o que fiz e o que não fiz. Tenho tranquilidade em relação a qualquer citação [a meu nome na Lava Jato]. Porque as pessoas, numa hora dessas de desespero, falam e ninguém pode impedir.
Para conseguir o benefício da delação premiada elas precisam provar o que falam.
Mas isso é lá na frente. As pessoas criam, inventam e até mentem para poder ter o benefício da delação. Não posso impedir que a pessoa fale ou cite nada.
O sr. é acusado pelo ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho de ter recebido R$ 2,1 milhões em propina para aprovar MP de interesse da empreiteira. Recebeu esse dinheiro?
A MP 613. Não fui presidente da MP, não fui líder, vice-presidente, relator, não fiz uma emenda supressiva ou aditiva...
Mas ele alega que a influência que o sr. tinha ajudava.
Raciocine um pouquinho: você não me conhece, nunca me viu, como eu te estuprei?
O sr. não conhece Cláudio Melo Filho?
Conheço porque moro em Brasília, de encontrar em avião e restaurante. Não é relação de amizade. Uma história qualquer um conta. Quero provas de que recebi o dinheiro.
Cláudio Melo Filho diz que Ricardo Augusto, seu sobrinho, foi ao escritório da Odebrecht para entregar "a senha e o local" onde os pagamentos seriam realizados.
Isso não aconteceu. Ir em empresas para pedir contribuições era regra. Cadê a entrega desse dinheiro? Quem recebeu? Quero que alguém diga 'entreguei para o Eunício'. Sei o que não fiz e quero tranquilizar meus pares em relação a isso.

Chove sobre Fortaleza


Como peças de reposição

Mais Médicos preenche 100% das vagas no Ceará
Os 143 profissionais selecionados, todos eles formados no país, vão atuar em 61 municípios. Para aumentar a fixação de brasileiros, foi aberta permuta de localidade
Novo edital do Programa Mais Médicos mostra a maior adesão de brasileiros à iniciativa do governo federal. A 1ª chamada, que prioriza candidatos com CRM do Brasil, preencheu 100% das vagas no estado do Ceará, todas as 143 ofertadas. Em todo o país, foram 1.378 vagas ocupadas em 636 localidades, 99% do total disponibilizado neste edital. Pela primeira vez, além da reposição de rotina, foram disponibilizadas vagas antes ocupadas por profissionais da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A medida faz parte das ações do Ministério da Saúde para ampliar a participação de brasileiros, uma das prioridades da atual gestão. Pela primeira vez foi realizada a permuta de localidade, mais uma ferramenta para alocar os candidatos brasileiros nas cidades de sua preferência e, assim, aumentar a sua participação e fixação no Programa. 

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, enfatiza o significativo interesse dos profissionais com CRM do Brasil no Mais Médicos. “Estamos dando passos importantes para uma mudança de perfil do Programa, e a alta adesão dos brasileiros é essencial para isso”, declara. “Neste edital, já ofertamos a médicos nacionais mais de 900 vagas antes ocupadas por profissionais cubanos. Isso mostra que será possível ir cada vez mais aumentando a presença do brasileiro, que é a nossa prioridade”, completa.

A meta do Governo Federal é realizar 4 mil substituições de médicos cooperados por brasileiros em três anos, reduzindo de 11,4 mil para 7,4 mil participantes cubanos. A expectativa é chegar a 7,8 mil brasileiros no Mais Médicos, representando mais de 40% do total de profissionais. O edital em curso foi o primeiro a ofertar essas vagas, cerca de 900.

Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Rogério Abdalla, o Programa está caminhando no sentido desejado. “O Ministério da Saúde está satisfeito e acreditamos que cada vez mais o programa conseguirá atrair brasileiros. A procura dos médicos brasileiros nesse último edital vai ao encontro do nosso objetivo”, declara o secretário. Foram mais de 8 mil inscrições validadas.

Municípios de quase todas as unidades federadas conseguiram preencher todas as vagas. Os estados em que sobraram vagas foram Amazonas (1), Goiás (1), Pará (1), Rio de Janeiro (3) e Rio Grande do Sul (6). É importante ressaltar, no entanto, que esse quantitativo de vagas remanescentes pode aumentar, caso ocorram desistências antes e durante a 2ª chamada.

PERMUTA - Os profissionais puderam escolher quatro localidades de preferência e foram distribuídos conforme critérios de classificação constantes no edital, como detenção de título de especialista e experiência na área de Saúde da Família. Entre os inscritos, 91% conseguiram ser alocados em sua primeira opção de localidade, o que já deve promover uma maior fixação do médico.

Ainda assim, a partir deste edital, os médicos tiveram mais uma chance de tentar a alocação em sua cidade de preferência: a permuta de localidade é uma novidade desta seleção e permite que o médico mude seu município de alocação por outro que esteja entre suas três outras opções.

Com este novo mecanismo, os profissionais que não conseguiram vaga em suas primeiras opções de município, por exemplo, puderam disputar novamente a alocação nesses locais. A permuta acontece quando o profissional alocado na cidade escolhida também deseja trocar seu local de atuação, deixando uma vaga disponível.

No caso de haver mais de um interessado solicitando permuta para a mesma vaga, serão utilizados os mesmos critérios classificatórios e a pontuação da alocação inicial. Caso o profissional não consiga permutar, ele permanece no município onde já havia sido alocado, sem risco de perda d
a vaga. O resultado da permuta com a alocação final está previsto para esta sexta-feira (27).

O Brasil das fraudes

MPF denuncia grupo por fraudes em vestibulares e no Enem
Gabaritos eram repassados durante a aplicação das provas aos candidatos que se beneficiavam do esquema. Além das aprovações, o grupo buscava visibilidade para cursinho pré-vestibular

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) apresentou denúncia, na Justiça Federal, contra sete pessoas envolvidas em esquema de fraudes em vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O grupo agia em municípios do estado - Juazeiro do Norte, Barbalha, Porteiras e Brejo Santo - para a aprovação indevida de candidatos, principalmente em cursos de Medicina de instituições públicas e privadas de ensino superior.

A fraude era realizada através da utilização de “pilotos”, que são pessoas de elevado conhecimento, responsáveis pela resolução das provas e disponibilização dos gabaritos. Depois, as respostas eram repassadas durante a aplicação das provas aos candidatos que se beneficiavam do esquema.

Para possibilitar a fraude, alguns candidatos eram indevidamente inscritos como sabatistas -  indivíduos que, por questões religiosas, guardam o sábado, suspendendo atividades laborais até o pôr do sol. Esses candidatos, como todos os sabatistas, entravam nos locais de prova no mesmo horário dos demais candidatos, porém, apenas iniciavam o exame no horário noturno. No momento em que as provas já haviam sido resolvidas por membros da associação criminosa, o gabarito era enviado através de mensagens de celular para os que fariam a prova à noite.

Outras estratégias também foram utilizadas pela organização como: inscrições indevidas de estudantes como deficientes visuais, os quais recebiam uma prova ampliada e possuíam uma hora adicional para a resolução; e inscrições indevidas de candidatos como estudantes de escola pública, mesmo que não o fossem, a fim de possibilitar o ingresso por meio das vagas reservadas para o sistema de cotas.

De acordo com o procurador da República Celso Leal, autor da denúncia, o objetivo da fraude articulada pelos idealizadores da associação criminosa, além de vantagem financeira e do indevido acesso em cursos de Medicina, era, também, proporcionar visibilidade e garantir o maior marketing possível ao cursinho pré-vestibular Aprovamed, especializado em vestibulares na área da Saúde, localizado em Campina Grande (PB), e que tinha como proprietários dois dos denunciados. Candidatos beneficiados com o esquema eram alunos do cursinho e professores do Aprovamed atuavam como "pilotos", resolvendo as provas e repassando os gabaritos.

Foram denunciados: Gerônimo Manoel do Nascimento Neto, Oswaldo Bezerra Cascudo Filho, Erivaldo Rumão da Luz, Valquira Souza Gomes, José Honorato Leite, Suzana Bernardo de Oliveira e Heloyse Nascimento Lima. O MPF requer à Justiça Federal a condenação dos réus por associação criminosa e a adoção das medidas cabíveis para que as aprovações dos denunciados sejam devidamente anuladas, com os consequentes desligamentos dos cursos ingressados.

Os feitos do Procon na Assembleia

Procon-AL: Multas a favor dos consumidores somam quase R$ 850 mil em 2016

            Os procedimentos administrativos encaminhados pelo Procon da Assembleia Legislativa ao Decon-CE somaram R$ 839.625,13 (valor correspondente de janeiro a outubro de 2016). Esse valor corresponde ao montante da soma dos valores das multas aplicadas contra fornecedores e prestadoras de serviços  a partir das reclamações dos consumidores junto ao Procon-AL. Os valores ainda não foram pagos por estarem dentro de prazo de recurso.
Com relação às atividades do Procon-AL realizadas no ano passado, elas totalizam 18.395 voltadas à defesa dos direitos do consumidor. Desse total 6.244 são referentes às reclamações abertas e processos administrativos, 5.287 audiências foram realizadas, 2.842 atendimentos pesquisa SPC/Serasa, 483 atendimentos de call Center, 483 cálculos revisionais, além de outras ações .
            Na avaliação do presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia, deputado Odilon Aguiar (PMB), o balanço das atividades do Procon da Assembleia comprova que a sociedade está cada vez mais ciente de seus direitos e vê no Procon-AL como uma instância legítima e segura da sua defesa. “É muito gratificante ver esses números e saber que a população pode contar com a Comissão de Defesa do Consumidor.  Esse é o reconhecimento de um trabalho sério e comprometido de todos os que fazem o Procon-AL”, destaca Odilon.

O que Zéairton fazia em Caucaia?

José Airton Cirilo muda seu domicilio eleitoral para Aracati
 
O deputado federal José Airton Cirilo (PT-CE), transferiu nesta sexta-feira, 27, seu domicílio eleitoral de Caucaia para Aracati. Acompanhado de lideranças, o deputado compareceu ao Cartório eleitoral da 8ª Zona Eleitoral, Dr. José Palácio de Queiroz, no centro do município de Aracati, e anunciou “O bom filho a casa torna”.
 
José Airton Cirilo é o coordenador da bancada cearense na Câmara, está no terceiro mandato de deputado federal, emancipou o município de Icapuí, até então distrito de Aracati, sendo eleito prefeito por duas gestões, e já foi também vereador de Aracati, no período de 1983 a 1985. Em 2002 José Airton participou da campanha mais acirrada para Governador do Ceará, obtendo 1.762.679 votos, na inesquecível campanha: “Lula Lá, e José Airton Cá”.

Bom dia

Governador lança #ChegueiEnsinoMédio para incentivar e preparar alunos da rede pública estadual que saem do Ensino Fundamental

web MVS0292

A iniciativa faz parte de um conjunto de ações voltado aos alunos que concluíram o 9º ano e será realizada nas escolas do Estado até o fim de fevereiro

web MVS0484O compromisso de garantir a formação escolar completa aos estudantes da rede pública estadual em cada um dos 184 municípios cearenses. Foi dentro desta proposta que o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), lançou nesta sexta-feira (27), no Centro de Eventos do Ceará, o #ChegueiEnsinoMédio. Parte de um conjunto de ações voltado aos alunos que concluíram o 9º ano, a iniciativa será realizada nas escolas do Estado até o fim de fevereiro, período no qual as instituições ofertarão programação especial de boas-vindas para acolher e preparar os jovens rumo ao ingresso no Ensino Médio.

No evento realizado na Capital, o governador Camilo Santana recebeu 1.000 representantes dos estudantes das cidades, prefeitos, secretários municipais e gestores escolares de todo o Ceará. O lançamento do R MVS0418#ChegueiEnsinoMédio apresentou aos novos alunos do 1º ano - que começam as aulas nas escolas públicas do Estado a partir da próxima segunda-feira (30) - as principais ações do Governo do Ceará voltadas a melhorias de condições do Ensino Médio na rede pública.

Acompanhado da vice-governadora Izolda Cela e do secretário da Educação, Idilvan Alencar, Camilo Santana  destacou que a iniciativa é uma forma de incentivar os estudantes. "O Ceará está dando exemplo para todo o país que é possível sim construir uma política educacional focada e continuada. Hoje temos as melhores escolas públicas do país. Nós queremos agora que o Ensino Médio cearense siga em destaque. Aqui é momento de receber esses alunos, estimulando-os neste momento de saída do Ensino Fundamental para que eles continuem interessados e possam nos próximos três anos identificarem suas vocações e a gente transforme o Ensino Médio do Ceará  um enorme exemplo para todo o país", afirmou o chefe do Executivo.

O governador ressaltou ainda, durante seu pronunciamento na solenidade, a importância do Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC), criado em 2007 na gestão do ex-governador Cid Gomes, para que hoje sejam colhidos os frutos com mais alunos matriculados nas escolas estaduais e melhores desempenhos educacionais no Estado do Ceará.

"Estou emocionado com esse evento. O governador Cid, junto com a então secretária da Educação, Izolda Cela, identificaram que para melhorar a qualidade do aluno do Ensino Médio era preciso focar no aluno do Ensino Fundamental. Então se iniciou no Ceará uma pactuação entre Estado e municípios com metas, objetivos, valorização e premiação para incentivar que todas as cidades melhorassem seus indicadores na Educação", recordou.

Sobre o progresso de 2007 até hoje, após ações do Governo do Ceará por meio da Seduc, o secretário da Educação, Idilvan Alencar lembrou que há dez anos o índice de abandono dos alunos na rede pública era de 21%. O número já foi reduzido para 10,6%. Segundo ele, os próximos passos serão voltados ao aprimoramento de ações para o  Ensino Médio, fase decisiva na vida dos alunos cearenses.
"Isso nos anima, mas não nos deixa satisfeitos. Pois 10% é muito. E no primeiro ano do Ensino Médio é onde há o maior abandono. Não podemos nos conformar com isso, como educadores e como sociedade. Por isso surgiu a ideia do #ChegueiEnsinoMédio: um compromisso com o ingresso e motivação dos alunos que vêm do Ensino Fundamental. Eu aproveito esse lançamento para pedir algo muito importante a cada aluno presente: não desistam de concluir a escola", discursou o titular da Seduc.


A programação

Até o fim de fevereiro, as instituições de ensino prepararam uma programação especial para esse momento de acolhimento e boas-vindas. Cada escola terá autonomia para definir sua agenda. Serão ofertadas propostas diferenciadas de motivação e integração que despertem o interesse e a valorização dos estudos no Ensino Médio. Entre as ações previstas estão palestras, oficinas, minicursos, além de atividades culturais e de lazer.

Dos 1.000 estudantes que vieram para o lançamento da iniciativa, 955 são do Interior e vieram à Capital pela primeira vez. Eles chegaram em Fortaleza na última quinta-feira (26) e conheceram pontos turísticos como o Cineteatro São Luiz, a Praça do Ferreira e a Arena Castelão, além de terem participado de um city tour pelas praias da Capital.


Motivados para a novidade

RAlessa MVS0192Aluna de destaque ao longo de todo o Ensino Fundamental na Escola Flávio Granjeira, em Paraipaba, a estudante Ana Victória Sales, de 15 anos, anseia pelos desafios no Ensino Médio. "Estou animada, porque na minha escola os professores e as programações são muito boas e eu vou ter disciplinas que realmente me interessam", celebrou.

Interessada pelas ciências humanas, Ana deseja se dedicar em 2017 especialmente às aulas de literatura. "Gosto muito de ler, quero fazer faculdade dentro da Humanas. Hoje penso muito em Psicologia", contou.

RDiogo MVS0204Já Diogo Alcântara gosta mesmo é dos cálculos. Durante o Ensino Fundamental cursado em instituições da rede público município de Alcântaras, o adolescente de 14 anos se encantou pela rotina das Olimpíadas de Matemática. "Foi onde ganhei gosto por números. Hoje quero fazer Engenharia para trabalhar com cálculos", projetou.

A crescente no interesse de estudantes por continuidade no ensino público envolve as ações do governo e, diretamente, o trabalho essencial de cada um dos educadores das instituições espalhadas pelo território cearense. Em Trairi, por exemplo, o diretor RTiago MVS0208da Escola José Ribeiro Damasceno, Tiago Vaz, recebeu o suporte necessário do governo para ter na escola bons índices e alunos interessados em seguir carreiras promissoras.

"É através de feitos assim, como o #ChegueiEnsinoMédio, que a gente ganha uma série de motivações para seguir evoluindo na busca por uma melhor educação. E trabalhando com a satisfação e o interesse de cada aluno, se cria uma grande rede multiplicadora de motivação. O governador Camilo Santana tem nos dado todo o apoio e auxílio para que as escolas públicas se tornem referências", declarou Vaz.


Sobre a rede estadual

A Secretaria da Educação tem como missão garantir a educação básica com equidade e foco no sucesso do aluno. A rede estadual conta com 710 escolas e 448 mil alunos. É responsável pela oferta do Ensino Médio, enquanto compete aos municípios a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, este último, compartilhado com o Estado, onde o município solicitar colaboração.

O parque escolar da rede estadual vem passando por transformações essenciais. Foram construídos e reformados diversos espaços com o objetivo de propiciar um melhor desempenho aos profissionais das escolas e alunos.

Atualmente, uma em cada quatro escolas funciona em tempo integral. Em 2017, serão 71 escolas regulares com esta modalidade de ensino, as quais se somam as 116 Escolas Estaduais de Educação Profissional que ofertam cursos técnicos integrados ao Ensino Médio. A expansão da jornada prolongada se dará gradualmente até 2018.


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Opinião

janio de freitas
Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa as questões políticas e econômicas. Escreve aos domingos e quintas-feiras.

Escolha do relator da Lava Jato precisa passar pelo plenário


Alan Marques/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 05.05.2016. Os 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) se reúnem para discutir uma ação apresentada pela Rede pedindo para que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja afastado de imediato da Presidência da Câmara e impedido de estar na linha sucessória da Presidência da República. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
Ministros do Supremo, em sessão na corte
Se, até agora, o processo de substituição do ministro Teori Zavascki transcorre com retidão, e até com certa grandeza ética, não é só da indicação do nome que depende a continuidade do consenso vigente. Para os próximos passos tanto há decisões que o preservariam, como o contrário.
Não em partes proporcionais, o Supremo Tribunal Federal divide-se sobre o procedimento para escolha do novo relator dos assuntos provenientes da Lava Jato. Querem uns que a escolha se faça entre os quatro integrantes da chamada Segunda Turma de julgamento, cujo quinto ministro era Zavascki. Outros entendem que a escolha deva ocorrer entre todos os ministros.
O pleno do Supremo compõe-se de 11 ministros, hoje desfalcado de um. A divisão em duas turmas não vem de motivação jurídica, é uma solução de burocracia processual. A alma do Supremo é o seu plenário. O peso idêntico de suas vozes divergentes resulta no uníssono que é como as suas decisões se apresentam ao país: "O Supremo decidiu que (...)". Com o dever de dar voz à Constituição, a rigor o Supremo não tem partes.
A escolha do novo relator só terá inteiro sentido se nascida de entendimento do plenário, sem exclusão dos que, quase ao acaso, estão na turma que cuida de outros processos que não a Lava Jato. Todos no plenário habilitados por igual não só a indicar preferências, mas a ser indicado para a relatoria. Com possível ressalva para a presidência, já cumulada de tarefas.
Surpreendente ou não, a depender do otimismo ou da desinformação de cada um, é necessário reconhecer que o primeiro passo de Michel Temer, em referência à futura relatoria, foi eticamente perfeito. Sua informação de que só indicará o possível sucessor de Teori Zavascki depois que o Supremo escolha o futuro relator, elimina o temor e a possibilidade de indicação oportunista de um novo ministro que, tornando-se forçosamente também relator, fizesse da Lava Jato um instrumento político também no Supremo.
Outro aspecto, apesar de sua menor relevância, da decisão de Temer: pela primeira vez há certeza de que ele contrariou as pressões dos seus mais próximos. Moreira Franco, por exemplo, não teve sequer o mínimo pudor de um disfarce, de um intervalo. Como primeiro a falar sobre o problema do Supremo, não se conteve: "O presidente Temer vai fazer imediatamente a indicação do novo ministro" do Supremo.
Escolha rápida traria dois efeitos para os governistas acusados: evitaria perda de controle da indicação, por força das pressões, e asseguraria logo o domínio da relatoria, que examinará suas situações. As já conhecidas e as que serão trazidas pelas delações da Odebrecht, mais promissoras do que todo o anterior na Lava Jato.

Opinião

Desglobalização
O processo de globalização sempre existiu ao longo do tempo. Historicamente não é novidade. É claro que no passado ela ocorria de forma espontânea e natural, com pouca ou nenhuma regulamentação. Prevalecia a lei dos mais fortes ou daqueles tecnologicamente mais avançados. Dando um salto na História, sem prejudicar a linha de raciocínio, o processo ficou mais organizado após a Segunda Guerra Mundial, com a criação de Instituições Internacionais como a ONU, o Banco Mundial, o FMI e, posteriormente, com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim. Em novembro de 1989 em um encontro ocorrido na capital dos EE.UU, convocado pelo “Institute for International Economics”, criaram o que se chamou de “Consenso de Washington”, abrangendo dez regras básicas para promover o ajustamento macronômico. Além de mencionar disciplina fiscal, investimentos, e outras medidas, deu-se prioridade à abertura comercial e ao câmbio de mercado, objetivando fortalecer a globalização. De início, os Países do grupo da chamada direita defendiam as diretrizes; já aqueles de esquerda eram contra. Por exemplo, EE.UU e Grã-Bretanha, de um lado, e China e Rússia, de outro. Ocorreram alterações significativas, envolvendo épocas boas e momentos de crises econômico-financeiras, de desemprego, de desentendimento, de violência, etc. Hoje, a esquerda é a favor e a direita é contra a globalização. Basta examinar o BREXIT, o preconceituoso “Trumpnanismo” e o posicionamento não confiável chinês. Realmente, a politica é dinâmica. Esperamos que prevaleçam a ética, a justiça e a paz, nesse cenário de incertezas.
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC
 Ex Governador do Ceará e meu amigo.

André é candidato


lupi
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, deixou Fortaleza nesta madrugada de quinta-feira, com destino ao Rio. Aqui, ele participou, nessa noite de quarta-feira, no Clube da Cofeco, de um ato político organizado pelo MST contra o governo Michel Temer.
Carlos Lupi, que chegou quase na hora do embarque, disse que o deputado federal André Figueiredo continua candidato a presidente da Câmara e que vai até o fim, buscando reforçar, com a oposição, uma “frente independente” contra a reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM/RJ).
O dirigente nacional pedetista reconhece, no entanto, que André tem poucas chances porque há divisão na oposição, mas avisou: “Voto e criança a gente só sabe depois que nasce!”
Nesta semana, o deputado Rogério Rosso (PSD/DF), anunciou que se afastada da disputa. Disse que era para aguarda manifestação da Justiça sobre questionamentos em torno do direito de Rodrigo Maia ir para a reeleição. Fala-se que ele abandou a peleja para apoiar o candidato Jovair Arantes (PTB/GO).