Informação sobre suspeitos da Lava-Jato não chegou ao SEF
A IGAI fez uma auditoria à concessão dos vistos gold e não detetou nenhuma irregularidade. SEF garante que faz escrutínio.
O
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não recebeu informação sobre
os suspeitos que estavam a ser investigados no caso de corrupção no
Brasil, Lava Jato, que impedisse a concessão ou renovação dos vistos
gold. As autorizações de residência para investimento (ARI) foram
concedidas em 2014, ano que a investigação arrancou no Brasil, tendo um
dos empresários em causa sido condenado em 2016.
Nem
o SEF nem o Ministério da Administração Interna quiseram responder
sobre as medidas tomadas em relação ao caso, esta segunda-feira
noticiado pelo Expresso e pelo The Guardian, da concessão de vistos gold
a brasileiros envolvidos em alegada corrupção, bem com a alguns
familiares de um alto responsável do governo angolano, alvo de
investigação em Portugal.
O
SEF garante que todos os candidatos a visto gold são alvo de escrutínio
de segurança, a nível nacional e internacional e refuta que este
controlo tivesse falhado no caso dos empresários envolvidos no caso de
corrupção Lava-Jato. "Estes casos não escapam ao controlo do SEF. O SEF
segue com rigor todos os procedimentos de segurança legalmente previstos
tanto na primeira emissão como na renovação. Nos casos de factos
praticados e conhecidos em momento posterior à concessão, é justificada a
não renovação de título de residência ou o seu cancelamento que pode
ser acionado, se necessário, a qualquer momento", assinala fonte oficial
deste serviço de segurança.
À
semelhança de todos os requerimentos também estes foram "objeto de
análise seguindo o processo de verificação, por via de avaliação de
registos criminais e consulta a todas as respetivas bases de dados
nacionais e internacionais, bem como troca de informação no âmbito da
cooperação policial sobre todos os pedidos. Sempre que considerado
adequado há a possibilidade de acionar consultas por via dos oficiais de
ligação, tanto os estrangeiros colocados em território nacional como os
nacionais destacados no estrangeiro".
Ou
seja, tendo sido cumpridos integralmente todos estes procedimentos,
ninguém informou o SEF sobre a investigação que decorria sobre os
empresários, nem, aparentemente, sobre a condenação já em 2016 que seria
fundamento para a não renovação do visto. Questionado sobre se tinham
tido conhecimento desta condenação logo em 2016 e que medidas tinham
tomado, nem o SEF nem o MAI respondem. O DN apurou, no entanto, junto a
fonte policial envolvida no processo, que em alguns casos dos envolvidos
no Lava Jato, a renovação não foi pedida e os vistos estarão já
caducados.
A auditoria da IGAI
Por
coincidência os vistos gold concedidos a estes empresários num ano
bastante agitado para o SEF. NO final de 2014 (novembro) o diretor desta
polícia foi detido por suspeita de ter sido corrompido e facilitado a
concessão de ARI"s. O caso está agora em julgamento e tem também como
arguido o ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. Na
sequência desta investigação, a Inspeção-Geral da Administração Interna
(IGAI) realizou uma auditoria aos procedimentos e a todos os vistos gold
concedidos até aí.
Apesar de
ter detetado alguma desorganização, não encontrou nenhum ARI que tivesse
sido concedido irregularmente. Recorde-se que foi também nesse ano que
foi detido em Portugal um cidadão chinês, que tinha obtido um visto
gold, que era procurado pela polícia do seu país. Na altura, o SEF
justificou a situação pelo facto de o mandado de captura internacional
só ter sido introduzido no sistema da Interpol depois do processo de ARI
concluído.
O SEF chegou a
reclamar que a PJ, que gere a base de dados Interpol, lhe desse acesso
direto a este sistema, para tornar a consulta mais célere, mas até hoje
não conseguiu essa permissão.
A
alegada utilização dos vistos gold para esquemas de branqueamento de
capitais e corrupção tem sido alvo de denúncia da eurodeputada
socialista Ana Gomes. Esta terça-feira a Comissão Europeia anunciou que
vai analisar todos os regimes de concessão de nacionalidades através de
promoção de investimento, como os vistos gold, em vigor nos
estados-membros. Em maio passado, Ana Gomes tinha enviado uma carta à
Comissária para a Justiça, Vera Jourova, dando conta do relatório da
IGAI sobre o regime português dos "vistos dourados" a propósito das
negociações sobre a revisão da diretiva anti-branqueamento de capitais e
financiamento de terrorismo.
A
eurodeputada introduziu uma emenda na diretiva que obriga as
autoridades nacionais a verificar a idoneidade dos candidatos, assim
como a origem dos fundos. A emenda, segundo a porta-voz de Ana Gomes,
"que consta do mandato do Parlamento Europeu para as negociações não foi
aceite, até ao momento, pelo Conselho de Estados Membros".
Santo do dia: Santos André Kim Tae-gon, presbítero, Paulo Chong Ha-sang e companheiros, mártires; Beato Tomás Johnson, presbítero e mártir Cor litúrgica: vermelho
Evangelho do dia: São Lucas 7, 31-35
Primeira leitura: Timóteo 3, 14-16 Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo: Caríssimo: 14Escrevo com a esperança de ir ver-te em breve. 15Se
tardar, porém, quero que saibas como proceder na casa de Deus, que é a
Igreja de Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. 16Não pode haver
dúvida de que é grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na
carne, foi justificado no espírito, contemplado pelos anjos, pregado às
nações, acreditado no mundo, exaltado na glória! - Palavra do Senhor - Graças a Deus
A maquiadora britânica Amber Scott desembolsou 30 mil libras (cerca
de R$ 126 mil) para transformar uma antiga aeronave em um salão de
beleza. O avião de 22 toneladas fica no quintal da casa da mulher, na
Escócia, e conta com espaço para quatro maquiadores, duas cabeleireiras e
uma manicure. Do modelo Convair CV-440 de 1957, a aeronave foi comprada pelos pais
da mulher por 25 mil libras (o equivalente a R$ 105 mil) há dez anos,
mas não tinha uso. "O avião estava lá vazio e eu ficava brincando com meus pais que ele
daria um ótimo salão de beleza se eu colocasse um H na frente do Air
Atlantique [referência ao termo hair, que significa cabelo em
inglês", conta ela ao Daily Record, acrescentando que os pais cederam e
decidiram presentea-la com a aeronave. "Era basicamente uma casca e nós
trabalhamos nele desde março [deste ano]. Meus pais ficaram felizes por
vê-lo ganhar uma boa utilidade".
(Foto: Reprodução/Daily Record)
Ao Daily Mirror, Amber ainda contou que sempre adorou maquiar, mas
que nunca havia pensado em fazer disso uma profissão: "Pode parecer
estúpido, mas, quando eu era mais nova, não sabia que poderia fazer
disso um emprego de verdade", explica ela, acrescentando que viajou aos
Estados Unidos para se especializar. Agora com o luxuoso e inusitado salão, a maquiadora diz que tem
recebido muitas mensagens de apoio e clientes em potencial. Comentando a
repercussão, a mãe dela, Tricia, diz que está "muito orgulhosa": "Ela é
muito boa nisso, então o sucesso era inevitável". Aproveitando o sucesso, ela pretende começar a contratar as
funcionárias já nas próximas semanas para conseguir atender a demanda.
O plenário da Câmara adiou, na madrugada desta quarta-feira,
20, a análise da proposta que trata do fim das coligações nas eleições
proporcionais e da criação de uma cláusula de desempenho aos partidos. Após o presidente em exercício da Câmara, deputado Fábio
Ramalho (PMDB-MG), anunciar que a votação seria retomada às 13h desta
quarta-feira, parlamentares começaram a protestar a afirmar que a
reforma política seria feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Hoje, mais uma vez, essa Casa colaborou com a judicialização
da política. O Supremo vai resolver”, disse o deputado Sílvio Costa
(PTdoB-PE). Partidos começaram a obstruir a sessão quando se deram conta
que não haveria o número de votos necessário para aprovar um destaque
que proibia as coligações nas eleições proporcionais apenas a partir das
eleições municipais de 2020. O texto inicial, relatado pela deputada
Shéridan (PSDB-RR), acaba com as coligações já para as eleições de 2018. “A grande maioria que estão votando pela obstrução, estão
dizendo o seguinte: ‘Eu sou contra as coligações, mas não para mim,
deixa eu me reeleger, depois eu acabo as coligações para os outros’.
Peço a Deus que possa iluminar a cabeça dos ministros do Supremo e lá
definitivamente eles acabem com esse que é o grande mal do sistema
político do Brasil”, disse o deputado Daniel Vilella (PMDB-GO). Para que as mudanças passem a valer para as eleições de 2018,
elas têm de ser aprovadas até dia 7 de outubro. Para serem aprovadas,
propostas de emendas à Constituição precisam do apoio de 308 dos 513
deputados. Mais cedo, os deputados rejeitaram em plenário a alteração do
sistema eleitoral no País. Apenas 205 votaram a favor proposta de adotar
o chamado distritão nas eleições de 2018 e 2020 e o distrital misto
para 2022. A proposta, que também previa a criação de um fundo público
para financiamento das campanhas, não deve ser retomada pelos
parlamentares.
Devido à obstrução da maioria dos partidos, os deputados não
concluíram, nesta madrugada, a votação do projeto da reforma política
que acaba com as coligações nas eleições proporcionais e cria a chamada
“cláusula de barreira”, que gradativamente acaba com os partidos
nanicos. Apesar da promessa do presidente em exercício da Câmara, deputado
Fábio Ramalho (PMDB-MG), de que, se fosse necessário, iria até o início
da manhã de hoje (20) com as votações da reforma política, os líderes
não quiseram concluir a votação da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 282/2016, que trata das coligações partidárias e da cláusula de
desempenho. Dezessete partidos entraram em obstrução, e com isso a
análise de um dos destaques à matéria ficou prejudicado. Em nova tentativa de avançar no texto, uma sessão está marcada para
as 13h desta quarta-feira (20), mas os deputados devem começar os
trabalhos apreciando inicialmente uma medida provisória que tranca a
pauta. Há duas semanas, os parlamentares aprovaram o texto principal da PEC.
De acordo com a emenda, os partidos poderiam se organizar em federações
que funcionariam durante todo o período do mandato dos candidatos
eleitos. O texto também prevê a adoção de uma cláusula de desempenho
para que os partidos só tenham acesso aos recursos do Fundo Partidário e
ao tempo de propaganda na rádio e na TV se atingirem um patamar mínimo
de candidatos eleitos em todo o país. Os diferentes projetos de reforma política têm sido discutidos há meses no Legislativo e, por sucessivas vezes, as votações não foram concluídas. De acordo com o cientista político da Universidade de Brasília (UnB), Lúcio Rennó, tudo indica que as discussões podem novamente “morrer na praia”. Mais cedo, sob pressão do Senado e expectativas de que o Poder
Judiciário decida alguns pontos relevantes da reforma política que não
têm consenso no Congresso, os deputados rejeitaram trecho da PEC 77/2003 que criava o voto majoritário, conhecido como distritão, para as próximas eleições. As duas PECs enfrentam dificuldades para avançar no plenário, pois
ambas precisam atingir o mínimo necessário de 308 votos, do total de 513
deputados, para aprovação de mudanças constitucionais. Outro problema é
a falta de tempo para construir um consenso mínimo, uma vez que para
serem válidas para as eleições do ano que vem, as mudanças precisam ser
aprovadas em dois turnos pela Câmara e pelo Senado até o início de
outubro, um ano antes do próximo pleito. O relator da PEC 77, o deputado Vicente Cândido (PT-SP), defende que
os deputados continuem analisando as matérias mesmo que as mudanças não
sejam aprovadas a tempo de valerem para 2018.
“Vou advogar a tese de que já no mês de outubro a gente comece a
discutir o sistema a partir de 2020. Porque um dos grandes problemas que
a gente viveu aqui na Casa é querer fazer reforma eleitoral para o ano
seguinte. Matérias estruturantes não podem ser exigidas que entre em
vigor no ano seguinte. Se tivesse um pouco mais de tempo, a gente
venceria essa batalha”, disse.
Finep promove alianças estratégicas para a Inovação
A
gerente para o Nordeste da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep),
Patrícia Aguiar, se reuniu nesta terça-feira (19), em Brasília, com a
Associação Nordeste Forte que reúne os
deputados federais da Região e os presidentes das federações de
indústrias do Nordeste, entre eles o presidente da Fiec, Beto Studart.
Durante o encontro, ela expôs o trabalho desenvolvido pela Finep e o
interesse em investir na Região. A Finep se instalou no Nordeste em
julho passado e tem sede em Fortaleza.
A
Finep lançará até o fim deste ano, um plano de investimento - o Inova
Nordeste - no valor de R$ 2,3 bilhões para a área de ciência, tecnologia
e inovação para a Região. "Desde a
semana passada, estamos mantendo conversas com lideranças políticas e
empresariais debatendo propostas para estimular ciência, tecnologia e
inovação para a nossa Região e todos foram muito receptivos com a
proposta da Finep e com o Inova Nordeste", explicou Patrícia.