Opinião

Faltam apenas sete meses e nem parece que vai ter eleição

Ricardo Kotscho

Já vamos entrar em março, a campanha oficial começa a 15 de agosto e a eleição está marcada para o início de outubro.
O tempo corre e até hoje não temos nem candidatos definidos, nem alianças formadas e muito menos qualquer sinal de projetos e propostas para o país.
A sete meses e alguns dias da abertura das urnas, nomes entram e saem nas pesquisas e nada muda desde meados do ano passado.
Declarado “irregistrável” pela Lei da Ficha Limpa pelo novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Fux, o ex-presidente Lula ainda é líder disparado em todos os cenários nos dois turnos e na pesquisa espontânea.
Em segundo lugar, com metade da intenção de votos de Lula, segue firme na segunda posição o deputado de extrema direita Jair Bolsonaro, que ainda não tem partido definido e neste momento está fazendo campanha no Japão.
O resto não passa de um dígito.
Depois de ser condenado em segunda instância, correndo o risco de ser preso a qualquer hora, Lula ainda luta nas instâncias superiores pelo direito de concorrer, mas cada vez menos gente acredita que a Justiça vá permitir sua candidatura.
Com a desistência do apresentador Luciano Huck, os candidatos governistas lutam entre si, e até o presidente Michel Temer, com 1% de intenção de votos no Datafolha, agora quer concorrer à reeleição, embolando o meio de campo.
Na mesma faixa correm Henrique Meirelles, do PSD, e Rodrigo Maia do DEM, também com índices próximos do traço nas pesquisas.
Estão virtualmente em campanha, já lançados por seus partidos, Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Álvaro Dias (Podemos) e Manoela D´Ávila (PCdoB). Marina Silva (Rede) continua no vai não vai.
Todos disputam o espólio de Lula e ganham alguns pontos nas pesquisas sem o ex-presidente, mas, por enquanto, quem aparece na frente deles é justamente o candidato que o petista indicar, que teria 27% dos votos sem o nome dele na lista, segundo o Datafolha.
Um dos nomes cogitados pelo PT para substituí-lo é o de Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, o que talvez explique a operação de busca e apreensão no apartamento dele em Salvador desencadeada na manhã desta segunda-feira pela Polícia Federal.
O fato é que nenhum dos citados acima disse até agora nada de novo sobre o que pretende fazer caso ganhe as eleições de outubro.
Não há sobre a mesa nenhuma proposta concreta para o combate ao desemprego, por exemplo, que dirá de um projeto de país. .
Os candidatos governistas defendem a mesma política econômica de Temer, com privatizações e reformas, não vão além disso.
Nunca tivemos uma campanha presidencial tão sem esperança como essa desde a redemocratização do país.
Com o cenário ainda totalmente indefinido, a disputa se dará mais uma vez não sobre ideias e programas de governo, mas em torno dos nomes definidos na formação de alianças capazes de oferecer mais tempo der TV e recursos do fundo eleitoral.
A esta altura, fica difícil aparecer algum outro “outsider” tipo Huck, algum nome novo que o ex-presidente FHC e o mercado ainda tentam encontrar.
Até 15 de agosto, data limite para os partidos registrarem seus candidatos, dificilmente haverá grandes alterações nas pesquisas.
Tudo indica que teremos uma eleição sub-judice enquanto o STF não definir se Lula pode ou não ser candidato.
É tudo tão imprevisível que, do fundo do poço da aprovação do seu governo e da sua popularidade, de repente até Temer pode se tornar um candidato competitivo, algo inimaginável poucas semanas atrás.
Ninguém hoje é capaz de prever as consequências da intervenção militar no Rio de Janeiro na campanha eleitoral, a grande bandeira do governo depois da guinada radical de Temer ao abandonar a reforma da Previdência e se vestir para a guerra.
Se a gente que é daqui está fazendo análises no escuro, fico imaginando as dificuldades dos correspondentes estrangeiros e dos enviados especiais de outros países escalados para cobrir as eleições brasileiras.
E vida que segue.

Dignidade aos idosos

Projeto de Pimentel facilita prova de vida dos segurados da Previdência Social
O objetivo do senador é evitar transtornos para idosos com idade elevada e mobilidade comprometida

O senador José Pimentel (PT-CE) apresentou projeto que facilita a realização da prova de vida dos beneficiários dos regimes de Previdência Social, exigida anualmente para a manutenção do pagamento dos benefícios (PLS 49/2018). Pela proposta, a prova de vida poderá ser feita por procuração; por declaração redigida e assinada pelo médico que acompanha o idoso, impossibilitado de deslocar-se; ou por registros das impressões digitais ou ainda em gravações de áudio ou vídeo, comprovando que o idoso está vivo.
Segundo Pimentel, que foi ministro da Previdência Social no governo Lula (2008-2010), o projeto “dá maior transparência e segurança ao processo de comprovação de vida, além de respeitar a dignidade e limitações dos segurados dos regimes previdenciários, especialmente aqueles com idade mais elevada e mobilidade comprometida”.
O projeto também proíbe a exigência da presença do segurado para fazer a comprovação da prova de vida, no caso de idoso com mais de 80 anos. A proposta prevê ainda que a declaração de vida poderá ser dada por médico, quando o beneficiário estiver impossibilitado de comparecer pessoalmente ao local designado para a comprovação de vida. A declaração médica será feita em formulário específico, a ser criado pelo INSS ou pelo regime próprio.
O idoso também poderá comprovar que está vivo com gravações em áudio e vídeo. Poderão ser utilizadas, inclusive, gravações feitas em celulares, desde que comprovem a data do registro. Tudo isso ainda virá numa regulamentação posterior. Mas o objetivo é utilizar as tecnologias mais modernas em favor dos idosos, evitando seu deslocamento até as instituições financeiras ou às agências do INSS. 
O senador informou que, ao longo de 2017, mais de 34 milhões de segurados do INSS, sendo seis milhões de idosos, fizeram a prova de vida para a manutenção do pagamento dos benefícios em 2018. “Muitos desses idosos têm limitações físicas sérias, para as quais a prova de vida é, mais do que uma obrigação cívica, um castigo pelo fato de permanecerem vivos”, apontou Pimentel.
Pimentel argumentou que países como a África do Sul já fazem uso de registros fonográficos, audiovisuais ou de impressões digitais para obter a prova de vida. “Assim, aquele país evita que segurados idosos ou residentes em áreas remotas sejam submetidos a esforços desnecessários para a comprovação de vida”, considerou.
Regra atual - Desde 2011, os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e os servidores públicos de Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) devem comparecer, uma vez por ano, para fazer a prova de vida nos bancos onde recebem seus benefícios.
Caso não possa comparecer pessoalmente, o beneficiário pode realizar a prova de vida por meio de um representante legal ou procurador. No entanto, esses representantes são submetidos a grande burocracia, pois devem homologar a procuração no INSS, mediante um cadastramento, mesmo que o documento tenha sido feito em cartório.
Punição – O projeto do senador Pimentel também estabelece punição para o caso de apresentação de prova de vida falsa. O declarante estará sujeito às sanções civis, administrativas e penais cabíveis, além de ser obrigado a devolver os valores pagos indevidamente ao respectivo regime de previdência.
Cartórios – Serão punidos ainda os cartórios que deixarem de comunicar os registros de óbitos de beneficiários ao INSS ou aos regimes próprios. A obrigação de repassar essas informações está prevista na Lei 8.212/1991, mas a regra não vem sendo cumprida. Pelo texto proposto por Pimentel, ao descumprirem a norma, os cartórios poderão pagar multas, além de estarem sujeitos a suspensão ou destituição do seu titular. Caberá ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a aplicação das penas previstas.
Tramitação - A proposta será analisada pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Assuntos Sociais (CAS). Nesta última será apreciada em caráter terminativo. Portanto, se o texto for aprovado na CAS e não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado, poderá seguir diretamente para análise da Câmara dos Deputados.

Secretária Isabela Bezerra anuncia afastamento do cargo


A Secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest) de Juazeiro do Norte, Isabela Bezerra, anunciou afastamento por tempo indeterminado das funções à frente da pasta. Ela irá se dedicar a projetos profissionais e pessoais. Em seu lugar, assume interinamente o secretário Executivo da Sedest, Sandoval Barreto. 
Dentro da perspectiva de aprimoramento dos trabalhos na área social do Município, Isabela Bezerra considera o momento oportuno, por atuar com uma equipe alinhada com os objetivos da gestão. “Estou muito segura em relação à equipe que está na Sedest hoje. Os projetos estão organizados e sendo encaminhados, exatamente de acordo com o que foi planejado”, disse.
Conforme a secretária, com o trabalho contínuo de organização realizado em mais de um ano, a Sedest se tornou referência em todo Estado do Ceará, por implementar e executar políticas públicas e sociais, com base na elevação da auto estima, em defesa da pluralidade, da mulher, da terceira idade, das crianças e contra a homofobia, o racismo e todas as formas de preconceito e contra a exclusão de grupos sociais minoritários.
O trabalho da secretária foi elogiado pelo Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) do Estado, Josbertini Clementino.   “A Secretária nos surpreendeu por, em tão pouco tempo, ter feito tanto pelo Município”, afirmou.
Segundo Isabela Bezerra, ainda não existe data para seu retorno, mas que uma das lutas empreendidas para Juazeiro do Norte, será a conquista através de projetos voltados para crianças e adolescentes, da certificação internacional do UNICEF, pela primeira vez.
Fotos: Samuel Macedo

No Maciço


PACOTI RECEBE AUDIC MOTA PARA DEBATE COM 
AGENTES DE SAÚDE E INAUGURAÇÃO DE CRAS

O município de Pacoti recebeu a visita, do primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Audic Mota, nesta segunda-feira, 26. Ao lado do prefeito Kiko Sampaio, da primeira-dama Natália Braga e de lideranças locais, o parlamentar participou de uma reunião com os agentes comunitários de saúde e da solenidade de inauguração da nova sede do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). 

O prédio leva o nome de uma grande benemérita, a pacotiense Maria Letícia Leite Araújo. O evento aconteceu na Rua João Hipólito 56, com a participação de autoridades. Entre elas, o vice-prefeito, Maciel Bezerra, o deputado federal Raimundo Gomes de Matos, a ex-prefeita de General Sampaio, Eliane Brasileiro, e a vereadora Orquídea Jacinto.

Com os agentes de saúde do município, Audic Mota debateu questões ligadas às atuais demandas da categoria e a conquista do adicional de insalubridade, matéria aprovada pela Assembleia Legislativa, na última terça-feira, 20.

Parentes fora

Secretária Isabela Bezerra anuncia afastamento do cargo

A Secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest) de Juazeiro do Norte, Isabela Bezerra, anunciou afastamento por tempo indeterminado das funções à frente da pasta. Ela irá se dedicar a projetos profissionais e pessoais. Em seu lugar, assume interinamente o secretário Executivo da Sedest, Sandoval Barreto. 
Dentro da perspectiva de aprimoramento dos trabalhos na área social do Município, Isabela Bezerra considera o momento oportuno, por atuar com uma equipe alinhada com os objetivos da gestão. “Estou muito segura em relação à equipe que está na Sedest hoje. Os projetos estão organizados e sendo encaminhados, exatamente de acordo com o que foi planejado”, disse.
Conforme a secretária, com o trabalho contínuo de organização realizado em mais de um ano, a Sedest se tornou referência em todo Estado do Ceará, por implementar e executar políticas públicas e sociais, com base na elevação da auto estima, em defesa da pluralidade, da mulher, da terceira idade, das crianças e contra a homofobia, o racismo e todas as formas de preconceito e contra a exclusão de grupos sociais minoritários.
O trabalho da secretária foi elogiado pelo Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) do Estado, Josbertini Clementino.   “A Secretária nos surpreendeu por, em tão pouco tempo, ter feito tanto pelo Município”, afirmou.
Segundo Isabela Bezerra, ainda não existe data para seu retorno, mas que uma das lutas empreendidas para Juazeiro do Norte, será a conquista através de projetos voltados para crianças e adolescentes, da certificação internacional do UNICEF, pela primeira vez.
Fotos: Samuel Macedo

Olhaí o que é que o Camilo vai fazer hoje

.11h - Sanção da Lei que institui a Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Ceará 

Local: Palácio da Abolição 

.13h - Bate-papo ao vivo pelo Facebook

.15h - Reuniões internas

Capa do jornal OEstado Ce


Evangelho

Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2018.
Santo do dia: Beata Maria da Caridade do Espírito Santo, virgem
Cor litúrgica: roxo
Evangelho do dia: São Mateus 23 ,1-12
Primeira leitura: Isaías 1, 10.16-20
Leitura do livro do Profeta Isaías:

10Ouvi a palavra do Senhor, magistrados de Sodoma, prestai ouvidos ao ensinamento do nosso Deus, povo de Gomorra. 16Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! 17Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão, defendei a viúva. 18Vinde, debatamos – diz o Senhor. Ainda que vossos pecados sejam como púrpura, tornar-se-ão brancos como a neve. Se forem vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como lã. 19Se consentirdes em obedecer, comereis as coisas boas da terra. 20Mas se recusardes e vos rebelardes, pela espada sereis devorados, porque a boca do Senhor falou!
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Coluna do blog

Janelas das almas, perdidas
A janela se abre no dia 7 de março e dá prazo de 30 dias para que os políticos mudem de legenda sem punição por infidelidade partidária. Este é o texto. Mas será mesmo a verdade de cada um? Quem muda de partido, muda por que? Pergunta fosse feita ao senador dos belos olhos e poderíamos ouvir: Por interesse contrariado. Pra ele qualquer coisa que nao seja do seu, dele, interesse é interese contrariado. Isso foi dito um dia pelo jornalista Newton Pedrosa que confirmou; é sim, se não me interessa é meu interesse contrariado, é daí? Foi tambem do grande Pedrosa a crítica à frase muito utilizada pelo noticiário policial: ... sem dar margem a defesa do assassinado. Ora, dizia Newton; como é que vou encarar um desafeto e vou dar a ele a oportunidade de defesa? Pois voltando à vaca fria: Há um mundaréu de gente com interesses contrariados esperando a tal janela para pegar o beco e se arrumar noutros ninhos. Racinalissimo pra quem não está safisfeito seja lá com o que for. Neguim quer ser presidente de um partido e não tem vaga; se muda. Neguim quer mais espaço pra arrumar emprego pra apaninguados e não tem vaga; se muda. Neguim acha que comprando voto de um adversário de partido e não o fará se não trocar de sigla; se muda. O pessoal que compra voto fica bastante a vontade uma hora dessas. Quem não compra, mas arruma emprego em troca de voto, tambem. E assim vão dizendo, deiza a vida me levar, vida leva eu. Se quiserem nomes frequentem embientes frequentados por políticos. E...vida que segue.

A frase: "“É uma intervenção civil, administrativa, com a presença dos militares”. Palavras do Interino sobre a intervenção na segurança do Rio. Não entendi.




Sorte de Gastão?
Personagem do Tia Patinhas, por sinal afilhado e sobrinho dele, Gastão é um cabra sortudo. Tudo em que se mete vira ouro. Se tem só um número par entre cinco ímpares e o par for do Gastão, vai dar o par. Diz que assim é com o presidente do Sistema S no Ceará, o Gastão, Bittencourt. Pronde se vira o homem ganha. Agora mesmo deve ser ele a assumir o Sistema S. O nacional foi preso. A vez é dele.

 Na garupa
A oposição está unida, discute nomes à sucessão estadual e começa a fazer pesquisas para definir qual candidato lançará ao Governo do Estado. A declaração é de Luiz Pontes, do PSDB.Os tucanos não têm nome e voltam a falar em Wagner.

À direita
A Associação dos Jovens Empresários de Fortaleza ( AJE) receberá o empresário Flávio Rocha, CEO das redes de Loja Riachuelo, nesta terça-feira (27).Pretende reunir mais de 500 pessoas, auditório Auditório Waldyr Diogo da FIEC, a partir das 19h.

Guerrinha de interior
Ficou besta o bate-boca entre sindicalistas e a Câmara do Icó. O puxa-escolhe não aceita decisão da Prefeitura que pretende remendar porcarias feitas pelo ex-Prefeito e os sindicalistas agem a serviço político do maria-vai-com-as-outras de interior.

Água na conta da luz
A bandeira tarifária de março continuará  verde, significando que não haverá cobrança extra nas contas de luz. A manutenção  significa que a situação nos reservatórios das hidrelétricas continua a melhorar, devido à volta das chuvas.

Sistema S
Orlando Diniz foi acusado pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e organização criminosa, sendo o principal alvo da Operação Jabuti, deflagrada  pelo MPF, a Polícia Federal e a Receita Federal, na Operação Calicute.

E daí?
Daí que, com a prisão de Orlando Diniz e seu consequente afastamento do comando do Sistema S - Sesc, Senac, Sesi e Senai, as quatro maiores entidades, ao lado do Sebrae -, sobe um degrau rumo ao topo da organização, o senhor Gastão Bitencourt.

Piadista
Cearense não perde o humor.Nao perde a piada,mesmo que isso o faça perder até as companhias. Em meio a conversas de bar - e isso sempre rende - falavam de hub,com as conquistas cearenses do aéreo e do marítimo. Uma festa só.

Porém...
Um gaiato, e é impossível numa roda de bar de cearenses deixar de ter um, não perdeu a oportunidade de alfinetar a vida: somos felizes com o Hub da Gol, dos prometido da Tam e o anunciado do Pecém,mas emos que lembrar o  Hub de traficantes de luxo.

Luz do vento
O Ceará é hoje apenas o quarto colocado em quantidade de parques e o terceiro em potência (MW)em energia eólica. O Estado tem 75 parques e possui capacidade instalada em seu território de 1.9 MW.

Defesa das tijubinas
Em parques, perde para Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul. Em potência, supera o estado gaúcho. Não somos o primeiro em tudo porque as exigencias dos defensores das tijubinas não permitem, dizem empresários do setor.

Do contra
Em verdade o pessoal do meio ambiente, aqueles defensoes das castanholeiras do Cocó, que nunca mais falaram no assunto porque não há campanha política em jogo, meteu o dedo nas eólicas e os empresários migraram,que ninguém é besta.


Bom dia

Que tiro foi esse? O vampiro deu um cavalo de pau

"Temer, que não tinha nada a perder, partiu para o tudo ou nada. Com índices de aprovação abaixo do pré-sal, acusado de golpista e corrupto, enrolado até os ossos num caminhão de denúncias de falcatruas, vinha apanhando que nem boi ladrão. Mas, neste instante, não está mais nas cordas"
A intervenção no Rio pegou Deus, o mundo e as respectivas vizinhanças de surpresa, à direita e à esquerda. Em toda parte, ouviu-se um grito só: – Que tiro foi esse?, diante do cavalo de pau. O governo era um carro desgovernado e sem freio, largado na buraqueira da impopularidade, o abismo se aproximando quando, de repente, brrrrrrrroarrrrrrr!, o motorista deu um tranco na direção e o carro, quase capotando, conseguiu parar com dois pneus no abismo e os outros quase estourando, roídos pelo asfalto. Vai demorar pra tirar a poeira dos óculos e entender o que aconteceu.
Nem houve tempo para debates internos. Em dois dias o decreto foi assinado e aprovado pelo Congresso. Cada partido reagiu no piloto automático, tipo: se é coisa do Temer, governistas votam a favor e oposicionistas votam contra. Agora, PT, PCdoB e Psol estão tendo de rebolar a padaria pra se explicar à opinião pública, que vem há anos numa ansiedade crescente por alguma medida, fosse qual fosse, de combate à bandidagem. Vão ter de engolir um coco pra convencer o povo – leia-se: os eleitores – de que agiram corretamente quando votaram em plenário contra o cavalo de pau de Temer. Porque é inegável que a intervenção tem caráter eleitoreiro, sim. É oportunista, sim. É uma temeridade, sim. Mas eles têm de reconhecer que se trata da primeira medida concreta de combate ao estado de violência adotada nas últimas cinco décadas, incluindo-se aí os governos petistas, que, tal como todos os outros, empurraram o assunto com a barriga. E a intervenção, queiram ou não queiram, tem um forte apelo emocional – e eleitoral.

Tiveram de comer o bolo

Mesmo em setores fiéis ao governo, o ato despertou desconfianças. Inclusive entre os militares, que vão operar a intervenção na prática. Rodrigo Maia, candidatíssimo ao Palácio do Planalto, tinha pautado o tema da segurança desde a abertura dos trabalhos do Congresso. Não chegou a preparar o bolo dele quando Temer tirou o dele do forno e pôs na mesa. A contragosto, teve de mordê-lo. Bolsonaro ficou contra, de início, ao perceber que Temer lhe tinha roubado a bandeira da segurança. Terminou também engolindo uma fatia grossa do bolo, ainda quente. E a oposição? A oposição até agora está tentando entender que tiro foi esse, de onde veio, pra onde é que a gente corre, limpando os óculos pra ver se enxerga alguma coisa. Também não sabe explicar como foi que o boxeador que sangrava horrores saiu das cordas e voltou ao centro do ringue.

Vão trocar o pneu com o carro andando

Como a medida será executada? Sabe-se lá! Nem os que a imaginaram e gestaram sabem o caminho a seguir. Como é inédita, não existe bula, receita, protocolo ou roteiro. Vão ter de trocar o pneu com o carro andando. Como as forças federais vão agir? Quais os seus limites? Por onde começarão? Cercando os morros? Revistando escolas? E os militares, vão fazer baculejo ou vão deixar a polícia cuidar disso? Ninguém do governo tem resposta concreta a qualquer uma dessas perguntas. E os efeitos colaterais? Vai morrer gente inocente? Sim, vai ter muito efeito colateral, afinal trata-se de uma guerra, admitem os responsáveis pela intervenção. O ministro da Justiça Torquato Jardim, que vem montando na moita o decreto da intervenção com Temer, Padilha e Moreira desde novembro, lembra que em toda guerra morre gente. E a morte de inocentes em consequência dos confrontos com os fuzis do narcotráfico não é novidade, está nos noticiários de todo dia, embora uma coisa não justifique a outra.

A Guerra de Temer

A verdade é que Temer, que não tinha nada a perder, partiu para o tudo ou nada. Com índices de aprovação abaixo do pré-sal, acusado de golpista e corrupto, enrolado até os ossos num caminhão de denúncias de falcatruas, vinha apanhando que nem boi ladrão. Mas, neste instante, não está mais nas cordas, mesmo reeditando a velha fórmula da criação de um conflito para resgatar a popularidade em baixa, como Bush fez criando a invasão do Iraque, para ficar num único exemplo. A guerra de Temer é no Alemão, na Rocinha e no Vidigal.

Dará certo? Conseguirão vencer o exército do narcotráfico? Olha, se Deus disser que sabe a resposta, eu me reservo o direito de duvidar d’Ele. Porque tudo ocorre no campo do imponderável, tantas são as variáveis, tantas as nuances e complexidades, tantas as forças em disputa e tantos os atores envolvidos, todos – TODOS – despreparados para enfrentar um desafio dessa ordem. Quem disser que sabe o que vai acontecer daqui pra frente está, apenas, mentindo. Temer deu um tiro no escuro, sem saber pra que lado está o alvo, se é que existe um alvo, numa reação típica de alguém acuado que precisava fazer alguma coisa – qualquer coisa – e fez.  Vai ter de explicar à história e ao país que tiro foi esse.