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Bancários confirmam greve para quinta-feira

Os bancários do Ceará garantem que vão entrar em greve na próxima quinta-feira. A categoria reivindica, entre outras coisas, um reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real) e uma PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 3.850. Enquanto isso, a Fenaban (Federação Nacional de Bancos) propôs a reposição da inflação (4,5% de reajuste) e uma PLR inferior em 40% à do ano passado em reunião na última quinta-feira (17/09). A paralisação vai ser confirmada por dirigentes do Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará depois de Assembleia Geral realizada amanhã às 19h na sede da entidade.

“Nós iniciaremos a greve geral dos bancários nesta quinta-feira porque as nossas solicitações aos banqueiros foram negadas”, destacou o secretário de finanças do Sindicato, Marcos Saraiva. Ele disse acreditar que não deverá haver acordo até a decretação da greve em virtude da rejeição da proposta dada pelos banqueiros. Saraiva acrescentou que para a decretação da greve já foram tomadas todas as providências, como comunicação à população, à Justiça e aos bancos.

O Comando Nacional encaminhou documento à Fenaban comunicando a rejeição da proposta e solicitou a apresentação de uma nova proposta aos bancários até amanhã para ser avaliada nas assembleias de todo o País. Caso os bancos mantenham esta proposta rebaixada, o Comando orienta a deflagração de greve nacional por tempo indeterminado, em todos os bancos, a partir da quinta-feira.

Saraiva explicou que a greve é o único instrumento que os trabalhadores têm e que o utilizam só em último caso como agora, ou seja, quando o reajuste é negado. “Nós não temos mais como negociar com os banqueiros esse aumento porque já aconteceram seis rodadas, extinguindo o processo possível negocial”, lamentou. O dirigente disse ainda que espera que a paralisação sensibilize o Governo e os banqueiros no sentido de que uma nova proposta seja apresentada para que as partes entrem em consenso.

A proposta da Fenaban, apesar dos problemas, apresentou dois avanços para a categoria: ampliação da licença-maternidade de 180 dias e a isonomia de tratamento para homoafetivos, com a possibilidade de incluir parceiros do mesmo sexo nos planos de saúde. Os bancos também prometeram o agendamento de reuniões das comissões bipartites de saúde e segurança.

OUTRAS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS
Os bancários solicitam ainda em sua pauta de negociação uma valorização dos pisos com valores de R$ 1.432 (portaria), R$ 2.047 (escriturário), R$ 2.763,45 (caixa), R$ 3.477,00 (primeiro comissionado), R$ 4.605,73 (primeiro gerente). Além disso, buscam auxílio-refeição no valor de R$ 19,25, cesta-alimentação de R$ 465,00 (um salário mínimo), 13a cesta-alimentação (R$ 465,00), auxílio-creche/babá (R$ 465,00), fim das metas abusivas e do assédio moral, além de Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, negociado com as entidades sindicais.
Outras solicitações são relativas à contratação da remuneração total com a incorporação dos valores aos salários e reflexo em todos os direitos (13o, férias e aposentadoria), garantia de emprego, fim das terceirizações, mais contratações e inibição de demissões imotivadas, segurança contra assaltos e sequestros, proibição ao transporte de valores pelos bancários e adicional de risco de vida. Eles solicitam ainda auxílio-educação e planos de previdência complementar.

Serpro e Dataprev param atividades

O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Serviços de Informática e Similares do Ceará (Sindpd-CE) inicia greve hoje a partir das 7 horas, por tempo indeterminado no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e por 48 horas na Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev). Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 8,53% e de 11,29% no vale refeição. Segundo o presidente do Sindpd-CE, Valmir Braz, o movimento deve paralisar o trânsito na avenida Pontes Vieira durante a manhã para chamar atenção da sociedade.

Penso eu: E olhe que as eleições ainda estão longe. Vai piorar quando chegar mais perto.

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