Contato

Morre o Tenente Coelho o pioneiro no processo de verticalização da cidade



A notícia da morte do empresário Raimundo Saraiva Coelho, o Tenente Coelho, causou surpresa e repercutiu na manhã de hoje em Juazeiro do Norte. No último dia 15 de julho, ele completou 82 anos e morreu vítima de um infarto fulminante em sua residência na Rua do Cruzeiro, 272, no centro da cidade, onde acontece o velório. Costumava acordar todos os dias por volta das 5 horas e já o havia feito, pois estava de óculos e começara a se vestir quando sentiu o infarto e já foi encontrado pelos parentes sem vida e sentado ao lado da cama. O sepultamento está marcado para as 9 horas desta sexta-feira no Cemitério Anjo da Guarda.

O Tenente Coelho sempre apostou e acreditou no desenvolvimento de Juazeiro cidade que abraçou e procurou dar a sua efetiva contribuição ao progresso, principalmente quando ingressou no ramo da construção civil. Foi ele o pioneiro no processo de verticalização da terra de Padre Cícero com vários edifícios residenciais e, atualmente, vinha apostando em condomínios. Tão logo soube da notícia, o prefeito Manoel Santana decretou luto oficial de três dias.

Raimundo Saraiva Coelho era um militar reformado que nasceu em Iguatu no dia 15 de julho de 1927 sob a proteção de Luiz Coelho de Figueiredo Rocha e Clotilde Saraiva Coelho. Teve como irmãos Maria Hermínia, João, Joaquim, Vanda, Francisco e José Saraiva Coelho. Ele cursou o primário e o ginasial na cidade de Iguatu. A sua infância foi de muitas dificuldades, pois perdera o pai ainda pequeno e se viu obrigado a trabalhar a partir dos seis anos de idade, vendendo leite, montando animais e procurando cooperar com a mãe no orçamento doméstico para manter a família.



Em 1944, foi convocado para incorporar-se ao Exército em Fortaleza. Seis anos depois foi para a Escola de Sargento das Armas, em Realengo (RJ) até a mesma ser desativada e os alunos transferidos para Três Corações (MG). Ao concluir o curso no ano de 1951, foi classificado na Unidade de Infantaria do Rio Grande do Sul. Posteriormente, foi transferido para o Batalhão de Salvador (BA) e, em 1952, para a Escola Preparatória de Fortaleza.

No ano seguinte, o Tenente Coelho foi incluído no quadro de instrutores do Tiro de Guerra e designado para o antigo Tiro de Guerra 210 (atualmente TG 10005) de Juazeiro, onde permaneceu até 1966 quando foi promovido ao posto de Subtenente e, depois, de Tenente da Reserva. Ele casou-se com Darcila Néri de Vasconcelos Coelho, Dona Dada, no dia 30 de julho de 1960, na Igreja da Sé em Crato. Do matrimônio, nasceram Fernanda Saraiva Coelho (Engenheira); Felipe Néri Coelho (Engenheiro); Luiz Coelho Neto (Administração); Cláudia (Empresária) e Patrícia (Administração).

A partir de 1966, o Tenente Coelho abraçou outras atividades não mais ligadas ao Exército. Foram os casos da Usina Extrativa de Óleo e Beneficiamento de Algodão, em Iguatu, e o comércio de couro. Em 1970, ingressou no ramo da construção civil como sócio do engenheiro Rômulo Montenegro até 1986 na Emprec (Empreendimentos de Engenharia Civil Ltda). Posteriormente, constituiu a CRC (Construtora Raimundo Coelho, que mantém até hoje junto com os filhos. Ele sempre investiu e acreditou no progresso da terra de Padre Cícero e da qual é cidadão honorário.

Foi responsável pela construção de inúmeras obras dentre as quais o Conjunto Residencial LDJ, Conjuntos Habitacionais na Lagoa Seca, Edifício São Raimundo, Edifício Patrícia e, hoje, já com vários condomínios residenciais prontos e outros em construção. No setor público, respondeu pela construção do terminal rodoviário de Juazeiro, o SESI de Crato, a primeira etapa da Penitenciária Industrial e Regional do Cariri, primeira etapa da Rodoviária de Barbalha e o Seminário Batista do Crato, dentre outras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário