As pílulas de Santo Galvão
Fé. Palavra que os léxicos definem como: acreditar, confiar, dar crédito, ter crença, entre outros predicados. Mas fé, aos olhos de um fiel fervoroso, é a crença fidedigna da manifestação divina na nublada Terra de sua criação, é mais do que isso é no sentimento emocional, uma “entrega”, um presente para o Senhor criador de tudo e de todos. É simplesmente se deixar levar, se entregar, soltar-se nos braços de Deus, de um deus, de uma religião, de uma filosofia, de um amor, de uma relação, etc.
Não são poucos os que nutrem fé nas preciosas pílulas de Santo Galvão e, digo-lhes, não é à toa que portam crença nessas “bolinhas” com escritos religiosos. Eu mesmo, já tive a oportunidade e a benção de presenciar vários episódios de interferência das milagrosas pílulas do taumaturgo santo.
A hagiografia relata que certa ocasião, Santo Galvão, até então conhecido como frei Antônio Galvão, recebeu a visita de uma senhora aflita. O filho dela, Romualdo, trabalhador incansável das lavouras, após um determinado esforço no seu labor, sentiu forte fisgada no rim e uma dor aguda que prontamente lhe dominou. Era cálculo renal. Sua mãe teve a idéia de ir visitar o santo, a fim de que este pudesse fazer algo para aliviar a vida do filho.
Romualdo foi com ela, e logo quando chegaram ao Mosteiro da Luz, reduto do santo, eis que este os atende no portão. A mãe aflita relatou a história para Santo Galvão, que após uma anamnese, teve uma súbita revelação.
Pegou umas tiras de papel e transcreveu em latim, o Ofício da Santíssima Virgem Maria: “Post partum Virgo Inviolata permansisti; Dei Genitrix intercede pro nobis”. Traduzindo para o nosso vernáculo: “Depois do parto, ó Virgem, permaneceste sempre Virgem; Mãe de Deus, intercedei por nós”.
Dobrou os papeizinhos, deixando-os com formato de bolinhas, e entregou-os para Romualdo, dizendo que tomasse como se fossem remédios. Não se passaram alguns minutos, e o jovem mancebo, expeliu o grande cálculo, e ficou totalmente curado.
Santo Galvão usou as pílulas em várias outras situações ao longo de sua vida santificada na Terra. Em outra oportunidade, o santo remediou as cólicas de uma gestante com as “pílulas”, e alguns dias depois, a mulher deu à luz a uma criança robusta e sadia.
Desta forma, as pílulas passaram a ficar conhecidas como remédio de Deus para todas as aflições e, até hoje, milhares e milhares de fiéis, dirigem-se ao Mosteiro da Luz, das irmãs concepcionistas.
Roberto Victor - Advogado
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